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O livro para quem não tem medo de aventura
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O livro para quem não tem medo de aventura
E-book405 páginas4 horas

O livro para quem não tem medo de aventura

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Sobre este e-book

Viver uma vida gratificante significa correr riscos, acordar e não saber o que o dia pode trazer. Sua aventura começa quando você abraça essa sensação desconfortável e estimulante de possibilidade. E é justamente o que este livro propõe. Seja uma caminhada para observar gorilas em Ruanda, um mergulho em um penhasco no Brasil, ou algo mais leve, como uma guerra de tomates na Espanha ou uma visita à ruína arqueológica de Machu Picchu, este livro vai te inspirar a viver uma nova experiência. Com descrições detalhadas e informações de logística para cada atividade, O livro para quem não tem medo de aventura mostra situações complexas que desafiam a morte e também aventuras simples em família para começar já. Não importa o perfil, excêntrico, viciado em adrenalina ou tranquilo, este livro contém a escapada certa para quem busca o desconhecido e os próprios limites.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento18 de dez. de 2019
ISBN9788581745077
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    Pré-visualização do livro

    O livro para quem não tem medo de aventura - Scott McNeely

    Observe gorilas-das-montanhas

    O QUE  Conhecer os últimos gorilas-das-montanhas selvagens do mundo

    ONDE  Parque Nacional dos Vulcões, Ruanda

    NÍVEL DE ORGULHO  Médio

    PROBABILIDADE DE MORRER  Baixa

    MELHOR ÉPOCA PARA IR  De junho a setembro ou fim de dezembro a fevereiro

    NÍVEL DE DIFICULDADE FÍSICA  Alto

    CUSTO  $$$$

    Sobraram menos de novecentos gorilas-das-montanhas na Terra. Deixe a ficha cair.

    Os gorilas nos motivam a fazer perguntas profundas sobre a natureza da inteligência e da linguagem humanas. Olhar nos olhos de um gorila é tão hipnotizante quanto desconfortável: você está olhando nos olhos de aspecto humano de um parente distante. E, no entanto, restam menos de novecentas dessas majestosas criaturas da montanha. Os gorilas-das-montanhas ficaram famosos por causa da zoóloga Dian Fossey em seu livro de memórias, Gorillas in the Mist [Gorilas na névoa], e também são grandes estrelas em filmes como King Kong. Os gorilas-das-montanhas estão criticamente ameaçados – os últimos bolsões remanescentes (nenhum deles vive em zoológicos) estão nas remotas áreas fronteiriças entre Uganda, Ruanda e a República Democrática do Congo (RDC).

    Os três países oferecem caminhada em trilhas para ver os gorilas. É mais caro em Ruanda, mas, em troca de taxas mais altas, você tem acesso mais fácil (menos de três horas de Kigali em estradas decentes), melhor visibilidade (a vegetação em Uganda e na RDC é mais densa) e caminhadas que exigem menos fisicamente, considerando a população relativamente grande de gorilas-das-montanhas – mais de trezentos na última contagem – que vivem no Parque Nacional dos Vulcões de Ruanda.

    Além disso, a própria Ruanda é um destino de viagem intrigante. Desde o trágico genocídio ocorrido no país em meados da década de 1990, Ruanda iniciou o processo de cura de seu povo e de suas terras. Ruanda é considerada segura para se visitar. E, com vários esforços de conservação em lugares como o deslumbrante lago Kivu, o país oferece muito mais que gorilas. Embora, é claro, os gorilas sejam o que traz os tão necessários dólares do turismo.

    O básico

    Fazer trilha para observar gorilas não é fácil e requer mais esforço físico do que o seu safári padrão. A altitude varia de um mínimo de cerca de 1.524 metros para uma máxima de cerca de 3.048 metros em passagens íngremes da montanha.

    No Parque Nacional dos Vulcões de Ruanda, os visitantes podem encontrar um dos dez grupos com tamanhos que variam de uma dúzia a mais de quarenta gorilas. Eles se movem com frequência, ou seja, pode-se levar de uma a seis horas na trilha para chegar a um grupo de gorilas. Você será designado a um grupo de trilha com base no seu nível de condicionamento físico pessoal.

