Entendendo O Apocalipse
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Entendendo O Apocalipse - Apóstolo Luiz Fernando
ENTENDENDO O APOCALIPSE
Apóstolo Luiz Fernando
(28) 99929-4603
Índice:
Introdução:____________________________05
Definição de Apocalipse:__________________06
Autoria:_______________________________08
Apocalipse Capitulo 1:____________________15
Apocalipse Capitulo 2:____________________22
Apocalipse Capitulo 3:____________________47
Apocalipse Capitulo 4:____________________66
Apocalipse Capitulo 5:____________________80
Apocalipse Capitulo 6:____________________92
Apocalipse Capitulo 7:____________________111
Apocalipse Capitulo 8:____________________132
Apocalipse Capitulo 9:____________________146
Apocalipse Capitulo 10:___________________159
Apocalipse Capitulo 11:___________________166
Apocalipse Capitulo 12:___________________179
Apocalipse Capitulo 13:___________________191
Apocalipse Capitulo 14:___________________219
Apocalipse Capitulo 15:____________________252
Apocalipse Capitulo 16:____________________258
Apocalipse Capitulo 17:____________________272
Apocalipse Capitulo 18:____________________353
Apocalipse Capitulo 19:____________________404
Apocalipse Capitulo 20:____________________419
Apocalipse Capitulo 21:____________________466
Apocalipse Capitulo 22:____________________481
Símbolos do Apocalipse:___________________489
Conclusão:______________________________520
Introdução
Nesse livro iremos falar sobre os temas mais polémicos do Livro das Revelações ou Apocalipse, analisando capitulo à capitulo, tratando de uma forma simplificada para que possamos entender cada assunto a qual foi revelado por Deus ao Profeta João na Ilha de Patmos.
Muitas pessoas tem um certo receio sobre o mesmo, porem Deus nos deu esse Livro do Apocalipse, para que possamos entender o nosso dia a dia bem como os tempos vindouros.
Sabemos que o livro traz muitas indagações, a qual muitos especialistas se debruçam em cima para conseguir realizar uma interpretação fidedigna do mesmo.
No meio de nosso povo cristão sem sombras de dúvida, é o assunto menos lido e menos compreendido do conjunto de Livros chamado Bíblia.
Pensando nisso, e ao longo de mais de trinta anos de fé e ministério pastoral, senti em meu coração de escrever o mesmo para juntos possamos ter uma melhor interpretação dos assuntos apocalípticos e dos tempos futuros a qual são amplamente esperados pelo povo de Deus, a volta tão esperada de nosso Messias e na vida eterna com Ele.
Boa leitura: Apóstolo Luiz Fernando
Definição do Apocalipse
O Livro de Apocalipse (O livro da revelação
) e também chamado de Apocalipse de João, é um livro da Bíblia — o livro sagrado do cristianismo — e o último da seleção do Cânon bíblico. Foi escrito por João na ilha de Patmos, no mar Egeu.
A palavra apocalipse, do grego αποκάλυψις, apokálypsis, significa revelação
, formada por apo
, tirado de, e kalumna
, véu. Um apocalipse
, na mesma terminologia do judaísmo e do cristianismo, é a revelação divina de coisas que até então permaneciam secretas a um profeta escolhido por Deus. Por extensão, passou-se a designar de apocalipse
aos relatos escritos dessas revelações, que constituem um gênero literário próprio (literatura apocalíptica). Devido ao fato de, na maioria das bíblias em língua portuguesa se usar o título Apocalipse e não Revelação, até o significado da palavra ficou obscuro, sendo às vezes usado como sinônimo de fim do mundo
.
O título do livro pode sugerir A Revelação de Jesus Cristo
, sendo a ideia básica de que os eventos descritos no livro foram revelados a Jesus Cristo, e este mostrou a seus servos, há mais de 2000 anos, as coisas que aconteceriam, teoricamente, em breve. João, o escritor do livro, não é seu autor, apenas o escriba, que escreveu o livro ditado pelo autor, Jesus. Por duas
vezes, João relata que o conteúdo do livro foi revelado através de anjos.
