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Adeus Patria Amada: As 4 Imigrantes
Adeus Patria Amada: As 4 Imigrantes
Adeus Patria Amada: As 4 Imigrantes
E-book103 páginas1 hora

Adeus Patria Amada: As 4 Imigrantes

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Sobre este e-book

Insatisfeitas com os regimes autoritários e a vida em seus paises, uma chinesa, uma soviética, uma tcheca e uma alemã partem para emigrar ao pacato Canada e recomeçarem suas vidas com seus pares. Essa é a história ficticia de cada uma delas durante a Guerra Fria.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento18 de mai. de 2022
Adeus Patria Amada: As 4 Imigrantes

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    Adeus Patria Amada - Tony De Campos

    ADEUS, PÁTRIA AMADA !

    AS 4 IMIGRANTES

    TONY DE CAMPOS

    Guerra Fria. Durante a luta pela hegemonia EUA-URSS, o mundo é marcado por inúmeras crises mundiais com conflitos, mudanças culturais, e sociais, Nos anos 80 uma chinesa, uma soviética, uma tcheca e uma alemã oriental buscam refúgio das crises em seus países noutro país mais estável e notório por acolher imigrantes e refugiados: o Canadá. Juntas com seus pares determinadas a recomeçarem suas vidas do zero como desconhecidas. Qual a história dessas belas e competentes profissionais por estarem tão insatisfeitas e indignadas com as condições e os regimes de suas pátrias? O Destino as uniria como Fisioterapeutas no outro lado do Atlântico para compartilharem suas histórias de tristezas, alegrias e dificuldade de adaptação durante a reconstrução de suas vidas. Só o sucesso interessava.

    Este é um romance com personagens fictícios vivendo num período histórico real.

    Capitulo 1 A chinesa Li Mei Cheng ("Yum Yum")

    Capitulo 2 A soviética Roza Kirilenkova (Zatie)

    Capitulo 3 A tcheca Terezka Martinková (Zeza)

    Capitulo 4 A alemã Romy Kretschmer Pg.41

    Capitulo 5. No Canada dos Imigrantes & Epílogo

    Meus outros Livros

    Observações 

    Referencias / Bibliografia 

    Dedicado a minha primogênita Mestre Fisioterapeuta Maria Claudia. Imigrante e cidadã canadense junto com meus netos.

    Descrição: Myself51Tifada

    Marco Antonio de Campos (aka Tony de Campos, n.1947) é Engenheiro Eletricista formado pela PUC e Autor de outros dez livros romanceados sobre a 2GM, a Guerra Fria e um especial completo sobre todo o conflito.

    Rio de Janeiro, 05/ /2022

    Contato marcofields@gmail.com

    I. Li Mei Cheng 

    Ningxia, interior da República da China. Uma das regiões mais pobres do país. Mei (beleza) fazia jus ao seu nome desde a infância. Filha única, seus pais eram agricultores donos de uma pequena chácara herdada da família. Uma menina que ao virar moça seria alta para os padrões asiáticos, com corpo bonito, rosto delicado e lindos cabelos negros. Namoradeira, mas não era de muita conversa. Muitos a queriam como prometida, mas estava decidida a encontrar seu próprio amor. Bastava um marido carinhoso que a desejasse, amasse e lhe desse filhos.

    E tinha uma certeza: não seria como a geração de sua mãe totalmente servis aos seus maridos. Felizmente seu pai respeitava sua mãe, mas várias mães de suas amigas apresentavam hematomas de espancamento ou aturavam maridos alcoolatras e infiéis. Isso é vida? ela pensava.

    Sua meta principal era cursar a Shanxi Medical University na área médica. Lá concluiu o curso de Fisioterapeuta com muita dificuldade.

    A década de 1958 a 1969 foi extremamente turbulenta, caótica e sanguinária na história chinesa. Palco de um show de horrores.

