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Zuzaladrão
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E-book312 páginas4 horas

Zuzaladrão

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Sobre este e-book

O autor conta a história de um país fictício chamado KEROGRANA com três personagens principais: um sindicalista, um militar e um bon-vivant e agitador com envolvimento em reencarnações, divergências amorosas e atentados políticos. Tudo começa no principio da criação do mundo por Deus e continua no descobrimento de KEROGRANA pelos gorrugos e sua definição acontece no final da segunda guerra mundial finalizando na época atual. Uma história pra você se divertir e pensar como se formou nosso DNA seguindo rigorosamente a nossa saga no planeta Terra.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento12 de nov. de 2022
Zuzaladrão

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    Zuzaladrão - Jota Muniz

    ZUZALADRÃO

    De Cabo a Rabo até depois da Prisão

    Jota Muniz

    De São Vicente — 1.ª Cidade do Brasil

    Copyright © (2022) Jota Muniz – São Vicente, SP

    1. ed. - 2022

    _____________________________________________________________

    M966z      Muniz, Jota

    Zuzaladrão – De cabo a rabo até depois da prisão. 1. ed. Jota Muniz. São Vicente: Independente. 2022.

    Livro Digital; EPUB.

    ISBN: 978-65-89972-34-1

    Zuzaladrão. 2. Kerograna. 3. Jhotinha. 4. Ecila. 4. Dejair. 5. Gorrugos.

    CDD: B869.7

    ______________________________________________________________

    Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução deste livro com fins comerciais sem a prévia autorização do autor.

    JOTA MUNIZ

    EMAIL: jota.muniz@hotmail.com

    INSTAGRAM: JOTA MUNIZ II

    FACEBOOK: JOTA MUNIZII

    TWITER: @jota_muniz

    LINKEDIN: JOTA MUNIZ

    Aquele que não conhece a verdade é simplesmente um ignorante, mas aquele que a conhece e diz que é mentira, este é um criminoso. Completando para o autor: um grande filho da *!

    Bertolt Brecht...

    ADVERTÊNCIA NÚMERO UM

    Pequena história, grande sacanagem. Que nunca será premiada em nenhum concurso literário, por não ser politicamente correta como manda os donos das manadas. Eu quero que eles se danem.

    ADVERTÊNCIA NÚMERO DOIS

    Não compare com nenhum outro escritor FAMOSO: nacional, estrangeiro ou BEST SELLERS MUNDIAL. Como Federico Garcia Lorca, Pablo Neruda e Oscar Wilde. Muito menos com Machado de Assis, Carlos Drummond de Andrade e Nelson Rodrigues. E nem pensar as escritoras Cecília Meireles, Clarice Lispector ou Cora Carolina.

    Pior ainda, com os estilos literários trovadorismo, humanismo e renascimento. Ou com o Barroco, arcadismo, realismo, naturalismo, Parnasianismo, Simbolismo, Pré-modernismo, Modernismo e Contemporâneos.

    Porque ele não tem nada a ver com esses escritores ou esses estilos literários. Gosta de estar à parte, porque assim, pode criar o que quiser sem preconceito e sem o ranço do vamos fazer igual.

    Além de enfiar as mãos nas entranhas do ser humano faz uma crítica mordaz em tom realista e ferino do nosso cotidiano numa linguagem simplista até demais.

    Também Não pense em ler um livro de alto teor e nível literário!

    Esse é o nosso escritor Jota Muniz de São Vicente, a 1.ª Cidade do Brasil. hahaha@!

    ADVERTÊNCIA NÚMERO TRÊS

    Parece!... Não sei... E não tenho certeza... Muita incongruência no judiciário brasileiro para se confiar em seriedade dessa corja. Mas... Que segundo as leis federais, este livro é protegido por direitos autorais, sendo expressamente proibido, duplicar, copiar, alterar, PLAGIAR no todo ou em parte, seja por que processo for para fins comerciais. Só podendo com autorização expressa do escritor por intermédio do seu

    E-mail: jota.muniz@hotmail.com

    Fazendo assim, direitinho, você não vai me estressar porque eu não tenho a menor vontade de entrar na justiça para processá-lo pelo artigo 7 da Lei 9610 de 19/02/98 (Direitos Autorais), mais irei encontrar você para uma bela conversa. Por favor, não pague pra ver!

