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De Portugal ao Brasil: Poesias de uma Vida
De Portugal ao Brasil: Poesias de uma Vida
De Portugal ao Brasil: Poesias de uma Vida
E-book199 páginas1 hora

De Portugal ao Brasil: Poesias de uma Vida

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Sobre este e-book

Diniz veio de Portugal ainda menino trazendo muitos sentimentos e recordações.
No Brasil escreveu, escreveu como num diário.
E durante a pandemia escreveu o ápice de seus dias solitários, expondo seus amores, dores, indignações e reflexões. E acalentou o sonho de ser escritor.
Trazendo à tona um mar de emoções.

Por tantos mares naveguei
Tantos caminhos percorri
Tantos sonhos que sonhei
Tudo isso eu fiz por ti.
IdiomaPortuguês
EditoraViseu
Data de lançamento3 de mai. de 2024
ISBN9786525475240
De Portugal ao Brasil: Poesias de uma Vida

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    De Portugal ao Brasil - Diniz Augusto Rodrigues

    Retrato de rua (04/05/1962)

    Ó rua que vais e vens

    Que nenhuma culpa tem

    Por te chamarem assim

    Eu me criei nos teus braços

    Hoje ouves os meus passos

    E nem te lembras de mim

    Rua alegre de crianças

    Que ao romper de todo dia

    Começam suas andanças

    Rua triste dos cansados

    És cheinha de esperanças

    Dos eternos namorados

    E que tanto orgulho tens

    Por te chamarem assim 

    Orgulhosa alegre e triste

    Nesta rua tudo existe

    Só não tem nada pra mim

    Minha rua digo eu

    Nossa rua dizem eles

    Serás ó rua de quem

    Fala rua fala rua

    Que todos te querem 

    E não és de ninguém

    Mas se essa rua falasse

    Pediria que se calasse

    Pra não dizer o que ela tem

    Adeus rua que vais

    Olá rua que vens 

    Que nenhuma culpa tens

    Parte chamaram assim

    Qualquer dia que quiseres

    Numa das vezes que vieres

    Traz de lá alguém pra mim.

    Quando nasce o amor (15/09/1964)

    Para ti eu nasci

    Por ti quero viver

    Para ti é o meu amor

    Por ti quero morrer

    Por tantos mares naveguei

    Tantos caminhos percorri

    Tantos sonhos que sonhei

    Tudo isso eu fiz por ti

    Tanto amor eu nunca tive

    Tanto amor a ninguém dei

    Nunca ninguém o mereceu

    Todo para ti o guardei

    Não o guardei no pensamento

    Não o guardei na mão

    Guardei-o no meu olhar

    Guardei-o no coração

    No coração partido

    De tanto sonho desfeito

    De tanto amor perdido

    Perdido dentro do peito

    Do peito que te ama 

    Do peito de quem te adora

    Na boca de quem por ti chama

    Nos olhos de quem por ti chora

    Acordado penso em ti

    A dormir sonho contigo

    Queria estar junto a ti

    Para estares sempre comigo.

    Em Portugal

    IX (08/07/1995)

    Quando eras pequenina

    Andava contigo pela mão

    Agora já cresceste

    Ando contigo no coração.

    X (08/07/1995)

    Pesada cruz que carregamos

    Os dois cheios de ciúmes

    Por isso nós nos amamos

    E nunca nos entendemos.

    XI (08/07/1995)

    Ao dormir quero contigo sonhar

    Acordado por ti quero sofrer

    Contigo quero a vida

    Sem ti quero morrer.

    XII (08/07/1995)

    Chegou a hora da partida

    Não quero que fiques a chorar

    Quero ver em teus lábios

    O sorriso de quando me viste.

