Dez metodologias ativas de aprendizagem: ativa, inovativa, criativa e colaborativa
()
Sobre este e-book
As Metodologias Ativas de Aprendizagem são várias, e elas foram projetadas para fazer com que os estudantes sejam os protagonistas de seu próprio processo de aprendizagem, em vez de simples receptores de informações. Isso permite que os estudantes explorem, questionem e apliquem o conhecimento de maneira significativa, o que pode levar a uma compreensão mais profunda e duradoura.
Ao longo deste livro, exploraremos dez Metodologias Ativas de Aprendizagem e os conceitos subjacentes que as sustentam. Você descobrirá como elas podem ser usadas para criar um ambiente de ensino e de aprendizagem mais engajador e eficaz, bem como elas podem ser personalizadas para atender às necessidades específicas de diferentes componentes curriculares e de seus contextos educacionais.
No final do livro, sugeri tópicos orientadores para construção de um roteiro de plano de aula, separados por componente curricular, considerando a etapa do Ensino Fundamental nos Anos Finais. É claro que este roteiro pode ser adaptado, ampliado e usado por qualquer etapa do Ensino Básico ou Superior.
Relacionado a Dez metodologias ativas de aprendizagem
Ebooks relacionados
Pedagogia De Projetos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasInovar o ensino e a aprendizagem na universidade Nota: 0 de 5 estrelas0 notasFormação permanente do professorado: Novas tendências Nota: 0 de 5 estrelas0 notasTemas transversais, pedagogia de projetos e mudanças na educação: Práticas e reflexões Nota: 5 de 5 estrelas5/5Ensino e aprendizagem: Faces e interfaces Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMetodologias ativas são inovações? Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPrática docente Nota: 4 de 5 estrelas4/5Vozes da pedagogia: da formação docente às tecnologias Nota: 5 de 5 estrelas5/5Ambiência Escolar Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAprendizagem na Universidade.: Participação do estudante Nota: 0 de 5 estrelas0 notasEducação Infantil: a escuta pedagógica na formação de professores Nota: 0 de 5 estrelas0 notasEducação Sem Distância Volume 4: tecnologia e educação: do conceito à prática Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA prática de ensino e o estágio supervisionado Nota: 1 de 5 estrelas1/5Didática e interdisciplinaridade Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAplicações de Vygotsky à educação matemática Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO currículo e relações de saberes produzidos na Escola em Tempo Integral Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPedagogia Projetos Sala De Aula Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPerspectivas Metodológicas para Sala de Aula Nota: 0 de 5 estrelas0 notasObjetos Digitais de Aprendizagem: uma nova abordagem para o ensino de história Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPercursos de formação nos anos iniciais Nota: 5 de 5 estrelas5/5Pesquisa em Educação: inquietações e desafios Nota: 4 de 5 estrelas4/5Reflexões e práticas em pedagogia universitária Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Prática pedagógica do professor de didática Nota: 5 de 5 estrelas5/5História oral na sala de aula Nota: 0 de 5 estrelas0 notasInterdisciplinaridade, uma proposta viável? Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPara Além dos Muros da Escola: Memória Crítica de Práticas e Experiências Pedagógicas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasDesafios da educação de jovens e adultos - Construindo práticas de alfabetização Nota: 0 de 5 estrelas0 notasEnsaios Acadêmicos – Volume 1 Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPedagogia do êxito Nota: 0 de 5 estrelas0 notas
Métodos e Materiais de Ensino para você
