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Um sonho e outro sonho
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E-book23 páginas16 minutos

Um sonho e outro sonho

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Sobre este e-book

Com o requinte metalinguístico de justificar os atos dos personagens como se tivessem vida própria, independente da pena do escritor, Machado de Assis apresenta neste conto a história da viúva Genoveva, que hesita diante do casamento com o advogado Oliveira, excelente partido, por conta dos sonhos que tem com o marido, o finado Marcondes. "Crês em sonhos?" a pergunta do narrador, que abre a narrativa, encerra bem essa sinopse!
IdiomaPortuguês
Data de lançamento25 de dez. de 2022
ISBN9786587218342
Autor

Machado de Assis

Joaquim Maria Machado de Assis (Rio de Janeiro, 21 de junho de 1839 Rio de Janeiro, 29 de setembro de 1908) foi um escritor brasileiro, considerado por muitos críticos, estudiosos, escritores e leitores o maior nome da literatura brasileira.

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    Um sonho e outro sonho - Machado de Assis

    Crês em sonhos? Há pessoas que os aceitam como a palavra do destino e da verdade. Outras há que os desprezam. Uma terceira classe explica-os, atribuindo-os a causas naturais. Entre tantas opiniões, não quero saber da tua, leitora que me lês, principalmente se és viúva, porque a pessoa a quem aconteceu o que vou dizer era viúva, e o assunto pode interessar mais particularmente às que perderam os maridos. Não te peço opinião, mas atenção.

    Genoveva, vinte e quatro anos, bonita e rica, tal era a minha viúva. Três anos de viuvez, um de véu longo, dois de simples vestidos pretos, chapéus pretos, e olhos pretos, que vinham do consórcio e do berço. A diferença é que agora olhavam para o chão, e, se olhavam para alguma coisa ou alguém, eram sempre tristes, como os que já não têm consolação na terra nem provavelmente no céu. Morava em uma casa escondida, para os lados do Engenho Velho, com a mãe e os criados. Nenhum filho. Um que lhe devia nascer foi absorvido pelo nada: tinha cinco meses de gestação.

    O retrato do marido, bacharel Marcondes, ou Nhonhô, pelo nome familiar, vivia no quarto dela, pendente da parede, moldura de ouro, coberta de crepe. Todas as noites, Genoveva, depois de rezar a Nossa Senhora, não se deitava sem lançar o último olhar ao retrato, que parecia olhar para

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