    O Horror do Grande Salto a Frente

    Em 1958, Mao era o líder máximo da China e lançou um programa econômico chamado Salto para Frente, que pretendia desenvolver a economia chinesa através o incentivo à industrialização, mas que acabou arrasando a produção agrária. O plano foi um grande fracasso. Resultou na Grande Fome, que causou a morte de cerca 15 milhões de pessoas. A comida virou uma arma para forçar as pessoas a cumprirem as tarefas atribuídas pelo Partido. A família Cheng passou muita dificuldade e seus pais se sacrificaram para manter Mei se alimentando. Sua mãe quase morreu e teve sequelas pela desnutrição. Uma vizinha entregou a filha adolescente a um burocrata em troca de comida. Constam relatos até de canibalismo e pessoas comendo cachorros, cobras e casca de árvores. Hoje a versão do PCCh (partido comunista chinês) é que a grande fome ocorreu devido a condições ambientais. Cínicos e mentirosos. Como em todas ditaduras. 

    A sangrenta Revolução Cultural

    Em 1962 Mao estava com a imagem manchada pelo Grande Salto. Mas em 1966 retomou o poder ao convocar a população chinesa a se juntar para lutar contra o crescimento das posições reacionárias e burguesas no interior do PCCh. A partir daí, tornou-se público, e a população chinesa, principalmente os jovens, aderiram em peso ao chamado do Grande Timoneiro.

    A Revolução Cultural Chinesa voltou-se contra o que Mao definia como os "Quatro Velhos": velhas ideias, velhas culturas, velhos costumes e velhos hábitos. As massas foram instigadas a perseguir tudo aquilo que fosse contrário e a partir daí, formou-se a Guarda Vermelha, uma espécie de milícia que seguia os pensamentos de Mao, registrados no chamado "Livro Vermelho". Esses grupos realizaram grande parte do trabalho da Revolução Cultural e perseguiam ideologicamente pessoas que não seguiam os princípios estabelecidos por Mao.

    Mei aderiu forçada mais para salvar seus pais. Fazer o quê? Estudantes são eterna massa de manobra para comunistas. Os membros da Guarda Vermelha reuniam-se em comitês formados em locais como fábricas e escolas. Mei não conseguiria seu objetivo e como sua beleza se destacava, era convocada a participar de sexo comunal com camaradas em nome do movimento. Seu pai acabaria assassinado por ser proprietário burguês e sua mãe enviada para precários campos de reeducação sem saneamento e eletricidade. Mei assistia a destruição quase completa do sistema educacional do país, desde a educação básica até a educação superior resultado da intensa perseguição realizada contra professores. Alguns deles até seus Mestres. Na religião, o Confucionismo, um sistema filosófico tradicional da China, passou a ser atacado, bem como as religiões existentes no país. Livros que não fossem o Livro Vermelho também eram queimados. Os membros da Guarda Vermelha atacavam todos aqueles que pensavam diferente de Mao. E também utilizavam de violência física como ferramenta de perseguição ideológica. Piores que a Juventude Hitlerista.

    Mei não tinha mais ninguém e só pensava em fugir daquele inferno. A violência ficou tão grande, que o Exército dissolveu a Guarda Vermelha em 1969. Mas a China só acalmaria com a morte de Mao em 1976. Então em 1978 o país começou a se recuperar. 

    Com a dissolução da Guarda Vermelha e o país num caos, Mei precisava se sustentar. Partiu para uma grande cidade em busca de oportunidades: Guangdong (Cantão). Nada conseguia e tomou uma decisão radical. Na Guarda Vermelha perdera a decência e a castidade. Virou um objeto sexual. Estou sozinha e passando fome. Só resta meu corpo. Viro uma profissional, junto uma grana e me mando desta merda de país!, pensou. Procurou uma Agencia de Garotas de Programa e pela beleza logo foi contratada. Virou um destaque e era oferecida a clientela com pedigree e o codinome Yum Yum,* a Universitária. Um cliente produtor se encantou com sua beleza e a levou para uma produção pornô

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