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Life Somewhere: Vivendo a vida ao máximo
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Life Somewhere: Vivendo a vida ao máximo
E-book228 páginas2 horas

Life Somewhere: Vivendo a vida ao máximo

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Sobre este e-book

Uma aventura cativante sobre a história real de um casal de brasileiros com dois filhos pequenos, um de um ano e outro de quatro anos, que teve coragem de abandonar suas vidas convencionais  para explorar o mundo em um veleiro e viver a vida ao máximo.

Uma jornada autêntica, livre e cheia de descobertas começa no Caribe. Até que uma notícia devastadora muda o curso de tudo, reafirmando que todos nós devemos viver todos os dias como se fosse o último.

Mais do que uma história verdadeira e inspiracional, uma jornada de como mudar de estilo de vida, quebrar paradigmas e viver a vida de forma holística e significativa, principalmente com crianças pequenas.

Uma aventura cativante sobre a história real de um casal de brasileiros com dois filhos pequenos, um de um ano e outro de quatro anos, que teve coragem de abandonar suas vidas convencionais  para explorar o mundo em um veleiro e viver a vida ao máximo.

Uma jornada autêntica, livre e cheia de descobertas começa no Caribe. Até que uma notícia devastadora muda o curso de tudo, reafirmando que todos nós devemos viver todos os dias como se fosse o último.

Mais do que uma história verdadeira e inspiracional, uma jornada de como mudar de estilo de vida, quebrar paradigmas e viver a vida de forma holística e significativa, principalmente com crianças pequenas.

IdiomaPortuguês
EditoraEmphaloz
Data de lançamento18 de nov. de 2018
ISBN9781386012009
Life Somewhere: Vivendo a vida ao máximo

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    Pré-visualização do livro

    Life Somewhere - Julie F. Wisnievski

    Introdução

    Paro um segundo para pensar. Saio do piloto automático que fomos condicionados e percebo: nossa vida aqui no planeta terra é única e o tempo que temos para viver aqui é muito limitado. O que são sessenta ou oitenta anos perto de bilhões de anos de existência do universo? Cada ano, cada dia, cada hora, cada segundo jamais se repetirão da mesma forma e a nossa realidade dura nada mais que um instante. Na obviedade das palavras reside o desafio da percepção consciente deste fato da vida. Alguns levam a vida toda para perceber ou a descobrem à beira da morte. Outros não irão perceber nunca e alguns poucos iluminados tem esta grande angular da vida desde cedo. De repente descubro que o despertar da consciência para a nossa existência e nossa vida é aonde está o verdadeiro viver e a verdadeira liberdade. Logo depois do momento presente tudo vira irrealidade seja a irrealidade do passado através de memórias ou do ato de pensar no futuro. Quase trinta e cinco translações da terra em torno do sol se passaram para que minha consciência começasse a quebrar os paradigmas impostos pela sociedade e passasse a perceber e escolher coisas mais importantes para minha existência. Conceitos e escolhas simples com vivências inestimáveis. Olhando para trás posso dizer que algumas experiências aconteceram há muitos anos, mas ainda sem a visão do todo, eu buscava reprimir as primeiras faíscas de consciência. Assim os anos foram passando e as minhas escolhas passaram a ser as mais mundanas possíveis. Caminhei passo a passo rumo ao que era o meu sonho. Sonho este que não respondia todas minhas perguntas, deixava muitas lacunas e muitas coisas não encaixavam mas eu não conhecia ainda outra possibilidade. Até aquele momento não me parecia existir outra opção. Vivi em uma certa prisão social invisível onde considerava saber e viver a verdade ou o caminho correto e desconhecia que não conhecia modelos e estilos de vida diferentes a não ser pelos caricatos como morar na praia e se tornar pescador. Também não sabia que não existe verdade, não da forma que eu imaginava pelo menos. Assim fiquei confinada a uma camada social e econômica e desenvolvi meus paradigmas sobre a vida. Caminhava bem até a próxima crise de não entender este mundo, o comportamento humano e as relações humanas e capitalistas. A solução era desapegar de tudo, deixar tudo para trás e viajar. Quando viajava eu deixava para trás a sociedade e as suas imposições, a moda, a lista do que é ter sucesso e simplesmente vivia. Era uma libertação.