    Lutar por alguém

    Tanto tempo lutei

    E não consegui

    Queria te conquistar

    Esta luta não venci

    Mas não vou deixar de te amar 

    O tempo traz amores 

    O tempo traz paixões

    O tempo traz dissabores

    O tempo leva ilusões

    Será que fui iludido

    Eu não quero acreditar

    E neste tempo perdido

    Eu só pensava em te amar

    Teu sorriso tuas mãos

    Que estavam a me esperar

    Que tudo não tenha sido em vão

    Para este meu coração

    Que tudo vai suportar

    Me escreva ou me liga

    Quero que você me diga

    Se posso te esperar acordado

    Em ti penso

    Quero ver se essa luta

    Eu venço

    Para contigo ficar.

    A viagem (03/03/2011 – 09h)

    Fui viajar para ver se te esquecia

    Quanto mais o tempo passava, mais de ti, eu me lembrava.

    De noite contigo sonhava

    Parece que via em ti o olhar, o olhar que despertava.

    Mãos que eu afagava

    Porque nunca mereci a resposta que eu esperava.

    Agora mudando de rima farei outras mais bonitas.

    Teus olhos grandes e lindos que me procuram

    Onde estou, ficam sempre a olhar pra onde vou

    Fico eu a pensar

    Quem será essa mulher tão misteriosa

    Que brinca com meu sentimento

    Sem me dizer em nenhum momento a resposta

    Quando lhe pergunto muda sempre de assunto

    Será que não consegue dizer o que pensa

    Às vezes a boca não tem força para contrariar 

    Dizer o que o coração sente, nem o que está em sua mente

    Por isso que eu sou tão insistente

    Preciso de alguma resposta

    A essa tua indecisão de me proporcionar um encontro

    A qualquer custo a qualquer jeito

    Não suporto a dor que trago dentro do peito

    Será que você não entende

    Que me olha diferente, então fala porquê!

    Fiz tudo pra te esquecer

    Sem essa resposta não quero

    Esse momento eu espero ainda que seja por um momento só.

    Dia Internacional da Mulher

    (10/03/2017 – 21h)

    Por que há só um dia da mulher

    Para ela ser lembrada

    Se todo dia toda hora ela é chamada

    Menina se tornou mulher

    Que agora namora

    E por alguém será amada

    Mulher que se tornou mãe

    Aí sim será mais lembrada

    Mulher, onde está minha roupa

    Mulher, você já fez almoço

    Mulher, vou sair não sei que horas volto

    Cuida das crianças

    Sim, meu bem

    São nossas esperanças

    Mamãe, cadê minha chupeta

    Mamãe, quero mamar

    Mamãe, quero colo

    Mamãe, me dá um beijo

    E a mãe a tudo isso se curva

    Faz tudo para todos

    E todos não fazem por ela

    São coisas materiais da vida 

    Não, não seria assim

    Se ela fosse mais compreendida

    Mas passam alguns dias

    E ela volta a ser esquecida.

    Sonho de menina

    Linda criança que está sendo

    Gerada no ventre

    E sua mãe já sente

    Que é uma menina

    Sim, uma menina

    Que veio ao mundo

    Este mundo imundo

    De sonhos e ilusões

    São crianças aos milhões

    Cheias de esperanças e sonhos

    Começam a crescer

    Primeiras amiguinhas

    Umas mais calmas

    Outras mais sapecas

    Primeiras bonecas

    Se todas fossem iguais as bonecas

    Que nada sentem

    Não brigam, não mentem

    Mas não é assim

    Elas brigam, sonham e sofrem

    Mas não importa.

    Nossa! Já cresci

    Como estou linda

    O tempo passou 

    Meu tempo de boneca acabou

    Agora sou mulher

    O sonho se realizou.

    Ser mulher e mãe

    Mas tudo aconteceu tão de repente

    Parece que foi ontem

    Que a gente se conheceu

    E tudo isso aconteceu

    Eu sonhava que um dia

    A boneca que carregava

    Não fosse largada de fora

    Porque hoje o meu encanto

    É uma filha boneca

    Que chora!

    O que penso no meu íntimo

    Sou um desprezado

    Que você deixou

    No mundo amargurado

    Sem você saber quem sou

    Sou um desprezado

    Mas sofro calado

    Desprezado por você

    Você amada por mim

    Sou um desprezado,

    Seu amor não foi sincero

    Meu sonho foi destruído

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