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Meia-Noite Chega com o Amanhecer - A Praga Vampírica
Meia-Noite Chega com o Amanhecer - A Praga Vampírica
Meia-Noite Chega com o Amanhecer - A Praga Vampírica
E-book254 páginas3 horas

Meia-Noite Chega com o Amanhecer - A Praga Vampírica

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Sobre este e-book

Mulheres. Sangue infectado. Corpos apodrecendo. Bem vindos ao mundo de Katrine Baten, ou melhor conhecida como Meia-Noite. Ela é uma das vampiras mais velhas, e só anda com belezinhas.

Algo está destruindo, não apenas o dos vampiros, mas o mundo dos humanos também. A Meia-Noite, junto das suas crias, irá procurar por uma cura para esse vírus. E o que ela irá descobrir poderá determinar se ela vai se encontrar ou não com a morte!

IdiomaPortuguês
EditoraBadPress
Data de lançamento20 de mar. de 2018
ISBN9781547521609
Meia-Noite Chega com o Amanhecer - A Praga Vampírica

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    Meia-Noite Chega com o Amanhecer - A Praga Vampírica - Darlene Burns

    MEIA-NOITE CHEGA

    com o AMANHECER

    A Praga Vampírica

    Darlene Burns

    Copyright © 2013 by Darlene Burns

    Direitos reservados.

    Esse livro ou qualquer porção dele não deve ser usado ou reproduzido de nenhuma maneira sem a expressa permissão escrita do publicador, exceto para uso em breves citações em críticas.

    Isso é um trabalho de ficção. Qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, ou qualquer similaridade nos eventos descritos aqui com eventos da vida real são mera coincidência.

    Primeira impressão, 2013

    Tradução por Anderson Falcão Rodrigues

    Imprimido nos Estados Unidos da América

    ISBN-13:978-1517180782

    ISBN-10:1517180783

    Arte da Capa criada por Hamilton Design

    Ao meu amor, minha vida, meu tudo, Leigh

    Ashliegh, Kameron, Keith, e Aleisha - meus bebês & meus apoiantes- Minha família, Imani F’eva Writes, e o time EI.

    Eu olhei para o mundo e vi apenas trevas. Eu rastejei por águas sombrias e comecei a florescer. Agora eu vejo a luz e minha alma está livre.        ~Darlene Burns

    ÍNDICE

    Capítulo 1

    Capítulo 2

    Capítulo 3

    Capítulo 4

    Capítulo 5

    Capítulo 6

    Capítulo 7

    Capítulo 8

    Capítulo 9

    Capítulo 10

    Capítulo 11

    Capítulo 12

    Capítulo 13

    Capítulo 14

    Capítulo 15

    Capítulo 16

    Capítulo 17

    Capítulo 18

    Capítulo 19

    Capítulo 20

    Capítulo 21

    Capítulo 22

    Capítulo 23

    Capítulo 24

    Capítulo 25

    Capítulo 26

    Capítulo 27

    Capítulo 28

    Capítulo 29

    Capítulo 30

    Capítulo 31

    Capítulo 32

    Capítulo 33

    Capítulo 34

    Capítulo 35

    Capítulo 36

    Capítulo 37

    EPÍLOGO

    Capítulo 1

    ––––––––

    H

    umano.

    O que essa palavra realmente significa? Quero dizer, ela vem com a noção de carne, sangue, suor, desejos e emoções? Ela quer dizer que o corpo tem um limite de tempo? O que a pessoa pode realizar antes da batida final do relógio? Eu me pergunto besteiras assim de vez em quando, por que tempo é tudo que eu tenho, na verdade. Bom, junto de um par de presas mortais. Enquanto eu estou aqui sentada tomando o que essas criaturas chamam de Hennessy de primeira, eu lentamente começo a lembrar dos meus dias reinando no meu país natal.

    Ahh..., os bons e velhos dias, eu sussurro enquanto levo a taça aos meus lábios.

    Eu bebo devagar, como se estivesse tendo um velho amigo para o jantar, ou talvez um novo amigo. Eu dou risada do meu próprio pensamento.

    Oh, me desculpe. Perdoe a minha grosseria. Só por eu ser velha não é desculpa para maus modos. Meu nome é Katrine Baten, Meia-Noite para os meus seguidores, e terror para minhas pobres vítimas. Eu vou te perseguir, seduzir, convidar e atormentar; especialmente se eu estiver entediada. Eventualmente, eu vou tomar tudo que você tiver de precioso, e te sugar todo. Se você for bem bonito, se considere com sorte. Eu irei amavelmente te segurar em meus braços até ouvir o ultimo batimento de seu coração. Não por eu me importar com você, mas por ser a última conexão que eu ainda tenho com a raça humana.

