Mestre Vidar

De Roberto Carlos Rodrigues

Mestre Vidar é uma jornada fascinante que nos leva pelos segredos da mente e do coração de seu personagem principal, Vidar. É uma exploração da busca de propósito, perdão e iluminação, envolvendo-o em uma aventura que transcende os limites da imaginação. A história começa quando Vidar era apenas um homem simples com uma profunda insatisfação na vida. Na sua busca constante pela verdade e autoconhecimento, com a ajuda de sua amada esposa, Mavy, Vidar embarca em uma jornada de autorreflexão e transformação interior através do perdão verdadeiro do Espírito Santo, o poder para curar a mente. Então, o milagre acontece, e Vidar atinge a Iluminação. A narrativa se desenrola quando Vidar, após um momento de despertar espiritual, descobre que possui habilidades extraordinárias, incluindo a capacidade de teletransporte. Através dessa recém encontrada força interior, ele começa a vislumbrar um mundo repleto de possibilidades ilimitadas e riquezas infinitas. Mavy, sua esposa, não pode conter tamanha alegria. Juntos, Vidar e Mavy embarcam em uma aventura que os leva por diferentes lugares e exuberantes praias, explorando o equilíbrio entre riqueza material e crescimento espiritual. Vidar usa suas habilidades para buscar riquezas que também beneficiam a humanidade, ao mesmo tempo em que redescobre o verdadeiro propósito de sua vida. Grandes mistérios serão revelados e incríveis tecnologias serão descobertas e criadas. Inteligência artificial, poderes da mente, tudo vai ter nessa incrível aventura. O romance é uma jornada de ficção científica, espiritualidade e autoaceitação, descoberta de poderes latentes e uma exploração do poder curativo do perdão. No processo, Vidar e Mavy enfrentam desafios e desvendam segredos antigos que transformam suas vidas de maneiras inimagináveis. Prepare-se para uma leitura que tocará sua alma e o fará refletir sobre o poder do perdão, da conexão espiritual e da busca por um propósito mais profundo na vida. Visite www.mestrevidar.com.br

• Idioma: Português
• Editora: Clube de Autores
• Data de lançamento: 26 de out. de 2023

Pré-visualização do livro

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Índice

1. O Despertar de Vidar .............................................9

2. O Poder de Teletransporte ...................................27

3. Em Busca do Ouro ...............................................36

4. Um Pedaço do Paraíso ........................................48

5. A Festa na Praia ...................................................63

6. A Feira .................................................................74

7. Enfrentando a Antártica .......................................84

8. A Nave Extraterrestre .........................................104

9. O Retorno a Antártica .........................................119

10. O Segredo da Nave .........................................130

11. A Inteligência Artificial .......................................139

12. O Natal Chegou ...............................................154

13. O Cristal de Taaffeite .......................................171

14. A Cidade de Agartha ........................................203

15. O Povo Formiga ...............................................220

16. Acima e Avante ................................................260

17. Explorando a Nave ..........................................281

18. Curtindo a Praia ...............................................299

19. Atualizando a IA ...............................................308

20. Os Trajes de Voo .............................................315

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Introdução

Em meio às montanhas e rios que serpenteiam a pacata São José das Flores, no interior do Brasil, uma história de vida extraordinária se desenrola. É a história de Vidar, um homem cuja jornada nos leva dos cantos mais profundos de sua própria alma até os confins do universo.

Não são todas as pessoas que conseguem viver de uma forma alegre e feliz. A maioria das pessoas é como Vidar; elas não conseguem se encaixar na vida e se lançam em busca de algo mais.

Essa busca sempre termina em frustração, pois nunca se encontra o que realmente se procura. Felizmente para Vidar, a vida dar uma guinada de 180 graus, e tudo em sua vida nunca mais será o mesmo.

Vidar viveu seus 60 anos em busca incansável do sentido da vida, como um explorador solitário em uma selva densa de sonhos e desafios.

Sua carteira estava tão vazia quanto a promessa de chuva em uma tarde quente do sertão, e sua saúde, fragilizada pelas intempéries do tempo, o forçava a encarar limitações físicas que desafiavam sua determinação. Praticar o perdão verdadeiro do Espírito Santo era tudo o que ele podia fazer em sua monótona vida.