    Gato não gosta de água fria e fica esperto quando se lembra que já foi escaldado. Não pretendo ser pela segunda vez.

    Note bem: o recado acima NÃO é pra você leitor que apenas quer o livro para ler e passar seu tempo de lazer numa boa.

    O autor

    Gente! Não venha com isso ou aquilo de intelectual abestado da esquerda entendido em religiões, que se diz ateu até nova eleição para rapidamente frequentarem as igrejas e templos tentando enganar os fiéis com suas ladainhas mentirosas sobre Deus. E não adianta mesmo. Temos destinos diferentes, uns nascem em berço de ouro, outros nascem em favelas ou em zonas de guerras e conflitos; na miséria e mesmo sem conhecer os pais ou fudido destituído de tudo em países comunistas ou ditatoriais pra viver na merda mesmo. Deve haver uma lógica por trás disso tudo isso, uma razão de ser. Não acredito nesse Deus vingativo e amedrontador que se você for carneirinho e pagar o seu dizimo religiosamente  não vai pro inferno, caso contrario vai queimar nas profundezas desse inferno criado pelo povo cretino que é para lhe assustar e torná-lo mansinho e também submisso fácil de ser manipulado. O quase certo é que construímos o nosso destino na eternidade mediante uma enorme sucessão de vidas. Colhemos sempre o que plantamos em vidas passadas. Cada um de nós é herdeiro de si mesmo. E quase certo também, que temos um amor verdadeiro e único que nos acompanha pela eternidade até que sejamos completados um ao outro numa harmonia definitiva. Somos seres espirituais passando por uma experiência humana. É isso! E não me aporrinhe o meu saquinho com isso ou aquilo de religiões. Eu não acredito em denominações, mas respeito a todos. Tamos conversado. Se não gosta de mim, entra em contato com os americanos dizendo que é do esquema hezbollah ou Hamas  e que participou dos atentados lá na terra do tio Sam e vá passar férias em Guantánamo ou então vai à Coréia do Norte e mostra o dedo médio numa cerimônia para idolatria do Presidente Democrático (!!!???) Kim Jong-Un. Daí você vai ver o que é bom pra tosse. A nossa história deve ser vista de três maneiras: a contada pelos colonizadores, a contada pelos professores maconheiros de histórias que assolaram o país como um tsunami ideológico e a não falada ainda, pelo verdadeiro brasileiro e que insiste em aflorar em toda a sua essência e  incidência nos mostrando as suas reais verdades.

    Um complexo de vira-lata que é na realidade um cabedal de virtudes e defeitos que nos faz diferente de todos os povos. Até de ser fofoqueiro, de maria-vai-com-as-outras e a da turma do ouvir falar e passo pra frente sendo ou não verdade. Quem quiser que desminta, porque onde há fumaça há fogo. Fala assim pra justificar sua safadeza de passar pra frente o que não sabe se é verdade ou não.

