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7 melhores contos de João Simões Lopes Neto
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7 melhores contos de João Simões Lopes Neto
E-book62 páginas49 minutos

7 melhores contos de João Simões Lopes Neto

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Sobre este e-book

Na coleção Sete Melhores Contos o crítico August Nemo apresenta autores que fazem parte da história da literatura em língua portuguesa.
Neste volume temos João Simões Lopes Neto,foi o maior autor regionalista do Rio Grande do Sul, pois procurou em sua produção literária valorizar a história do gaúcho e suas tradições.

Não deixe de conferir os demais volumes desta série!
Os contos presentes nessa obra são:

- Patrício, apresento-te Blau.
- O Mate do João Cardoso.
- Deve um queijo!...
- O Boi Velho.
- Juca Guerra.
- Melancia, coco verde.
- Contrabandista.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento23 de abr. de 2020
ISBN9783967999075
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    7 melhores contos de João Simões Lopes Neto - João Simões Lopes Neto

    Publisher

    O Autor

    João Simões Lopes Neto (Pelotas, 9 de março de 1865 — Pelotas, 14 de junho de 1916), foi um escritor e empresário brasileiro. Segundo estudiosos e críticos de literatura, foi o maior autor regionalista do Rio Grande do Sul, pois procurou em sua produção literária valorizar a história do gaúcho e suas tradições.

    Simões Lopes Neto só alcançou a glória literária postumamente, em especial após o lançamento da edição crítica de Contos Gauchescos e Lendas do Sul, em 1949, organizada para a Editora Globo, por Augusto Meyer e com o decisivo apoio do editor Henrique Bertaso e de Érico Veríssimo.

    Filho dos pelotenses Capitão Catão Bonifácio Simões Lopes e Teresa de Freitas Ramos, ele era neto paterno do visconde da Graça, João Simões Lopes, e de sua primeira esposa, Eufrásia Gonçalves Vitorino, e neto materno de Manuel José de Freitas Ramos e de Silvana Claudina da Silva. Nasceu em Pelotas, na estância da Graça, propriedade de seu avô paterno, o visconde da Graça. Era membro duma tradicional família pelotense, e possuía ancestrais portugueses, de origem tanto açoriana como continental, tendo ambos os seus antepassados emigrado para o Brasil em busca de melhores condições de vida.

    Com treze anos de idade, Simões Lopes Neto foi ao Rio de Janeiro para estudar no famoso Colégio Abílio. Retornando ao Rio Grande do Sul, fixou-se em sua terra natal, Pelotas, uma cidade então rica e próspera pelas mais de cinquenta charqueadas que formavam a base de sua economia.

    Simões Lopes Neto envolveu-se em uma série de iniciativas de negócios que incluíram uma fábrica de vidros e uma destilaria. Porém, os negócios fracassaram. Uma guerra civil no Rio Grande do Sul - a Revolução Federalista - abalou duramente a economia local. Depois disso, construiu uma fábrica de cigarros. A marca dos produtos, fumos e cigarros, recebeu o nome de Diabo, o que gerou protestos de religiosos. Sua audácia empresarial levou-o ainda a montar uma firma para torrar e moer café, e desenvolveu uma fórmula à base de tabaco para combater sarna e carrapatos. Ele fundou ainda uma mineradora, para explorar prata em Santa Catarina.

    No dia 5 de maio de 1892, em Pelotas, Simões Lopes Neto casou-se com Francisca de Paula Meireles Leite, filha de Francisco Meireles Leite e Francisca Josefa Dias. Ele tinha vinte e sete anos de idade e ela, dezenove anos. Não tiveram filhos.

    Entre 15 de outubro e 14 de dezembro de 1893, Simões Lopes Neto, sob o pseudônimo de Serafim Bemol, e em parceria com Sátiro Clemente e D. Salustiano, escreveram, em forma de folhetim, A Mandinga, poema em prosa. Mas a própria existência de seus coautores é questionada. Provavelmente foi uma brincadeira de Simões Lopes Neto.

    Em certa fase da vida, muito empobrecido, sobreviveu como jornalista em Pelotas. Morreu na mesma cidade, aos cinquenta e um anos, de uma úlcera perfurada.

    Patrício, apresento-te Blau

    Patrício, apresento-te Blau, o vaqueano.

    — Eu tenho cruzado o nosso Estado em caprichoso ziguezigue. Já senti a ardentia das areias desoladas do litoral; já me recreei nas encantadoras ilhas da lagoa Mirim; fatiguei-me na extensão da coxilha de Santana; molhei as mãos no soberbo Uruguai; tive o estremecimento do medo nas ásperas penedias do Caverá; já colhi malmequeres nas planícies do Saicã, oscilei sobre as águas grandes do Ibicuí; palmilhei os quatro ângulos da derrocada fortaleza de Santa Tecla, pousei em São Gabriel, a forja rebrilhante que tantas espadas valorosas temperou, e, arrastado no turbilhão das máquinas possantes, corri pelas paragens magníficas de Tupaceretã, o nome doce, que no lábio ingênuo dos caboclos quer dizer os campos onde repousou a mãe de Deus...

    — Saudei a graciosa Santa Maria, fagueira e tranqüila na encosta da serra, emergindo do verde-negro da montanha copada o casario, branco, como um fantástico algodoal em explosão de casulos.

    — Subi aos extremos do Passo Fundo, deambulei para os cumes da Lagoa Vermelha, retrovim para a merencória Soledade, flor do deserto, alma risonha no silêncio dos ecos do mundo; cortei um formigueiro humano na zona colonial.

    — Da digressão longa e demorada, feita em etapas de datas diferentes, estes olhos trazem ainda a impressão vivaz e maravilhosa da grandeza, da uberdade, da hospitalidade.

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