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Teodiceia Estóica
Teodiceia Estóica
Teodiceia Estóica
E-book57 páginas41 minutos

Teodiceia Estóica

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Sobre este e-book

“Não há deuses diferentes entre povos diferentes, nem deuses estrangeiros e deuses gregos, nem deuses do sul e deuses do norte; mas apenas o sol e a lua, o céu, a terra e o mar que são comuns a toda a humanidade, mas têm nomes diferentes entre diferentes raças, portanto, embora haja uma Razão que ordena essas coisas e uma Providência que as administra.” (PLUTARCO) Havia um Deus. Os deuses da velha mitologia estavam passando, como uma esplêndida pompa de nuvens movendo-se através do horizonte para ser absorvida no céu claro e infinito. O elemento dominante na ideia de Deus era a personalidade; na ideia de mundo, era a ordem. Mas personalidade é vontade implícita, e a vontade parecia implicar a capacidade de mudança, considerando que no mundo, onde quer que a ordem possa estar traçada, era fixa e invariável. A concepção era que não meramente de um universo, mas de um universo movendo-se em obediência a uma lei. A forma mais antiga de concepção é provavelmente a de Anaxágoras, que foi formulada por um escritor posterior na expressão “As origens da matéria são infinitas, a origem do movimento e do nascimento é única.” Esta concepção de um todo ordenado estava entrelaçada, enquanto se elaborava lentamente, com duas concepções semelhantes, das quais uma a precedeu e a outra cresceu com isso. Único era o senso de personalidade. Por transferência de ideias que tem sido tão universais que podem ser chamadas de naturais. Todas as coisas que se movem foram investidas com personalidade. As estrelas e os rios eram pessoas. Movimento significava vida, e vida significava em todos os lugares alguma coisa análoga à vida humana. Foi por uma inevitável aplicação da concepção de que quando a soma de movimentos foi concebida como um todo, deveria ser também, concebida que por trás da totalidade dos fenômenos e na unidade de seus movimentos havia uma única Pessoa.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento27 de nov. de 2020
Teodiceia Estóica

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    Teodiceia Estóica - Adeilson Nogueira

    TEODICEIA

    ESTÓICA

    Adeilson Nogueira

    1

    Todos os direitos reservados.

    Proibida a reprodução total ou parcial desta obra, de qualquer forma ou meio eletrônico, e mecânico, fotográfico e gravação ou qualquer outro, sem a permissão expressa do autor. Sob pena da lei.

    2

    ÍNDICE

    INTRODUÇÃO......................................................................................04

    ORDEM NO CAOS................................................................................06

    ESCOLA ESTÓICA.................................................................................09

    CONCEPÇÃO DE DEUS.........................................................................22

    PLATONISMO......................................................................................26

    TEODICEIA ESTÓICA............................................................................35

    TRANSCENDÊNCIA DE DEUS................................................................41

    DISTINÇÕES NA NATUREZA DE DEUS..................................................46

    3

    INTRODUÇÃO

    Não há deuses diferentes entre povos diferentes, nem deuses estrangeiros e deuses gregos, nem deuses do sul e deuses do norte; mas apenas o sol e a lua, o céu, a terra e o mar que são comuns a toda a humanidade, mas têm nomes diferentes entre diferentes raças, portanto, embora haja uma Razão que ordena essas coisas e uma Providência que as administra.

    (PLUTARCO)

    Havia um Deus.

    Os deuses da velha mitologia estavam passando, como uma esplêndida pompa de nuvens movendo-se através do horizonte para ser absorvida no céu claro e infinito.

    4

    O elemento dominante na ideia de Deus era a personalidade; na ideia de mundo, era a ordem. Mas personalidade é vontade implícita, e a vontade parecia implicar a capacidade de mudança, considerando que no mundo, onde quer que a ordem possa estar traçada, era fixa e invariável.

    A concepção era que não meramente de um universo, mas de um universo movendo-se em obediência a uma lei. A forma mais antiga de concepção é provavelmente a de Anaxágoras, que foi formulada por um escritor posterior na expressão As origens da matéria são infinitas, a origem do movimento e do nascimento é única.

    Esta concepção de um todo ordenado estava entrelaçada, enquanto se elaborava lentamente, com duas concepções semelhantes, das quais uma a precedeu e a outra cresceu com isso.

    Único era o senso de personalidade. Por transferência de ideias que tem sido tão universais que podem ser chamadas de naturais.

    Todas as coisas que se movem foram investidas com personalidade. As estrelas e os rios eram pessoas.

    Movimento significava vida, e vida significava em todos os lugares alguma coisa análoga à vida humana. Foi por uma inevitável aplicação da concepção de que quando a soma de movimentos foi concebida como um todo, deveria ser também, concebida que por trás da totalidade dos fenômenos e na unidade de seus movimentos havia uma única Pessoa.

    5

    ORDEM NO CAOS

    O pensamento grego era a consciência de um Deus. Veio com a sensação de unidade do mundo. Esse sentido nem sempre foi despertado. Os variados fenômenos de terra e mar e céu nem sempre foram trazidos sob uma única expressão.

    Os grupos em que a mente tendia a organizá-los eram tidos como separados, pertencentes a diferentes reinos e controlados por divindades independentes.

    6

    Foi pela alquimia inconsciente do pensamento, trabalhando através de gerações sucessivas, que os grupos separados vieram a ser combinados em um todo e concebidos como formando uma unidade.

    Também vieram com o sentido da ordem do mundo o sol, que dia após dia nascia e se punha; a lua, que mês a mês aumentava e diminuía; as estrelas, que ano após ano voltavam às mesmas estações no céu, eram como um exército comandado movendo-se em obediência a um comando fixo.

    Havia ordem, não só

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