    Não somos o país do carnaval onde se consegue colocar três mil pessoas na avenida pra desfilar na maior ordem. Nas praias, milhares de pessoas de todos os níveis na maior harmonia, futebol onde milhares ficam gritando e torcendo e até brigando pelo seu time nos fins de semana bebendo caipirinha. De tolerar e até continuar votando em políticos corruptos e debochar de funcionário público vagabundo e relapso. Um novo povo onde tudo se interliga. Somos solidários em tudo até em vaiar um minuto de silêncio. Somos de fazer manifestação contra e a favor do presidente. Os contras tentando quebrar tudo que pode e os, a favor fazendo uma festa de democracia aplaudida até pelos policiais que acompanham as manifestações  numa alegria, de só festa, e, daí chamados fascistas antidemocráticos pela mídia esquerdista que não se emenda nunca.  Essa se não comer um bom pedaço do bolo nunca vai se conformar. Num contraste incrível de contradição desse povo chegando alguns dizer: é o rabo que abana o cachorro. Num deboche sem igual de cinismo e ironia. Novo porque ainda estamos se achando e entendendo nossa cultura e nosso jeito de ser. Estamos se lapidando a cada minuto para conseguirmos (diferir) de todas as outras nações que ainda lutam com suas Ku Klux Klan, Apartheid, ódio religioso, ódio de etnia e racismo devido à cor da pele e das diferenças ideológicas. Por mais que queiram fazer essa divisão, não precisamos disso para moldar uma verdadeira nação para todos iguais e diferentes. Não temos fio condutor entre o resto do mundo a não ser com os portugueses e africanos que aportaram por aqui pelos seus interesses sendo absolvidos pelos nativos que aqui viviam e se tornaram uma raça só, novíssima, a brasileira.

    Jota Muniz

    Advertência do autor tirando o dele da reta

    Essa é uma obra (Obra! Aí já começa a sacanagem!) de ficção que fala a verdade que não sei qual (pior ainda!...), portanto qualquer semelhança com pessoas vivas, mortas, semimorta politicamente, presas, que vão ser presa, solta por habeas corpus, liminar, indulto presidencial ou alguma manobra jurídica por advogados de alto padrão que conseguem burlar as leis. A suprema corte, fazendo seus conchavos e falcatruas dando seu pitaco onde não deve ou dizer que o autor fez isso e também aquilo é mera sacanagem dele. Portanto, não venha com mimimi e ameaças idiotas contra o autor que ele não esta nem aí. Na primeira oportunidade mando você tomar café.

    Liberdade é o direito de todos os seres viventes, em falar o que pensa se responsabilizando pelas mesmas, principalmente se for para sacanear os cretinos, os desonestos e os corruptos dos três poderes. Não se esqueça que esta na Constituição Federal do BRASIL esse direito de todos nós.

    Assina: A comissão dos direitos dos Manos.

    Já posso rir? Ou ainda não?

    Hahaha@!

    INÍCIO

    Para começar o alicerce do DNA, do Zuzaladrão, assim, você vai entender realmente quem foi esse meu personagem, um grande canastrão, que muitos ainda o aplaudem e puxam seu saco. Claro que a gente sabe por quê. Ele é o meu personagem favorito e a criação é minha. Adoro personagem canastrão. Aja visto que sou fã atualmente do Coringa e da Cruella. Na minha juventude o Esqueleto arquiinimigo do herói He-Man e na minha infância o lobo mal da história da chapeuzinho vermelho que nunca deixaram ele se defender.

    Cadê a democracia falada e escrita que essa corja demagoga vive falando? São eles que dão vida às grandes histórias e o meu personagem não será diferente.

    ***

    Vamos lá. Era uma vez um país chamado Kerograna. Bonitinha a maneira de começar a minha história — era uma vez — não é verdade?

    Outra coisa foi o nome do país fictício que inventei Kerograna, sugestivo né?  No final da leitura desse livro você — tenho certeza — vai dizer que foi o nome perfeito para história. Ponto. 

    Como é para sacanear não vou falar que tudo ocorreu aqui no Brasil — onde vivo — e que a história e os personagens são daqui. Longe de eu fazer uma coisa dessas. Seria muita safadeza da minha parte, não é verdade? A ficção a gente pega uma história verdadeira e transforma em outra que não é real, mas pode vir a ser. Entenderam? Se não entenderam perguntem para a ex-presidenta Dilmanta que ela explica melhor do que eu.

