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Uma Tragédia No Pantanal
Uma Tragédia No Pantanal
Uma Tragédia No Pantanal
E-book89 páginas1 hora

Uma Tragédia No Pantanal

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Sobre este e-book

Bruno está de férias na casa dos pais em pleno pantanal e se empolga ao ver os peões saindo para caçar uma onça que está matando o gado. Sem que seu pai saiba, o jovem parte junto nessa perigosa aventura que termina de forma trágica. A comitiva se perde no imenso pantanal e passam por momentos dramáticos. Em meio a essa aventura se desenrola um romance envolto em mistérios entre Bruno e Júlia.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento28 de out. de 2015
Uma Tragédia No Pantanal

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    Uma Tragédia No Pantanal - Daniel Genuino

    Agradecimentos

    A Deus, que me concede a vida e o saber.

    Ao prof. Izaque Alves Barbosa, grande amigo e

    também meu editor que muito tem contribuído para o

    meu aprendizado;

    A Drª Olga Castrillon, pelas dicas e apoio ao meu

    trabalho;

    A minha esposa Marilene, pela paciência e

    companheirismo;

    Aos meus filhos Richard e Renata Genuíno, Jhonny

    Genuíno e Priscila Genuíno, por todo apoio a mim

    prestado;

    Aos meus pais Lino Genuíno, um grande exemplo

    para mim e Seliria Genuíno, mulher guerreira;

    A Universidade do Estado de Mato Grosso, minha

    casa;

    A todos os meus amigos que ajudaram construir a

    minha História; e

    A todos os Leitores ávidos por novas aventuras.

    O Velório

    O céu parecia estar carregado naquele trágico dia.

    A tristeza era de comover qualquer um. Não havia uma só

    pessoa na Fazenda Tucunzal que não estivesse com o

    coração dolorido.

    Havia muitas pessoas, amigas da família, políticos,

    peões e militares amigos de Bruno trajando seus

    uniformes de passeio. Na sala, o caixão lacrado tinha

    sobre o tampo, a foto de um jovem de expressão alegre.

    Era o único filho do Doutor Viana.

    — Se eu pudesse fazer as coisas voltarem ao

    passado para concertá-las... — lamentava o Doutor Viana.

    — Deus quis que fosse assim, Doutor Viana — disse

    o Doutor Arruda, amigo da família. — Não se pode mudar

    o que está feito. Tenho certeza que você fez o melhor.

    — Se ele tivesse voltado para Cuiabá para terminar

    os estudos, isso não teria acontecido — continuou o

    Doutor Viana.

    — Pode ser, mas ninguém prevê o futuro. Quem é

    que pode garantir que, tomando essa decisão, ele estaria

    seguro? Queremos o melhor para as pessoas que

    amamos, mas não podemos garantir que nada vai lhes

    acontecer.

    Dona Olga, a mãe do jovem estava abraçada a

    Júlia, que chorava muito a perda do seu amado. Quando a

    avisaram do triste acontecimento, ela não quis acreditar.

    Era difícil crer que Bruno tivesse capotado seu veículo na

    estrada da fazenda. Como o acidente ocorreu durante a

    noite, talvez ele tivesse dormido ao volante. O corpo havia

    sido quase totalmente destruído. Tinha sido carbonizado

    no incêndio. Não restou muita coisa.

    Fátima, a cozinheira da fazenda, preparou um café

    e serviu para os presentes. Havia muita comoção. Ramão,

    o novo capataz da fazenda, tinha os olhos cheios de

    lágrimas e ficava olhando para o caixão. Acenava

    negativamente com a cabeça como que não concordando

    com aquela morte tão estúpida.

    — Meu menino venceu os perigos do pantanal e

    morreu assim de forma tão estúpida — disse Ramão.

    Um capitão do exército havia atendido a ocorrência

    e passado as informações ao Doutor Viana. Ele mesmo

    acompanhara o corpo até a fazenda.

    — Lamentamos muito a morte do sargento Bruno,

    senhor. Era um excelente militar — disse o capitão.

    — O senhor sabe como ocorreu o acidente? —

    perguntou o Doutor Viana.

    — Nós estamos investigando ainda. Infelizmente

    não sobrou muita coisa do veículo, mas estamos fazendo

    o possível para descobrirmos o que causou a tragédia.

    — Eu agradeço, capitão. Sabe dizer se havia mais

    alguém com ele no carro?

    — Lamentavelmente sim.

    — Será que eu o conheço? — indagou o Doutor

    Viana.

    — Eu creio que sim. Tratava-se do seu inseparável

    amigo, o sargento Ortiz. Outro excelente militar. Duas

    perdas irreparáveis.

    — Não entendo por que estavam vindo a essa hora

    da noite para a fazenda.

    — Sabe como são os jovens, senhor, gostam de se

    divertir.

    — De qualquer forma, eu o agradeço, capitão, por

    ter atendido à ocorrência com tanta rapidez.

    — Não é preciso agradecer, senhor. Só lamento

    não termos chegado a tempo de salvar a vida dos jovens

    — disse o capitão.

    — Como ficou sabendo do acidente tão rápido,

    capitão?

    — Foi só coincidência, Doutor. Um moço estava

    caçando perto dali na hora do acidente e viu que um deles

    estava uniformizado, pois na hora do capotamento este

    deve ter sido arremessado para fora do veículo. Dessa

    forma, a testemunha foi até o batalhão e relatou o

    acidente. Nós viemos o mais rápido possível.

    O capitão se despediu, entrou no Opala cinza, onde

    seu motorista o aguardava e foi embora.

    À tardinha, uma cova já estava pronta em um

    pequeno jardim na sede da fazenda. Ali estava enterrado

    também o pai do Doutor Viana. Carregaram o caixão até o

    jardim e deram o último adeus a Bruno Viana.

    Olga se sentia como se o seu coração tivesse sido

    arrancado do próprio peito, não há dor maior que perder

    um filho tão jovem. Pela sua cabeça passava a recordação

    de um menino travesso correndo pelo terreiro da casa

    grande. Parecia ser há muito pouco tempo.

    — Não posso me conformar com isso, ele tinha

    ainda tanta vida para viver, tantos sonhos para serem

    realizados! Não desejo este momento a nenhuma mãe no

    mundo.

    — É verdade, dona Olga, que coisa terrível! Eu

    daria tudo para ter o meu amor comigo — dizia Júlia.

    Quando a noite chegou, pairava um vazio na

    fazenda. Tudo parecia mais triste ainda. O Doutor Viana

    estava na sala parado feito uma estátua à frente de uma

    gravura, olhava fixamente para aquele que tinha sido o

    primeiro proprietário da fazenda. Era uma gravura feita a

    carvão que trazia no canto a assinatura de Florence e

    estava ali naquela sala desde o tempo do coronel Viana,

    fundador da centenária fazenda Tucunzal. A gravura era

    sequenciada pelos retratos dos outros proprietários até

    chegar à do próprio Doutor Bartolomeu Viana.

    Júlia não conseguia dormir, andava de um lado

    para outro no quarto, falando às paredes.

    — Meu amor, por que você se

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