    Praticantes de trekking em todo o parque observam com atenção cada grupo de gorilas. Seu guia saberá mais ou menos aonde ir. Depois de encontrar seu grupo de gorilas, você tem sessenta minutos para observar os animais. Em Ruanda, menos de oitenta licenças individuais de trekking são emitidas diariamente, e cada grupo de trekking é limitado a oito pessoas.

    A exposição aos seres humanos é minimizada para proteger os animais. Isso também significa que as caminhadas são caras: só as licenças custam US$ 750 por pessoa, e os passeios de dois ou três dias incluindo acomodação a partir de US$ 1.250. É comum pré-agendar as trilhas, obter uma permissão e providenciar transporte de ida e volta para Kigali, a capital de Ruanda. O Parque Nacional dos Vulcões fica a duas horas e meia de carro em estradas asfaltadas do aeroporto internacional de Kigali.

    Embora as trilhas para observar gorilas sejam oferecidas o ano inteiro, a melhor época para ir é durante uma das duas estações secas de Ruanda: de junho a setembro ou de dezembro a fevereiro.

    SAIBA MAIS

     Crianças menores de quinze anos de idade não são permitidas em caminhadas para observar gorilas em Ruanda.

     Não faça a trilha para ver gorilas se estiver resfriado, com febre ou gripe. Gorilas e humanos estão intimamente relacionados – podemos trocar vírus –, mas não compartilhamos o mesmo sistema imunológico. Os gorilas correm risco de contrair uma doença humana.

     Contrate um carregador. Eles se reúnem perto da entrada do parque e, por uma taxa de US$ 10, carregam malas e ajudam quando necessário. Mesmo que você não precise de ajuda, contratar um carregador é benéfico para o esforço geral de conservação dos gorilas. Muitos portadores são ex-caçadores regenerados.

    VERDADEIRO OU FALSO? Humanos e gorilas têm uma relação mais próxima do que cavalos e zebras.

    Verdadeiro. Humanos e gorilas compartilham mais de 98,6% do DNA em nossos genes, um pouco mais que cavalos e zebras.

    Nade com baleias-jubarte

    O QUE  Dar um mergulho com centenas de filhotes de baleias

    ONDE  Vava’u, Tonga

    NÍVEL DE ORGULHO  Médio

    PROBABILIDADE DE MORRER  Baixa

    NÍVEL DE DIFICULDADE FÍSICA  Baixo

    MELHOR ÉPOCA PARA IR  De julho a outubro

    CUSTO  $$-$$$

    Gigantes gentis. É contraintuitivo pensar que uma das maiores criaturas da Terra é também uma das mais gentis e, no entanto, é verdade.

    A reputação gentil vem de seu comportamento. As jubartes não mordem (elas não têm dentes) e geralmente são animais filtradores mansos. Elas cantam músicas assombrosas a grandes distâncias e pulam acrobaticamente no ar, possivelmente apenas por diversão. As mães viajam milhares de quilômetros ao lado de seus filhotes, amamentando-os com leite, como qualquer boa mãe mamífera faria.

    Tonga é um dos poucos lugares do mundo onde você pode nadar com baleias-jubarte de forma confiável. Todos os anos, centenas de grupos de jubarte migram das águas frias e ricas em proteínas da Antártida para as águas tropicais quentes e protegidas por recifes de Tonga para se acasalar e dar à luz.

    O básico

    O grupo de ilhas remotas de Vava’u fica aproximadamente 320 quilômetros ao norte de Tongatapu, a principal ilha de Tonga, onde se localiza seu aeroporto internacional e sua capital, Nuku’alofa. Por ser distante, o número de visitantes em Vava’u é mínimo. Você precisa estar motivado para visitar o local.

    De julho a outubro, quando as jubartes chegam e dão à luz, algumas dezenas de empresas licenciadas fazem passeios e excursões em que se pode nadar com as baleias, tomando cuidado para não chegar muito perto. Pacotes de vários dias, incluindo traslados aéreos e acomodações, além do passeio para nadar com as baleias, custam US$ 1.000 ou mais.

    As liveaboards, experiências de vários dias em uma embarcação, também são populares, combinando mergulhos com baleias e mergulhos nos recifes (mergulhar em Vava’u e em toda Tonga geralmente é excelente).

    SAIBA MAIS

     Embora as baleias-jubarte não sejam as maiores criaturas da Terra (as baleias-azuis são as maiores), elas estão definitivamente entre as dez primeiras. As fêmeas das jubartes geralmente são maiores que os machos.