Jogos e Brincadeiras para o Desenvolvimento Infantil Nota: 3 de 5 estrelas3/5Sexo Sem Limites - O Prazer Da Arte Sexual Nota: 4 de 5 estrelas4/5Raciocínio lógico e matemática para concursos: Manual completo Nota: 5 de 5 estrelas5/5Mulheres Que Correm Com Os Lobos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAprender Inglês - Textos Paralelos - Histórias Simples (Inglês - Português) Blíngüe Nota: 4 de 5 estrelas4/5A Bíblia e a Gestão de Pessoas: Trabalhando Mentes e Corações Nota: 5 de 5 estrelas5/5Massagem Erótica Nota: 4 de 5 estrelas4/5Pedagogia do oprimido Nota: 4 de 5 estrelas4/5Piaget, Vigotski, Wallon: Teorias psicogenéticas em discussão Nota: 4 de 5 estrelas4/54000 Palavras Mais Usadas Em Inglês Com Tradução E Pronúncia Nota: 5 de 5 estrelas5/5Técnicas de Invasão: Aprenda as técnicas usadas por hackers em invasões reais Nota: 5 de 5 estrelas5/5Jogos e brincadeiras na educação infantil Nota: 5 de 5 estrelas5/5Ludicidade: jogos e brincadeiras de matemática para a educação infantil Nota: 5 de 5 estrelas5/5Sou péssimo em inglês: Tudo que você precisa saber para alavancar de vez o seu aprendizado Nota: 5 de 5 estrelas5/5Manual Da Psicopedagogia Nota: 5 de 5 estrelas5/5Como Escrever Bem: Projeto de Pesquisa e Artigo Científico Nota: 5 de 5 estrelas5/5A arte de convencer: Tenha uma comunicação eficaz e crie mais oportunidades na vida Nota: 4 de 5 estrelas4/5BLOQUEIOS & VÍCIOS EMOCIONAIS: COMO VENCÊ-LOS? Nota: 5 de 5 estrelas5/5Cérebro Turbinado Nota: 5 de 5 estrelas5/5Ensine a criança a pensar: e pratique ações positivas com ela! Nota: 5 de 5 estrelas5/5Aprender Francês - Textos Paralelos (Português - Francês) Histórias Simples Nota: 4 de 5 estrelas4/5Pense Como Um Gênio: Os Sete Passos Para Encontrar Soluções Brilhantes Para Problemas Comuns Nota: 4 de 5 estrelas4/5Guia Prático Mindfulness Na Terapia Cognitivo Comportamental Nota: 0 de 5 estrelas0 notasCurso Básico De Violão Nota: 4 de 5 estrelas4/5
Avaliações de Dez metodologias ativas de aprendizagem
0 avaliação0 avaliação
Pré-visualização do livro
Dez metodologias ativas de aprendizagem - Ronaldo Lasakoswitsck
REFLEXÃO INICIAL
Uma das motivações para a construção deste livro partiu de uma reflexão atribuída a Seymour Papert que dizia que se um professor do século XVI pudesse viajar no tempo para o presente, ele não teria dificuldades em ingressar na escola e lecionar.
Com o propósito de exemplificar porque a escola não se modificou, ele afirmava que, se um cirurgião que viveu um século e meio atrás conseguisse viajar no tempo até a época atual e entrasse em uma sala de cirurgia, ele teria muita dificuldade em reconhecer o que seria aquele espaço.
No entanto, se um professor fizesse o mesmo caminho de retornar no passado dois séculos, e entrasse em uma sala de aula, ele saberia reconhecer exatamente aquele espaço.
Esta paráfrase ilustrada¹ pode ser considerada real porque algumas formas de lecionar, que haviam sido desenvolvidas para preparar a sociedade do século XVI, ainda continuam sendo muito usadas nas escolas contemporâneas, indicando que a instituição escolar, que é responsável em preparar os cidadãos para lidar com as demandas da sociedade contemporânea, não apresenta evoluções significativas em técnicas, recursos ou métodos, como as outras áreas do conhecimento.
Quando se olha para fora do muro da escola do século XXI, vemos uma sociedade completamente modificada com exigências e necessidades específicas. E quando se olha para dentro da escola, o espaço ainda não apresenta mudanças físicas perceptíveis (cadeira e mesa do docente, lousa com anotações para cópia, carteiras em fileira, os estudantes observando, o docente posicionado à frente da sala expondo o conteúdo, os estudantes sentados nas carteiras observando o docente e olhando para a nuca do outro estudante), e tampouco apresenta mudanças na condução das aulas.
