Minha Doce e Insegura Charlot
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Pré-visualização do livro
Minha Doce e Insegura Charlot - Lilian Santos Fernandes
Conteúdo
A infância
A notícia
A despedida
Amor de Irmâs
Minha vida & Minha voz
Uma visita inesperada & Decisões precipitadas
Realmente irmãs?
A indecisão
Sentimentos conflituosos
A pior mentira é aquela que contamos para nós
Coisas do coração
Encarando nossos erros
Tarde demais para arrependimentos
Lágrimas
Mentiras, doces mentiras
Um coração mentiroso
Enfim, a notícia
A partida
Não serei mais a mesma
A vida & suas voltas
Decisão difícil
Seguindo em frente
As oportunidades passam
As peças vão se encaixando
Encarando as consequências
Redenção
A promessa de um novo Amanhecer
Preparativos para o casamento
Só falta você
Hoje seremos um só
E a nossa alegria se completa
Vamos tomar um sorvete?
O dia mais feliz das nossas vidas
Pontos de referência
Sumário
Capa
Editora Appris Ltda.
1.ª Edição - Copyright© 2023 da autora
Direitos de Edição Reservados à Editora Appris Ltda.
Nenhuma parte desta obra poderá ser utilizada indevidamente, sem estar de acordo com a Lei nº 9.610/98. Se incorreções forem encontradas, serão de exclusiva responsabilidade de seus organizadores. Foi realizado o Depósito Legal na Fundação Biblioteca Nacional, de acordo com as Leis nos 10.994, de 14/12/2004, e 12.192, de 14/01/2010.Catalogação na Fonte
Elaborado por: Josefina A. S. Guedes
Bibliotecária CRB 9/870
F363m – 2023.
Fernandes, Lilian Santos.
Minha doce e insegura Charlot
[recurso eletrônico]
Lilian Santos Fernandes.
1.ed - Curitiba: Appris 2023.
1 arquivo online EPUB.
Inclui referências.
ISBN 978-65-250-4230-5.
1. Ficção brasileira. 2. Perdão. 3. Amor.
I. Título.
CDD – 869.3
Livro de acordo com a normalização técnica da ABNT
Editora e Livraria Appris Ltda.
Av. Manoel Ribas, 2265 – Mercês
Curitiba/PR – CEP: 80810-002
Tel. (41) 3156 - 4731
www.editoraappris.com.br
Printed in Brazil
Impresso no Brasil
Dedico a todos aqueles que acreditam em si mesmos.
Agradecimentos
Agradeço primeiramente a Deus, que me inspirou e me ajudou até aqui, sempre me fortalecendo na minha caminhada.
Aos meus pais, Maria e Vivaldo, que sempre foram bons para mim.
Às minhas queridas e amadas filhas, Liliane e Sofia.
Ao meu querido e amado esposo, Dimas.
E aos meus irmãos, que são grandes exemplos para mim, Wendel e Wilhiam.
Se podemos sonhar também podemos tornar nossos sonhos realidade.
(Tom Fitzgerald)
Considerações do livro
Este livro conta a história de Charlot, uma jovem que aprende aos poucos a ter voz e, ao longo desse processo, vence todas as suas inseguranças.
Minha doce & insegura Charlot
A noite estava fresca, com um leve cheiro de orvalho, e nela estava Charlot, cabelo levemente encaracolado e ruivo, dona de um belo e encantador sorriso. Sua voz foi finalmente ouvida e ela perdeu o medo de falar.
1
A infância
Uma bela casa no meio da natureza, com muitos empregados e pessoas sempre atrasadas, apressadas e com negócios mal resolvidos.
Charlot era uma pequena garota de seis anos de idade, meiga, brincalhona e chorona. Ela sempre foi uma criança sozinha, sem muitos amigos, a não ser Jorge, seu melhor amigo de infância, e Júlia, que se mudou para a França com sua mãe. Desde então, Charlot se apegou ainda mais a Jorge que, segundo ela, era o seu único amigo, sendo que ela não fazia questão de mais ninguém.