    Na realidade é uma criação literária livre com uma dose de cinismo e deboche do autor. Vou contar do jeito que eu quero e o resto que se dane. Fazendo isso eu piro os esquerdopatas e posso jurar de pés juntos, juntos não, separados dizendo que não tem nada ver com nada que estão falando, só para emputecer mais ainda essa raça de esquerdistas idiotas que infelizmente vão estar por aqui por um bom tempo, acho eu. Que merda!

    ***

    Kerograna era demais! Tudo devido a suas praias que eram de uma beleza mil, um azul límpido, maravilhoso e afrodisíaco. Uma areia a beira d’água de deitar e rolar dando vontade de fazer sexo selvagem sem hora marcada a não ser pela vontade de ambos. Sendo esses ambos, homem e mulher, mas que seria tentado por uma turma minoritária voluteante ideológica a modificar futuramente por um só sexo — o homossexual —  que iriam querer ser único e que todos fossem iguais a eles. Não sabendo que fazendo isso seria apenas só uma gambiarra sexual de quem não gosta da fruta. Aqui cabe essa ilustração para acabar a narrativa de ideologia de gênero.

    — Senhor!

    — Sou Senhorita Doutor!

    — Ok senhorita! O diagnóstico é câncer de próstata.

    Vixe!

    ***

    Sua floresta tropical esplendorosa que deixaria qualquer um embasbacado com a sua beleza. Pássaros coloridos de um verde amarelo incrível que disputavam lugar para cantar nas frondes da carnaúba.

    ***

    Diferente desses outros safados que prendem os pássaros nas gaiolas e quando o pássaro canta, ali no cativeiro, acha uma beleza. Coloque um safado desse na gaiola e manda-o cantar de alegria. Quero ver se ele vai gostar. Continuemos...

    ***

    Kerograna era mesmo um paraíso terrestre. Frutas variadas na maior abundância. Rios maravilhosos com cachoeiras lindas que eles podiam se banhar e nadar; se divertir e ficar fazendo o que quisesse a vontade na maior boa. Peixes de todas as espécies e qualidades. Tudo que plantasse dava, apesar de que pouca coisa se plantava preferiam o que a natureza lhe dava diretamente sem ter preocupação em plantar ou colher. Quando diminuía a produção para colheita eles mudavam para outro local, e continuavam sua vidinha maravilhosa. Um paraíso terrestre cheio de riquezas minerais incalculáveis para ninguém colocar defeito. Só o olho gordo de futuros país que estavam de butuca nessa riqueza.

    ***

    Os gorrugos (que hoje são conhecidos como portugueses) quando chegaram nessa terra quase desconhecida e vira tudo àquilo, piraram, exclamando:

    — Eita! Terrinha Du caralhu!

    Pensaram ter chegado ao paraíso. Triste engano.

    ***

    Dizem — não sei, eu não estava lá — quando Deus estava criando o universo, por conseguinte, o planeta terra e seus continentes, um abençoado da sua equipe de assessores, chamado Jhotinha, indagou:

    — Senhor! Porque aquele país tropical, verde amarelo com um sol deslumbrante o ano todo será sem terremotos, vulcões, furacões, tufões e só belezas naturais?

    Deus ficou pensativo e disse:

    — Jhotinha meu abençoado... A diferença será o povo que lá irei colocar — fez uma pausa e continuou — a mistura será com mais dois outros povos que irão para lá e será o alicerce de tudo — pensou novamente um pouco mais e disse — nem te conto o que vai acontecer. Será uma verdadeira bomba atômica de confusão e desrespeito a tudo. Da mais simples lei da física, da natureza e das feitas por eles próprios — engoliu em seco — que os homens de bem que insistir em se fixar lá ficarão horrorizados. Até que um dia... — olhando para o infinito — esse povo misturado irá se revoltar contra tantas tranqueiras, que ira se criar em todas as áreas de vivência que eles não vão aguentar mais e vão dar um basta em tudo e transformar em um grande país. Eu mesmo não conseguirei dizer para vocês e você Jhotinha — meus assessores abençoados — quando isso irá acontecer — falou Deus completando. O pior, sempre aplicará a lei do Gérson em tudo que fizerem.

