Lírio Do Tigre De Bangkok: Quando As Sementes Da Vingança Brotam
De Owen Jones
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Sobre este e-book
Owen Jones
Megan und der Einbrecher Ein Spirit Guide, ein Tigergeist und eine beängstigende Mutter Autor Owen Jones aus Barry in Südwales hat erst vor vergleichsweiser kurzer Zeit angefangen, Bücher zu schreiben, auch wenn er schon sein gesamtes Erwachsenenleben lang schreibt. Er lebte und arbeitete in verschiedenen Ländern und hat noch viele weitere bereist. Er spricht oder sprach sieben Sprachen fließend und lernt momentan Thai, da er mit seiner thailändischen Frau, mit der er seit zehn Jahren verheiratet ist, in Thailand lebt. "Ich habe nie lange gebraucht, um eine Sprache zu lernen", sagt er, "aber Thai ist mit keiner anderen Sprache verwandt, die ich zuvor gelernt habe." Auf die Frage nach seinem Schreibstil antwortete er: "Ich bin Kelte und wir sind romantisch. Ich glaube an Wiedergeburt und vieles mehr in diese Richtung. Dieser Glauben, Sprichworte wie 'Behandle andere so, wie du behandelt werden willst' und 'Es kommt alles wieder zu einem zurück', Schicksal und Karma spielen eine zentrale Rolle in meinem Leben und so spiegeln sie sich auch in meiner Arbeit wieder." Seinem erster Roman "Daddy's Hobby" aus der Serie "Behind The Smile: The Story of Lek, a Bar Girl in Pattaya" (Hinter dem Lächeln: die Geschichte von Lek, einem Barmädchen in Pattaya) folgten 6 Fortsetzungen. Doch seine größte Reihe ist die Megan Serie, die aus 21 Novellen besteht und sich um die übernatürliche Entwicklung eines jungen Mädchen dreht. Der Untertitel "Ein Spirit Guide, ein Tigergeist und eine beängstigende Mutter" fassen das ganze sehr gut zusammen.
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Notas de inspiração
Não acredite em nada simplesmente porque ouviu,
Não acredite em nada simplesmente porque foi dito e há rumores de muitos,
Não acredite em nada simplesmente porque foi achado escrito em seus textos religiosos,
Não acredite em nada meramente pela autoridade de professores e idosos,
Não acredite em tradições porque estas foram passadas por gerações,
Mas após observação e análise, se tudo estiver de acordo com a razão e for condutor do bem, e beneficiar a um e a todos, aceite isto e viva em sua função.
Gautama Buda
____________
Grande espírito, cuja voz está no vento, me escute. Deixe-me crescer em força e conhecimento.
Faça-me sempre admirar o vermelho e o roxo do pôr do sol. Que minhas mãos respeitem as coisas que me destes.
Ensina-me os segredos escondidos debaixo de cada folha e pedra, como ensinastes pessoas por eras que se passaram.
Deixe-me usar minha força, não para ser melhor que meu irmão, mas para lutar contra meu maior inimigo – eu mesmo.
Deixe que eu sempre venha diante de ti com as mãos limpas e coração aberto, que quando meu momento Terreno se for, como o pôr do sol, meu Espírito retornará a ti, sem vergonha.
(Baseado em uma prece tradicional Sioux)
_________________
Eu não busco caminhar os passos de Pessoas Sábias de idade; Eu busco o que eles buscaram
.
Matsuo Basho
1 SÁBADO A NOITE
Lily estava deitada na banheira, a água tão quente quanto poderia suportar, mergulhando por dez minutos e então esfregando sua pele por mais dez minutos e repetindo o ciclo de novo, e de novo. Ela estava tentando remover o cheiro de ‘porco’ de si. Era como achava que cheirava, de qualquer maneira, e ela não conseguia pensar em cheiro mais vil em todo o mundo. Estava começando a ficar obcecada por ele, ou muitos provavelmente diriam que ela já era obcecada, mas não conseguiria evitar por muito mais tempo. Se existiu um momento para conquistar sua obsessão, há muito havia passado.
Então, agora ela estava presa com ele, não importava por quanto tempo ficasse de molho ou quão forte esfregasse.
No começo, ela mudava de nome com frequência com a esperança de que um novo alter ego talvez a purificasse de alguma forma, mas isso não tinha funcionado também. Ela havia sido muito supersticiosa, como muitas pessoas do interior, mas era menos agora, tendo visto que nada parecia ajudar com seu dilema odorífero.