Desde de criança, quem sempre cuidou dela foi sua babá, Jordana, que era tão presente na vida de Charlot que seus pais acreditavam que ela era capacitada para cuidar da menina, deixando-a plenamente aos seus cuidados. Para Jordana era um prazer, pois ela adorava crianças e não tinha filhos. Por esse motivo começou a ver Charlot como se fosse a sua própria filha, e tudo o que fazia para ela era com muito amor.
A senhora Lúcia, mãe de Charlot, estava sempre ocupada com os negócios da família e com uma expressão pesada em seu rosto. Parecia estar constantemente com problemas e quase nunca sorria. Rubens, pai da menina, era pacífico e calmo, mas não brincava com a filha e não gostava de problemas, por isso pedia para Charlot ficar longe de encrencas para não ter trabalho...
Certa vez, Charlot, desesperada por um pouco de atenção de seus pais, decidiu pedir para a babá um quebra-cabeça de animais, coisa que ela gostava muito. Ela chamou sua mãe para montar, mas ela deu logo uma desculpa: Não tenho tempo. Pede para o seu pai!
.
Jordana, sua babá, com amor de mãe, sempre se oferecia para brincar com a menina.
— Charlot, posso brincar com você?
— Não, quero brincar com meu pai.
Rubens sentou-se ao lado da filha, mas, sem muita paciência, não demorou muito olhou para ela e disse:
— Isso é uma perda de tempo. Vai arrumar outra coisa para brincar, filha. Talvez de bonecas. Isso dá muito trabalho. Aliás, esse brinquedo não é para a sua idade.
Charlot olhou bem para o quebra-cabeça e começou a montá-lo. Sua babá ficou observando, pensando se a sua menina conseguiria. De repente, ela disse:
— Papai, terminei de montá-lo.
Sem nenhuma expressão, Rubens disse à filha que ela tinha feito um bom serviço, saindo logo em seguida com pressa, tropeçando nos móveis de madeira maciça da casa.
Nesse instante, Jordana compreendeu que a menina realmente era forte, e falou, orgulhosa de sua menina, enquanto recolhia as peças:
— Charlot, minha menina, você é forte e capaz de fazer qualquer coisa. Nunca deixe ninguém dizer o contrário.
Charlot era a única filha do casal e a filha que Jordana nunca teve. Mesmo com tantos mimos da babá, Jordana temia que a garota ficasse insegura por não ter a atenção que tanto queria de seus pais. Nem mesmo a doce babá conseguia suprir essa falta.
Os anos passaram e na velha Fazenda das Rosas as coisas continuaram do mesmo jeito, com dona Lúcia e seu Rubens sempre ocupados. A pequena garotinha cresceu e só pensava em garotos e festas, mas ela sentia que sua vida era como um quebra-cabeça no qual sempre faltava uma peça, como em sua infância, quando sempre precisava de algo para preencher o vazio que sentia. Ela reclamava constantemente para Jordana que se sentia muito vazia, e não demorou muito para que seus pais percebessem as inquietações da menina e a culpa começasse a pesar.
Finalmente, chegou o grande dia, aquele em que Charlot faria 18 anos. Era o dia da grande festa, o dia tão esperado.
— Babá! Babá! Preciso de um belo vestido! Hoje é a minha festa de 18 anos! Enfim, serei maior de idade — gritou Charlot.
Jordana achava engraçado o modo como ela se referia a si mesma, achando-se adulta, mas, ao mesmo tempo, era uma menina insegura e totalmente apaixonada.
— Será que ele vem babá?
— Calma, minha filha. Como ele perderia a festa da menina mais linda do mundo? Ah! Antes que eu me esqueça, Jorge está te esperando na sala de estar.
Charlot correu desesperada para contar as novidades para o seu melhor amigo, o Jorge.
— Ele vem na minha festa, Jorge! August virá!
— Nossa! Claro que vem! — Disse Jorge, dando um pequeno sorriso.
August era o garoto mais popular da Vila das Rosas e Charlot era a sua vizinha. Desde pequena, ela ficava pendurada em sua cerca, esperando-o passar, mas ele nunca a notava. Porém, para ela sempre haveria um amanhã e a esperança de ser notada.
A noite caiu e, finalmente, o tão esperado baile chegou.
Charlot colocou um belo vestido tomara que caia cor-de-rosa claro, com detalhes de renda incríveis. Seu cabelo, vermelho e longo, levemente encaracolado, estava meio solto e jogado de lado. Realmente, ela estava espetacular.
