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A Ordem Do Universo
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E-book102 páginas1 hora

A Ordem Do Universo

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Sobre este e-book

É urgente em nossos dias uma proposta de análise filosófica mais apurada sobre o universo que seja conciliável com os princípios das demais ciências. Alguns físicos, por exemplo, tentam aproximarem-se da filosofia. Trata-se de um exemplo notável de como a filosofia deve ser inerente à própria investigação na Física, pois não se deve separar o que desde a sua origem estiveram unidos: filosofia e cosmologia. Conduzido com coerência, a autonomia dos métodos não impossibilita uma profícua complementaridade entre tais saberes. De fato, a Física pode verificar e metrificar, com o auxílio de outros instrumentos, os princípios de uma Filosofia não contrária à realidade.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento22 de out. de 2023
A Ordem Do Universo

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    A Ordem Do Universo - Paulo Faitanin

    Image 1

    Paulo Faitanin

    A Ordem do Universo

    A Cosmologia de

    Santo Tomás de Aquino.

    2ª Edição

    Ampliada e Revisada

    Niterói, 2023

    Image 2

    É proibida a reprodução total ou parcial da presente obra, sem a licença expressa do autor, de acordo com a Lei 9.610 de 19/02/1998

    CADERNOS DA AQUINATE

    6

    ISSN: 1982-8845

    Diretor: Alfredo Morán

    Ficha catalográfica

    FAITANIN, Paulo. A Ordem do Universo: a Cosmologia de Santo Tomás de Aquino. 2ª Edição. Cadernos da Aquinate, nº 6, Niterói, 2023.

    Niterói, RJ, outubro de 2023.

    50

    48 páginas.

    1. Universo. 2. Matéria. 3. Cosmologia. 4. Tomás de Aquino.

    Capa: Santo Tomás de Aquino;

    detalhe da crucificação por Frá Angélico

    óleo séc. XV

    [wood engraving by Reynolds Stone, in Saint Thomas Aquinas, Selected writings, New York: The Heritage Press, 1971, p. 1]

    CADERNOS DA AQUINATE

    aquinate.com.br

    3

    ABREVIATURAS

    Compendium Theologiae – CTh.

    De natura accidentis – De nat. Accd.

    De aeternitate mundi – De aeter. Mundi

    De regimine principum – De reg. princ.

    De substantiis separatis – De sub. sep.

    Expositio in Dionysium De divinis nominibus – De div. nom.

    Expositio super librum Boethii De Trinitate – De Trinitate.

    Expositio libri Boethii De ebdomadibus – De ebdom.

    In decem libros Ethicorum exposition – In Eth.

    In duodecim libros Metaphysicorum expositio – In Met.

    In libro de causis expositio – De causis.

    In libros De anima lectura – In De anima.

    In libros De caelo et mundo expositio – In De caelo.

    In libros Perihermeneias expositio – In Perih.

    In libros Politicorum expositio – In Pol.

    In libros Posteriorum Analyticorum expositio – In Post. Anal.

    In octo libros Physicorum expositio – In Phys.

    In quattuor libros Sententiarum – In Sent.

    Quaestiones disputatae De Spiritualibus creaturis – De Spir. Creat.

    Quaestiones disputatae De anima – De anima.

    Quaestiones disputatae De Potentia Dei – De potentia.

    Quaestiones disputatae De veritate – De veritate.

    Quaestiones Quodlibetales – Quodl

    Summa Contra Gentiles - SCG.

    Summa Theologiae – STh.

    Super Evangelii S. Ioannis lectura – In Ioan.

    CADERNOS DA AQUINATE

    1. O Valor do Sofrimento: uma leitura a partir de Santo Tomás de Aquino.

    2. A Sabedoria do Amor: iniciação à filosofia de Santo Tomás de Aquino.

    3. O Ofício do Sábio: o modo de estudar e ensinar, segundo Santo Tomás de Aquino.

    4. O Único Necessário: a perfeição da vida espiritual, segundo Santo Tomás de Aquino.

    5. A Hierarquia Celeste: a angelologia de Santo Tomás de Aquino.

    6. A Ordem do Universo: a cosmologia de Santo Tomás de Aquino.

    7. A Dignidade do Homem: a antropologia filosófica de Santo Tomás de Aquino.

    8. A Razão Capaz de Deus: a teologia natural, segundo Santo Tomás de Aquino.

    9. Redemptionem Misit: Bula de Canonização de Santo Tomás de Aquino, 18 de julho de 1323.

    10. Mirabilis Deus: Bula de Proclamação de Santo Tomás de Aquino como Doutor da Igreja, 11 de abril de 1567.

    11. Introdução ao Tomismo: Tomás, o Tomismo & os Tomistas: uma breve apresentação.

    5

    Índice

    INTRODUÇÃO. ................................................................................................ 6

    CAPÍTULO PRIMEIRO

    A ORIGEM DO UNIVERSO.