Nesta discussão sobre as demandas de mudanças em ascensão da educação, Jacques Delors constrói o axioma educacional que preconiza que a principal característica da sociedade do conhecimento é a necessidade de uma aprendizagem ao longo de toda vida. Para isso, ele fundamenta a educação em quatro pilares do conhecimento: aprender a conhecer, a fazer, a conviver e a ser. Há, nesta construção, um deslocamento do ensinar
para o aprender
. Numa abordagem tradicionalista, o ensinar está relacionado diretamente com o papel centralizador do professor que é o detentor do conhecimento, portanto o responsável em entregar
o conteúdo pronto e processado. Por outro lado, o aprender está relacionado com o discente que, ao ser orientado pelo docente, deve encontrar meios para se apropriar do conhecimento, seja ele feito de forma individual ou coletiva.
Na contemporaneidade, o conceito de aprendizagem se desloca para todos aqueles que aprendem.
Quando Paulo Freire defende uma educação problematizadora em vez da educação bancária, ele vislumbra o professor e os discentes como seres cognoscentes, pois ambos constroem conhecimento durante o processo de ensino e buscam uma prática educativa democrática. Ele endossa as premissas de Jacques Delors, cujas publicações enfatizam que o aprendizado ocorre pela vida toda e de forma contínua.
Inegavelmente, a sociedade se transforma com uma constância muito difícil de prever. Na sociedade contemporânea deparamo-nos com exigências como a necessidade de criar espaço para o desenvolvimento da autonomia, do potencial crítico e reflexivo, da criatividade, do respeito pela diversidade e do pluralismo cultural. Estas exigências podem ser atribuídas ao fato de a sociedade contemporânea ser impactada diariamente por diversas mudanças e que acontecem em ritmo acelerado, muito possivelmente pela influência dos meios de comunicação digitais. As pessoas são impactadas na forma que vivem, convivem e trabalham e isto desencadeia diferentes processos de interação, compreensão, comunicação e de aprendizagem.
Observando-se aquilo que se nomeia no século XXI de Educação 4.0, percebemos no seu cerne a retomada do conceito de Jacques Delors – o aprender a fazer. Esse conceito traz a ideia de que todos, principalmente aqueles que estão na escola, aprendem coisas diferentes e de maneiras diferentes, por meio de experiências, projetos, testes e muita práticas pedagógicas.
Acredito que devemos discutir o processo de ensino e de aprendizagem por meio de um melhor entendimento do que são as Metodologias Ativas de Aprendizagem. E que esta discussão possibilite colocar em prática as orientações de documentos como a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), cuja proposta de construção de currículos se apoia não mais (somente) em conteúdos, mas nas práticas que desenvolvam as habilidades requeridas para as demandas contemporâneas.
Desde a antiguidade, a educação sempre foi vista como uma forma de transmitir conhecimento e habilidades de uma geração à outra. No entanto, com o passar dos séculos, a forma como essa transmissão ocorre mudou significativamente. Enquanto o ensino tradicional costumava enfatizar a escuta passiva, o uso das Metodologias Ativas de Aprendizagem mudou o foco para a participação ativa, criativa e colaborativa dos estudantes.
As Metodologias Ativas de Aprendizagem são várias, e elas foram projetadas para fazer com que os estudantes sejam os protagonistas de seu próprio processo de aprendizagem, em vez de simples receptores de informações. Isso permite que os estudantes explorem, questionem e apliquem o conhecimento de maneira significativa, o que pode levar a uma compreensão mais profunda e duradoura.
Ao longo deste livro, exploraremos dez Metodologias Ativas de Aprendizagem e os conceitos subjacentes que as sustentam. Você descobrirá como elas podem ser usadas para criar um ambiente de ensino e de aprendizagem mais engajador e eficaz, bem como elas podem ser personalizadas para atender às necessidades específicas de diferentes componentes curriculares e de seus contextos educacionais. Isso significa que elas podem ser associadas e combinadas uma à outra para efetivar as habilidades e os objetivos desenhados no plano de aula.
É preciso destacar que as Metodologias Ativas de Aprendizagem representam uma mudança revolucionária na forma como conteúdos educacionais significantes são transmitidos e recebidos. Em vez de apenas escutar e acumular informações para serem testadas ao final de um processo, os estudantes agora são convidados a participar ativamente de seu próprio processo de aprendizagem, tornando-se cocriadores de seu conhecimento.
Este livro é uma jornada pelo universo dessas metodologias e