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Lampejos De Uma Existência
Lampejos De Uma Existência
Lampejos De Uma Existência
E-book127 páginas1 hora

Lampejos De Uma Existência

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Sobre este e-book

Num dia desses me ocorreu uma excelente ideia e, quando fui tomar nota, por uma casualidade qualquer, meu foco foi levado para outra direção e, quando retomei a intenção de tomar nota da grande ideia que tive, descobri que não mais a tinha. A ideia que estava na minha cabeça simplesmente sumiu ou então se manteve em algum recôndito inacessível da memória. Na vida, coisas assim acontecem a todos e, com a intenção de diminuir esse tipo de perda, passei a chamar essas ocorrências de Lampejos , pois agora sei que, quando estamos diante deles, precisamos, com a máxima urgência (e concentração) tomar nota. Esse trabalho abarca um pequeno compêndio de lampejos que, a certa altura, passei a tomar nota. São textos produzidos a partir de ideias esporádicas ou reflexões que me ocorreram e que, por serem assim uma coletânea, não possuem, entre eles, nenhuma relação de dependência, ou seja, não precisarão ser lidos sequencialmente. Minha intenção ao compor esses textos é dar solidez a pensamentos que tive e, quem sabe, inspirar pessoas de maior capacidade na criação de estruturas maiores.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento17 de dez. de 2022
Lampejos De Uma Existência

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    Lampejos De Uma Existência - Laércio Correia Pessoa

    Lampejos de Uma

    Existência

    Brilhos esporádicos que iluminam o

    que sempre deveríamos ver

    Laércio Correia Pessoa

    [ 2 ]

    [ 3 ]

    [ 4 ]

    Perder e ganhar - A difusão do amargor ................... 10

    Matadores de amor .......................................................... 13

    Tentando ser gente .......................................................... 16

    Vislumbres .......................................................................... 20

    O momento do regozijo .................................................. 24

    Natureza perversa ............................................................ 27

    O outro lado da moeda da vida .................................... 31

    O momento oportuno ...................................................... 35

    Nosso velho mundo ......................................................... 38

    Perguntas ........................................................................... 42

    Perdendo as referências ................................................. 46

    A salvação do incoerente ............................................... 50

    Agrado e desagrado ......................................................... 53

    Uma missão infactível ..................................................... 56

    A decadência humana ..................................................... 59

    [ 5 ]

    Vivendo em erro ............................................................... 62

    Excessos .............................................................................. 65

    O espelho da realidade ................................................... 69

    Profetas malditos ............................................................. 73

    Questão de fé .................................................................... 77

    A fé e o amor ...................................................................... 81

    Opressão, medo e salvação ........................................... 84

    Sabedoria reversa ............................................................ 88

    Lampejos do futuro ......................................................... 92

    O convite dos injustos..................................................... 96

    Grupos reclusos em quartos ........................................ 101

    Briga de cães ................................................................... 104

    O pior e o melhor ............................................................ 107

    Canais de comunicação ................................................. 111

    Máscaras ............................................................................ 114

    Casados e solteiros ......................................................... 117

    Conveniência ................................................................... 120

    Malditas Bandeiras ........................................................ 123

    É uma pena! ..................................................................... 126

    Nossas piores perdas .................................................... 129

    Convencimento ............................................................... 134

    Metralhadoras Proféticas ............................................. 137

    Repetições Inevitáveis .................................................. 141

    O Último Lampejo........................................................... 145

    Lampejos de Uma Existência, por Laércio Correia Pessoa Dedico este trabalho a todos os que entendem que existe uma semelhança muito interessante entre extremos opostos, ou seja, para viver uma vida plena de acertos, é necessário ter conhecimento de tudo o que está errado, o que é igualmente necessário também para viver, no lado oposto, uma vida plena de erros. Assim, dedico a todos que reconhecem como arrogante qualquer pessoa que afirme ser possuidor da plenitude.

    [ 9 ]

    Lampejos de Uma Existência, por Laércio Correia Pessoa Perder e ganhar - A difusão do

    amargor

    25/10/2015

    Algumas perdas são necessárias, outras são bobas. Perder faz parte do jogo e, diferente de muitas pessoas, não evito, a todo custo, perder... Apenas almejo, ganhar. Essa regra vale para coisas bobas, mas também para as importantes. O que tem acontecido conosco? A que custo queremos evitar a derrota? Não sei, não tenho respostas para tudo. Sei que perder e ganhar acontece, e sempre pode acontecer.

    Veja só, isto é importante, sim, por mais que pareça, a vida não é um jogo. Não pedimos para entrar e não é muito aceitável pedir para sair. Se não estamos, o tempo todo, em um jogo, significa que perder e ganhar, quando não acontece dentro de um jogo (ou até mesmo quando acontece dentro dele), pode ter implicações morais muito maiores para nós.

    Ganhar nem sempre é gostoso, assim como perder nem sempre é ruim. O normal, no entanto, é que o perdedor amargue sempre uma frustração terrível, que o acompanha onde quer que ele vá, mesmo que ele seja uma pessoa sensata que, como dizem popularmente, tenha aprendido muito bem a arte de saber perder, ele pode não se manifestar, ele pode compreender, mas não pode deixar de saborear o amargor.

