Modernidade e Aggiornamento — A Comunicação da Igreja Católica
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Sobre este e-book
A obra discute a relação entre a Igreja Católica e os meios de comunicação, diante da modernidade e dos desgastes provocados pelo processo de secularização. Evidencia a necessidade da Igreja de pautar o discurso midiático, buscando uma legitimação fundada na perspectiva relacional com o fiel. O pano de fundo da discussão é o Concílio Vaticano II, convocado pelo Papa João XXIII, em 1961, com o intuito de atualizar a linguagem da instituição e reposicioná-la nos novos tempos. Este processo histórico foi definido pelo sumo pontífice como aggiornamento (atualização). A adesão seria reforçada com a alteração da linguagem, favorecendo as mudanças na Igreja do pós-concílio.
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Modernidade e Aggiornamento — A Comunicação da Igreja Católica - Mailson Ramos
Sumário
Prefácio
Introdução
1. Modernidade, Secularização e Aggiornamento
2. O Concílio Vaticano II
2.1 Por que convocar um concílio?
2.2 O aggiornamento
2.3 O diálogo ecumênico
2.4 Das discussões conciliares
3. A Comunicação da Igreja a partir do concílio
3.1 Reflexos do pós-concílio
3.2 Comunicação, religião e Inter Mirifica
3.3 A Igreja e uma nova linguagem
3.4 Uma Igreja aberta ao mundo?
4. Considerações finais
Referências
Autor
Dedico este livro aos meus professores, com especial apreço à minha orientadora, Maria Aparecida Viviani Ferraz.
Com especial afeto dedico este livro à minha mãe, Virgínia Ramos de Oliveira, exemplo de mulher católica.
Ao meu pai, Marcelo Pereira de Oliveira, aquele que patrocinou os meus estudos desde sempre. Tudo aquilo que sou devo a ele.
Por fim, faço uma homenagem à igreja do povoado de Caruaru, em Conceição do Coité (BA). Lugar de fé, de gente humilde, do catolicismo em sua forma mais pura e simples.
Prefácio
Mailson Ramos
Após quase dez anos, retirei o meu Trabalho de Conclusão do Curso (TCC) de uma gaveta. A leitura do texto me fez relembrar de momentos marcantes da minha vida: o final da graduação em Comunicação Social – Relações Públicas, na Universidade do Estado da Bahia (UNEB); a morte do meu pai, antes da formatura; e os desafios que enfrentaria, como todos os recém-formados naquele período, pela chegada de uma crise social, política e econômica que tolheu de muitos de nós os sonhos e as oportunidades.
Ainda no segundo semestre de graduação decidi qual seria o objeto de estudo do meu trabalho final. Sempre nutri certo fascínio pela história da Igreja Católica, pela simbologia, ritos e tradições; passei a acompanhar as notícias, séries, filmes e documentários sobre os papas, especialmente aqueles produzidos pela empresa de rádio e televisão estatal italiana RAI; comecei a colecionar livros históricos sobre o papado e reuni uma biblioteca eletrônica com artigos relacionados à comunicação da Igreja.
Acredito que este fascínio não nasceu de forma espontânea. A minha mãe é católica e sempre me levou para as celebrações de domingo. No pequeno povoado de Caruaru, onde nasci e cresci, a fé faz parte da vida das pessoas. Foi ali, na igrejinha, que tive o primeiro contato com a imagem de um papa. Havia um quadro de João Paulo II (quando da sua visita ao Brasil, em 1980). Wojtyla vestia uma batina dourada, usava uma mitra branca com ornamentos vermelhos e segurava o bastão com a mão direita. A percepção da comunicação das cores, dos ritos e gestos amadureceu para uma busca por conhecimento. Na universidade, esta busca se intensificou.
A ideia original era abordar a comunicação durante o pontificado de João Paulo II, um papa midiatizado que manteve uma boa relação com os meios e expandiu o alcance da mensagem da Igreja. Entretanto, havia uma impossibilidade: o prazo para construir o trabalho acadêmico era de menos de seis meses — e havia o imenso conteúdo de vinte e sete anos de pontificado para abordar. Fui alertado por professores, durante a disciplina de anteprojeto, que o trabalho, com o tema que eu desejava estudar, não seria viável.
Diante da missão de encaixar o futuro trabalho no tempo que me cabia, resolvi escolher antecipadamente a minha orientadora. Maria Aparecida Viviani Ferraz, ou, simplesmente Cida Ferraz, me acompanharia nos meses seguintes até a construção do trabalho que segue. Talvez um pouco frustrado por ter que apresentar um novo objeto de estudo, passei algum tempo sem decidir. O recorte sobre as Jornadas Mundiais da Juventude, evento criado por João Paulo II, para falar diretamente aos jovens católicos e não católicos, foi a primeira possibilidade pensada por mim para substituir o tema anterior.
Entretanto, após assistir ao documentário da RAI, La Grande Storia - Il papa buono (A Grande História - O papa bom), uma biografia de João XXIII, decidi que deveria estudar o Concílio Vaticano II, a atualização da mensagem, da liturgia e do próprio modelo de comunicação da Igreja, em tempos de secularização e modernidade. O concílio se encaixava perfeitamente no tema da comunicação e foi, no século XX, o maior evento da Igreja Católica no campo da abertura – se se pode dizer assim, da busca por modernização. O desafio do estudo era enorme, mas a vontade de escrever era ainda maior. E de uma coisa posso me orgulhar: havia uma orientadora capaz de me fazer pensar além do conhecimento.
Cida Ferraz construiu um cronograma para a entrega dos textos a cada semana. Reunimo-nos na universidade para discutir a evolução do trabalho que, pouco a pouco, ganhava corpo. Ela estabeleceu os autores que eu deveria ler e, ao mesmo tempo, me deu liberdade para fazê-lo, desde que os autores escolhidos (e os seus textos) dialogassem com o trabalho.
A construção de um trabalho acadêmico é um processo sinuoso de busca por respostas para a questão presente no objeto. É preciso aglutinar as bases teóricas que reforçam a legitimidade do estudo e proporcionam a sua valorização como conhecimento científico. Por este motivo, os autores citados neste trabalho são clássicos, muitos deles expertos em comunicação, religião e sociedade. Eles serviram de base para fundamentar o diálogo entre o estudo e as teorias comunicacionais.
Finalizada a edição do texto e as revisões providenciais, o trabalho estava pronto. Após a apresentação, o arquivo foi entregue aos cuidados da UNEB e uma cópia enviada à professora Maria do Carmo Araújo, responsável por conceder a segunda nota — a primeira caberia à professora orientadora, Cida Ferraz. O meu derradeiro trabalho na universidade foi coroado com duas notas máximas e, portanto, aprovado.
Com satisfação, guardei os papéis em uma gaveta e os arquivos foram descansar nos drives durante esses nove anos. Muitos colegas demonstraram o interesse de ler o trabalho, o que me incentivou a revisitar o texto e publicar um livro. Acredito que a obra possa ajudar muitos outros estudantes de comunicação a escrever os seus artigos. E que o trabalho possa servir de exemplo para estudantes dispostos a esmiuçar temas tão complexos.
Faço aqui um agradecimento público à professora Cida Ferraz, que orientou este trabalho de forma irretocável. Ela confiou no resultado até mesmo quando eu duvidei.
Também agradeço aos meus pais. Virgínia Ramos de Oliveira e Marcelo Pereira de Oliveira, que nos deixou em 2014. A publicação deste livro é mais um resultado dos anos de luta e do desejo que ele tinha