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Mas a história de Vidar não é apenas um relato de desafios e dificuldades, é um conto de resiliência e transformação. Um dia, quando a vida parecia prestes a ceder sob o peso de suas próprias decepções, algo extraordinário aconteceu. Uma experiência mística e transcendental abriu as portas de seu coração e mente, transformando-o e revelando-lhe uma nova perspectiva sobre o universo e sua própria existência.

A partir desse ponto, Vidar embarcou em uma audaciosa jornada em busca de riqueza, que transcendia os limites da imaginação, e incríveis descobertas que o impulsionariam a alcançar o apogeu do poder em todo o planeta. Seus anseios por riquezas inesgotáveis, tecnologias de ponta, naves voadoras e a fascinante interação com inteligência artificial, assim como a intrigante criação de fêmeas humanas androide, moldaram o cenário de sua nova existência.

Este caminho o levou a desafios e conquistas inimagináveis, a romper com convenções estreitas e a desvendar o autêntico propósito de sua existência. Em sua incansável busca por significado e plenitude, Vidar empreendeu uma jornada transformadora que lhe conferiu o poder de vivenciar o que de mais extraordinário o mundo tem a oferecer. O Mestre Vidar começou realmente a viver o que sempre sonhou, uma vida que vale a pena o esforço, uma vida que vale a pena ser vivida.

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O Despertar de Vidar

Em uma pequena cidade do interior do Brasil, chamada São José das Flores, vivia Vidar e sua amada esposa, Mavy. O casal tinha três filhos, todos casados e vivendo suas vidas. Vidar já estava idoso, com 60 anos, sofrendo de depressão, com dificuldades financeiras e saúde debilitada. Sua carteira estava mais vazia do que uma cacimba no deserto, sua audição estava prejudicada, e sua visão era precária, exigindo o uso de uma lupa para ler. Sua doce esposa estava bem de saúde, mas vivia preocupado com seu pai Diego, que já havia completado seus 87 anos. O

vínculo com seu pai era forte. Diego, com sua idade avançada, vez ou outra sentia dores no coração, algo que inquietava profundamente Vidar.

A vida ao lado de Mavy era repleta de amor, mas um vazio persistia. A rotina e a monotonia de uma vida demasiadamente humana não se encaixavam em si. E assim, a jornada de Vidar em busca de um propósito maior na vida começava levando-o por caminhos inexplorados, buscando algo que transcendesse a mera sobrevivência humana.

Vidar nunca se encontrou como pessoa ou profissional. Para ele, encontrar seu lugar no mundo era como procurar um trevo de quatro folhas em um 9

gramado. Vivia com grande insatisfação, sempre em busca de riqueza e felicidade, mas nunca as encontrava. A riqueza e a felicidade estavam tão disponíveis para ele quanto um cartão de crédito bancário para um morador de rua.

Embora Vidar vivesse em harmonia com sua esposa, e seus filhos estivessem todos bem, a vida não tinha sentido para ele. Ele buscava algo mais, algo além de apenas viver, comer, trabalhar e pagar as contas. A corrida dos ratos não fazia sentido para ele.

Ele desejava mais da vida, almejava viver com propósito e significado

Vidar não trabalhava mais devido à depressão e angústias; parou aos 40 anos. Ele havia se cansado da vida e percebeu que não conseguiria realizar seus sonhos e ideais. Não havia mais tempo, energia, nem vontade de encarar o mundo em busca de sucesso, riqueza e realizações pessoais. Ele passou a realizar pequenos trabalhos temporários, contando com a ajuda de Mavy, que ainda tinha energia e vontade de viver. O que ganhavam era suficiente para sobreviver.

A casa simples em que viviam precisava de reforma, mas não havia dinheiro sobrando para tal.

Vidar, embora soubesse como fazer a reforma, não tinha mais disposição mental para fazê-la.

Mavy dizia: "Por que você não sai um pouco desse computador e vem arrumar essas paredes?! Use 10

algumas horas do seu dia e reboca essa parede que está toda descascada?"

Vidar respondia: "Deixe a parede quieta, mulher, ela não está reclamando de nada! Se eu não consigo melhorar a mim mesmo, que é o mais importante, vou ficar trabalhando com parede? Dane-se a parede. O

que eu quero, eu não tenho, e o que não quero, eu tenho que fazer? De jeito nenhum. Passei a vida inteira insatisfeito, não realizei nada do que eu queria, estou velho, com ‘um pé na cova’, só esperando para ir para a terra do ‘pé junto’. Quando eu ficar rico, eu compro outra casa. Agora eu só quero ‘ficar de boa para o ar’.