Neste livro da Bíblia, conta-se que antes da batalha final, os exércitos se reúnem na planície abaixo de Har Megido
(a colina de Megido). Entretanto, a tradução foi mal-feita e Har Megido foi erroneamente traduzido para Armagedom, fazendo os exércitos se reunirem na planície antes do Armagedom, a batalha final.
Autoria
As maiores evidências apontam para o apóstolo João, o discípulo amado, como sendo o escritor do livro do Apocalipse. Mas como foi dito, há quem conteste esta possibilidade. Quem sugere que o apóstolo João não é o autor do Apocalipse, geralmente se baseia em algumas características do próprio livro: 1) Existe uma diferença significativa entre o estilo de escrita do Apocalipse e as outras obras escritas pelo apóstolo João (o Quarto Evangelho e as três Epístolas).
2) Fazendo uma comparação entre o Quarto Evangelho e o Apocalipse, é possível perceber que o Evangelho é escrito em um grego mais culto e refinado. Já o livro do Apocalipse é escrito em um grego mais bruto e com expressões hebraístas.
3) Em seus outros escritos o apóstolo João jamais se identifica nominalmente como faz o escritor do Apocalipse.
4) Alguns também alegam que existem diferenças teológicas e doutrinárias entre o Apocalipse e os livros escritos pelo apóstolo João.
5) É comum que em obras apocalípticas os autores se identifiquem com pseudônimos. Então, um cristão do primeiro século, talvez discípulo do próprio apóstolo
João, poderia ter sido o autor do Apocalipse e se escondido atrás de seu nome.
O apóstolo João foi quem escreveu o Apocalipse O debate sobre a autoria do livro do livro do Apocalipse vem desde muito cedo. Já no século 3 d.C., por exemplo, Dionísio de Alexandria defendeu que o escritor do Apocalipse é outro João e não o discípulo de Jesus. O importante historiador Eusébio também adotou a mesma interpretação.
Por outro lado, quem defende que o autor do livro do Apocalipse realmente foi João, o apóstolo de Jesus, levanta os seguintes argumentos:
1) O fato de o autor do Apocalipse se identificar apenas como João
não deve ser tomado como uma fraqueza, ao contrário, pois que o outro João do primeiro século poderia se identificar às igrejas da Ásia Menor simplesmente como João
? Obviamente o apóstolo João era o João
mais conhecido de sua época entre os cristãos.
2) Realmente existem diferenças no estilo e na gramática entre o livro do Apocalipse e as demais obras do apóstolo. Mas isto pode ser perfeitamente compreendido. Talvez João tenha tido o auxílio de assistentes que lhe serviram como secretários quando ele escreveu o Quarto Evangelho e as Epístolas. Isso era algo comum na época. Por outro lado, quando
escreveu o livro do Apocalipse, João estava exilado na Ilha de Patmos. Provavelmente ele escreveu Apocalipse de próprio punho, o que explica tais diferenças.
3) Ainda com relação às diferenças, também é justo considerar que não se pode exigir total semelhança em uma série de textos com naturezas diferentes. O
Evangelho narra eventos históricos. As Epístolas são cartas pessoais do próprio apóstolo com objetivos doutrinário. Já o Apocalipse é o registro de uma revelação com muito conteúdo escatológico.
4) Também é correto observar que quando o autor do livro do Apocalipse o escreveu, ele estava submetido a uma condição emocional singular. Ele recebeu uma série de visões profundas do próprio Deus. Além disso, é notável o uso maciço de textos do Antigo Testamento em sua composição. Isso naturalmente já ocasionaria algumas diferenças de estilo.
5) Se por um lado é correto admitir as diferenças entre o Apocalipse e os demais escritos joaninos, por outro também é correto admitir as semelhanças.
Comparando o Apocalipse com o Quarto Evangelho, tais semelhanças podem ser vistas tanto na repetição de expressões em comum como na estrutura do próprio texto, por exemplo:
No Evangelho encontramos os sete Eu sou
de Jesus (João 6:35,51; 8:12; 9:5; 10:7,9; 10:11,14; 11:25,26; 14:6-7; 15:1,5). No Apocalipse o padrão de sete
na organização do conteúdo também é marcante (ex.: o livro é dividido em sete seções, existem sete referências à volta de Cristo, sete bem-aventuranças, sete igrejas, sete selos, sete taças, sete trombetas etc.).