    Normalmente quando eu termino de tomar o que eu desejo, eu te deixo para as minhas bebês terminarem. As vezes elas podem ser umas coisinhas impacientes, especialmente a minha garanhão de duzentos anos, Alex, abreviatura de Alexis. Ela é uma puta. Vou logo admitir isso, mas eu deixo passar por que ela é tão sexy. Eu amei fazer ela. Seu sangue foi tão doce, tão puro. Ela gritou tão alto quando enfiei os meus dentes em sua pulsante coxa esquerda, a centímetros de seu lugar íntimo. Eu parei de me alimentar em tempo de a ver sofrendo. E agora vejam a minha querida, desfrutando do melhor que nossa vida pode oferecer; mas depois eu conto mais dela. 

    Sim, senhoras e senhores, eu sou uma vampira, uma das mais velhas que sobrou do meu clã. E não vai continuar assim se eu não formular direito um plano. Parada aqui nesse esgoto, o cheiro de trinta odores diferentes acaricia meu nariz e me deixa louca! Não sei por que eu prometi à Alex de encontrá-la aqui nesse buraco de merda. As vezes pensar na quantidade de líquidos repugnantes que saem do corpo humano me faz sentir um calafrio em meu corpo frio. Faz muito tempo que não tenho funções internas, e não sinto falta delas. Algumas partes de mim são aguçadas, como meu olfato e visão. E a parte que eu mais amo é voar. Tenho que agradecer meu criador por essa característica, mas não por muito mais.

    Minha existência foi cuidadosamente planejada e cuidadosamente executada.  Uma criação perfeita, essa minha vida sempre foi meu destino. Você deve pensar que eu nasci amaldiçoada. Um louco sádico, um casco de cadáver cuzão decidiu meu destino a muito tempo atrás. Porém, não é isso que me incomoda agora, e sim a Praga.

    Ela realmente impactou o mundo a aproximadamente oito anos atrás. Ela devastou o mundo que eu conhecia. Na humanidade o impacto foi catastrófico. O sangue contaminado chegou aos hospitais e bancos de sangue como uma jogada de mestre. Se seu objetivo era despopular a Terra, conseguiu. Os problemas com os humanos infectados era que, seja lá o que fosse o veneno que se misturava com seu sangue, afetava a gente também. No começo, não sabíamos o que estava matando os vampiros tão rápido. Nós caímos junto com os humanos. A primeira morte de um vampiro não foi relatada por pelo menos dois meses. Ninguém do nosso mundo tinha feito a conexão.

    Até que finalmente ela bateu na porta de casa. Uma de minhas bebês foi uma vítima. Ela estava na minha região sul. Melanie estava no comando do sul. No começo, quando ela tentou explicar o que aconteceu, parecia quase em choque. Ela nunca tinha visto um vampiro morrer antes. Ainda mais de uma maneira que precisou de cinco homens para limpar a bagunça que ficou no teto e no tapete. Quando eu cheguei na cena, um sentimento de pressentimento rastejou por mim. Não era uma situação comum.

    Enquanto o tempo se demorava, as notícias vieram através do país e do mundo. Mesmo com os avanços da ciência e comunicação, foi finalmente concluído que o nosso próprio sangue, que era para nos manter vivos, estava nos traindo. Acho que eu não queria acreditar que podíamos contrair algo da humanidade. Algo assim nunca aconteceu antes. Eu vi doenças, pobreza e fome através dos séculos e a nossa gente nunca contraiu uma única célula infectada que poderia penetrar nosso corpo. Eu tive que fazer uma conferência de emergência com todos os meus bebês para alertá-las dessa terrível descoberta, e para discutir quais seriam os próximos passos para que a gente não seja infectadas também.. Eu caminhei por horas tentando montar todas as peças do quebra-cabeça

    Como um Vampiro pode ser infectado assim e morrer quase na hora?

    Alex me via assim, dia após dia, preocupada que eu seria consumida pela vingança. Eu só queria achar as respostas e soluções. Foi a Jackie que me deu as notícias. Ela falou com um tom estranho na voz. Pensando agora, acho que ela sabia como eu iria reagir. Na hora, eu estava tão fora de si que não tinha como me acalmar. Para minha surpresa e desânimo, meu criador estava no centro de tudo. Eu falei as palavras da minha cabeça:

    Darius é o responsável pela a destruição da Humanidade e dos Vampiros, ao mesmo tempo.

