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Resistindo ao motociclista
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E-book297 páginas4 horas

Resistindo ao motociclista

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Sobre este e-book

Um suspense romântico

Estudante universitária de vinte e um anos, Adriana Nikolas, não sabe realmente o que pensar sobre Raptor, o motociclista sexy que parece estar obcecado em transar com ela. Gostoso ou não, ela sabe desde o primeiro encontro que ele é perigoso, na cama e fora dela.

O que Raptor quer, Raptor tem. Agora, ele quer Adriana e vai fazer o que for necessário para fazer com que ela seja sua. Mas, ela resiste muito, o que não é algo com o que o Capitão de Estrada dos Gold Vipers está acostumado. Arrogante, convencido e teimoso, Raptor aceita o desafio, e enquanto isso, ele consegue muito mais do que ele pensou que queria.

Enquanto isso, Slammer, presidente dos Gold Vipers, busca por justiça pelo estupro da filha de sua velha.


Livro 1 de 2

Esta história contem linguagem rude, situações sexuais fortes e violência. Não é indicado para leitores menores de 18 anos. Por favor não compre se qualquer parte disso te ofende. Este é um trabalho de ficção e não foi feito para ser uma descrição real de um clube de motocliclistas. Ele foi escrito apenas para fins de entretenimento.
 

IdiomaPortuguês
EditoraBadPress
Data de lançamento5 de nov. de 2018
ISBN9781386989073
Resistindo ao motociclista
Autor

Cassie Alexandra

USA Today bestselling author Cassie Alexandra (pen name of NY Times Bestselling Author, Kristen Middleton) has published over 40 titles since 2011. She writes romance, horror, fantasy, and suspense thrillers.  www.kristenmiddleton.com www.cassiealexandrabooks.com

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    Pré-visualização do livro

    Resistindo ao motociclista - Cassie Alexandra

    Prólogo

    Era pouco depois de nove horas da noite quando Jessica Winters saiu da academia 24h Hour Fitness, colocou sua bolsa de academia no porta-malas do carro, e dirigiu até seu apartamento de dois quartos na cidade de Iowa. Ela estacionou na garagem subterrânea, pegou suas coisas e foi até o elevador, aliviada que sua colega de quarto, Kellie, estava fora da cidade. Ela teria o lugar só para ela por alguns dias, o que significava que ela não precisaria ouvir Kellie e seu namorado, Jack, mandando ver no outro quarto todas as horas da noite. Ela tinha que admitir, ouvir Kellie enquanto tinha aqueles ‘orgasmos enlouquecedores’, como ela os chamava carinhosamente, era infernal. Especialmente para alguém que havia decidido não fazer sexo até encontrar o cara. O cara que parecia estar demorando bastante para encontrá-la.

    Você devia comprar um vibrador, Kellie dizia depois de Jessica confrontá-la sobre fazer menos barulho no fim de semana anterior. Talvez assim você não fosse tão estranha quanto a isso.

    Se não querer escutar os outros transando é estranho, então eu certamente não quero ser o que quer que seja que você considera normal.

    Meu Deus, você leva tudo tão a sério. Eu estou só zoando com você. Embora, ela sorriu, você tem que admitir, você é muito nervosa em relação a sexo. Você tem vinte anos, pelo amor de deus! Você precisa dar uma enlouquecida, Jessica, como o resto de nós.

    Eu não sou nervosa e não preciso fazer nada. Eu só estou cansada de não conseguir dormir, ela retrucou, com raiva. Quer dizer, fala sério – quatro da manhã? Você ficaria puta, também, se tivesse aula às sete e ficasse acordada a noite toda tentando bloquear os gemidos do quarto ao lado. Se você pudesse pelo menos fazer menos barulho. É tudo o que eu peço.

    Querida, não dá para fazer sexo gostoso em silêncio. Se você tivesse feito, saberia o que eu quero dizer.

    Que seja. Pelo menos aumente a merda da música.

    Está bem.

