A microzonagem é, cada vez mais, entendida como um elemento diferenciador quando falamos em terroirs de vinha, fruto de estudos aprofundados e progressivas experimentações ao sabor de vinificações sucessivas. No Vale do Mouro, em Monção, o enólogo Constantino Ramos tem-se dedicado a trabalhar diferentes castas e perfis de vinhos que escapam à mais recente tradição do Alvarinho de Monção e Melgaço. Procura, em certa medida, o retorno às origens do local, na preservação e recuperação de castas tradicionais, sobretudo tintas, como Bastardo, Mencía (assim a designa, fugindo ao aportuguesado Jaen), para além de Caínho, Brancelho (ou Alvarelhão, que oferece “complexidade mineral”), Espadeiro (casta com “boa carga de acidez”), Borraçal e, claro, Vinhão.
Tudo isto em cerca de um hectare de vinha, dividida por sete parcelas, a 270 metros de altitude.