FEIJÃO E VINHO
Nasci no país do “arroz com feijão”, uma combinação dos deuses que alimenta a imensa maioria do povo brasileiro, com a sua riqueza de carbohidratos, proteínas, ferro, vitaminas, fibras e, sobretudo, imenso sabor e textura. Estamos entre os três maiores produtores do feijão comum Phaseolusvulgarisnomundo, aolado de Birmânia e da Índia. O nosso prato nacional mais icónico é a feijoada de feijão-preto, de uma riqueza ímpar oriunda das camadas e camadas de sabor conferidas pelo refogado de base e pelo uso de carnes de boi e porco em diversas modalidades: fresca, seca ao sol, salgada, defumada e enchidos.
Não é por acaso que venero um bom prato à base dos mais diversos cultivares do “feijão comum”, seja o feijão-preto, o branco, o carioca chamado aqui de catarino (o popular frijol pinto do México e Estados Unidos), entre tantos outros que proliferam pelo mundo - em Portugal apenas há quase 200 variedades, ainda que o somatório das variedades de todos os Phaseolus catalogados, não somente os da espécie vulgaris, chegue a 40.000 em mais de 100 países de vários continentes. Nativo da América Central e América do Sul, de onde foi trazido do estado selvagem para o cultivo doméstico, desencadeando dois fundos genéticos a partir de então, o mesoamericano (México, Guatemala e restante da América Central) e o andino (sul do Peru, Bolívia e
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