    A verdade é que eles brigavam mais que os gemidos e grunhidos que saiam do quarto da Kellie. Eles discutiam sobre compras, TV a cabo e contas de luz, ou onde as coisas ficavam no apartamento. Certamente não era legal ir para casa à noite, e Jessica sabia o que ela tinha que fazer – encontrar um novo colega de quarto ou... voltar para a casa da mãe dela, Frannie. Pelo menos ela dormiria melhor e não teria que aguentar as besteiras da Kellie. Infelizmente, aquilo significaria que ela teria que morar com Slammer, o noivo motociclista de sua mãe. Ele não era só intimidador, mas também era presidente do Gold Vipers, um clube de motociclistas em Jensen, com o qual Jessica não queria ter absolutamente nada a ver. Reconhecidamente, ela na verdade gostava de Slammer e ele não era de forma alguma que ela esperava, com seu jeito calmo e histórias divertidas. Claro, todas as outras palavras eram ‘foda’ e ele fumava como uma chaminé, mas ele tratava Frannie, sua ‘Velha’ como ele gostava de chamá-la, como uma rainha e ele era até legal com Jessica. Mas para ela, ele ainda era parte de uma gangue e seu jeito de viver não era o que ela queria para a sua mãe. Ela até tentou convencer Frannie a não o ver várias vezes, mas aparentemente os dois já tinham se apaixonado perdidamente, então era falar com a parede. Mesmo quando Jessica mencionou o fato que os motociclistas em clubes como os dele sempre violavam a lei e acabavam presos, ela voltaria com – O Slammer diz que os Gold Vipers não são como outros clubes de motociclistas. Eles são mais como um bando de irmãos que tomavam conta uns dos outros e de suas famílias. Tudo com o que eles se envolvem é completamente legal.

    Sim, claro.

    Frannie era tão boba, era tão frustrante. Jessica podia apenas cruzar os dedos e esperar que Slammer a manteria fora de qualquer coisa ilegal. Se ele tentasse envolver a mãe dela de qualquer maneira, e ela soubesse, Slammer iria para a cadeia mais rápido do que acenderia seu Camel. Sua mãe significava tudo para ela e ela não cruzaria os braços e nem daria a outra face. Frannie estava perto de se aposentar e ela não queria a sua mãe passando seu tempo na cadeia.

    Ansiosa por uma noite calma, Jessica se livrou dos pensamentos sobre seu futuro padrasto, e pegou o elevador até o terceiro andar. Cantarolando para si mesma, ela foi pelo corredor até seu apartamento, destrancou a porta e entrou. Ao que ela estava a ponto de acender a luz da cozinha, alguém a agarrou por trás, seu braço a segurando como se fosse de aço. Ela tentou gritar, mas foi imediatamente interrompida por uma mão com luva cobrindo sua boca. O cheiro do couro e da gasolina a fizeram engasgar.

    Oi, querida, o homem murmurou para ela. Ele começou a agarrar seus seios. Que gostosos.

    Chorando, ela tentou lutar, mas apenas o fez rir. Desesperada para se livrar, ela tentou morder a mão dele através da luva.

    Vagabunda, ele rosnou, apertando a boca dela com tanta força que a mandíbula doeu. Lute comigo e você morre. Entendeu?

    Choramingando, Jessica ignorou a ameaça e bateu com o cotovelo na barriga dele, lembrando das aulas de autodefesa que ela havia tido antes da faculdade. O instrutor disse para lutar por sua vida a qualquer custo. Grite, chute, faça o que for preciso para sair, ou as chances de sobreviver são poucas ou nenhuma.

    O homem gemeu, mas ao invés de libertá-la, ele a agarrou pela garganta e começou a apertar. Você acha que tem uma chance contra mim, vagabunda? Se continuar lutando, eu quebro seu pescoço. Não ouse me testar!

    Por favor... não consigo... respirar... Ela implorou, rouca.

    Ele afrouxou ligeiramente o braço. Você vai se comportar?

    A cabeça dela girava enquanto tentava pensar em outra forma de escapar. As facas da cozinha estavam longe demais, ela não podia alcançá-las e ele era tão forte. Ela nunca conseguiria.

    Me responde, vagabunda! Ele sussurrou, puxando seus cabelos cruelmente.

    Sim! Ela chorou.

    Então está bem. Ele sussurrou, a empurrando em direção ao quarto. Agora, vamos nos divertir um pouco.

    ***

    Uma hora depois, Jessica o ouviu sair do apartamento. Ensanguentada e com hematomas, ela cambaleou até a cozinha, trancando a porta. Então ela pegou o celular e ligou para a polícia.

