O currículo e relações de saberes produzidos na Escola em Tempo Integral
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O currículo e relações de saberes produzidos na Escola em Tempo Integral - Gabriela Nunes de Menezes
I CONTEXTO HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO INTEGRAL
1.1 APANHADO HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO EM TEMPO INTEGRAL
No século XIII, com a Revolução Francesa, a escola pública se fez presente com uma perspectiva jacobina de formação do homem completo. Com ideias voltadas às marcas de Liberdade, Igualdade e Fraternidade
, os jacobinos idealizaram e concretizaram a escola primária pública para todas as crianças. Idealizaram um formato de escola formal e com uma perspectiva de uma educação com alcance nacional. Porém, antes disso, os conceitos de escola formal não eram bem definidos tendo algumas alternâncias e alterações, devidas, muitas vezes, por situações políticas, sociais, econômicas e pouco assistidas pelo Estado.
Desde a antiguidade, Aristóteles já falava em educação integral, Marx chamava-a de educação omnilateral
ou politécnica
e em 1932 com o movimento dos Pioneiros da Educação, a educação integral era vista como direito biológico
de cada indivíduo e como dever do Estado (GADOTTI, 2009).
O conceito de escola integral surgiu, de fato, no século XIX, instigado pela proposta de formação humana completa em defesa da classe operária, contra as ideias capitalistas que dominavam o homem. Através do socialismo e de suas diversas vertentes, a escola integral apresentou-se de maneira muito clara pareando a Revolução Francesa, onde os operários lutavam contra o Estado e a favor de seus direitos. Um desses direitos reivindicados era o de uma educação sistematizada que oportunizasse melhores condições de ensino e aprendizagem para os operários e seus filhos.
Ghiraldelli Jr. (1990) ressalta que, apesar da luta em prol de uma educação digna e sistematizada ter sido veementemente marcada pelos marxistas, foi um anarquista, com objetivos libertários que embasou a educação integral. Bakunin (1814 -1876), um revolucionário e anarquista russo discorre:
[...] para que os homens sejam morais, isto é, homens completos no sentido mais lato do termo, são necessárias três coisas: um nascimento higiênico, uma instrução racional e integral, acompanhada de uma educação baseada no respeito pelo trabalho, pela razão, pela igualdade e pela liberdade, e um meio social em que cada indivíduo gozando de plena liberdade seja realmente, de direito e de fato igual a todos os outros (BAKUNIN, 1979, p. 50).
De acordo com Bakunin (1979), é por meio da educação que as pessoas entram em contato com toda e qualquer forma de cultura da sociedade. Para ele, tanto a educação formal como também a não formal seriam importantes nesse processo.
A apropriação do saber, para o autor, é que intitula o homem como completo conhecedor de seus saberes e, dessa forma, livre para realizar suas atividades na sociedade com liberdade e com princípios básicos sociais.
No Brasil, a concepção de educação integral chegou, ao final do século XIX, com os imigrantes europeus advindos com essas concepções e ideias já trabalhadas na Europa.
Contudo, a educação integral, no Brasil, caminhou por vertentes diferentes e com vários tipos de interpretações nas diferentes correntes pedagógicas educacionais brasileiras, principalmente nas décadas de 20 e 30 do século passado. As próprias nomenclaturas de Educação Integral
e Educação em Tempo Integral
nos trazem, até os dias de hoje, certa dificuldade de compreensão pela falta de aplicabilidade em nossa cultura dessa extensão das horas na escola e do entendimento à integralidade que o indivíduo precisa para se tornar, efetivamente, um cidadão crítico. Elucidar essas diferenças também contribui com os aspectos históricos que permeiam esta