Para ver e ouvir
Quem é que não se deixa seduzir por uma cerveja gelada com tremoços, mal o verão dá um ar da sua graça? Uma dupla imbatível de borbulhas refrescantes a enlear-se na salinidade da leguminosa que exige perícia na hora de descascar e muito labor. A sua produção artesanal é feita por mulheres, em Cadima (Cantanhede), e obriga a uma verdadeira odisseia antes de chegar ao prato. Mas é um rico petisco. Difícil é parar.
Quando nos sentamos tranquilamente numa esplanada, acompanhados de uma “loira” efervescente e um prato de tremoços dourados, mal imaginamos a trabalheira necessária, nos bastidores, para os ter à mesa. Sobretudos se curados de forma artesanal, cozidos em fogo de lenha e lavados na água do rio.
Para percebermos os passos necessários à obtenção final da iguaria, fomos até Cadima, em Cantanhede, terra onde a tradição singular da “tremoceira” é preservada. Situada entre a praia e o pinhal,