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Dez metodologias ativas de aprendizagem: ativa, inovativa, criativa e colaborativa
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Dez metodologias ativas de aprendizagem: ativa, inovativa, criativa e colaborativa
E-book115 páginas1 hora

Dez metodologias ativas de aprendizagem: ativa, inovativa, criativa e colaborativa

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Sobre este e-book

Desde a antiguidade, a educação sempre foi vista como uma forma de transmitir conhecimento e habilidades de uma geração à outra. No entanto, com o passar dos séculos, a forma como essa transmissão ocorre mudou significativamente. Enquanto o ensino tradicional costumava enfatizar a escuta passiva, o uso das Metodologias Ativas de Aprendizagem mudou o foco para a participação ativa, criativa e colaborativa dos estudantes.

As Metodologias Ativas de Aprendizagem são várias, e elas foram projetadas para fazer com que os estudantes sejam os protagonistas de seu próprio processo de aprendizagem, em vez de simples receptores de informações. Isso permite que os estudantes explorem, questionem e apliquem o conhecimento de maneira significativa, o que pode levar a uma compreensão mais profunda e duradoura.

Ao longo deste livro, exploraremos dez Metodologias Ativas de Aprendizagem e os conceitos subjacentes que as sustentam. Você descobrirá como elas podem ser usadas para criar um ambiente de ensino e de aprendizagem mais engajador e eficaz, bem como elas podem ser personalizadas para atender às necessidades específicas de diferentes componentes curriculares e de seus contextos educacionais.

No final do livro, sugeri tópicos orientadores para construção de um roteiro de plano de aula, separados por componente curricular, considerando a etapa do Ensino Fundamental nos Anos Finais. É claro que este roteiro pode ser adaptado, ampliado e usado por qualquer etapa do Ensino Básico ou Superior.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento15 de mar. de 2024
ISBN9786527013952
Dez metodologias ativas de aprendizagem: ativa, inovativa, criativa e colaborativa

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    Dez metodologias ativas de aprendizagem - Ronaldo Lasakoswitsck

    capaExpedienteRostoCréditos

    REFLEXÃO INICIAL

    Uma das motivações para a construção deste livro partiu de uma reflexão atribuída a Seymour Papert que dizia que se um professor do século XVI pudesse viajar no tempo para o presente, ele não teria dificuldades em ingressar na escola e lecionar.

    Com o propósito de exemplificar porque a escola não se modificou, ele afirmava que, se um cirurgião que viveu um século e meio atrás conseguisse viajar no tempo até a época atual e entrasse em uma sala de cirurgia, ele teria muita dificuldade em reconhecer o que seria aquele espaço.

    No entanto, se um professor fizesse o mesmo caminho de retornar no passado dois séculos, e entrasse em uma sala de aula, ele saberia reconhecer exatamente aquele espaço.

    Esta paráfrase ilustrada¹ pode ser considerada real porque algumas formas de lecionar, que haviam sido desenvolvidas para preparar a sociedade do século XVI, ainda continuam sendo muito usadas nas escolas contemporâneas, indicando que a instituição escolar, que é responsável em preparar os cidadãos para lidar com as demandas da sociedade contemporânea, não apresenta evoluções significativas em técnicas, recursos ou métodos, como as outras áreas do conhecimento.

    Quando se olha para fora do muro da escola do século XXI, vemos uma sociedade completamente modificada com exigências e necessidades específicas. E quando se olha para dentro da escola, o espaço ainda não apresenta mudanças físicas perceptíveis (cadeira e mesa do docente, lousa com anotações para cópia, carteiras em fileira, os estudantes observando, o docente posicionado à frente da sala expondo o conteúdo, os estudantes sentados nas carteiras observando o docente e olhando para a nuca do outro estudante), e tampouco apresenta mudanças na condução das aulas.