Saiba mais sobre como estudar o Apocalipse.
No Quarto Evangelho e no Apocalipse Jesus é apresentado como o Cordeiro de Deus (ex.: cf. João 1:29 e Apocalipse 5:12).
No Quarto Evangelho e nas Epístolas João aplica o título de o Verbo
ao Senhor Jesus, exatamente como acontece no Apocalipse (cf. João 1:1; 1 João 1:1 e Apocalipse 19:13).
6) A Igreja Primitiva afirmou de forma praticamente unânime que quem escreveu o Apocalipse foi o apóstolo João. O próprio Irineu no século 2 d.C., que foi discipulado por um discípulo do apóstolo João, atribuiu a ele a autoria do livro do Apocalipse. Justino Mártir (140 d.C.), Clemente de Alexandria (200 d.C.), Tertuliano (220 d.C.), Orígenes de Alexandria (225 d.C.) e Hipólito (240 d.C.), também reconhecem que o apóstolo João foi o autor do Apocalipse.
7) Existe uma tradição muito respeitada na História do Cristianismo que afirma o exílio do apóstolo João na Ilha de Patmos, e que depois seus últimos dias se deram vivendo em Éfeso. Aqui vale lembrar que a primeira das sete cartas do Apocalipse foi dirigida justamente a igreja em Éfeso.
As duas questões de canonicidade e autoria do Livro de Apocalipse estão intimamente ligadas. Eusébio afirma que o parecer em seu dia foi dividido sobre o livro, e ele oscila entre colocá-lo entre os livros contestados ou a classificação dos homologoumena (os reconhecidos).
Entre esses
, diz ele, se tal visão parece correta, temos de colocar o Apocalipse de João
(História Eclesiástica, III, 25). Que foi justamente colocado aparece a partir de um levantamento das provas. O
primeiro a se referir expressamente ao livro é Justino Mártir (cerca de 140 dC), que fala de como o trabalho de um certo homem, cujo nome era João, um dos apóstolos de Cristo
(Dial, 81). Irineu (cerca de 180 dC) repetidas vezes e decisivamente declara que o Apocalipse foi escrito por João, o discípulo do Senhor (Adv. Haer. Iv. 20, 11, 30, 4; v. 26, 1, 35, 2, etc .), e comenta sobre o número 666 (v. 30, 1). No seu caso não pode haver dúvida de que o apóstolo João seja mencionado. Andreas da Capadócia (século 5), num comentário sobre o Apocalipse afirma que Papias (c.
130 dC), deu testemunho de sua credibilidade, e cita um comentário por ele de Ap 12:7-9. O livro é citado na
Epístola sobre os mártires de Vienne e Lyons (177 dC), tinha um comentário escrito sobre ele por Melito de Sardes (circa 170 dC), uma das igrejas do Apocalipse (Euseb., HE, IV, 26), foi usado por Teófilo de Antioquia (c. 168 dC) e Apolônio (cerca de 210 dC; HE, V, 25) -
nestes casos, sendo citado como o Apocalipse de João.
É incluída como de João, no Cânon de Muratoriano (c.
200 dC). A autoria de João (apostólica) é abundantemente atestada por Tertuliano (cerca de 200
dC; Adv. Março, iii. 14, 24, etc); por Hipólito (cerca de 240 dC), que escreveu um trabalho sobre ela; por Clemente de Alexandria (c. 200 dC), por volta de Orígenes (230 dC), e outros escritores. Dúvida sobre a autoria do livro foi primeiro ouvido na seita obscura do Alogi (final do século 2), que, com Caio, um presbítero romano (c. 205 dC), atribuiu ela a Cerinto. Mais grave foi a crítica de Dionísio de Alexandria (c. 250 dC), que, por motivos internos, defendia que o Quarto Evangelho e o Apocalipse não poderia ter vindo da mesma caneta (Euseb., He, VII, 25). Ele concedeu, no entanto, que foi o trabalho de um homem santo e inspirado - outro João. O resultado foi que, enquanto na Igreja do Ocidente
, como Bousset confirma, o Apocalipse foi aceito por unanimidade, desde o início
(EB, I, 193), uma certa dúvida relacionada a ele por um tempo em partes das igrejas gregas e sírias. Não é encontrado na Peshita, e uma citação dele em Efraim, o Círo, (cerca 373) não parece ser verdadeira. Cirilo de Jerusalém (por volta de 386 dC), omite-o de sua lista, e ele não é
mencionado pelos escritores de Antioquia (Crisóstomo, Teodoro de Mopsuestia, Teodoreto). O Cânon atribuído ao Concílio de Laodicéia (cerca de 360 dC) não o menciona, mas é duvidoso que este documento não seja, de fato, de uma data posterior (compare Westcott; também Bousset, Die Offenb. Joh., 28). Por outro lado, o livro é reconhecido por Metódio, Pamphilus, Atanásio, Gregório de Nissa, Cirilo Alex, Epifânio, etc.