    Eu fui atacada. Estuprada, ela soluçou ao telefone, seu corpo inteiro tremendo. Ela escorregou para o chão, olhando para a porta aterrorizada, preocupada que ele a derrubaria e mataria. Por favor... me ajude. Tenho medo que ele volte.

    Estamos mandando alguém imediatamente, a mulher prometeu, tentando acalmá-la. Você tem certeza de que ele foi embora?

    Sim, ela respondeu, olhando para os hematomas em suas coxas onde ele apertava seus dedos contra a sua carne. Entre isso e a dor que ardia entre suas pernas, ela queria morrer. Ela queria que ele morresse.

    Certo. A polícia vai chegar logo, ela lembrou. Eu vou ficar na linha com você até que eles cheguem. Você deu uma olhada no rosto dele?

    Ele... Ele estava usando uma máscara. Uma máscara preta.

    Você reconheceu a voz dele?

    Não. Ninguém que eu conheço faria isso!

    Ok. Tente se acalmar, Senhorita Winters. Alguém está indo.

    Enquanto Jessica esperava a ajuda chegar, ela fechou os olhos e começou a chorar de novo. A mulher no telefone tentou acalmá-la, mas tudo o que ela conseguia pensar era nos olhos castanhos e excitados do estuprador. Ela nunca se esqueceria deles ou de seus lábios secos e rachados. Ele fez ela encará-lo enquanto ele fazia o indizível. Parecia que isso o excitava.

    Você me vê? Ele rosnou várias vezes.

    Jessica o viu claramente. Ele era o diabo. Ele até usava um remendo no colete que provava isso.

    Capítulo um

    Jensen, Iowa

    Você está pronta? Krystal perguntou, desligando o motor de seu Monte Carlo 1976. Nós tínhamos acabado de parar em um estacionamento do Griffin’s, um clube de strip nos arredores da cidade. Era o seu aniversário de 21 anos e o namorado, o filho do dono, nos havia pedido para encontra-lo antes de nos encontrarmos com o resto de nossos amigos no centro.

    Eu olhei para o lugar, com suas luzes piscando e uma fila de motocicletas brilhantes estacionadas em frente. Eu nunca havia entrado, mas todo mundo sabia que o lugar não era boa coisa. Eu nem ao menos podia imaginar a cara da minha mãe se ela soubesse que eu estava considerando entrar. Ela provavelmente pensaria que eu ia começar a fumar crack.

    Eu tremi. Sério? Não podemos esperar ele aqui fora no estacionamento?

    Qual é o problema? Ela perguntou, abaixando o visor. Ela ajeitou seus cabelos loiros e consertou seu sutiã, enfatizando a curva dos peitos na camiseta brilhante preta em que ela os havia colocado. Você está nervosa sobre entrar em um bar de motociclistas?

    É mais que isso e você sabe. O lugar tinha uma reputação ruim – gangues, brigas, tráfico de drogas e prostituição.

    "Calma, garota. Não vai acontecer nada lá dentro. Você está comigo e todos sabem que eu estou com o filho do dono.

    Eu suspirei. Ok.

    Você está bem?

    "Sim, estou bem.

    Krystal sorriu. Mentirosa. Aqui, tome uma dose disto, ela disse, tirando uma garrafa de bebida sabor pêssego de debaixo do assento. "Eu abro.

    Schnnaps?

    Ela destampou a garrafa e tomou um grande gole. Hm.... isso. Aqui. Ela segurou a garrafa em minha direção.

    Talvez devêssemos esperar até saímos do clube.

    Não, querida. Temos que começar essa festa.

    Está bem, eu respondi, pegando a garrafa da mão dela. Eu dei um gole e meu estômago ficou imediatamente quentinho e formigando. Hm... Nada mal. Meio doce, mas gostei.

    Estou surpresa que nunca tenha experimentado.

    Na verdade, acho que já. Experimentei um daqueles drinques, Sex On The Beach, quando saímos para meu aniversário de 21. Acho que tinha isso no drink.

    Ela tomou mais um gole. Eu amo esse e o Fuzzy Navels. Você tem que experimentar. São gostosos para caralho.

    Eu não sabia direito o que era um Fuzzy Navel, mas se envolvia o Schnapps sabor pêssego, eu estava dentro.

    Certo, ela disse, tampando a garrafa. Vamos ver o que diabos Tank quer.