    Eu chorei por dias depois de descobrir. Eu queria mata-lo assim que o visse, rasgar em pedaços cada pedaço da carne de seu corpo inútil e lentamente vê-lo se tornar uma pilha de poeira. Meu pior pesadelo se tornou realidade. O único homem que eu adorei era o traidor de não só a humanidade, mas de nossa espécie também. Minha raiva por ele se tornou fria. Se eu o matasse cem vezes, ainda não seria o suficiente.

    Tínhamos que ter cuidado, agora. Não se podia morder qualquer um. A doença que passaria para o Vampiro era mais perversa e repugnante que qualquer coisa que eu já vi. Era difícil ver minhas as minhas bebês criando dolorosos poros que escorriam um muco verde. A pura agonia atrás dos gritos era insuportável. E esses eram apenas alguns dos sintomas que vimos. Os sortudos estouravam ou explodiam. O mistério e a paixão de matar humanos nos foi tirado. E pelo que? As respostas que eu procurava me eludiam. Nessa noite, eu esperava ter o começo de uma solução, mas sentia mais que estava rezando por um milagre. 

    O balcão de mármore do bar parecia acenar para mim, gentilmente. Eu deitei a minha cabeça, enquanto esperava o problema entrar pela a porta. Eu podia sentir a decadência dos corpos podres em minha volta. Queria que a Alex chegasse logo. O fedor do mundo estava começando a me devorar. Minha mente me levou a outro lugar que parecia milhões de anos atrás. No fundo da minha mente, de algum jeito eu sabia que minha vida como Vampira nunca mais seria a mesma depois dessa noite.

    Capítulo 2

    ––––––––

    E

    u caminhei para a varanda do meu quarto. Deixei o sol acariciar o meu rosto e inalei o doce aroma do orvalho da manhã. Minha adorável Matheena preparou para mim um prato de frutas frescas. O doce sabor da papaia fresca tardou em minha língua. Respirei profundamente enquanto observava meus servos cuidando de meu lindo jardim lá em baixo. Ser da realeza tinha seus méritos. Eu nunca precisava pedir por algo duas vezes. Meus serviçais estavam a minha disposição. Sempre corriam para saber o que eu queria, precisava ou desejava. Administrar um império também me deixava ocupada. Tão ocupada que dormir, para mim, era um incômodo, uma perda de tempo. Eu tinha tanta coisa para fazer e dormir só servia para atrapalhar.

    As vezes, eu só queria me sentir normal e me largar aos meus desejos com mulheres. Queria sentir o toque de um seio em minhas mãos, isso me acalmava. A rigidez do mamilo de uma mulher contra meus macios lábios me deixava louca. Um corpo macio para tocar, e pressionar contra o meu, isso sempre envia ondas de fogo em minhas coxas. Eu tinha servas especiais para satisfazer meus desejos sexuais. Com tudo que pediam de mim, sexo era a única coisa que limpava minha cabeça quando eu estava para fazer um julgamento ou criar uma lei para o meu reino. Meu pai não estava por perto para me educar mais. Eu nunca percebi o quanto eu precisava de sua clareza. Gerir um vasto império sozinha já é intimidador o suficiente, e sem a orientação adequada, muitos pensavam que eu estava condenada a falhar. Estive governando o legado de meu pai justamente e honestamente por dezessete anos. Falhar não era uma opção. Eu me estendi alegremente para a audácia de comandar os outros a fazerem o que eu quiser. Eu gostava de sentenciar homens e, sim, algumas mulheres, para suas mortes por traição e fraude.

    O vento veio gentilmente atrás de mim enquanto eu caminhava de volta para meu quarto. Eu podia jurar que tinha visto ele na escuridão de minhas câmaras na noite passada. Não saber quem era a pessoa, que parecia se espreitar em cada canto do meu palácio, me deixava nervosa. Eu estava cansando de brincar de esconde-esconde com essa sombra. E decidi que quando esse indivíduo eventualmente se apresentasse, teria uma morte bem especial realizada em minha frente.

    Eu abaixei a minha cabeça e soltei um suspiro de derrota. Foi então que percebi que não estava sozinha.

    Sinto muito, minha rainha, ela choramingou de cabeça baixa. Me perdoe. Eu pensei...