    Nesta discussão sobre as demandas de mudanças em ascensão da educação, Jacques Delors constrói o axioma educacional que preconiza que a principal característica da sociedade do conhecimento é a necessidade de uma aprendizagem ao longo de toda vida. Para isso, ele fundamenta a educação em quatro pilares do conhecimento: aprender a conhecer, a fazer, a conviver e a ser. Há, nesta construção, um deslocamento do ensinar para o aprender. Numa abordagem tradicionalista, o ensinar está relacionado diretamente com o papel centralizador do professor que é o detentor do conhecimento, portanto o responsável em entregar o conteúdo pronto e processado. Por outro lado, o aprender está relacionado com o discente que, ao ser orientado pelo docente, deve encontrar meios para se apropriar do conhecimento, seja ele feito de forma individual ou coletiva.

    Na contemporaneidade, o conceito de aprendizagem se desloca para todos aqueles que aprendem.

    Quando Paulo Freire defende uma educação problematizadora em vez da educação bancária, ele vislumbra o professor e os discentes como seres cognoscentes, pois ambos constroem conhecimento durante o processo de ensino e buscam uma prática educativa democrática. Ele endossa as premissas de Jacques Delors, cujas publicações enfatizam que o aprendizado ocorre pela vida toda e de forma contínua.

    Inegavelmente, a sociedade se transforma com uma constância muito difícil de prever. Na sociedade contemporânea deparamo-nos com exigências como a necessidade de criar espaço para o desenvolvimento da autonomia, do potencial crítico e reflexivo, da criatividade, do respeito pela diversidade e do pluralismo cultural. Estas exigências podem ser atribuídas ao fato de a sociedade contemporânea ser impactada diariamente por diversas mudanças e que acontecem em ritmo acelerado, muito possivelmente pela influência dos meios de comunicação digitais. As pessoas são impactadas na forma que vivem, convivem e trabalham e isto desencadeia diferentes processos de interação, compreensão, comunicação e de aprendizagem.

    Observando-se aquilo que se nomeia no século XXI de Educação 4.0, percebemos no seu cerne a retomada do conceito de Jacques Delors – o aprender a fazer. Esse conceito traz a ideia de que todos, principalmente aqueles que estão na escola, aprendem coisas diferentes e de maneiras diferentes, por meio de experiências, projetos, testes e muita práticas pedagógicas.

    Acredito que devemos discutir o processo de ensino e de aprendizagem por meio de um melhor entendimento do que são as Metodologias Ativas de Aprendizagem. E que esta discussão possibilite colocar em prática as orientações de documentos como a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), cuja proposta de construção de currículos se apoia não mais (somente) em conteúdos, mas nas práticas que desenvolvam as habilidades requeridas para as demandas contemporâneas.

    Desde a antiguidade, a educação sempre foi vista como uma forma de transmitir conhecimento e habilidades de uma geração à outra. No entanto, com o passar dos séculos, a forma como essa transmissão ocorre mudou significativamente. Enquanto o ensino tradicional costumava enfatizar a escuta passiva, o uso das Metodologias Ativas de Aprendizagem mudou o foco para a participação ativa, criativa e colaborativa dos estudantes.

    As Metodologias Ativas de Aprendizagem são várias, e elas foram projetadas para fazer com que os estudantes sejam os protagonistas de seu próprio processo de aprendizagem, em vez de simples receptores de informações. Isso permite que os estudantes explorem, questionem e apliquem o conhecimento de maneira significativa, o que pode levar a uma compreensão mais profunda e duradoura.

    Ao longo deste livro, exploraremos dez Metodologias Ativas de Aprendizagem e os conceitos subjacentes que as sustentam. Você descobrirá como elas podem ser usadas para criar um ambiente de ensino e de aprendizagem mais engajador e eficaz, bem como elas podem ser personalizadas para atender às necessidades específicas de diferentes componentes curriculares e de seus contextos educacionais. Isso significa que elas podem ser associadas e combinadas uma à outra para efetivar as habilidades e os objetivos desenhados no plano de aula.

    É preciso destacar que as Metodologias Ativas de Aprendizagem representam uma mudança revolucionária na forma como conteúdos educacionais significantes são transmitidos e recebidos. Em vez de apenas escutar e acumular informações para serem testadas ao final de um processo, os estudantes agora são convidados a participar ativamente de seu próprio processo de aprendizagem, tornando-se cocriadores de seu conhecimento.

    Este livro é uma jornada pelo universo dessas metodologias e

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