     Em Tonga, você pode nadar com baleias-jubarte todos os dias, exceto nos domingos. É um dia de descanso obrigatório em Tonga. Não tem nenhuma atividade!

     As jubartes voltam para Vava’u em um ciclo de aproximadamente onze meses, tempo de gestação de um filhote da espécie.

     As jubartes maduras dão à luz a cada dois ou três anos e preferem fazer isso nas águas quentes e protegidas dos recifes, razão pela qual as jubartes voltam todos os anos para Vava’u.

     Tonga é a única monarquia no Pacífico e a única nação do Pacífico que nunca perdeu seu governo indígena. Sua população total é de pouco mais de cem mil pessoas, espalhadas por quarenta e oito ilhas.

    VERDADEIRO OU FALSO? As baleias-jubarte nunca dormem.

    Verdadeiro em termos. Diferente dos humanos, as jubartes são respiradoras conscientes, o que significa que precisam se lembrar de respirar mesmo enquanto dormem. Assim, quando as jubartes adormecem, só desligam um lado do cérebro de cada vez. Em termos humanos, é mais como cochilar do que dormir.

    Acampe com ursos-cinzentos

    O QUE  Observar os ursos-cinzentos de perto

    ONDE  Rio McNeil, Alasca

    NÍVEL DE ORGULHO  Alto

    PROBABILIDADE DE MORRER  Baixa

    MELHOR ÉPOCA PARA IR  De julho a agosto

    NÍVEL DE DIFICULDADE FÍSICA  Médio

    CUSTO  $$-$$$

    O McNeil River State Game Sanctuary and Refuge [Santuário e Refúgio Estadual para Observação do Rio McNeil], no Alasca, é um dos poucos lugares na Terra onde é possível se sentar muito perto de ursos-cinzentos selvagens e vê-los caçar, cochilar, brigar e fazer tudo o que normalmente fazem.

    O santuário protege cerca de 520 quilômetros quadrados de área selvagem intocada do Alasca. É lindo, com certeza, mas o que atrai as pessoas são os ursos selvagens. Centenas deles se reúnem todos os anos para abocanhar os salmões-keta de cor calicô em sua corrida de verão no riacho Mikfik e nas proximidades do rio McNeil.

    Imensos ursos-pardos do Alasca – da mesma espécie dos ursos-cinzentos, mais escuros e maiores – apanham salmão após salmão, se empanturram e jogam fora carcaças atacadas, tudo a poucos metros de seres humanos armados com pouco mais que câmeras e GoPros. Os ursos são completamente alheios aos espectadores humanos. É o que torna única essa experiência de observação da vida selvagem.

    Ursos-pardos geralmente são criaturas solitárias. No entanto, a cada ano, do início de julho até meados de agosto, dezenas de ursos se reúnem ao redor das margens das cataratas McNeil e suas piscinas, repletas de salmões nadando rio acima até os locais de desova. Poucos afortunados – não mais do que dez pessoas por dia – podem observá-los em silêncio.

    O básico

    O McNeil River State Game Sanctuary não é um resort. É uma área sem estradas e sem brindes de hotel. Aliás, não há restaurantes nem hotéis. Você dorme no chão, traz sua própria comida e prepara todas as suas refeições.

    Todas as manhãs, durante quatro dias, você percorre pouco mais de dois quilômetros da área de acampamento até o rio. Você passa o dia todo (de seis a dez horas) observando os ursos e, no final da tarde, volta para o acampamento base. É uma rotina simples que maximiza a segurança e seu tempo com os ursos.

    O rio McNeil é tão popular que as permissões são concedidas por sorteio. O Departamento de Pesca e Caça do Alasca limita o número de pessoas que podem visitar as cataratas do rio McNeil e as áreas adjacentes a um máximo de dez pessoas por dia entre 7 de junho e 25 de agosto. A área fica fechada em todas as outras épocas. As solicitações de permissão devem ser feitas on-line até 1º de março; os ganhadores do sorteio são notificados em meados de março.

    Se for sorteado, você paga US$ 350 por pessoa (máximo de quatro pessoas por inscrição) e escolhe um período de quatro dias para observar os ursos. Não há restrições de idade para visitar o santuário, mas pense duas vezes antes de levar crianças pequenas.

