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Meia palavra basta
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E-book127 páginas34 minutos

Meia palavra basta

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Sobre este e-book

Meia palavra basta, do letrista, ensaísta, compositor e filósofo Francisco Bosco, é uma breve coletânea de máximas descontraídas e contemplativas.
 
"O que é teoria maçante? Aquela em que há aprofundamento sem profundidade.  Aforismos são, ao contrário, profundidades sem aprofundamento."
Atento observador do cotidiano, Francisco Bosco traz neste livro, com uma escrita fluida, envolvente e perspicaz, textos curtos e parábolas sobre relacionamentos, sexo, futebol, grupos de WhatsApp, autocrítica, gafes, inveja, entre outros temas do cotidiano, pequenas pílulas para contemplação.
Os aforismos de Francisco Bosco podem ser textos breves, mas expressam em poucas palavras pensamentos íntimos e profundos, porque muitas vezes meia palavra basta.
IdiomaPortuguês
EditoraRecord
Data de lançamento13 de mai. de 2024
ISBN9788501920553
Meia palavra basta

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    Meia palavra basta - Francisco Bosco

    para Iolanda, Lourenço e Madalena

    Le secret d’ennuyer est celui de tout dire.

    [O segredo de entediar é dizer tudo.]

    VOLTAIRE

    Distraído é o sujeito que anda sempre muito concentrado em outra coisa.

    A forma custa caro; a ideia não tem preço.

    A pretensão é a ambição ignorante.

    Não tem nada mais irritante que uma pessoa contar que sonhou com você, com um ar preocupado, pois no sonho você estava triste, precisando de ajuda – como se esse sonho tivesse a ver com a sua vida, e não com a dela!

    Paradoxo temporal da ressaca: hoje, só amanhã.

    A História dirá. Como se a história fosse um ponto, em algum lugar do futuro, capaz de fazer um juízo objetivo e pacificar o passado – e não um desdobrar de disputas narrativas sem trégua sobre um passado eternamente instável.

    Me decepcionei com você. A esse comentário, a única resposta decente é: Problema é seu. É preciso estar atento contra as tentativas de controle pelo narcisismo. Funciona assim: a pessoa enaltece em você qualidades e condutas que interessam ao desejo dela. E assim espera que você se comporte da maneira que, no fundo, é vantajosa para ela. Tenta prendê-lo por uma imagem. Mas essa imagem de você foi feita à semelhança do desejo dela, e não necessariamente do seu. Então, se você age em desacordo com essa imagem, vem a moralização vitimada: Me decepcionei com você. Pois bem: Problema é seu.

    Piranha é a amiga do meu marido que eu não conheço.

    O amor gosta de se relacionar com o lado conhecido do outro; o sexo, com o desconhecido.

    O filósofo não é quem responde à pergunta, mas quem pergunta a pergunta.

    Só há duas maneiras alegres de se relacionar com tarefas: alienar-se ou dominá-las. Ou você as terceiriza (e assim delega a relação para outro) ou as encara até o ponto de conhecê-las intimamente. O conhecimento profundo, de qualquer coisa, da contabilidade à faxina, é alegre, pois por meio dele nos tornamos ativos. Ao contrário, a incompetência, passiva em alto grau, não produz apenas um resultado ineficaz, mas também um processo infeliz.

    A regra é clara. Mas o jogo é turvo.

    Quem foi melhor, Pelé ou Messi? Comparar com precisão jogadores de diferentes épocas é teoricamente impossível: as condições gerais do jogo em cada época, os contextos em relação aos quais se desenvolvem e se avaliam as técnicas são diferentes, e logo essas últimas são, na acepção rigorosa da palavra, incomensuráveis.

    Quem chama de pedante alguém que escreve difícil (difícil para quem?) mobiliza um álibi moral para uma reação, no fundo, imaginária: sente-se diminuído porque sua incompreensão revela sua

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