Apocalipse Capítulo 1
Título e Assunto do Livro
1 - Revelação de Jesus Cristo, que Deus lhe deu para mostrar aos seus servos o que em breve há de acontecer. Ele enviou o seu anjo para torná-la conhecida ao seu servo João,
2 - que dá testemunho de tudo o que viu, isto é, a palavra de Deus e o testemunho de Jesus Cristo.
3 - Feliz aquele que lê as palavras desta profecia e felizes aqueles que ouvem e guardam o que nela está escrito, porque o tempo está próximo.
Análise: 1 ao 3
Na introdução do Livro de Apocalipse, vemos o Senhor Jesus Cristo relatar a necessidade de lermos o conteúdo passado por revelação à João, que arrebatado ao terceiro céu, recebe as profecias descritas nesse livro, para que ele pudesse relatar para o povo de Deus os acontecimentos ao qual iremos em um futuro breve presenciar.
João testemunha os fatos descritos, e coloca-se como testemunha a qual por inspiração divina, afirma ser a Palavra de Deus e ressalta que feliz é aquele que le as profecias descritas nesse livro, sendo que ele mesmo diz que o Tempo está Próximo...
Dedicação as Setes Igrejas da Ásia 4 - João às sete igrejas da província da Ásia: A vocês, graça e paz da parte daquele que é, que era e que há de vir, dos sete espíritos que estão diante do seu trono
5 - e de Jesus Cristo, que é a testemunha fiel, o primogênito dentre os mortos e o soberano dos reis da terra.
Ele nos ama e nos libertou dos nossos pecados por meio do seu sangue,
6- e nos constituiu reino e sacerdotes para servir a seu Deus e Pai. A ele sejam glória e poder para todo o sempre! Amém.
7- Eis que ele vem com as nuvens, e todo olho o verá, até mesmo aqueles que o traspassaram;
e todos os povos da terra se lamentarão por causa dele. Assim será! Amém.
8 - Eu sou o Alfa e o Ômega
, diz o Senhor Deus, o que é, o que era e o que há de vir, o Todo-poderoso.
João em Patmos
9 - Eu, João, irmão e companheiro de vocês no sofrimento, no Reino e na perseverança em Jesus,
estava na ilha de Patmos por causa da palavra de Deus e do testemunho de Jesus.
10 - No dia do Senhor achei-me no Espírito e ouvi por trás de mim uma voz forte, como de trombeta, 11 - que dizia: Escreva num livro o que você vê e envie a estas sete igrejas: Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodiceia
.
12 - Voltei-me para ver quem falava comigo. Voltando-me, vi sete candelabros de ouro
13 - e entre os candelabros alguém semelhante a um filho de homem
, com uma veste que chegava aos seus pés e um cinturão de ouro ao redor do peito.
14 - Sua cabeça e seus cabelos eram brancos como a lã, tão brancos quanto a neve, e seus olhos eram como chama de fogo.
15 - Seus pés eram como o bronze numa fornalha ardente e sua voz como o som de muitas águas.
16 - Tinha em sua mão direita sete estrelas, e da sua boca saía uma espada afiada de dois gumes. Sua face era como o sol quando brilha em todo o seu fulgor.
