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Incontrolável
Incontrolável
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E-book216 páginas3 horas

Incontrolável

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Sobre este e-book

Se ela acha que eu sou incontrolável, espera só até eu chegar no quarto dela. 

Fui contratada para gerir uma banda, não ficar bêbada e acordar casada com o vocalista depois de uma noite de um inesquecível e bruto... 
Bom, você sabe.
O ponto é: isso não sou eu. Sou profissional. Levo meu trabalho a sério. 
Infelizmente, o único trabalho que Ash Woodcox parece estar levando a sério, é o trabalho de entrar nas minhas calças. 
Isso não vai acontecer, não importa quão sexy ele seja. Vou controlar meus desejos.
Pena que Ash é incontrolável. Quando um ex-cliente ciumento começa a espalhar rumores sobre mim, de repente sou colocada sob os holofotes. 
Não vou deixar Ash arruinar sua carreira por mim. 
Ash não vai deixar ninguém "desrespeitar a mulher dele". 
Se você acha que o bad boy de uma banda de rock sulista é incontrolável, espera só até ele se apaixonar por você... ou descobrir que te engravidou em Vegas. 
 

IdiomaPortuguês
Data de lançamento14 de jun. de 2020
ISBN9781071551417
Incontrolável

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    Bom....teve um momento que ficou chato a leitura, mas aí deu uma guinada.
  • Nota: 4 de 5 estrelas
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    A descrição do livro é melhor que o livro de fato. O enredo é bom, só faltou aprofundarem a história.

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Incontrolável - Alexa Montes

1

TRINITY

––––––––

Eu não me sentia tão bem assim há um bom tempo. Meu corpo todo doía. Veja bem, um tipo bom de dor que te lembrava que a noite passada tinha sido... bom, vamos chamar de especial. Eu não me divertia tanto desde a faculdade, e mesmo naquela época, nenhum idiota de fraternidade tinha feito com que eu me sentisse assim.

Fechei os olhos, saboreando o momento enquanto permanecia deitada em cima do homem responsável por aquele êxtase inesquecível. Meus dedos se moviam para cima e para baixo em seu peito. Firme. Musculoso. Gostoso. O corpo de um homem de verdade.

Cacete, eu tinha escolhido bem ou o que? Eu sorria tanto que quase chegava a doer.

Por um momento, senti-me vergonhosamente fútil. Normalmente eu era meio conservadora quando se tratava de sexo. Eu tinha que ser dado a minha profissão. Além do mais, sexo era melhor com uma conexão emocional mais profunda.

Ou pelo menos era o que eu acreditava até a noite passada.

Arrepiei-me enquanto as memórias voltavam. As coisas que eu tinha feito, que nós fizemos. As coisas que ele tinha feito comigo. Tudo era tão real e ainda assim, tão intenso que parecia algo que só poderia existir nos meus sonhos.

De repente, senti sua rigidez contra a minha coxa.

Era grande. Incrivelmente grande.

Então essa parte era real.

Contorci-me sobre seu corpo nu, meu joelho deslizando entre as pernas dele e aquela rigidez reagiu imediatamente, crescendo ainda mais.

Olhei do corpo perfeitamente tatuado até o homem. Ele era branco, mas não pálido. Havia um brilho saudável que me dizia que ele sabia o que era o sol, mas ao mesmo tempo não era aquela cor laranja e nojenta que tantos brancos ficavam por vaidade.

Deslizei um dedo por sua clavícula até a barba por fazer no seu queixo. Ele era alguém que mantinha a barba raspada na maioria das vezes e acordar comigo significava que ele ainda não tivera a oportunidade de se manter assim.

Não que ele não pudesse usar a barba, se quisesse.

Cabelo escuro e desgrenhado... Deus, ele era lindo demais.

Para falar a verdade, ele era tão bonito que era espantoso que eu não o tivesse visto em capas de revistas. 

Ou tinha?

Comecei a tremer. Reconhecimento nem sempre é uma coisa boa. Quando você tem certas responsabilidades, existem certas coisas que você não faz com certas pessoas.

Como ele.

Ele.

Ele era com quem eu estava.

Eu estava colocando um nome naquele rosto. Uma história, uma legenda.