    Em 2017 depois de alguns anos de consistência com foco no estilo de vida tradicional eu havia conquistado meu sonho. Aos trinta e quatro anos já era Diretora de Marketing em uma multinacional, tinha dois filhos, um marido maravilhoso, um apartamento na área nobre, carro do ano e um salário que poucos tem acesso, e essa seria então a vida perfeita. Mas foi quando atingi meus objetivos e vivenciei esta vida que percebi que isso não fazia mais sentido. De repente isso não era o bastante. Essa vida que eu mesmo havia sonhado para mim se tornou um pesadelo. Percebi que eu trabalhava 16 horas por dia, viajava toda semana e ficava muito pouco tempo com as pessoas que mais amava. Ganhava mais mas também gastava mais e me sentia cada vez mais prisioneira deste sistema. Isso passou a me incomodar muito alcançando seu auge quando minha filha ao 1 ano de idade teve que ir ao médico e eu mandei a babá levâ-la pois eu não saberia o que dizer ao médico. Tratamos com homeopatia e uma consulta destas não falamos apenas ela está com dor de garganta mas temos que relatar como a criança se comportou durante o dia todo, chorou, comeu, estava feliz ou triste entre muitos outros itens. Seria isso a vida dos sonhos? Terceirizar tudo que era importante? Era inacreditável mas de repente os meus valores mudaram. Não estava mais conseguindo ignorar o fato de que minha vida acontecia apenas nos finais de semana. De que adiantava ter recursos e não ter tempo? Eram muitas coisas que passavam pela minha cabeça e a maioria evidenciava que havia algo errado. Aos poucos também percebia que a disputa pelo poder e pela razão levava as pessoas a fazer coisas que estavam fora dos meus valores morais e isso era inaceitável. Tive que experienciar tudo isso, pois se me contassem que seria tão vazio, que não valeria a pena eu não acreditaria. Valeu a pena. Aprendi pela experiência que as vezes precisamos nos questionar lá no fundo se realmente estamos felizes e se aquilo vale a pena, não só financeiramente, não só a nível social mas em relação ao nosso verdadeiro ser.

    Descobri aos poucos que o meu eu interior queria viver muito mais, experienciar o mundo sem terceirizar nada, viver uma vida simples mas rica e com as pessoas que eu mais amava. Eu havia transformado meu sonho de vida em meu sonho profissional e agora com tudo desmascarado pela experiência percebi que eu ainda tinha um sonho: viver a vida ao máximo. Durante este processo de descoberta eu me questionava o que faria, esperaria pela aposentadoria? Moraria na praia, em uma casinha simples em algum lugar? Já havia feito um mochilão pela Europa ao invés de uma grande festa de casamento há oito anos atrás. Quando relatei aos meus pais a vontade de fazer a viagem lá atrás disse: faço o mochilão agora e depois volto, compro uma casa, tenho filhos e vivo a vida tradicional até morrer. Eles aceitaram e acharam legal pois acabaram não tendo a oportunidade de fazer isso. Oito anos e duas crianças depois me dou conta que eu não quero só viver a vida ao máximo, eu preciso fazer isso viajando, experimentando o mundo. Finalmente abri o baú e me deparei com milhares de perguntas a serem respondidas sobre a vida, experiências a serem vividas, tantas coisas para observar, explorar e questionar. Reparei que na verdade toda minha visão do mundo era sobre apenas uma ótica e que eu precisava conhecer outras visões do mundo, outros estilos de vida. No fundo sempre tive este sonho mas achava que a única maneira de atingí-lo era se tornando milionária.

    Aberta a novas experiências, passei a olhar e procurar pessoas que viviam fora do mainstream. Foi muito engraçado porque nunca tinha visto estas pessoas e de repente ao focar em conhecer pessoas assim passei a atraí-las. Funcionou quase como quando você começa pesquisar um carro novo para comprar, você nunca via o dito do carro na rua mas depois que passou a focar nele começaram a aparecer muitos, um atrás do outro. Assim fui ficando supresa com cada pessoa que eu conhecia. Nem sempre abonados financeiramente mas certamente felizes, realizados e com muita experiência de vida. Uns viajando o mundo de carro, outros de bicicleta e outros ainda com um ticket aéreo. Era isso, meu coração dizia. Liberdade. Viver fora do mainstream.

    Mas ainda assim precisava encontrar um caminho que fosse adequado para o que não seria apenas eu agora mas sim minha família. Era uma responsabilidade grande. Assim aos poucos fomos analisando nossas afinidades e encontramos no veleiro e na comunidade náutica nosso novo universo, nossa futura casa e nosso meio de transporte para o mundo. Muita coragem e pouco tempo depois partimos rumo ao nosso sonho e ao nosso novo estilo de vida. Soltamos as amarras e partimos para o mundo sem olhar para trás até que o inesperado nos trouxesse de volta.

    Capítulo 1

    O despertar para uma vida diferente

    Eu estava grávida e um colega de trabalho do qual possuía muitos dotes espirituais me disse essa menina vem para mudar sua vida. Aceitei aquilo mas sem dar muita atenção. As semanas iam passando e eu trabalhava como se nada estivesse acontecendo. Estava muito grata a empresa por ter me promovido mesmo estando grávida e o gás era total para o trabalho. Na minha cabeça, nada mais justo eu me dedicar 100% ao trabalho como forma de gratidão. Eram na média 16 horas de trabalho mas confesso que nos dias em que viajava a trabalho o que acontecia semanalmente, eu ficava até 3 ou 4 horas da manhã trabalhando, jantava na frente do computador e as 8 horas já estava na empresa. Fazia tudo isso com prazer, com vontade de fazer a diferença. Cuidava da empresa como se fosse minha, afinal sabia o que era ter um empresa.