17 - Quando o vi, caí aos seus pés como morto. Então ele colocou sua mão direita sobre mim e disse: "Não tenha medo. Eu sou o Primeiro e o Último.
18 - Sou Aquele que Vive. Estive morto, mas agora estou vivo para todo o sempre! E tenho as chaves da morte e do Hades.
19 - "Escreva, pois, as coisas que você viu, tanto os presentes como as que acontecerão.
20 - Este é o mistério das sete estrelas que você viu em minha mão direita e dos sete candelabros: as sete estrelas são os anjos das sete igrejas, e os sete candelabros são as sete igrejas.
Análise: 4 ao 20
No contexto desses versículos, vemos João falar a cerca das Sete Igrejas encontradas na Ásia, a qual se destinam aos seus líderes e consequentemente aos seus membros.
Cada Igreja mencionada no versículo 11, tem um significado e representatividade individual, com a caraterística que reflete a todas Igrejas em todas as épocas.
O significado das sete Igreja nós veremos abaixo: 1. ÉFESO Igreja autêntica, apostólica 30 a 100 d.C
2. ESMIRNA Mirra (latim) Igreja perseguida, atribulada 100 a 313 d.C
3. PÉRGAMO Cidadela (grego) Igreja mundana, estatal 313 a 590 d.C
4. TIATIRA Igreja papal, corrupta 590 a 1517 d.C
5. SARDES Igreja da Reforma, morta 1517 a 1730 d.C
6. FILADELFIA Amor fraternal (grego) Igreja missionária, evangelística, fiel 1730 d.C. até o arrebatamento 7. LAODICÉIA Que pertence a Laodice, mulher de Antíoco II Igreja morna, apóstata, 1900 d.C. até a Segunda volta de Cristo
Em cada Igreja nós temos uma característica individual com uma mensagem muito explicita de cada uma, a qual veremos na sequência:
1 ÉFESO: Deixaste o primeiro amor, arrepende-te.
2 ESMIRNA: Tereis uma tribulação de dez dias, sê fiel até a morte.
3 PÉRGAMO: Tens lá os que seguem a doutrina de Balaão, arrepende-te.
4 TIATIRA: Toleras Jezabel.
5 SARDES: Tens nome de que vives, e estás morto.
6 FILADELFIA: Eis que diante de ti pus uma porta aberta.
7 LAODICÉIA Nem és frio nem quente, estou a ponto de vomitar-te.
Para cada uma das Igrejas , Jesus revela uma postura distinta, observe abaixo:
1. Para a igreja ortodoxa e sempre esforçada em Éfeso, Cristo é aquele que tem as igrejas na sua mão direita, isto é, que lhe sustenta a obra.
2. Para a igreja atribulada em Esmirna, na véspera de martírio, Jesus apresenta-se como aquele que havia experimentado a perseguição, até mesmo a morte e havia vencido.
3. À igreja mundana em Pérgamo, Cristo glorificado é quem maneja a espada dividindo a igreja do mundo.
4. Para a igreja corrupta, Tiatira, Cristo é Juiz com olhos como chamas de fogo.
5. Para a igreja morta, Sardes, Jesus tem os sete Espíritos de Deus e pode ressuscitar os crentes da morte para a vida.
6. À igreja missionária, Filadélfia, Cristo é quem quer abrir a porta para a evangelização.
7. Para a igreja morna, Laodicéia, Cristo é a Fiel e Verdadeira Testemunha, tirando da igreja a máscara da satisfação em si mesma.
No versículo 19 nos entendemos que as Igrejas reveladas com suas características especificas, são exemplos das igrejas passadas, presentes e futuras.
Por elas podemos avaliar de forma eficaz nossas condutas perante nosso ministério bem como perante as igrejas a qual somos líderes.
Muitas pessoas perguntam o que significa as Sete Estrelas, os Sete Castiçais de Ouro falada por Jesus no versículo 20.
Como o próprio versículo é traduzido por Jesus a qual nos mostra que as Sete Estrelas são a sete igreja e os Sete Castiçais de Ouro são os pastores de cada igreja.
O termo Anjo
mencionados tem como significado pastores, líderes, condutores do rebanho de cristo, ou seja, cada um que dirigi um ministério na atualidade e nos tempos vindouros.