Não estou a fim de fazer nada."

Mavy não ficava nada satisfeita com a atitude de Vidar; no entanto, compreendia e aceitava seu companheiro como ele era, sem querer forçar sua natureza.

A vida de Vidar com sua adorável esposa, Mavy, estava tranquila, mas como todos os contos, a vida às vezes reserva capítulos sombrios. Certa manhã, Diego acordou sentindo dores no peito muito agudas, mais fortes que o normal. Débora, sua esposa, ligou rapidamente para o filho Vidar. Preocupado, Vidar o levou às pressas para o hospital local, onde uma equipe médica dedicada começou uma série de exames e tratamentos. O quarto do hospital estava inundado com a tensão do momento, enquanto Vidar 11

segurava a mão de Diego, temendo o pior, mas dizendo para si mesmo: Vai dar tudo certo.

Os médicos realizaram uma série de exames minuciosos, com máquinas e monitores exibindo gráficos e números. A equipe trabalhou incansavelmente para estabilizar a saúde de Diego.

Eles estavam esperançosos, pois sabiam que o coração humano tem uma incrível força e resistência.

Depois de longas horas de agonia e incerteza, o olhar dos médicos e enfermeiros mudou, e Vidar percebeu que algo estava terrivelmente errado.

Os olhos deles refletiam tristeza e compaixão quando deram a Vidar a notícia mais devastadora que alguém poderia ouvir: Diego havia falecido.

Vidar sentiu como se o chão tivesse sido arrancado de seus pés. Ele estava arrasado. Ele não conseguia acreditar que Diego tinha morrido. Ele se sentia perdido e desolado. Seu querido pai, seu amigo de tantos anos, havia partido. Ele estava sentindo a dor de uma perda inimaginável pesando em seu coração. Não havia mais nada que pudesse fazer.

Tudo o que ele podia fazer agora era perdoar a morte de seu amado pai. Vidar perdoava e perdoava a vida por tê-lo levado embora.

A perda de Diego, o pai de Vidar, foi um momento de imensa tristeza para toda a família. O

irmão e a irmã de Vidar, assim que souberam da terrível notícia, vieram com profundo pesar. Sua mãe, Débora, sentiu um vazio profundo em seu coração ao perder o esposo com quem compartilhara a vida por 12

tantos anos. Diego não era apenas seu marido, mas seu companheiro, confidente e amor verdadeiro. A notícia da partida de Diego deixou Débora com o coração partido, e a sensação de solidão era avassaladora.

Para Vidar, a perda de seu pai representou uma despedida dolorosa de um amigo e mentor. Diego sempre esteve ao seu lado, apoiando-o em suas jornadas e desafios, compartilhando experiências e conselhos valiosos. A relação entre pai e filho era repleta de amor e cumplicidade, e a ausência de Diego deixou um vazio imensurável na vida de Vidar.

Seus filhos foram chamados e todos compareceram para o triste momento. Vidar e seus filhos choraram juntos ao lado do corpo de Diego, com Débora, Mavy, e toda a família. Alexandre e Júlia, irmãos de Vidar, reconfortavam sua mãe com palavras de carinho. O funeral foi uma cerimônia simples, mas comovente. Vidar estava desolado. Ele teria que lidar com essa perda. Passou os dias seguintes deprimido, sentindo a falta de seu pai. Às vezes saía andando pela cidade, e quando sentia saudade do pai, ele perdoava. Ele não tinha vontade de fazer nada. Ele só queria ficar sozinho, para chorar a perda do pai e tentar perdoar tamanha dor.

A tristeza que envolveu a família era tangível; todos sentiam profundamente a falta de Diego. Suas memórias e o legado que deixou eram tesouros preciosos, mas a dor da perda ainda persistia.

A família enfrentou um período de luto, apoiando-se 13

mutuamente para superar a tristeza e encontrar forças para seguir em frente, mantendo a chama da memória de Diego acesa em seus corações.

Mavy, a esposa de Vidar, desempenhou um papel fundamental nesse momento de tristeza e luto pela perda de Diego. Com empatia e carinho, ela tornou-se um pilar de apoio para Vidar e sua mãe, Débora, que estavam atravessando um período tão difícil. Mavy compreendia a dor profunda que seu marido enfrentava após a perda de seu pai e estava determinada a consolá-lo da melhor maneira possível.

