ÁFRICA DO SUL SEM PINOTAGE
Aos 42 anos, Gottfried Mocke é o enólogo-chefe da vinícola Boekenhoutskloof. O nome é difícil de pronunciar. É algo como “boquenotscluf”. Mas a dificuldade de falar o nome da empresa não influencia em nada na excelência dos vinhos produzidos por ele em um país que poucos lembram ter uma vitivinicultura tão antiga e, quando lembram, logo associam à uma casta que a Boekenhoutskloof sequer produz, a Pinotage.
A Boekenhoutskloof é uma propriedade antiga, que remonta ao século XVIII, no entanto, seu sucesso é recente, e deve-se a um visionário chamado Marc Kent, enólogo-empresário que vem investindo pesado no desenvolvimento da região de Franschhoek, mas também de certa forma da indústria sul-africana como um todo. Graças a seus esforços, a Boekenhoutskloof vem se tornando uma potência do vinho local.
Foi ele quem chamou o jovem Gottfried Mocke, um dos mais brilhantes enólogos do país, para fazer parte de seu time e dirigir a enologia de uma das vinícolas mais promissoras do continente. E o jovem tem liderado a empresa em um período complicado da indústria
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