    Apesar de tudo correr muito bem, passei a ter algumas reações fora do comum. Não assistia em hipótese alguma a canais de esporte e aventura. Assistir a aquelas pessoas fazendo o que amam, viajando pelo mundo me deprimia de maneira desigual. A fase de que aquilo me inspirava já havia passado há algum tempo e de tempos para cá eu ficava no fundo do poço em ver aquilo. Tá certo que eu gostava do meu trabalho mas era de uma maneira muito diferente. Era um gostar que foi plantado em mim, como alternativa profissional viável. Quando tinha 16 anos fiquei entre a beira do precipício tendo que escolher entre seguir uma carreira de bailarina profissional ou fazer intercâmbio, vestibular etc. Pela vontade de viajar e tentando ser um pouco razoável com o que seria a minha provável baixa renda sendo bailarina ( pré-conceito daquela época, acho que hoje é totalmente viável ser o que você quiser e ainda assim ter uma boa renda financeira) escolhi o intercâmbio o que me levou a seguir ao vestibular e o caminho tradicional de um jovem de classe média em um país ocidental: estudar, vender seu tempo por dinheiro, trabalhar das 9 as 18 (não era o meu caso), quebrar a cara sendo microempresário, voltar a vender tempo por dinheiro e quem sabe um dia se aposentar (para daí sim fazer todos os sonhos da vida, não é?) Este conceito clássico da vida foi bem implantado em mim ( ou quase porque vivo tendo uns espasmos de rebeldia), meus pais eram exemplos bem sucedidos e aonde eu olhava em volta este parecia ser o único caminho possível. Fiz minhas escolhas e segui em frente.

    Vivi relativamente bem dentro deste modelo. As lições da vida vinham sempre em forma de experiências e chegava um momento que eu não aguentava mais o modelo tradicional, os valores e cedia. Não sabia ao certo o caminho mas quebrava a rota que estava. Felizmente sinto que sempre evolui apesar de que muitas vezes não para o caminho certo mas sim para o caminho necessário para chegar aonde estou hoje. Aos poucos fui filtrando o que era importante para mim e desenvolvendo uma consciência maior sobre a vida.

    A gravidez do meu primeiro filho foi um grande divisor de águas para esta evolução. De sedentária, carnívora, fumante e me alcoolizando socialmente passei a me exercitar diariamente, praticar yoga ( já fazem 6 anos de prática consistente agora) , me tornei vegetariana e não bebo álcool ou fumo desde então. Só isso já mudou minha vida radicalmente para muito melhor. Os níveis de consciência com corpo purificado são outros.

    Mas foi quando minha filha nasceu que comecei a sentir uma vontade maior de viver a vida ao máximo no momento presente. Aproveitar cada minuto, com intensidade e vivacidade. Com tempo para pensar em outras coisas comecei a ver exemplos de pessoas relativamente próximas que estavam experimentando uma vida completamente fora do mainstream. Tinha algo nelas que me atraía, eram pessoas diferentes, reais, mais vividas e aparentemente mais sábias. Parecia que elas tinham a chave de um segredo. Passei a querer descobrir mais sobre este mundo.

    Percebi que quando fazia minha lista do que gostaria de fazer antes de morrer, as coisas que apareciam eram: fazer caminho de Santiago, viajar pelo mundo, fazer uma maratona, escalar o Everest e assim por diante. Nada de materialismo e sim experiências. Comecei a ouvir mais esta voz. Lembrei-me das minhas experiências riquíssimas de infância viajando de trailer pelo Brasil com meus pais. O meu sonho de ter um motor home e não uma casa na praia pois assim poderia ir por todas as praias que eu quisesse. Assisti o filme da menina que deu a volta a mundo em um veleiro sozinha com 16 anos. Fiquei extasiada. Tudo começou a fazer sentido e um novo sonho começou a surgir. Nada melhor que sonhar e sonhar com algo que valha a pena. De repente parece que voltei a viver, ter energia, sonhos. Tudo ficou mais colorido só com a possibilidade de mudar de estilo de vida, viver algo real, sem imposições, sem terceirizar nada, priorizando as vivências, me desenvolvendo e descobrindo mais sobre este misterioso mundo.

    Pensamos muito em como mudaríamos de vida com duas crianças, qual a forma que faríamos isso? O assunto era delicado. Eu estava em licença maternidade e estávamos aproveitando ao máximo. Fomos para as olimpíadas no Rio, visitar família em Maringá, fomos para Bahia e conhecemos a terra perfeita para o dia que minha alma quiser se acalmar e ficar num lugar só. Nesta altura já sabíamos que viajar com barco a velas seria uma ótima opção para o que queríamos da nossa vida. Mas não sabíamos nada sobre o assunto.

    Capítulo 2

    Nosso primeiro curso de vela

    Foi então que procuramos um curso de vela. Se era isso

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