As moças da cidade sentiram um pouco de inveja. August não demorou muito a notar a garota, e de longe a admirou. Ele nunca olhara para Charlot, mas naquela noite ela chamou a sua atenção.
— Nossa! Você é a mesma menininha que andava descalça e me espionava quando pequena? —Ele falou para Charlot.
— Eu jurava que nunca havia me notado, já que nunca demonstrou — ela comentou.
August se calou, pois sabia que, na verdade, nunca a havia notado. Mas continuou fingindo e tentando conquistá-la.
— Você está linda! — falou o garoto, provocando reações em Charlot que ela ainda desconhecia.
— O que há com suas mãos, Charlot?
Os comentários de August provocaram várias reações na jovem, entre elas em suas mãos, que começaram a tremer e ficaram geladas e suadas. Como Charlot não conseguia controlar os tremores, o garoto ficou preocupado.
— Está tudo bem? — Perguntou ele, estranhando o nervosismo da garota.
— Sim —disse Charlot.
Sem entender nada, mas sentindo as mãos geladas de Charlot e vendo que até seus lábios estavam trêmulos, acabou hesitando, sem saber se podia seguir em frente.
— Não posso?
— O quê? — Questionou Charlot?
— Beijar você. Eu estava tão ansioso para te ver, mas sinto que está muito nervosa.
— Sinto muito, August...
Incomodado com a ansiedade de Charlot, ele logo sentiu necessidade de sair de perto dela.
— Eu preciso ir.
— Espere! Eu sinto muito. Não vá ainda, por favor!
— Não tem problema — respondeu August, com um sorriso tímido. — Depois nos falamos. E se afastou friamente, indo em direção a algumas moças que estavam por lá.
— Charlot, você está bem? — Jorge perguntou.
— Sim. Só estou vivendo um horrível 18 anos!
— Charlot, não precisa chorar!
— Quem está chorando? É só um cisco nos meus olhos.
Sem saber o que fazer, Jorge chamou sua amiga para dançar. E os dois dançaram lentamente sob o luar. Charlot olhou as estrelas e decidiu que aquele momento era importante e que não deixaria nem mesmo August estragá-lo.
A noite era longa e as lembranças de uma vida mais ainda...
Charlot não sabia quem ela era, se era forte ou fraca, mas tinha certeza de algumas coisas: sentia-se insegura para enfrentar a vida, seus problemas e seus sonhos, e sentia sua voz presa, como se ela não a tivesse, porque sempre que ele ia falar algo, sua voz se calava em sua garganta e somente ela conseguia ouvir.
No dia seguinte da festa, ela foi à casa de Jorge, como já era costume. Charlot não tinha amigas, achava as meninas entediantes. Porém, apesar de tudo, ela tinha duas grandes certezas: a sua amizade com Jorge era a única coisa que ela tinha de seu e com essa amizade ela não se sentia insegura.
2
A notícia
Charlot estava inquieta, pois sabia que deveria começar a pensar na vida, em seus projetos e em seus sonhos. Quando pequena, Charlot sentava no chão da sua fazenda e contemplava as estrelas, e imaginava como seria viajar pelo mundo, conhecer outros lugares. Ela pensava nisso todos os dias e isso a enchia de esperança.
Muitas vezes olhava para o seu cavalo, o Forte – ela o chamava assim, pois ele estava sempre disposto e parecia forte aos olhos dela – e tinha vontade de soltá-lo, pois sentia que ele pensava como ela.
Algumas vezes, os pais de Charlot se sentiam incomodados com suas tantas inquietações. Em uma bela tarde, com um vento sereno soprando em seu rosto, Rubens, pensando na filha, adormeceu na varanda e teve um sonho com ela. No sonho, a filha era totalmente insegura e não conseguia realizar uma simples tarefa. Ele acordou assustado e se questionou se aquilo não poderia se tornar realidade.
— Lúcia, eu preciso falar com você.
— Pois bem, fale homem!
— Eu tive um sonho com Charlot. Sonhei que ela era tão insegura que não conseguia fazer uma simples tarefa.
Lúcia tinha o mesmo pressentimento em