O termo Tempos Vindouros
, significa os tempos próximos, ou futuro próximo.
Apocalipse Capítulo 2
Primeira carta, a igreja em Éfeso
1 - Ao anjo da igreja em Éfeso escreva: Estas são as palavras daquele que tem as sete estrelas em sua mão direita e anda entre os sete candelabros de ouro.
2 - Conheço as suas obras, o seu trabalho árduo e a sua perseverança. Sei que você não pode tolerar homens maus, que pôs à prova os que dizem ser apóstolos mas não são, e descobriu que eles eram impostores.
3 - "Você tem perseverado e suportado sofrimentos por causa do meu nome e não tem desfalecido.
4 - "Contra você, porém, tenho isto: você abandonou o seu primeiro amor.
5 - Lembre-se de onde caiu! Arrependa-se e pratique as obras que praticava no princípio. Se não se arrepender, virei a você e tirarei o seu candelabro do lugar dele.
6 - Mas há uma coisa a seu favor: você odeia as práticas dos nicolaítas , como eu também as odeio.
7 - "Aquele que tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas. Ao vencedor darei o direito de comer da árvore da vida, que está no paraíso de Deus.
Segunda carta, a igreja em Esmirna
8 - Ao anjo da igreja em Esmirna escreva: Estas são as palavras daquele que é o Primeiro e o Último, que morreu e tornou a viver.
9 - Conheço as suas aflições e a sua pobreza; mas você é rico! Conheço a blasfêmia dos que se dizem judeus mas não são, sendo antes sinagoga de Satanás.
10 - "Não tenha medo do que você está prestes a sofrer. O Diabo lançará alguns de vocês na prisão para prová-los, e vocês sofrerão perseguição durante dez dias. Seja fiel até a morte, e eu lhe darei a coroa da vida.
11 - "Aquele que tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas. O vencedor de modo algum sofrerá a segunda morte.
Terceira carta, a igreja em Pérgamo
12 - Ao anjo da igreja em Pérgamo escreva: Estas são as palavras daquele que tem a espada afiada de dois gumes.
13 - "Sei onde você vive - onde está o trono de Satanás.
Contudo, você permanece fiel ao meu nome e não renunciou à sua fé em mim, nem mesmo quando Antipas, minha fiel testemunha, foi morto nessa cidade, onde Satanás habita.
14 - "No entanto, tenho contra você algumas coisas: você tem aí pessoas que se apegam aos ensinos de Balaão, que ensinou Balaque a armar ciladas contra os israelitas, induzindo-os a comer alimentos sacrificados a ídolos e a praticar imoralidade sexual.
15 - De igual modo você tem também os que se apegam aos ensinos dos nicolaítas.
16 - Portanto, arrependa-se! Se não, virei em breve até você e lutarei contra eles com a espada da minha boca.
17 - "Aquele que tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas. Ao vencedor darei do maná escondido.
Também lhe darei uma pedra branca com um novo nome nela inscrito, conhecido apenas por aquele que o recebe.
Quarta carta, a igreja em Tiatira
18 - Ao anjo da igreja em Tiatira escreva: Estas são as palavras do Filho de Deus, cujos olhos são como chama de fogo e os pés como bronze reluzente.
19 - "Conheço as suas obras, o seu amor, a sua fé, o seu serviço e a sua perseverança, e sei que você está fazendo mais agora do que no princípio.
20 - "No entanto, contra você tenho isto: você tolera Jezabel, aquela mulher que se diz profetisa. Com os
seus ensinos, ela induz os meus servos à imoralidade sexual e a comerem alimentos sacrificados aos ídolos.
21 - Dei-lhe tempo para que se arrependesse da sua imoralidade sexual, mas ela não quer se arrepender.
22 - Por isso, vou fazê-la adoecer e trarei grande sofrimento aos que cometem adultério com ela, a não ser que se arrependam das obras que ela pratica.
23 - Matarei os filhos dessa mulher. Então, todas as igrejas saberão que eu sou aquele que sonda mentes e corações, e retribuirei a cada um de vocês de acordo com as suas obras.