Ela pensou sobre sua família e se perguntou novamente se era uma coisa boa que não estivessem aqui para ajudá-la, ou uma coisa ruim. Lily não era de Bangkok e não conhecia quase ninguém na cidade, apesar de ser justo dizer que ninguém sabia nada sobre ela também, mesmo que pensassem que sabiam. Exceto que ela era estudante, apesar de poucos saberem que era uma estudante de medicina. Se alguém soubesse a verdade, ela ainda assim não teria amigos, mas ela não podiam contar a ninguém a sua história, porque por um lado, tinha vergonha demais, e por outro, ela estava em uma missão secreta.
Lily chegara em Bangkok no ano anterior, quando tinha dezoito anos de idade, vindo de uma pequena aldeia em Isaan perto do Rio Mekong, para estudar medicina. Seu pai estava morto agora, mas seus pais não tinham sido pobres. Eram os dois descendentes de chineses e tinha sustentado a vida através de uma pequena loja na aldeia. Suas famílias moravam na Tailândia por mais de cem anos e se sentiam todos tailandeses. As únicas concessões que faziam à sua real etnia era salpicar algumas palavras chinesas em conversas e cozinhar alguns pratos tradicionais de vez em quando.
No entanto, pessoas podiam dizer que eles eram de descendência chinesa, apesar de isso não importar, pois ninguém tinha nada contra eles na aldeia, que era o único lar que qualquer um deles havia tido desde que seus tataravós chegaram. Nesses dias, Lily brincava sempre em inglês que ela era a ‘Thai-Girl Lily¹’ e ela havia usado esse apelido também em Bangkok por uma noite. Agora ela nunca poderia usar de novo ou entregaria o jogo.
Lírios de Tigre eram a flor favorita de sua mãe – elas sempre estavam ao redor da casa e do jardim quando era a estação.
Lily era uma figura pequena – sempre havia sido – e tinha o rosto de fada mais fofo que todos já tinham visto. Ela era proporcional também, tanto quanto qualquer adolescente é, mas era pequena. No começo, pessoas diziam que ela era ‘pequena para sua idade’ e então eles perceberam que ela sempre o seria. Mesmo quando totalmente desenvolvida aos dezenove, ela tinha apenas um metro e cinquenta e dois e pesava quarenta e cinco quilos.
Isso nunca havia sido um problema também, e ela não se importava de ser menor, mais leve e mais fina que suas contemporâneas. Na verdade, isso trabalhava a seu favor, e não contra, porque conseguia comprar roupas mais baratas.
O único problema que Lily já teve foi com um homem que costumava ajudar na loja de seus pais quando eles estavam fora comprando estoque. Os dois costumavam confiar nele como amigo e foi dito para ela que o chamasse de ‘Tio’, como título honorário. Ele estava lá quando ela voltava da escola, as vezes.
Começou quando ela tinha onze anos de idade.
Ele costumava lhe fazer elogios; levantá-la para seu colo e comprar-lhe doces. Ela não se importava muito, mas quando ele começou a tirar a sua coisa para fora e a fazia massageá-lo porque ‘estava dolorido’, ela sabia que algo estava errado.
Ela tentou evitá-lo, e até mesmo dizer não, mas ele ameaçara contar para seus pais e então para toda a aldeia que ela era uma provocadora e que o tinha atiçado com sua beleza e jeito sedutor e que ‘nenhum homem em sã consciência seria capaz de resistir’. Porém ela não era uma garota burra e estava bem ciente de que todos os outros homens da aldeia estava conseguindo resistir aos seus charmes, como continuavam resistindo até agora.
No entanto, ela não queria que seus pais soubessem, então apenas continuou. Odiava o homem, mas não sabia o que fazer em relação a isso. Então, um dia, um dos garotos na escola estava mostrando um filme pornô para seu amigo, que tinha feito o download da internet em seu iPad. Lily não sabia o que estava acontecendo, mas era curiosa e se espremeu no grupo para ver.
As cenas que testemunhou eram de uma mulher beijando as partes íntimas de um homem e então colocando-o em sua boca. Ela estava bastante chocada com o fato de alguém querer fazer isso, mas o homem no filme estava obviamente gostando, como todos os garotos ao redor dela. Lily tinha saído do grupo rapidamente e continuado com sua rotina das atividades escolares.
Alguns dias depois, quando seu ‘tio’ pediu por uma massagem, Lily se ajoelhara no chão na frente dele e copiou o que tinha visto a mulher fazer no filme. Seu tio não podia acreditar em sua sorte. Ele se deixou levar e puxou Lily em sua direção até que ela estivesse se engasgando, e então a acertou no topo da cabeça. Não forte, mas com força o suficiente para que se Lily tivesse dúvidas sobre continuar ou não com seu plano, elas logo desapareceram.