    O Jhotinha um abençoado de seus assessores pensou:

    Como é feliz a nação que tem o senhor como Deus, o povo que ele escolheu para pertencer! — Sentiu-se irônico com esse pensamento o assessor abençoado de Deus, o Jhotinha, que logo foi mandado para viver como mortal por futuras gerações e encarnações sempre neste país verde amarelo.

    Outro assessor abençoado que gostava muito do Jhotinha, o Dejair Bondado, sacudiu a cabeça e pensou: esse Jhotinha não tem jeito, sempre falando o que pensa. É como eu... Tá oquei? Não teve jeito também foi para o mesmo lugar que o Jhotinha.

    ***

    Os nativos que chegaram a Kerograna a mais de 20 mil anos antes dos outros povos já foram expulsando para o interior o povo que vivia ali a beira-mar. Vaza! Gritaram e bateram o pé.

    — Perdeu! Perdeu! Agora é nós na fita a gente  que vai viver aqui vocês que pro interior se quiserem. — falou o chefão da tribo que estava chegando ao litoral de Kerograna e botou os índios que viviam felizes no litoral para correr.

    Os índios que assumiram a área do litoral na mão grande iriam viver numa boa entre si sem prejudicar a natureza.

    Para espantar o tédio que teriam de tantas facilidades iriam fazer algumas guerrinhas entre si e os inimigos capturados eles iriam assar e comer numa festança. O ritual seria realizado, de modo que o índio que comesse a carne do outro adquiria inteligência, coragem, força e outras habilidades.

    Se comessem carne de um homem forte e corajoso, eles acreditavam que ficariam com essas características também (até mesmo se fosse vontade do morto), assim evitavam a carne de pessoas covardes e fracas. Isso ocorria somente após uma guerra.

    Outra razão é a de que a tribo do índio morto poderia se sentir honrado quando o inimigo quisesse comer a carne dele para ficar parecido com o mesmo. Fora isso, eles não praticavam canibalismo e não viria comer homens brancos (pelos índios acharem sua carne indigna, pois eles eram filhos dos deuses maus), caso contrário, a tribo poderia ser amaldiçoada de acordo com suas crenças.

    Isto é, se o inimigo não chorasse ou demonstrasse estar como medo. Não se acovardasse. Caso isso acontecesse, daí daria um pontapé na bunda do inimigo e mandava ele as favas para voltar para sua tribo que também não ia poder voltar, pois, seus parceiros não iam querer ficar juntos dele porque era um covarde e fraco. Ele já estaria condenado e ponto final. Que fosse morrer pra lá! 

    Numa dessas festanças o nativo Jhotinha olha de rabo de olho para a Ecila que namorava o filho do cacique da tribo e comentou:

    — Nada como uma comilança dessas entre nós. Você vai experimentar pleno perdão e poderá seguir seu caminho aliviado e feliz. Tudo entre família e amigos — olhando com olhar de peixe morto pra Ecila completa — não é verdade?

    — Esse Jhotinha não tem jeito — pensou o nativo Dejair Bondado preparando um arco novo para as suas flechas.

    Daí  nasceu o churrasco em família. Porque ninguém é bobo, né?

    ***

    Até que, um dia sem que os índios percebessem chegou os gorrugos pra bagunçar toda essa maravilha. Primeiro alguns jogados por caravelas que ficavam vagando sem eira nem beira até que era comido por um animal selvagem ou resgatado por alguma indígena doida pra dar uma transada com coisa nova e diferente.

    ***

    Deveria falar sobre a frase sem eira nem beira, mas não vou facilitar pra vocês já que estão com o celular na mão procurem o significado no Google. Assim você progride na evolução mental porque você, principalmente jovem, vai precisar muito dessa evolução pra ser algo na vida e não ser apenas um trabalhador ideológico.