24 - Aos demais que estão em Tiatira, a vocês que não seguem a doutrina dela e não aprenderam, como eles dizem, os profundos segredos de Satanás, digo: Não porei outra carga sobre vocês;
25 - tão somente apeguem-se com firmeza ao que vocês têm, até que eu venha.
26 - "Àquele que vencer e fizer a minha vontade até o fim darei autoridade sobre as nações.
27 - " 'Ele as governará com cetro de ferro e as despedaçará como a um vaso de barro.'
28 - "Eu lhe darei a mesma autoridade que recebi de meu Pai. Também lhe darei a estrela da manhã.
29 - Aquele que tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas.
Análise: 4 ao 29
Efésio
No tempo em que foi escrito este livro, Éfeso era uma grande e rica cidade de Jônia. Ali viviam representantes de todas as camadas sociais — ricos, letrados, pobres e analfabetos.
As condições gerais de vida faziam dela uma cidade abastada, culta e corrompida. Não se revela por que é apresentada Éfeso em primeiro lugar, antes das outras.
Talvez pelo fato de ser ela o natural ponto de partida no continente, que daria melhor circulação à mensagem que provinha da ilha de Patmos.
Concedendo que o livro foi mesmo escrito por João, o filho de Zebedeu, acharemos mais sentido na tradição que sustenta ter sido João o líder principal das forças cristãs na região de Éfeso por espaço de um quarto de século.
Nos capítulos de 18 a 20 do livro dos Atos dos Apóstolos, podemos ver o histórico da fundação e dos primeiros empreendimentos desta igreja. A igreja vinha já lutando pelo Reino de Deus por cerca de quarenta ou
quarenta e cinco anos, quando lhe foi endereçada esta mensagem.
1 - IDENTIFICAÇÃO (2:1)
O Senhor se apresenta à Igreja de Éfeso como o que tem em sua destra as sete estrelas e como o que anda por entre os sete castiçais de ouro.
Isto aclara tão bem sua posição que não deixa dúvida alguma quanto ao que vem a seguir sobre o conhecimento que ele tem das igrejas — ele está aí, e sabe o que acontece.
Ele está cuidando de cada caso, tendo em sua forte destra a sorte dela, que envolve o pastor. Anota cada uma de suas virtudes e falhas e revela tudo em sua mensagem.
2 - LOUVOR (2:2, 3, 6)
É interessante notar nestas cartas que quando há algo a louvar ou elogiar na vida da igreja, o Senhor trata primeiro disso. A igreja em Éfeso tinha muitas coisas que mereciam louvor.
a) Fidelidade na vida de cada dia.
Conheço as tuas obras, e o teu trabalho, e a tua paciência.
A palavra obras
certo refere-se aos bons serviços que a igreja estava prestando.
Era, de fato, uma congregação ativa e agressiva.
Trabalho
é mais que obras
. A palavra aqui traduzida
trabalho
refere-se ao esforço que produz serviço à custa de sofrimento.
Eles — os membros da igreja em Éfeso — estavam testemunhando sob grandes dificuldades.
A palavra lembra o eco do bater sobre o peito, com exclamações de angústia, quando se avança para a realização dum fim desejado. Era uma igreja que trabalhava. A palavra paciência
revela a atitude de persistência no esforço que produz obras.
Não significa em o Novo Testamento essa atitude passiva que hoje em dia se expressa pela palavra paciência. Não é em nada esse cruzar de braços, à espera de algum acontecimento. Literalmente significa
persistir sob
.
Quer dizer aguentar, quando a carga é pesada, ou ser senhor de si diante de qualquer dificuldade. As três palavras reunidas nos dão uma impressão mui forte de fidelidade na vida prática. Constituem fato profundamente significativo, dado que tal louvor partiu dos lábios do Cristo soberano.
b) Fidelidade na doutrina.
Não podes sofrer os maus
indica que os mestres gnósticos tinham conquistado algum terreno em Éfeso.
Eles chegaram lá proclamando-se verdadeiros apóstolos e missionários, mas a igreja em Éfeso os provou, viu-os falsos e os rejeitou.
Os efésios tinham resistido bastante em sua fidelidade para com o nome de Cristo. Não esmoreceram em meio das mil e uma dificuldades criadas pela perseguição e pelas invasões de falsas doutrinas.
