Anjo negro
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Anjo negro - Nelson Rodrigues
© 1948 Espólio de Nelson Falcão Rodrigues
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Tel.: (21) 3882-8200
Imagens de capa: Wale Falade | Shutterstock; Dubasyk | Shutterstock
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Rodrigues, Nelson, 1912-1980
Anjo negro : drama em três atos / Nelson Rodrigues ; [posfácio Rodrigo França]. - 6. ed. - Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2020.
ISBN 978-85-2093-437-1
1. Teatro brasileiro I. França, Rodrigo. II. Título.
20-43140
CDD-B869.2
Índices para catálogo sistemático:
1. Teatro : Literatura brasileira B869.2
Maria Alice Ferreira - Bibliotecária - CRB-8/7964
SUMÁRIO
Capa
Folha de rosto
Créditos
Programa de estreia da peça
Personagens
Primeiro ato
Segundo ato
Terceiro ato
Posfácio
Sobre o autor
Créditos das imagens
Colofão
Programa de estreia de
Anjo negro
, apresentada no Teatro
Fênix, Rio de Janeiro, em 2 de abril de 1948.
A peça fora interditada em janeiro de 1948.
Anjo negro
Tragédia em três atos de Nelson Rodrigues
Distribuição por ordem de aparecimento:
Produção e cenários de Sandro
Direção, cenários e figurinos de Ziembinski
A ação se passa em qualquer tempo,
em qualquer lugar.
PERSONAGENS
sIsmael
Virgínia
Elias
Ana Maria
Tia
Primas
Criada
Coveiros de crianças e o Coro das pretas descalças
PRIMEIRO ATO
primeiro quadro
(Ambiente: casa de Ismael. Cenário sem nenhum caráter realista. No andar térreo, um velório. O pequeno caixão de anjo
— de seda branca — com os quatro círios, bem finos e longos, acesos; sentadas em semicírculo, dez senhoras pretas, cuja função é, por vezes, profética, têm sempre tristíssimos presságios. Rezam muito, rezam sempre, sobretudo ave-marias, padres-nossos. De pé, rígido, velando, está Ismael, o Grande Negro. Durante toda a representação, ele usará um terno branco, de panamá [ 01 ], engomadíssimo, sapatos de verniz. Em cima, de costas para a plateia, Virgínia, a esposa branca, muito alva; veste luto fechado. Duas camas, uma das quais de aspecto normal. A outra, quebrada, metade do lençol para fora, travesseiro no chão. Uma escada longa e estilizada. A casa não tem teto, para que a noite possa entrar e possuir os moradores. Ao fundo, grandes muros que crescem à medida que aumenta a solidão do negro.)
(Cessam todas as vozes. Ismael vem olhar o rosto do filho. Em cima, no quarto, Virgínia se ajoelha. Na parte de fora aparece um jovem vagabundo; caminha, indeciso, com um bordão. Logo se percebe que é um cego, cabelos claros e anelados; seu rosto exprime uma doçura quase feminina. Surgem, em seguida, quatro negros, que se espantam com a presença do cego. Negros seminus, chapéu de palha, fumando charuto.)