    O UNIVERSO: definição, estudo e formação.

    §1. DEFINIÇÃO: o todo material. ................................................................. 10

    §2. ESTUDO: cosmologia filosófica. ............................................................ 12

    §3. FORMAÇÃO: sucessiva e temporal. ........................................................ 13

    A MATÉRIA: definição e origem.

    §4. DEFINIÇÃO: primeiro substrato. ............................................................ 16

    §5. ORIGEM: criação ex nihilo. ................................................................... 18

    CAPÍTULO SEGUNDO

    A NATUREZA DO UNIVERSO.

    A NATUREZA: essência e atributo.

    §1. ESSÊNCIA: potência. .............................................................................. 25

    §2. ATRIBUTO: movimento. ......................................................................... 28

    A ORDEM: princípio, efeito e dimensão.

    §3. PRINCÍPIO: matéria, forma e privação. .................................................. 30

    §4. EFEITO: geração e corrupção. ............................................................... 32

    §5. DIMENSÃO: espaço e tempo. .................................................................. 35

    O FIM: esplendor e renovação.

    §6. ESPLENDOR: o homem. .......................................................................... 38

    §7. RENOVAÇÃO: a perfeição da glória. ..................................................... 41

    CONCLUSÃO. ............................................................................................... 45

    BIBLIOGRAFIA. ............................................................................................ 48

    INTRODUÇÃO.

    1. É urgente em nossos dias uma proposta de análise filosófica mais apurada sobre o universo que seja conciliável com os princípios das demais ciências. Alguns físicos, por exemplo, tentam aproximarem-se da filosofia1.

    Trata-se de um exemplo notável de como a filosofia deve ser inerente à própria investigação na Física, pois não se deve separar o que desde a sua origem estiveram unidos: filosofia e cosmologia. Conduzido com coerência, a

    autonomia

    dos

    métodos

    não

    impossibilita

    uma

    profícua

    complementaridade entre tais saberes. De fato, a Física pode verificar e metrificar, com o auxílio de outros instrumentos, os princípios de uma Filosofia não contrária à realidade.

    2. O Cosmos sempre encantou o homem. A carência da concepção dada pela revelação de um Deus criador do universo não privou a alguns filósofos do desejo de contemplarem a sua ordem. Vale o exemplo do que nos conta Aristóteles ao afirmar que para Anaxágoras só pelo fato de poder contemplar a ordem do universo já valeria a pena existir2. Se alguma filosofia relaciona a ordem do universo com o seu princípio3, ela também busca compreender sua origem e o seu fim4. Eis o ofício do sábio, que se reserva a investigar o fim do universo, que é o princípio de tudo quanto existe5. Mas, apesar de algumas lúcidas contribuições gregas, privadas da doutrina da criação não conseguiam explicar a origem do universo, porque reduziam sua causa a algum elemento natural ou afirmavam a sua autogeração caótica, ou sustentavam-no existente desde sempre6.

    3. Tomás consciente de que há uma ordem que a razão não faz, mas apenas considera como, por exemplo, a dos astros 7 e de que não é possível entender totalmente a macro e a micro ordem do universo sem subordiná-las à compreensão fornecida por uma origem inteligente por criação8, procura explicá-la identificando no interior das realidades que as compõem um primeiro princípio criado inerente à própria natureza do universo que 1 Ver, por exemplo: HEISENBERG, W. Física e Filosofia. 4 ed. Tradução de Jorge Leal Ferreira.

    Brasília: UNB, 1999, esp. pp. 259-285.

    2 ARISTÓTELES. Ética Eudemia. I, 5, 1216ª 12-15.

    3 TOMÁS DE AQUINO. STh. I, q. 42, a.3, c.

    4 Para Tomás, o fim é o princípio de tudo quanto existe: TOMÁS DE AQUINO. CG. I, c.1, nn .2-3.

    5 TOMÁS DE AQUINO, S. CG. I, c. 1, n. 3.

    6 Sobre as diversas cosmogonias gregas ver: ARANA, J. Matéria, Universo, Vida. Madri: Tecnos, 2001, esp. pp. 296-422.

    7 TOMÁS DE AQUINO. In I Eth. Lec.1,

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