Pequeno Livro Para Uma Grande Vida

De Sérgio Oliveira

Pode afirmar que se conhece realmente? Como seria se pudesse comunicar melhor consigo e com os outros? Descubra como funciona a sua mente e como a pode utilizar para atingir os objetivos que deseja.

Este livro oferece ferramentas simples, mas eficazes que poderão ajudar a tornar-se ainda melhor e mais feliz, do que já é!

As técnicas que poderá aplicar em entrevistas de emprego, apresentações em público ou até com os seus filhos para uma maior realização pessoal e profissional.

• Idioma: Português
• Editora: Cultura
• Data de lançamento: 2 de ago. de 2020
• ISBN: 9789898979728

Pré-visualização do livro

"

Ao longo destes anos, já formei muitos alunos. Vejo, ouço e sinto os desafios com que se deparam nas suas vidas. As discussões com o companheiro, a dificuldade em comunicar com os filhos, a briga com a colega do trabalho, o stress constante com o chefe, a apresentação em público de amanhã para a empresa toda, a entrevista decisiva com o diretor-geral, aquele cliente que nunca compra. A dificuldade em definir e atingir objetivos, saber para onde vou e onde quero estar daqui a cinco e dez anos.

pequeno livro para uma grande vida

pequeno livro para uma grande vida

sérgio oliveira

uma marca

[e-mail] I www.culturaeditora.pt

–

© Cultura Editora

A presente edição segue a grafia do novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.

Título: Pequeno Livro para Uma Grande Vida

Autor: Sérgio Oliveira

Revisão: Sérgio Fernandes

Paginação: Ana Gaspar Pinto

Capa: Ana Gaspar Pinto

Reservados todos os direitos. Esta publicação não pode ser reproduzida, nem transmitida, no todo ou em parte, por qualquer processo eletrónico, mecânico, fotocópia, fotográfico, gravação ou outros, nem ser introduzida numa base de dados, difundida ou de qualquer forma copiada para uso público ou privado, sem prévia autorização por escrito do Editor.

Ao ler este livro, revi-me em alguns pensamentos e conceitos importantes para a minha área e também para a minha evolução pessoal.

É um livro cheio de esperança, posições reflexivas e opiniões ponderadas de um profissional e conhecedor da área com uma vasta experiência.

É muito útil para qualquer pessoa, independentemente da sua área profissional.

Recomendo-o vivamente a todos os pais, educadores, professores, gestores, estudantes!

Boa leitura e boas reflexões!

Carlos Chainho

Olá.

Gostaria de lhe agradecer por estar a ler este livro e por investir o seu tempo e talvez o seu dinheiro para o fazer. Ao longo destas páginas, irei partilhar consigo algumas das ferramentas mais úteis e, até, geniais que já conheci. Aprendê-las foi muito benéfico para mim de diferentes formas e em várias áreas da minha vida. Gostaria que pudesse ser igual, ou melhor, para si também. Apesar de evitar generalizações, como veremos ao longo do livro, gosto de pensar que todas as pessoas desejam tornar a sua vida um pouco melhor. E, se isso puder ser feito através de coisas simples, ainda melhor!

Antes de avançarmos, deixe-me falar-lhe um pouco sobre mim, para que nos conheçamos melhor.

Nasci em Lisboa, onde vivi até aos sete anos, altura em que os meus pais decidiram comprar uma casa na periferia. Terminei o liceu alguns anos mais tarde e decidi que não queria continuar a estudar. Na altura, um amigo que tinha conhecido nos últimos anos de escola ia frequentemente a Londres trabalhar em hotelaria e tinha lá muitos contactos. Mal terminou o ano escolar, meti-me num avião e lá fui eu à capital britânica. As coisas na altura eram desafiantes para os jovens em Portugal. Era difícil arranjar um emprego bom sem uma licenciatura, coisa que, já se viu, eu não tinha nem tão-pouco estava interessado em ter. Fazendo aqui um parêntesis, sempre gostei de aprender, mas não apreciei a maior parte daquilo que aprendi na escola. Ainda hoje é assim. Absorvo informação que me interessa com relativa rapidez, e espero que seja sempre assim, pois o processo de aprendizagem nunca termina.

Voltando a Londres, logo que cheguei, esse meu amigo arranjou-me um emprego num hotel. Fiquei lá dois meses e depois fui trabalhar para um restaurante nos arredores da capital, onde pagavam mais e ainda me davam alojamento e alimentação. As coisas por ali andavam bem e os patrões até já me tinham falado em aumentar-me para eu ficar por lá. Corria tudo bem, até receber uma notícia que iria mudar a minha vida nos anos seguintes! Sei que, para muitos dos que estão a ler, isto que vou dizer é estranho, mas houve um tempo em que não existiam telemóveis!!! É chocante, eu sei, mas nós conseguíamos sobreviver. Naquela altura, a forma que tinha para comunicar com os meus pais era, aos domingos à tarde, por volta das 18h00, dirigir-me a uma cabine de rua e fazer uma chamada a cobrar no destino. Talvez seja útil partilhar convosco que os meus pais não falam inglês, mas, quando a operadora britânica lhe perguntava se aceitava pagar a chamada do filho, o meu pai voluntariosamente respondia: «Yes». Sempre me perguntei como seria se, em vez disso, ela perguntasse algo como: «Está interessado em deixar-me todos os seus bens?» Ele naturalmente responderia «Yes», por ser a única coisa que sabe dizer nesse idioma. E que útil que era! Então, numa dessas chamadas, o meu pai informou-me que o seu guarda-livros (um termo que eu adoro), ou contabilista, se preferirem, tinha um emprego para mim num escritório que iria abrir em breve. Imaginei, naturalmente, que seria um escritório de contabilidade, até porque ele costumava dar-me umas explicações desta disciplina quando eu precisava de ajuda para os exames no liceu, e aceitei de imediato e pus-me a caminho de Lisboa. Que bom era voltar a casa!