    Tank, seu novo namorado, tinha um metro e noventa de altura, com músculos do tamanho de melancias, e fazia parte de algum clube de motociclistas chamado Gold Vipers. Eu só o tinha visto duas vezes e tinha que admitir, ele me assustava pra caramba. Não que ele não tenha sido cordial. É só que eu percebi que ele era perigoso.

    Ilegalmente assustador, perigoso.

    Krystal não parecia perceber ou então ela simplesmente não se importava. Considerando que o pai dela foi embora muitos anos atrás e Bonnie, sua mãe, nunca teve muita influência no que dizia respeito a nada. Acho que era por isto.

    Eu me pergunto se ele tem alguma coisa para mim? Krystal disse, seus olhos azuis se acendendo. Um presente.

    O que, tipo um anel? Eu provoquei. Eles tinham saído só algumas poucas vezes e a maioria dos encontros deles eram rápidos.

    Melhor ainda, um piercing de língua novo, ela respondeu. Você tem ideia de quão gostosa é a sensação de um piercing de língua entre as suas pernas?

    Eu levantei a mão. Para com isso. Não bebi o suficiente para ouvir sobre Tank e a língua dele.

    Ela riu. Bem, certamente não vai ser um anel para o meu dedo. Tank me disse no fim de semana passado que nunca se casaria. Que a maioria dos caras no clube têm uma velha e filhos, mas normalmente seguem o caminho do casamento.

    Eu franzi a testa. "O que você quer dizer com ‘velha’?

    Estou falando das mulheres para quem eles voltam à noite. Com quem eles vivem. Cuidam. Têm filhos.

    Isso normalmente é chamado de ‘esposa’, eu disse, seca.

    Não no mundo dos motociclistas, ela respondeu. Eles têm velhas e, então apoiou os peitos em mim, eles têm as putas do clube.

    Meu queixo caiu você está falando sério?

    Para caralho, ela disse, sorrindo.

    Uma puta do clube? O que você está dizendo? Que ela anda com eles e eles a pagam pelo sexo?

    Não acho que nenhuma delas é paga para isso. Elas andam com eles e podem foder, a qualquer hora do dia.

    Eu a encarei de olhos arregalados. Uau. Então em outras palavras, são como groupies?

    Ela riu. Acho que sim. Só que esses caras andam de moto ao invés de ônibus.

    O Tank tem uma velha?

    Não. Quer dizer, acho que não. Sua mandíbula ficou firme. Pelo menos, eu espero que não.

    Bem, o que você é considerada? Eu perguntei. Ele disse?

    Ele me chama de ‘garota dele’. Mas vou te dizer uma coisa, com certeza não sou uma puta de clube. Não abriria minhas pernas para ninguém além do cara com quem estou saindo. Embora, ela sorriu maldosamente, Tank tem esse amigo chamado Raptor que é muito gostoso. Eu não me importaria de foder com ele.

    Raptor? Que porra de nome é essa? Eu sabia que Krystal havia mencionado que a maioria dos motociclistas eram chamados de seus apelidos de estrada. Tudo o que eu podia pensar era no filme Jurassic Park quando eu ouvia Raptor.

    Ela sorriu. "Raptor? É alguma espécie de ave de rapina. Acho que você não quer irritá-lo. Tank disse que o temperamento de Raptor é lendário.

    Hum. Ele soa como alguém que se deve evitar. Eu ficaria longe dele, Krystal. Não importa o quão gato ele seja.

    Você tem que ver esse cara. Ele é muito gostoso. Loiro, olhos azuis, com o porte de um deus grego. Ele é inacreditavelmente sexy. Eu quase gostaria de ter conhecido o Raptor primeiro. Na verdade, eu já me peguei babando nele. Tank provavelmente pegaria a arma dele e atiraria na minha cabeça se me visse olhando para o Raptor do jeito errado.

    A expressão no rosto dela era séria e eu sacudi a cabeça, em descrença. Quanto mais ela me contava sobre Tank, mais ele me dava nojo. Meu Deus. Você realmente está confortável com essa merda de macho alfa de clube?

    Ela balançou a mão. "Estamos apenas nos divertindo. Quer dizer, eu gosto muito dele, não me leve a mal. O cara sabe como chupar uma garota e eu não estou pronta para me desfazer disso ainda.

