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Júlia A Garota Do Tempo
Júlia A Garota Do Tempo
Júlia A Garota Do Tempo
E-book77 páginas1 hora

Júlia A Garota Do Tempo

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Sobre este e-book

“Se você pudesse viajar no tempo, iria ao passado ou para o futuro? E se você pudesse encontrar a si próprio alguns anos mais jovem, o que faria? Esta ideia pode causar certa bagunça na sua cabeça e tudo à sua volta ficar sem sentido e sem lógica. Ainda bem que existem regras dentro do universo; mas e se essas regras fossem quebradas?” Júlia, Meu diário pg. 01 Ano 2075 d.C
IdiomaPortuguês
Data de lançamento27 de fev. de 2022
Júlia A Garota Do Tempo

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    Pré-visualização do livro

    Júlia A Garota Do Tempo - Clodoaldo Alves Ferreira

    Júlia a garota do tempo

    Primeira parte

    O tempo

    Defeitos

    Sou rebelde

    Fuga

    Segunda parte

    O grande desafio

    Lar

    Reencontro

    Se você pudesse viajar no tempo, iria ao passado ou para o futuro? E se você pudesse encontrar a si próprio alguns anos mais jovem, o que faria? Esta ideia pode causar certa bagunça na sua cabeça e tudo à sua volta ficar sem sentido e sem lógica. Ainda bem que existem regras dentro do universo; mas e se essas regras fossem quebradas?

    Júlia,

    Meu diário pg. 01

    Ano 2075 d.C

    Parte 01

    Primeiro capítulo:

    O tempo

    "Enquanto eu escovava os dentes, a mulher do tempo explicava no rádio:

    ‘previsão para 15 dias, Sol com muitas nuvens durante o dia, períodos de nublado com chuva a qualquer hora, pancadas de chuva à tarde e à noite. Tempestades isoladas com raios e trovões.’

    Abri a janela do meu quarto e o vento fresco entrou de atrevido. Tinha apenas algumas nuvenzinhas brancas se misturando numas pretas. Observei meu estojo de maquiagem sobre a penteadeira: o corretivo, a base e o pó facial; olhei-me no espelho, penteei os cabelos e exagerei no batom e na colônia francesa. Afinal de contas, tinha que estar belíssima no primeiro dia, este dia a gente nunca esquece.

    Vesti a blusa por baixo do uniforme, pus a mochila nas costas e desci. Minha mãe estava na sala segurando o guarda-chuva.

    Pra que isso, mãe?

    Vai chover a qualquer momento, filha. É melhor levar isto.

    Bah! De jeito nenhum! A senhora quer é me matar de vergonha, isto sim. Pense, no primeiro dia de aula, num colégio particular, só tem grã-finos.

    O que tem a ver uma coisa com outra? Não entendi a comparação de guarda-chuva e grã-finos.

    Vão de carrões.

    Você vai de carro também, esqueceu?

    Nem pensar! O papai foi trabalhar naquela maravilha da engenharia mecânica, e deixou uma lata velha na garagem.

    É um Fusca e não uma lata velha. É um carro bonito, antigo, mas bem cuidado.

    Já tomei minha decisão. Prefiro ir a pé.

    Então faça o seguinte.  Enfiou a mão no bolso da calça boca-de-sino e retirou algumas notas. É pra você pegar o coletivo ou o táxi, é melhor do que chegar atrasada.

    Obrigada. Mas, vou ter que recusar. Não é tão longe, chego rápido.

    Vai chover. Vai se arrepender de não ter me ouvido e...

    Saí batendo a porta na cara dela antes que ela terminasse de tagarelar. Com o pensamento positivo cruzei a rua que estava quase tomada por flores de ipês, a neblina se dissipou, o carteiro passou de bicicleta, o ônibus escolar cruzou à direita, as portas do comércio já abriam suas portas, mas aí o tempo fechou.

    Putz! Exclamei.

    O Sol em tom amarelo-escuro começou a ser dominado por nuvens volumosas, pretas e brancas que ao se misturarem ficaram cinzentas. As pessoas, os carros, tudo ficou mais rápido na medida em que se aproximava a chuva.

    Peraí, chuva? Eu devia ter aceitado as idéias de minha mãe, agora é tarde pra arrependimentos!

    Ainda bem que na banca vendia sombrinhas.

    Bom dia seu Antônio. Ta lembrada de mim? Moro na rua dos Ipês. Meu pai compra jornais aqui todos os domingos. Será que poderia me vender uma sombrinha

    É claro.

    Peguei uma cor-de-rosa, abri e saí apressada.

    Ei, garota! É 20 reais a peça.

    Mas não tenho dinheiro! Fica fiado, anota aí, depois meus pais acertam!

    Faltavam poucos minutos pro portão do colégio fechar e faltava um quarteirão pra eu chegar, quando um vento soprou e a sombrinha virou do avesso, uma camionete passou num buraco no asfalto e atirou lama em mim.

    Sê é loco, né não!

    Joguei a sombrinha na lixeira e corri. Não adiantava reclamar, permanecer ali boiando e chegar atrasada no primeiro dia de aula.

    Ta atrasada.

    Resmungou a porteira.

    Eu tenho que entrar. Olhe só, um minuto e meio apenas de atraso. Quebra essa, vai!

    Já era, não tem mais jeito. Sigo ordens.

    Jararaca! Falei cochichando.

    Como disse? Me chamou de quê?

    Sabe aquela situação complicada de resolver? Pois é...

    A coisa aqui ta embaçada, né?! A gente pode resolver fácil esta situação. Fique sabendo que meus pais têm muita grana, por isso me matriculou neste lugar, onde só freqüentam os grã-finos, entendeu? Quanto você quer pra me deixar entrar?

    Quanto você tem aí?

    Bom, no momento não tenho nada. Minha mãe me deu uns trocados pra vir de táxi, porém um bando de marginais me cercaram, me roubaram e depois me jogaram na lama. Não se preocupe, pago amanhã.

    Ela guardou as chaves, deu uma risada estrondosa e se afastou. E foi assim que fiz a minha primeira inimizade.

    .....

    Capítulo 02:

    Defeitos

    Saiu assim, de supetão.

    Estávamos estudando para a prova bimestral de Matemática, na mesa de mármore havia matérias escolares, duas garrafas de água, dois celulares, no meu tocava as músicas mais pedidas do momento na rádio FM. Então a Eduarda, minha melhor amiga, me encarou encabulada, apontou o dedo indicador e perguntou:

    O que é isso no seu braço?

    A pergunta me fez lembrar a brincadeira de fazer castelos com cartas de baralho, apenas um errinho

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