Porém, ao contrário do que supus, afinal o emprego não era num escritório de contabilidade. Era num escritório, sim, mas um que eu nunca tinha visto: uma corretora de mercados financeiros. Lembro-me de entrar no escritório logo de manhã cedo e de ter ficado especado como um bovino a contemplar uma construção magnífica. Não fazia a mínima ideia de como se fazia aquilo, mas sabia que queria fazer! Comecei à experiência, mas rapidamente passei a efetivo. Pelos vistos, tinha jeito para a coisa e, três anos depois, surgiram vários convites de outras corretoras em Portugal e noutros países europeus. Mudei para uma delas e fiquei em Lisboa. Já tinha tido uma experiência como emigrante e, apesar de neste caso as coisas serem significativamente diferentes, preferi ficar em Portugal, pois há poucos países no mundo como este! Trabalhando numa corretora em Lisboa, era natural que a nossa especialidade fosse a antiga moeda, o escudo. No início dos anos 90, as moedas europeias estiveram sob grande pressão especulativa por investidores, o que levou muitos bancos centrais a intervirem no mercado. Isso deixou-os à beira da ruína, tal a dimensão da especulação. Isso queria dizer que as corretoras tinham muito trabalho e os dias nunca eram monótonos. No entanto, todas as coisas acabam por chegar ao fim, e a nossa moeda não é exceção. Com o fim da moeda, chegou a hora de ir pregar para outro lado, e recebi um convite para trabalhar no setor da saúde, mais concretamente com suplementos alimentares. Comecei como delegado comercial, fiz informação médica, chefiei equipas de vendas, fui responsável de produto, dei formação, enfim, fiz de tudo um pouco nessa empresa, onde estive cerca de oito anos, e foi nessa altura que despertou em mim a paixão pela formação. Saí da empresa por vontade própria, porque queria um novo desafio.

O problema, no entanto, era não saber, nem sequer sonhar, o que é que me apaixonava profissionalmente. Andei ali uns tempos à deriva (mais à frente, iremos falar sobre isto), até que, um dia, uns amigos me falaram de umas coisas chamadas coaching e PNL, que eram «a minha cara». Costumo confiar nos amigos e lá fui averiguar de que é que se tratava, porque eles não me souberam explicar muito bem. «Diz que é bom», comentavam eles...

Fui investigar e logo percebi que os meus amigos tinham razão. Quis começar rapidamente e inscrevi-me no curso que iniciava primeiro. Porém, não costumo recomendar que sigam este critério. Tive «sorte» e o curso que começava primeiro era o de PNL. Já agora, esta é a sigla de «programação neurolinguística», uma tecnologia desenvolvida nos EUA nos anos 70 do século

XX

por Richard Bandler e John Grinder. Muitas das coisas que irei partilhar consigo neste livro são ou têm como base técnicas de PNL. Mas não só.

Concluí os três níveis de aprendizagem em Portugal entre 2010 e 2011 e, ainda neste ano e em 2012, continuei os meus estudos nos EUA com um dos pioneiros desta área. Em 2012, abri a minha empresa, a SPOTS, que é um acrónimo para «Segredo para o Teu Sucesso», e, desde então, dedico-me a fazer cursos e formações na área do desenvolvimento pessoal. É algo que me apaixona e que faço com total satisfação. Tenho dificuldade em encarar o que faço como um trabalho. Ainda recentemente, viajei de novo para os EUA para participar numa formação e, quando o senhor da alfândega me perguntou se viajava em trabalho ou lazer, «patinei» durante uns segundos antes de responder. Lá acabei por dizer trabalho. Mas a custo!

Ao longo destes anos, já formei muitos alunos em dezenas de cursos. Vejo, ouço e sinto os desafios com que se deparam nas suas vidas. As discussões com o companheiro, a dificuldade em comunicar com os filhos, a briga com a colega do trabalho, o stress constante com o chefe, a apresentação em público de amanhã para a empresa toda, a entrevista decisiva com o diretor-geral, aquele cliente que nunca compra. A dificuldade em definir e atingir objetivos, saber para onde vou e onde quero estar daqui a cinco e dez anos.

Pois é exatamente sobre questões como estas e outras que eu quero falar ao longo do livro, de forma a dar-lhe algumas dicas e ferramentas que lhe possam trazer novos recursos para lidar com elas.

São técnicas que têm vindo a ser utilizadas com sucesso por milhares de pessoas pelo mundo inteiro, desde homens de negócios, desportistas e professores, a terapeutas, etc. Técnicas que nos permitem comunicar melhor connosco e com os outros, fazer perguntas mais assertivas e pertinentes, criar