Meu lábio tremia e um arrepio desceu pela minha espinha enquanto eu tentava lidar tudo que estava acontecendo.

Era Ash Woodcox.

Eu estava na cama, nua, com Ash Woodcox.

Eu tinha transado com Ash Woodcox.

Com toda aquela realidade me atingindo, eu fiz a única coisa lógica e aceitável.

Gritei. Gritei alto.

Fiquei de pé e deixei minha voz ser ouvida.

Que merda ele estava fazendo aqui? Que merda eu estava fazendo aqui?

Mais gritos e ele estava acordando também.

— Mas que merda...?

Não conseguia controlar. Era horror, surpresa, algo. Eu não sei, eu estava em uma situação que não podia entender.

Tinham poucas coisas das quais eu tinha certeza nesse mundo e uma delas era que eu nunca dormiria com alguém como Ash Woodcox.

— Cristo! – ele soltou seu próprio grito, ficando de pé.

Não havia outra explicação para a situação em que eu estava além do que eu tinha sugerido – eu dormira com Ash Woodcox.

Dormi com um babaca mulherengo. Dormi com um homem que não tinha respeito por ninguém. O idiota boca grande que entrava em brigas num piscar de olhos, ou pior, antes mesmo que alguém piscasse os olhos.

— Acalme-se! – berrou, com as mãos nos meus ombros. — É sério, fica calma!

— Fica calma? Calma? Eu estou aqui com você. Você!

— O que? O que é tão horrível sobre mim? – Ash me olhou de cima abaixo e seus olhos se demoraram no meu peito e... no meio das minhas pernas. Porque, além de tudo, eu definitivamente precisava de um enorme lembrete de que estava nua.

Sozinha. Num quarto. Com a porra do Ash Woodcox.

Gritei mais uma vez e o empurrei para longe de mim, cobrindo timidamente as minhas partes mais íntimas, enquanto ficava de costas para ele. 

Os olhos de Ash desceram até a minha bunda. Ele gostava do que estava vendo.

Gritei mais enquanto corria até a cama, peguei as cobertas e atingi algum nível de modéstia.

— Você é um porco!

— O que? Está bem na minha frente e eu não posso fazer nada se você é super sexy!

Andando de um lado para o outro, eu não sabia o que devia fazer. Eu deveria ter saído pela porta, fugido e esquecido que tudo isso tinha acontecido.

Seria muito difícil esquecer algo desse tipo, mas eu teria que tentar, para talvez aprender a não me odiar.

Então, notei uma folha de papel na mesa perto da nossa cama.

Aproximei-me, hesitante.

Um documento oficial do estado de Nevada, completo com o selo oficial para te dizer que não saiu de qualquer impressora.

Ash Woodcox.

Trinity Hall.

Casados.

Gritei mais uma vez.

2

ASH

Porra, essa garota era absolutamente linda.

Espetacular, gostosa, sexy de deixar o pau duro.

Eu precisava de mais sinônimos para descrevê-la. Quero dizer, eu era compositor, criava letras de músicas e mesmo assim ela estava me deixando sem palavras.

Aquele cabelo longo e escuro, aqueles seios macios e arredondados, aquela bunda curvilínea e aquela buceta na qual eu queria mergulhar. Tudo sobre ela era delicioso, tudo num corpo cor de caramelo. Senti-me muito clichê usando um doce para descrevê-la, mas droga, do jeito que ela era, quem poderia me culpar?

Percebi que a parte de mim que dizia para conseguir um pouco dela estava se referindo no passado.

Eu já conseguira um pouco dela.

Você acorda nu com uma garota, você sou eu, você provavelmente não está inocentemente fazendo nada além de dormir ao lado dela.

Meu pau sentia de uma forma que dizia que eu a fodi bem.

Vendo o fogo nos olhos dela, eu estava pronto para fodê-la de novo. O problema? Aquele fogo me dizia que ela não queria nada de mim.

— Que porra é essa? – Ela pisava forte. Um metro e alguma coisa de fúria. A mulher pegou um pedaço de papel e o jogou na minha direção. Sua raiva era muito, muito clara, mas papel é um projétil bem ruim quando desenrolado. Ele meio que desceu até a cama.

Tão curioso quanto ela sobre o que estava acontecendo, só que bem menos raivoso, me aproximei e peguei o papel.

