Traçar o percurso desta quinta não é tarefa fácil, sobretudo a partir das décadas mais recentes, em que a posse da propriedade foi mudando de mãos a um ritmo assinalável. Hoje, é a família Gomes Ferreira, com origens no Dão e dona da Quinta do Covão, a deter a quinta duriense, apesar de, ao que apuramos, os anteriores proprietários, de capitais angolanos, manterem uma pequena participação.
Façamos, então, uma breve cronologia: estabelecida em 1872, a Quinta da Foz foi adquirida pela família Cálem em 1885. Mais de um século depois, em 1997, o grupo Sogevinus compra a firma A.A. Cálem, ficando o património de terras, composto pelas quintas da Foz, do Sagrado e do Vedial (contíguas) na posse da família Cálem. Com o falecimento do patriarca Joaquim Manuel Cálem, em 2006, José Maria Cálem, por herança ou posterior aquisição, fica com estas três propriedades. Mais tarde, em 2011, a Quinta da Foz é adquirida pela empresa Vinango, de capitais angolanos.
Com a entrada em cena da família Ferreira, representada pelos irmãos Filipe, enólogo e administrador, e Lúcia (economista em vias de concluir a formação em enologia), acompanhados, desde 2018, pelo experiente enólogo António Narciso, com provas dadas sobretudo pelo seu trabalho no Dão, mas também em