    Pensou o que? Esse foi seu primeiro erro! Eu gritei. Retire-se da minha vista. Eu chamarei por você depois se eu desejar seus pensamentos.

    Matheena saiu do quarto em lágrimas.

    Eu cai no chão rindo sem controle.

    Senhor, o que tem de errado comigo? Eu tenho tudo que eu sempre quis. Sou a força política mais poderosa desse lado da África. Os países vizinhos temem o meu nome. E eu lentamente estou sendo superada por esse sentimento horrível de que meu espírito não é mais meu! Eu gritei. É como se o meu espírito estivesse sendo refém de alguém ou de algo.

    Exausta por não ter dormido muito na noite passada, eu desabo em minha cama e durmo toda a tarde. Eu acordo com a escuridão e folhas de baobá batendo contra os pilares da minha varanda. Levanto-me rapidamente para fechar as portas da varanda. Uma forte brisa gelada me engole, forte o suficiente para abrir meu roupão e revelar minha nudez. Eu diminuo meu passo e cuidadosamente caminho até a varanda, segurando meu roupão perto do corpo.

    Calafrios começaram a subir em minha pele quando vislumbrei uma figura parada sozinha. Eu sabia que nenhum servo meu seria tolo o suficiente para estar em minha varanda. Minha barriga começou a queimar quando a figura começou a lentamente caminhar até mim.

    Eu era importante demais, eu pensei. Ninguém se atreveria a vir me matar. Eu segurei o fôlego enquanto a sombra se aproximava e meus pensamentos aceleraram. Eu tinha guardas logo em frente à minha porta, mas minha garganta estava seca e eu estava paralisada de medo.

    Olá, meu amor, a voz dele era profunda e fria. Eu não vim para te assustar.

    Eu olhei para o chão, não querendo olhar nos olhos daquele que me assombrava.

    Eu sabia que você viria. Quando, eu não sabia. O peso de suas mensagens em minha cabeça me assombra dia e noite. Como ousa se infiltrar em meus pensamentos e sonhos? Quem você acha que é? Por que veio aqui?

    Eu cambaleei para trás, esperando encontrar alguma coragem para chamar meus guardas. Meus olhos se encontraram com os dele e um sentimento de desamparo passou por mim. Esperei para saber o que ele queria de mim.

    Meu amor, ele sussurrou de novo.

    Pare de dizer isso! Eu avisei.

    Eu esperei por esse momento por tanto tempo. Desde seu nascimento.

    Meu nascimento? Está delirando? A flor do ópio de algum jeito encontrou um caminho em suas veias? Você não pode ter mais do que vinte anos. E tenho trinta e dois e não tenho mais intenção de deixar isso continuar.

    Katrine! Pare e escute! Eu não tenho muito tempo.

    Ele me puxou para perto dele. Sua força era quase intoxicante, mas assustadora mesmo assim. Eu parecia não poder pensar direito e senti meus joelhos se soltando. Ele me pegou em seus braços e me carregou até minha cama.

    Por que você está aqui? Eu consegui perguntar secamente enquanto ele me colocava na cama.

    Então se ajoelhou ao meu lado.

    Meu nome é Darius e preciso que você cumpra o seu destino como a minha noiva.

    Ele colocou minha mão em cima da sua. Eu a retirei, rapidamente. Sua pele era tão fria.

    Sua noiva? Está louco? Eu sou a Rainha. Eu não posso me casar com ninguém que não seja da realeza! Por que estou explicando isso para você?

    Ele se levantou e sentou gentilmente na beirada da minha cama.

    Peço que me deixe explicar. Eu primeiro tenho que te dizer o quanto eu amei o seu pai. O quanto eu o respeitava. Eu prometi a ele que sempre cuidaria de ti.

    Eu comecei a me sentir fraca.

    Meu pai? Ele... ele morreu faz quinze anos.

    Eu fechei os olhos para segurar as lágrimas.

    Eu não entendo. Não posso acreditar no que estou ouvindo, Eu disse levemente.

    Darius me trouxe para perto e sussurrou, Eu era o melhor amigo de seu pai e ele sabia o que eu era.

    Eu abri meus olhos para descobrir que estava sozinha. A última coisa que Darius disse repetia de novo e de novo em minha cabeça. O que exatamente ele era?

