No tórrido outubro de 2017, as chamas que varreram a região Centro de Portugal provocaram 50 mortos e quase 70 feridos. Arderam 220.000 hectares, 190.000 dos quais floresta. Houve 1.500 habitações afetadas e prejuízos diretos em cerca de 500 empresas.
Quinze de outubro de 2017. A vindima acabara há algum tempo, o ano tinha sido muito quente e seco. Houvera necessidade de antecipar a colheita de algumas castas, a produção fora menor, os bagos estavam mais pequenos mas igualmente mais concentrados. Nesse 15 de outubro, Nelas e Tondela já haviam acordado com um cheiro de fumo de um incêndio que deflagrara junto à Serra da Estrela e atingia Gouveia desde as 5h. Porém, ninguém poderia prever o que horas depois aconteceu…
“Foi um furacão de fogo”. A expressão do enólogo Pedro Borges será, porventura e desgraçadamente, a mais feliz. “Lembro-me