Com palavras gentis e abraços reconfortantes, ofereceu a ele um ombro amigo para chorar, compartilhando seu pesar e lembranças felizes de Diego. Ela recordava a Vidar que seu pai estaria sempre presente em seus corações, guiando-os e protegendo-os. Ao mesmo tempo, Mavy cuidava de Débora, a mãe de Vidar, que sofria profundamente.

Nesse momento triste, receber apoio dos filhos e noras foi crucial. Mavy ajudou a mãe de seu marido a enfrentar a dor da perda de seu esposo, garantindo que ela não se sentisse sozinha em seu luto. Mavy estava ao lado de Débora, oferecendo seu apoio incondicional, ouvindo suas histórias sobre Diego e compartilhando suas próprias lembranças carinhosas.

Mavy desempenhou um papel vital na união da família durante esse período desafiador. Sua empatia, compaixão e amor ajudaram a aliviar a dor de todos, trazendo um senso de conforto e esperança em meio à tristeza. Ela recordava a todos que, juntos, 14

poderiam superar a perda e honrar a memória de Diego, mantendo viva a união e o amor que ele sempre valorizou.

Vidar, apesar de lidar com sua própria dor pela perda de seu pai, estava determinado a oferecer conforto e apoio à sua mãe durante esse momento difícil. Ele compreendia o quanto a morte de seu pai afetava Débora, pois compartilharam muitos anos de vida juntos e construíram uma existência repleta de memórias. Vidar passava tempo com sua mãe, ouvindo suas histórias sobre Diego e compartilhando suas próprias lembranças carinhosas sobre o pai. Ele sabia que o luto era um processo individual e que sua mãe precisava de espaço para expressar sua tristeza e suas emoções. Portanto, ele a encorajava a falar sobre seus sentimentos, sem julgamento. Além disso, Vidar e Mavy estavam lá para ajudar sua mãe nas tarefas do dia a dia, garantindo que ela se sentisse apoiada e cuidada. Eles preparavam refeições, faziam compras e auxiliavam em qualquer coisa que ela precisasse. A presença do casal e dos filhos era uma fonte de conforto e segurança para Débora.

Vidar também destacava a importância da família e da união nesse momento. Ele reforçava a ideia de que, juntos, poderiam superar a dor da perda e que o amor que compartilhavam como família era um elo forte que os ajudaria a enfrentar o luto.

A dedicação de Vidar em consolar sua mãe junto com Mavy, era uma expressão de seu profundo amor e respeito por ela. Ele entendia que, 15

apesar de sua própria dor, apoiar Débora era uma prioridade e um gesto de carinho e gratidão pelo amor incondicional que sempre recebera de seus pais.

Todas as pessoas, mais cedo ou mais tarde, terão que enfrentar essa terrível dor da perda. A dor de perder um ente querido é uma das experiências mais difíceis da vida, e Vidar estava vivenciando esse terrível momento, com os olhos cheios de lágrimas. É

também uma das lições mais difíceis para aprender a perdoar. O sentimento de perda não cessa de retornar, e o perdão deve persistir como um escultor esculpindo uma imagem a partir de uma pedra, ciente de que o processo é árduo, demorado e exige persistência incansável. É preciso continuar batendo e batendo, até que a pedra se transforme finalmente em uma imagem.

Vidar havia aprendido, durante seus longos e pacientes anos de busca pela verdade, no livro A Verdade Chegou, que toda dor neste mundo é gerada por um sentimento de culpa que reside nas profundezas da mente inconsciente de cada ser humano. Essa culpa foi gerada éons atrás, desde a criação do universo, pelo pecado original, que é a ideia de separação de DEUS. Essa autossabotagem foi feita pela nossa própria mente, e somente o perdão verdadeiro pode curar essa culpa secreta. Quando toda a culpa é curada, a mente se liberta de si mesma, e a pessoa atinge a iluminação. Esse é o despertar tão desejado por muitos espiritualistas do mundo todo.

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Toda dor e acidente tem a ver com a ideia de que precisamos ser punidos por sermos pecadores.

Quando perdoamos os erros dos outros e os vemos como inocentes, nossa mente faz o mesmo conosco.

Então, se não somos mais culpados de algo, um acidente pode ser removido da nossa linha de tempo.

O perdão é uma ferramenta que pode economizar milhares de vidas de sofrimento. Para isso, precisamos perdoar todos os erros dos outros e os ver como filhos de Deus sem pecado. O Espírito Santo vai realizar a cura da mente inconsciente com o perdão e a crença de que seu irmão é inocente porque as coisas que acontecem nesse mundo é ilusão da mente que está sonhando.