Aos volúveis gálatas, o apóstolo Paulo certa vez dissera
— não nos cansemos de fazer bem
(Gálatas 6:9). Os efésios, porém, possuíam grandes reservas de energias e fortaleza, e podiam dispensar tal exortação.
A atuação dos nicolaítas foi recebida pelos efésios com tal reação que só podemos descrevê-la com ódio —
ódio santo contra toda a iniquidade.
E o Cristo redivivo participa dessa atitude dos efésios para com os nicolaítas. Ele igualmente revela sua contínua aversão e desaprovação ao mal, seja de que ordem for. Não foi feita a verdadeira identidade dos nicolaítas.
Por sua relação com aqueles que esposavam as doutrinas de Balaão (2:14, 15), parece que a periculosidade deles consistia em serem promotores duma certa espécie de antinomianismo (crença de que os cristãos não precisavam mais guardar a lei moral, uma perversão monstruosa da doutrina bíblica da justificação pela fé).
Fosse o que fosse esse ensino falso, recebeu ele o ódio comum de Cristo e dos cristãos de Éfeso.
Este franco elogio nos leva a perguntar se não era perfeita esta igreja, pois parece não haver nela nada errado. Mesmo no meio de grandíssimas dificuldades, ela cumpria com o seu dever cristão, realizava seus cultos, repelia os falsos doutores, odiava o pecado e não esmorecia na obra do Senhor.
Era, de fato, o que se poderia esperar duma igreja que tinha sido grandemente abençoada através das atividades de grandes líderes, como Paulo, Apolo, Priscila e Áquila, Timóteo e João — o discípulo amado.
Mas o Senhor examina tudo com olhar penetrante e descobre uma grande falha.
3 - QUEIXA (2:4)
Tenho, porém, contra ti que deixaste o teu primeiro amor.
Esta breve declaração inclui tudo. Certo estudante, com muita habilidade e talvez irrefletidamente, quando se lhe deu uma lição sobre este passo bíblico, exclamou — Acabara-se a lua de mel!
Sim, a igreja em Éfeso já não conservava mais aquele amor fervoroso e caloroso que caracterizara suas primeiras experiências da vida cristã.
Estavam levando avante um programa de atividades que revelava uma igreja bem agressiva, mas tinham deixado de parte o verdadeiro motivo ou espírito do serviço cristão.
Quando o amor de Cristo deixa de ser o motivo capital da vida e do culto cristão, as atividades e esforços do cristão significam muito pouco.
4 - O CONSELHO (2:5, 7A)
A recomendação que Cristo faz à igreja em Éfeso pode resumir-se em três verbos — lembrar, arrepender-se, voltar. Lembrar da alegria e entusiasmo que dantes tínheis em vosso amor por Cristo e sua obra; lembrar da poderosa força daquele vosso amor.
Arrepender-vos de um serviço feito sem amor, anomalia que deixastes crescer em vossa vida interior.
De fato, isto é um inimigo mortal — como um câncer —
do serviço efetivo no Reino do Senhor. Voltar àquele primitivo espírito de serviço, que brota dum coração cheio de amor.
Cristo avisa que, se eles não voltarem ao seu primeiro amor, estarão perdendo o direito de existir como igreja.
Ameaça tirar o castiçal do lugar em que se acha. O
castiçal é a igreja (1:20), e ela já não terá mais o direito de existir, uma vez que não satisfaz ao propósito e
programa que Cristo tem para com ela. Que aviso solene para toda e qualquer igreja cristã!
A primeira parte do versículo 7 serve de transição do conselho para a promessa. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.
Aqueles que têm percepção espiritual são aqui aconselhados a escutar.
Não se trata da mensagem de um homem, não. E o Deus eterno quem está falando e alertando Seu povo, para que se ponha em guarda contra esse inimigo mortal que é a apatia espiritual.
5 - A PROMESSA (2:7B)
Ao que vencer, dar-lhe-ei a comer da árvore da vida, que está no meio do jardim de Deus.
A idéia de vitória é uma das principais em todo o livro do Apocalipse.
Significa sair vitorioso das circunstâncias em que nos encontramos.
No contexto que