Seus gemidos extasiados ficaram cada vez mais altos até que Lily o mordeu tão forte, que a coisa saiu em sua boca. Seu ‘tio’ saiu correndo porta a fora, sangrando para todos os lados, mas Lily não planejara o que faria em seguida. Ela foi para a janela aberta, cuspiu aquilo para o jardim e apenas sentou-se ali, olhando para onde a coisa havia caído, sangue manchando seu rosto e roupa, e lágrimas de alegria e alívio enchendo seus olhos – agora tudo isso chegou ao fim, ela pensou.
Logo, logo, as galinhas haviam achado a coisa sangrenta e se puseram a bicá-la. Quando a polícia chegou, a roupa cor-de-rosa de Lily estava coberta de sangue vermelho, como uma camiseta tie-die malfeita, e ela ainda tinha sangue coagulado no queixo e ao redor da boca. A garota ainda chorava silenciosamente, com um estranho olhar de satisfação em seu rosto que as pessoas em volta achavam inquietante, dada as circunstâncias.
O homem tinha sido levado para uma ala de custódia em um hospital por perto e foi acusado, e foram oferecidas duas opções de punição para que Lily e seus pais escolhessem. A polícia iria prendê-lo por, no mínimo, nove anos, ou ele seria forçado a vender suas terras, dar a Lily o lucro das três fazendas e deixar a aldeia para sempre. Lily e seus pais escolheram o dinheiro, para que ela pudesse ter uma educação decente, e era por causa disso que ela estava em Bangkok.
Depois disso, ninguém culpou Lily abertamente, mas a sua vida havia mudado. Seu pai tinha morrido, alguns diziam que foi por vergonha, e ela mal podia esperar para fugir dali. Bangkok parecia tão instigante, e ela gostava da ideia de ser uma estudante anônima na capital, onde ninguém conhecia seu passado.
Ela tinha duzentos e cinquenta mil Baht no banco, o que talvez fosse o suficiente para que terminasse os três anos de curso, mas então não sobraria nada. Não somente isso, mas teria que viver de maneira frugal durante os anos de faculdade para conseguir terminar o curso, a menos que pedisse ajuda para sua mãe, o que não queria fazer, porque ela pensava que Lily tinha muito dinheiro. Ela parecia não entender e a impressão que Lily tinha, era de que ela também não se esforçava muito para tal.
Quando completou três semanas vivendo em Bangkok, ela percebeu que o sufoco não havia terminado. Estava em um curso de três anos, então tinha aproximadamente 80,000 por ano para viver, mais um pouco dos juros, e talvez um pouco mais de algum trabalho de meio período durante os feriados, poderia conseguir 120,000 por ano. Porém o curso custava 60,000 Baht, mais livros e uniformes, o que a faria encarar a vida em Bangkok com 1,000 Baht por semana, o que era longe uma perspectiva ideal.
Ela fez a única coisa que poderia pensar e achou um namorado rico, o que não foi difícil. No fim do terceiro mês, ela tinha quatro namorados e todos eles estavam contribuindo para a sua poupança para a faculdade. Isso trouxe aproximadamente mais 8,000 Baht por semana, e as vezes mais, o que lhe proporcionou um estilo de vida confortável.
Ela tinha um pequeno apartamento agradável, que não deixava ninguém visitar, sob o pretexto de que suas duas colegas de quarto a fizeram prometer que o lugar seria uma zona permanentemente livre de garotos, mesmo que morasse sozinha. Nenhum de seus companheiros questionou seus motivos e ela nunca levou homem nenhum para lá. Tinha ido longe o suficiente, a ponto de subornar o porteiro para que dissesse que não era permitida a entrada de nenhum visitante masculino, como condição no contrato de locação.
Lily falou para seus colegas que todos os residentes eram ou mulheres solteiras, ou casais, e eles acreditaram nela, pois haviam tais residências em Bangkok, e a garota parecia tão inocente.
Ela estava há doze meses na farsa agora e havia perdido apenas um namorado, que fora substituído facilmente. Lily mantinha seus finais de semana livres, dizendo que tinha que ir para casa toda noite de sexta-feira para ajudar sua mãe doente a lidar com a loja, mas não pisava lá desde o dia em que partira.
Lily tentou mais uma vez com a escovinha de unha, esfregando e lavando, antes de desistir da batalha desesperadora, que era se livrar do cheiro de porcos. Saiu da banheira, secou-se levemente com uma toalha, cobriu seu corpo com um talco de cheiro doce e enrolou-se em uma enorme toalha de banho, macia e luxuosa, na forma tailandesa mais tradicional. Descobrira que, até agora, esse era o melhor método para mascarar aquele cheiro rançoso que sabia que impregnava seu corpo.
Ela passou pela sala, colocou música na TV e ligou para Aeng, seu namorado mais possessivo.
Oi, querido, como está?
ela perguntou. É tão bom ouvir sua voz novamente. Fico com saudade sua quando estou aqui com mamãe. Odeio a aldeia agora. Queria não ter que voltar para cá. Preferiria mil vezes estar enrolada com você.