    Eu rosnei. Eu devia ter imaginado.

    É sério. Ele é paciente, também. Fica lá em baixo o tempo que for necessário. De qualquer forma, eu sei que não vai durar. Ele pode ter ótimas habilidades, mas ele é mandão demais, até mesmo para mim.

    Cara, eu odeio homens mandões. Sério, Krystal, você não devia aceitar homens te dizendo como viver. Não importa o que ele pode fazer com a língua.

    É, mas ele também tem um pau enorme, ela disse, rindo. Você não tem ideia. Ela fez um sinal com as mãos para me mostrar a quão grande era e eu tive que estremecer. Juro por Deus, é grande como a porra de um cavalo.

    Ok, já é o suficiente. Eu respondi, rindo. Estou cansada de ouvir sobre a sua vida sexual.

    Você precisa transar, Adriana. Quanto tempo faz?

    Eu recolhi os ombros. Não sei, mais de um ano?

    Talvez dois.

    Talvez até três?

    A verdade era que, eu havia transado apenas algumas poucas vezes, e a maioria foi no ensino médio, quando fiquei sério com Jimmy Tyler. Agora que eu estava na faculdade, eu mal tinha tempo de dormir, quem diria sexo.

    Precisamos consertar isso. Ela disse, abrindo a porta. "Vamos ver o que o Tank quer, conhecer os outros no clube e achar um homem para você. Um que você pode levar para o carro e foder até cansar com ele antes de terminar a noite.

    Eu olhei em volta no estacionamento, rezando para que nenhum dos caras que entrava neste lugar em particular soubesse que ela estava tentando me fazer transar. Krystal, eu sussurrei alto. Não anuncie isso aqui, pelo amor de Deus.

    Os olhos dela estavam brilhando pelo Schnapps e eu pude perceber que ela já estava bem bêbada. Eu não preciso de um homem e esta festa é para você. Na verdade, eu não vou beber muito. Talvez umas duas cervejas. Quero que você se divirta, é seu aniversário. Meu aniversário já veio e foi embora.

    E a sua chance com aquele cara.

    Pensei sobre o cara de quem ela falava. Um dos seguranças em uma boate que nós festejamos chegou em mim, mas eu o ignorei. Ele obviamente era um galanteador e provavelmente trazia uma garota nova para casa toda noite.

    Vou te dizer uma coisa – vamos ver isso depois da sua festa. Esta é a sua noite e a única pessoa que precisa se divertir e transar, é você. Agora, me dá as suas chaves e deixe os jogos começarem.

    Eu entreguei as chaves. Acho que realmente não posso argumentar contra isso.

    ––––––––

    Quando entramos no clube de strip, eu imediatamente senti como se todos os olhos estivessem na gente. Era exatamente como eu havia imaginado também – escuro, mofado, precisando de carpetes novos, não apenas o chão. A maioria das garçonetes pareciam aposentadas, apesar de estarem vestidas como garotas do ensino médio. As da geração delas.

    Krystal riu. Essas mulheres sabem que os anos oitenta já acabaram? Igual os looks delas.

    Eu sorri. Cara, você é uma vaca.

    É, eu gosto de ficar de quatro, ela brincou. Não dá para negar.

    Eu bufei.

    O palco estava aceso e o lugar estava lotado, apesar de que a maioria dos clientes pareciam distraídos e desconfortáveis, o que me deixou surpresa. Na verdade, havia tanta tensão no ar que eu senti como se estivéssemos entrando em um lugar que estava a ponto de se tornar hostil. Então eu percebi que haviam dois grupos de homens olhando uns para os outros de lados opostos da sala. Ao que olhei mais de perto, percebi também que eles tinham remendos diferentes nos coletes, ou cortes, como Krystal gostava de chamar. Alguns tinham Gold Vipers nas costas, outros, Devil’s Rangers.

    Onde está o Tank? Krystal perguntou ao guarda costas, que estava de pé ao lado da porta. Ele era tão alto quanto largo. Careca, e tinha uma barba comprida e vermelha.

    O olhar dele foi direto para os peitos dela e ele lambeu os lábios. Ele está no quarto dos fundos. Eu vou avisar que você está aqui. Você deve ser Krystal?

    Ela acenou com a cabeça. Isso mesmo.

    Quem é a sua amiga? Ele perguntou, agora encarando a mim. Eu

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