A perda de Diego deixou Vidar desamparado e atordoado, e embora muito difícil aplicar o perdão constante, Vidar continuava perdoando o sentimento de dor e perda de seu pai. Ele se viu envolto em uma tristeza profunda e uma sensação de vazio. Sua depressão se tornou mais aguda, e os dias que se seguiram foram de luto e reflexão para Vidar. O perdão sempre era feito quando esses sentimentos de pesar lhe abraçavam. Ele honrou a memória de Diego e lembrou-se dos momentos felizes que compartilharam. Embora a dor nunca desapareça completamente, ele sabia que, com o tempo, a prática do perdão verdadeiro traria bons resultados. Perdoando, ele encontraria uma maneira 17

de seguir em frente, levando consigo o amor e a lembrança de seu querido pai. Mavy se mantinha ao seu lado, ajudando o companheiro a passar por esse momento doloroso.

E assim Vidar estava. Passava seus dias, mergulhado no computador, assistindo televisão ou sentado na varanda, olhando para o horizonte. Ele era um homem cansado da vida, não saía para se divertir, porque não havia com o que se divertir na pacata cidade. Além disso, tudo era apenas uma forma de gastar o pouco dinheiro que podia ter. Ele sentia que sua vida não tinha sentido. Suas saídas de casa se limitavam a ir ao mercado com sua Mãe e esposa. E a levar e buscar sua esposa no serviço e nas reuniões de constelação familiar que Mavy gostava de participar com suas amigas.

Uma de suas paixões era a busca pela verdade e o autoconhecimento. No entanto, toda a verdade que Vidar havia encontrado até o momento lhe trouxe mais decepções do que satisfações. Apesar de sua persistente insatisfação, Vidar sempre praticou o perdão verdadeiro do Espírito Santo, ciente de que o perdão é a chave para a felicidade e a iluminação espiritual.

Cerca de um ano após a morte de Diego, Vidar continuava sentindo saudades e continuava perdoando a perda do pai. Naquele dia, era domingo, um dia tranquilo e Mavy estava dormindo, Vidar se levantou cedo, sentindo um profundo vazio interior. Ele se dirigiu até a porta da frente e saiu para o quintal. O

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sol estava apenas começando a surgir no horizonte, e Vidar sentiu uma disposição misteriosa para observar o nascer do sol enquanto mantinha sua atenção em seu peito, explorando o sentimento que pairava dentro de si. Contemplando o nascer do sol, recordou o quanto sua vida havia sido repleta de dificuldades e desafios, uma vida de escassez e falta de conquistas.

Lembranças das pessoas que o magoaram e dos inúmeros obstáculos que surgiram em seu caminho vieram à tona. Vidar perdoou a todos e a tudo. Mas, no auge da reflexão, a dor da perda do pai o assolou e lágrimas brotaram de seus olhos. Vidar respirou profundamente e sussurrou mais uma vez: "Eu perdoo.

Isso não é real. Eu perdoo!". Nesse instante, algo indescritível ocorreu. O mundo à sua volta desapareceu, transformando-se num cenário de incrível beleza. Era como se ele viajasse à velocidade da luz pelas estrelas. Subitamente, Vidar se viu no centro do Universo, entre galáxias brilhantes. Uma explosão de luz irrompeu em seu interior, e ele se tornou o próprio universo. Sentiu a presença de todas as pessoas e seres ao seu redor e, de forma inebriante, percebeu a proximidade de seu querido pai Diego, tornando-se uno com ele. Sua mente se unificou com todas as mentes do universo, como se houvesse apenas uma mente coletiva. Todos estavam ali, sua esposa, sua mãe, seus irmãos, amigos e familiares. Naquele momento, não havia dor nem limitações. Tudo era harmonia e amor. Minutos se passaram nessa experiência surreal e, quando a 19

mente de Vidar retornou, algo havia mudado profundamente dentro dele. Seu coração transbordava de amor, as plantas resplandeciam luz e alegria, envoltas em uma melodia de harmonia infinita. O canto de um pássaro ecoou e parecia ser o canto do próprio universo. Observando as pessoas na rua através da grade do portão, a luz que irradiava delas parecia conectar a terra ao céu.

Vidar foi até seu quarto, Mavy já estava