É onde está agora, Lily? Em casa? Posso ouvir música ao fundo. Pedi para que se mudasse comigo. Ainda está considerando, minha querida?
"Sim e sim, fechamos a loja a uma hora atrás. Mamãe tomou o primeiro banho, depois eu, e acabei de me sentar para assistir um pouco de TV com ela, mas não ficamos acordadas até muito tarde. Temos que abrir a loja às sete todas as manhãs para pegar as pessoas indo para o trabalho. Você sabe disso, meu amor, lhe expliquei tudo antes. Veja, quer dizer, escute, vou aumentar a TV e mudar os canais. Viu? Não poderia fazer isso se estivesse em um bar karaokê, poderia, seu bobo?
Gostaria que você confiasse mais em mim. Enfim, tenho que ir, não quero irritar mamãe, ela quer um pouco de paz e sossego também. Te vejo na segunda a noite, quando eu voltar. Ligarei para você amanhã, querido, bons sonhos.
Isso era o suficiente para deixá-lo feliz, e ela poderia ligar para os outros no dia seguinte.
Lily gostava de filmes de fantasmas e de horror, e ela tinha uma coleção e tanto de DVDs pirata. Ela selecionou um, diminuiu as luzes, aumentou o volume da grande TV de tela plana e abraçou um travesseiro, pronta para se esconder atrás dele quando as coisas ficassem assustadoras. Enquanto estava deitada no sofá, Lily planejava seu domingo durante as ‘partes chatas’ do filme.
Domingo era inviolavelmente o dia de descanso, apesar de ter que estudar por um tempo. Porém, era o único dia da semana que tinha completamente para si, então gostava de sair para fazer compras regularmente.
Lily sempre tinha muitas compras a fazer, pois precisava de várias roupas e adereços para manter seu visual.
¹ Nota do tradutor: Thai-Girl Lily é um trocadilho com o nome da flor Tiger Lily (Lírio de Tigre) uma flor tradicional da China.
2 DOMINGO
Lily era uma criatura de hábitos. Achava melhor entrar em uma rotina quando o assunto era faculdade, seus namorados e seus fins de semana. Aos sábados e domingos, ela levantava por volta das nove horas da manhã e então estudava até as três ou quatro da tarde, antes de fazer sair para fazer compras e comer. Este dia não seria diferente. Lily levantou-se, pegou um pouco de arroz da panela elétrica e o colocou na água com um pouco de curry, guardado para este propósito, da noite anterior, e pôs em fogo baixo, para que cozinhasse até aderir a consistência de um mingau, enquanto ia para o chuveiro e encher-se de talco novamente. O arroz e Lily ficaram prontos ao mesmo tempo; então ela pegou seus livros de medicina, levou-os para a mesa de jantar e começou a estudar.
Lily gostava de estudar anatomia, o que era a maior parte de sua especialidade. Outros preferiam outros setores da medicina como cuidados paliativos, pediatria, ginecologia ou odontologia, mas os órgãos internos e suas funções, particularmente a fascinavam, e ela tirava boas notas nas aulas. Seus professores previam que ela se sairia bem na profissão e isso a deixou imensamente satisfeita. Lily sempre gostara de ser boa em suas metas e em agradar outras pessoas no processo.
Ela se perguntava com frequência se esse era o porquê de seu ‘tio’ tê-la escolhido para o tratamento especial. Ele havia identificado uma vulnerabilidade nela e simplesmente se aproveitado de sua personalidade? Ela nunca saberia, já que ele havia se exilado para uma das ilhas na Tailândia, ou é o que dizem as más-línguas, mas ninguém sabia qual, e ele nunca mais fora visto.
Quando ela não conseguia absorver mais nada, ela rabiscava pequenas coisinhas, e o fazia frequentemente. Não imagens, mas nomes. Ela gostava de inventar nomes para si mesma. Gostava de colocar variações de seu nome verdadeiro no nome falso, mas estava ficando mais difícil a cada dia. ‘Lírio do Tigre’, ‘Thai Girl Lily’ e ‘Lil de Bangkok’ eram seus preferidos, mas ela havia considerado ‘Luvas de Criança’, ‘Princesa de Pattaya²’, ‘Professora dos Pets’ e ‘Molhada Atrás Das Orelhas’ também, ela gostava bastante de nomes sugestivos, que a maioria das pessoas não entenderia. Eles eram como vestir calcinhas personalizadas: sexy, mas nem todo mundo entenderia a piada, porque era privada. Lily também tinha uma boa coleção de calcinhas personalizadas, que encomendava online. Uma tinha ‘Beije-me Depressa’, outra ‘Hobby do Papai’ e outra ‘Abandonem as Esperanças Todos Vocês Que Entram