    O acesso ao rio McNeil geralmente é feito por hidroaviões saindo de Homer, Kenai ou Anchorage. Espere pagar US$ 800 ou mais por um serviço aéreo de ida e volta para McNeil.

    SAIBA MAIS

     Ursos-pardos são perigosos. Os ursos de McNeil não são domesticados nem amigáveis. Eles o ignoram simplesmente porque você não é uma ameaça.

     Já foram observados 144 ursos no rio McNeil durante o verão, com até 74 ursos observados ao mesmo tempo.

     Ninguém nunca foi ferido por um urso no rio McNeil. Para preservar esse registro de segurança perfeito, todos os visitantes em áreas de observação de ursos são acompanhados por guardas-florestais armados.

    VERDADEIRO OU FALSO? É possível ganhar a confiança de um urso-pardo selvagem do Alasca.

    Falso. Timothy Treadwell tentou. Ele viveu com ursos por treze verões no Parque Nacional Katmai, no Alasca. Infelizmente, em 2003, ele e sua namorada foram atacados com garras e dentes até a morte e devorados. O cineasta Werner Herzog usou muitas filmagens inéditas de Treadwell, além de gravações de áudio brutais do ataque do urso, no documentário O Homem Urso, de 2005.

    Habilidade em aventuras

    COMO SOBREVIVER A UM ATAQUE DE URSO

    BÁSICO

    Evite fazer contato visual. Muitas vezes isso é percebido pelos ursos como uma ameaça e pode fazê-los atacar.

    Não suba em uma árvore. Todos os ursos são excelentes escaladores.

    Não corra. Você não pode fugir de um urso. É mais provável que ele conclua que você é uma presa e o perseguirá.

    Leve spray de pimenta. As marcas específicas para ursos (não use variedades para humanos ou cães) borrifam uma nuvem concentrada de capsaicina pulverizante por oito segundos em distâncias de até seis metros. Isso deterá o urso, contanto que você tenha pontaria.

    AVANÇADO

    Fique parado. Os ursos geralmente avançam para ver o que você fará. Fique perfeitamente parado quando um urso estiver correndo atrás de você.

    Com ursos-negros, faça barulho e revide. Os ursos-negros podem ser dissuadidos com respostas exageradas e altas. No caso improvável de um ataque, use punhos e pedras para atingir o urso, especialmente perto da cara. Os ursos-negros frequentemente desistem em vez de lutar.

    Com ursos-cinzentos ou ursos-pardos, deite no chão em posição fetal, cubra a nuca e se finja de morto. Ursos-cinzentos podem parar de atacar quando sentirem que você não é uma ameaça.

    Quando um urso que está atacando perder o interesse, continue se fingindo de morto. Não se levante nem se mova, mesmo se estiver ferido. Ursos-cinzentos, em particular, podem esperar a distância para ver se você se levanta.

    Se um urso está perseguindo você, é o sinal de um ataque predatório iminente. O urso provavelmente está com fome. Lutar é sua única opção.

    Safári no gelo

    O QUE  Melhor forma de ver ursos-polares na natureza

    ONDE  Svalbard, Noruega

    NÍVEL DE ORGULHO  Médio

    PROBABILIDADE DE MORRER  Baixa

    NÍVEL DE DIFICULDADE FÍSICA  Médio

    MELHOR ÉPOCA PARA IR  De maio a setembro

    CUSTO  $$-$$$$

    A maioria das pessoas nunca ouviu falar de Svalbard. É um arquipélago remoto, dentro do Círculo Ártico, mais perto do Polo Norte do que da Noruega continental.

    Svalbard é o tipo de lugar escuro e proibido no inverno, sem sol por meses a fio, um terreno acidentado de geleiras, fiordes e tundra infinita. O verão traz o sol, que brilha 24 horas por dia, e alguns raros meses para procurar o predador mais feroz do Ártico, o urso-polar.

    Svalbard não é um refúgio para a vida selvagem, mas sua localização remota e o mínimo de humanos (menos de 2.900 pessoas vivem lá) significam que existe pouca coisa para perturbar o modo de vida do urso-polar. A população local de ursos está prosperando. Mais de três mil ursos-polares vivem na região, um número saudável e que, na verdade, aumentou nas últimas duas décadas, diferente de outras partes do Ártico em rápido

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