    Capítulo 3

    ––––––––

    U

    ma mão tocou meu ombro enquanto eu voava pelo Oceano Pacífico. Eu virei para o outro lado torcendo para que o dono dela sumisse. Eu não queria ver ninguém. O horror que deixei para trás era demais. Já era difícil lidar com o fedor de carne humana e animais em decomposição.

    Eu só queria continuar voando até não conseguir mais ver o que estivesse em minha frente. Eu podia ouvir um suave sussurro. Podia cheirar seu perfume. Era um aroma tão familiar. Eu ainda estava com medo de responder à ela chamando o meu nome. Isso tudo irá sumir se eu acordar? O lindo céu azul irá desaparecer no terrível e escuro abismo?

    Meu coração não conseguia mais aguentar o massacre. Sangue sugas que precisavam se alimentar me olhavam enquanto rasgavam a carne dos cadáveres com olhos cheios de lágrimas de sangue. Perguntando em silêncio, o que está acontecendo conosco? O que será de nós enquanto devoramos o sangue infectado que está lentamente destruindo nosso mundo? Nosso mundo? Por que estavam perguntando a mim?

    Eu continuei voando mais e mais rápido até ela chamar por mim novamente. Eu estava fraca de fome e precisava voltar para a Terra. Eu queria cair em seus braços e ficar ali até o último sopro deixar meu corpo. Eu decidi abrir os olhos. Espero que ela esteja guardando um último abraço para quando eu estiver me tornando cinzas em seus braços. Meia-Noite, Meia-Noite, você não pode mais se esconder.

    Capítulo 4

    ––––––––

    E

    u tive outra noite perturbadora de sono. Outro sonho que não fez sentido. A lembrança do que eu vejo nos sonhos faz minha pele arrepiar como se estivesse coberta de centenas de escorpiões. O que era aquele mundo que eu vi em meus sonhos? Por que eu estava sonhando com chupadores de sangue? Olhando para o quintal do meu palácio, eu não tinha certeza do que exatamente aconteceu na noite anterior que eu oficialmente conheci o Darius. Parecia mais com um sonho. Eu tentei me controlar quando ouvi sua doce voz.

    Minha Rainha, seu café da manhã está aqui, Matheena me informou através do quarto.

    O cabelo de Matheena estava trançado até a suas costas, e o seu vestido fluía gentilmente com o vento. Sua cor castanho escuro era ressaltada por olhos em forma de amêndoa e ela tinha um pouco de sardas em suas bochechas. Ela é uma garota tão linda e humilde.

    Eu não percebi que você estava no quarto, eu caminhei até ela. "Devo me desculpar por meu comportamento ontem. Eu não tinha motivos para agir daquele jeito contigo. Você é muito importante para mim. Mais do que imagina.

    Matheena respondeu, Por que fala essas coisas? Eu vivo apenas para te servir. Eu nunca questionei o seu comportamento, você sabe disso.

    Eu a abracei, e pude sentir sua preocupação.

    Eu não dormi bem na noite passada, mas ainda assim não tinha direito de te tratar daquele jeito. Temo que os meus dias estão diminuindo, eu disse enquanto começava a comer. Você está comparecendo aos seus estudos como eu pedi?

    Oh, sim, mas eu ainda sinto que não preciso ser ensinada tais coisas, minha Rainha. Eu sou apenas uma humilde serva.

    "Eu vou decidir o que você precisa saber. Tenho certeza que essa seu desconforto é apenas por causa dos olhares dos outros, e mesmo que as tuas contrapartes sussurrem por tuas costas, elas nunca irão deixar a língua correr solta. Eu não me importo de executar aqueles que poderiam algum dia questionar os meus comandos 

    Matheena tentou me tranquilizar.

    Oh, não, minha Rainha. Ninguém nunca fala mal de ti, mas nenhuma outra escrava está sendo ensinada pelo o seu professor particular. Você deve entender como isso soa para os outros. Eu serei sempre grata, ela curvou-se para mim. Eu devo atender as minhas tarefas diárias. Você vai querer mais alguma coisa?

    Não, Matheena, pode ir.

    Devidamente dispensada, Matheena saiu do meu quarto. Ela parecia flutuar enquanto caminhava, eu pensei, soltando um suspiro. Eu podia ouvir meu pai berrando atrás da minha cabeça. Você tem uma responsabilidade com seu povo. Um direito de nascença que muitos matariam para ter. Eu não me importei de ouvir tais palavras na época. Eu estava desesperadamente tentando convencer um homem que ele era Rei e que poderia mudar as regras. Para que servia um Rei? Ele

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