    ***

    Na praia vendo a chegada daquela tropa esquisita de gente vestida dos pés a cabeça e canoas gigantes, o nativo Jhotinha, comentou com a índia de olhos verdes, cabelos pretos como a graúna e gostosa pra dedéu que estava ao seu lado, chamada Ecila. Ela estava indecisa com as propostas do nativo Jhotinha que não levava nada sério a não ser a sua lábia de alto sentido de convencimento que no momento tava jogando pra cima dela. O cara era o maior um sete um com as mulheres da sua tribo e das outras também. Ela estava entre o Dedias um nativo corretíssimo e futuro cacique da tribo e esse Jhotinha cheio de blá blá blá.

    — Tal é o caminho da mulher adúltera, come, limpa a boca e diz: não cometi maldade nenhuma — e concluiu — Essa gente que ta chegando aí, olha... Sei não... — Jhotinha escutou entre as árvores alguns daqueles gorrungos confabulando que deviam pedir moedas de ouro ao rei para eles de cara construíssem uma muralha pra proteger as terras que estavam descobrindo. Jhotinha escutando isso arregalou os olhos e olhou pra trás de si e viu a grande muralha que estava ali na natureza de graça para ser contemplada para sempre. 

    — Isso ai vai dar merda se misturando com essa corja. Os caras são muito, mais muito mais filhos das putas do que podemos pensar —  Pegando na mão da Ecila, Jhotinha a levou pra mata dentro dizendo ir mostrar uma nova armadilha que inventou pra pegar porco-do-mato. E que armadilha!

    O nativo Dejair Bondado que chegara à área após ter ido pescar ficou olhando aquela gente esquisita e não gostou nem um pouco. Ia conversar com o Jhotinha, mas o mesmo já tinha entrado mata com a Ecila. Acreditava que coisa boa não ia acontecer com aquela gente toda vestida e molambenta.

    ***

    De cara os nativos aprenderam com os gorrugos de como subornar os outros e levar vantagens em tudo sem fazer força.

    Os gorrugos chegaram com espelhos e um bocado de bugigangas para trocar por ouro e a famosa árvore Ibirapitanga que os índios usavam a resina pra se pintar.

    Os índios, por sua parte, pra não ficarem pra trás pintavam os pássaros e trocavam por bugigangas que os gorrugos quando chegava à Gorrugolândia (hoje Portugal) via que foram enganados porque os pássaros desbotavam.

    ***

    Eles, os índios, pintavam o corpo para enfeitá-lo e também para defendê-lo contra o sol, insetos e os espíritos maus. Com isso afirmavam sua identidade perante o resto da tribo e respeito dos seus inimigos. Aumentava o orgulho de serem nativos, estimulava a auto-estima e fortalecia suas raízes. Boa tinta, boa pintura, bom desenho garantia sorte na caça, na guerra, na pesca e nas viagens. Cada tribo e cada família desenvolviam padrões de pintura fiéis ao seu modo de ser. Nos dias comuns a pintura poderia ser bastante simples, porém nas festas, nos combates, mostrava-se requintada, cobrindo também a testa, as faces e o nariz. A pintura corporal era função feminina, a mulher pintava os corpos dos filhos e do marido. Era a forma de dizer o que estão sentindo, ou que estão comemorando, protestando, ou se despedindo de alguém que morreu. Como não podia de ser até hoje imitamos os nativos se pintando como foram os caras pintadas para derrubar um presidente, e depois uma presidenta como a anta gostava de ser chamada. Que divina!

    Eles nem sabiam que do outro lado do grande rio salgado como eles chamavam o oceano tinha muitos povos diferentes deles, um, era os Gorrugos.

    ***

    Os gorrugos da Gorrugolândia, eles se consideravam nobres todos eles e nem pensar em exercer uma profissão qualquer isso era tido como uma grade desonra. Essa é uma herança milenar que os esquerdistas usam até hoje. Eles odeiam trabalhar eles são apenas funcionários ideológicos a serviço do partido do Zuzaladrão e não para o país de

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