    [ 10 ]

    Lampejos de Uma Existência, por Laércio Correia Pessoa Eu disse que ganhar nem sempre é gostoso, porque algumas vitórias não são autênticas; porque a vida não é um jogo de sorte; porque quando o pai ouve seu filho dizer o senhor tinha razão, eu fui um estúpido, isto é amargo para todos os lados; porque se vencer implica em humilhar um oponente, para quem é bom, isso é amargo; porque a morte às vezes ganha, numa vitória que só provoca dor, e a dor é amarga.

    Se ganhar pode ser ruim, o bom é que o contrário também existe, ou seja, perder pode ser bom. Sem aprofundamento, eu te digo que perder pode ser extremamente construtivo para a vida de qualquer pessoa. Quem perde não humilha o outro, não fica se jactando, não se envolve em exageros para comemorar coisa nenhuma e, o mais importante, aprende uma valiosa lição: humildade.

    Perder o voo, do Rio para a França, e descobrir depois que ele se estabacou no meio do oceano, é uma perda com sabor de vitória (de vitória amarga, porque muita gente morreu, e você era pra estar lá). Assustador, não é mesmo? Eu ouvi um pastor de uma igreja que disse (e concordo com ele): algumas perdas não são perdas. São livramentos.

    Tenho sofrido perdas (nada construtivas, muito pelo contrário), mas não posso falar disso nesse espaço. Cruzo com muitos olhares pelas ruas e, cada vez mais, em razão do sofrimento que tenho tido, comprendo o amargor que emana desses olhares. Atitudes violentas, muitas vezes,

    [ 11 ]

    Lampejos de Uma Existência, por Laércio Correia Pessoa são o extremo da atitude de um derrotado, que muito lutou, sem nada obter, num mundo que supervaloriza a vitória.

    Perder e ganhar... Não podemos viver sem ficar jactanto arrogantemente

    nossas

    vitórias,

    ou

    lamuriando

    repetidamente

    nossas

    derrotas?

    Não

    podemos

    simplesmente ser amigos e dizer um ao outro olá!, dar um sorrizo comedido, demonstrar estima pelo nosso semelhante e prosseguir com os afazeres do quotidiano?

    Isso, talvez, interrompesse a difusão do amargor. Talvez...

    Não sei...

    [ 12 ]

    Lampejos de Uma Existência, por Laércio Correia Pessoa Matadores de amor

    01/11/2015

    Existe uma morte sem morte. A morte de um amor. Já matei muitos amores em prol da conservação de um único que espero ter valido a pena. Porque devemos matar

    amores? Não concordo com a ideia de que não podemos dar conta de nosso coração no que tange a paixões. As vezes (e muitas vezes na vida) precisamos matar

    amores.

    O amor a um time, quando torcidas organizadas massacram um indefeso, suposto adepto do time adversário, deve ser mantido? Não sei, mas este ato é um duro golpe ao amor deste time. Amor a um deus que exige sacrifícios de virgens e crianças. Um amor desses, com certeza, tem que morrer. O amor ao vício, daquilo que faz muito mal, precisa morrer e, se ele não morre sozinho, precisamos mata-lo.

    Muitos amores, no entanto, são de difícil identificação.

    Parecem ser do bem e, aparentemente, nem precisaríamos ter a preocupação de matá-los. E

    precisamos ter essa preocupação, porque a coisa funciona assim: quanto mais demoramos para matar um amor, mais isso dói. Matar amores, por uma simples questão disciplinar, é extremamente dolorido e, infelizmente, eventualmente necessário.

    [ 13 ]

    Lampejos de Uma Existência, por Laércio Correia Pessoa É uma morte sem morte e sem sangue, mas, infelizmente, igualmente dolorida (ou até mais dolorida) do que a morte com morte. Diferente da morte final e efetiva, a morte com morte, que é cabal, a morte sem morte pode precisar ser refeita, com toda a repetição de dores. A morte com morte é inaceitável, difícil de assimilar pela sua irreversibilidade. A morte sem morte pode ser revertida em vida e, aliás, o inaceitável nela é justamente essa reversibilidade. Mas as duas doem porque as duas matam.

    Quem não aprendeu a matar amores nunca poderá ser mestre de sua própria vida. Será arrastado, eternamente, pelas correntes de paixões, de um lado para outro, até não entender mais nada e não encontrar mais nenhum significado para a vida. Mas cuidado! Estou falando de morte sem morte. Porque quem pratica morte com morte, antes disso, seguramente, matou o seu amor mais importante: o amor à vida. E vive agora uma vida sem vida.

    É para que nosso cérebro seja o nosso maior governante que ele está super-protegido, dentro da caixa craniana. O

    coração, que fica abaixo, não possui a mesma patente, e precisa obedecer ao cérebro. Assim sendo, se uma paixão causa dor a você ou a alguém que conta com você, será necessário liquidar essa paixão, excluí-la de seu interior para que cesse o sofrimento. Você pode... Você deve... A menos que não queira!

    Todavia, bons matadores de amor não são crueis, não desdenham, não humilham, não torturam e evitam causar

    [ 14 ]

    Lampejos de Uma Existência, por Laércio Correia Pessoa um sofrimento desnecessário. Sim, toda morte já causa um grau necessário de sofrimento que, se não for demais, já terá sido o bastante. Nada precisa ser adicionado a isso. O sofrimento é a evidência de que existiu um amor. Morte sem morte para que não haja vida sem vida. Essa é grande lição dos matadores de amor.

    [

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