— Tudo bem, deixe-me ler isso.

Documentos oficias. Chique.

— Isso tem que ser uma piada. Sério, tem que ser.

Padre Jonathan St. John? Ele celebrou um casamento? Isso era um nome de verdade?

— Por favor, diz que isso é uma piada. Esse não pode ser um documento real.

Casamento, é? Espera. Eu me casei? Meus olhos se deslocaram pelo documento. É, eu era uma parte nele. Ash Donovan Woodcox.

Segunda parte?

— Hã... seu nome é Trinity Hall? – Perguntei, lentamente e com a minha confusão bem óbvia.

— Você realmente está me perguntando meu nome depois de ter me convencido a fazer isso?

— Fazer o que?

— Casar com você!

— Isso é tão novidade pra mim quanto pra você.

Ela resmungou, suas mãos fazendo formato de garras. Eu podia dizer que ela queria apertá-las em volta do meu pescoço. Essa era uma mulher assustadora e linda.

— Então você é a Trinity, certo?

— Sim, eu sou a Trinity, palhaço!

Mais uma vez, olhei para o documento, para ter certeza que era realmente o que eu vi e não alguma alucinação.

— Certo, então. Acho que estamos casados.

Mais um berro.

E então um relógio-despertador voou na direção da minha cabeça.

Por sorte, ela não tinha a mira de um lançador de liga profissional, já que consegui desviar facilmente.

— Que porra é essa?

— Eu não posso ficar casada com você! Eu não lembro de casar com você! Quando foi que eu disse eu aceito para isso?

— Também não lembro muito bem, mas eu não lembro de um monte de coisas, só que eu me diverti muito fazendo o que quer que seja – sorri, agarrando-me às vagas memórias da noite anterior. Breves flashes do tempo que tive com ela, a abraçando, a tomando e me sentindo completamente sereno com ela.

O uísque me pegou bem cedo e eu sempre fui um bêbado feliz.

Casar depois de uma noite inteira de festa, no entanto? Era um limite que eu nunca pensei que fosse passar mesmo completamente bêbado.

Porém, com a Trinity, eu conseguia ver como essa linha que determinei ficou embaçada. Ela estava gritando comigo, sendo linda e eu ainda a queria.

Queria acalmá-la, dar a ela um pouco de paz.

Só que a fúria que ela sentia naquele momento não era algo que eu conseguiria acalmar facilmente.

Mais objetos foram lançados na minha direção.

— Eu não acredito nisso! Que tipo de homem é você, que faz algo desse tipo? Você é nojento! Imaturo! Por que raios eu casaria com você, mesmo bêbada? – Continuei a desviar das coisas. — Preciso chamar a polícia, processar, chamar a imprensa, expor o lixo que você realmente é!

Toda essa gritaria dela... Bom, comecei a perceber que isso poderia ser sério e as coisas poderiam ficar bem ruins para mim.

Esse era um documento oficial. Procurar por algum erro de ortografia bobo ou algo que deixaria claro que era piada.

O que realmente confirmou a seriedade da situação foi o anel no meu dedo. O analisei. Uma típica aliança de casamento dourada.

Minha investigação no meu próprio dedo, fez com que Trinity fizesse a mesma coisa, claro. Ela olhou para sua mão.

— Uma aliança. Eu estou usando a porra da sua aliança! – Gritou e jogou mais alguma coisa em mim. Os objetos vinham tão rápido que eu não conseguia mais identifica-los. Aquela era um tipo inteligente e com recursos de mulher desprezada e isso a tornava ainda mais aterrorizante.

Que diabos aconteceu ontem à noite? Não esbarrei simplesmente com uma garota como ela e tentei seduzi-la para uma noite de sexo. Estava bem claro para mim que ela era bem mais que isso.

Eu precisava de respostas. Coisa que nem eu, nem ela tinha. Pensando por um momento, lembrei de mais coisas.

Chance e Phoenix estavam comigo. Eu tinha certeza disso, antes de nos separarmos.

O homem enorme que era Chance conseguia lidar bem com álcool e eu sempre podia confiar que ele não bebia até ficar inconsciente.

Olhei ao redor, agarrei minhas calças e comecei a procurar pelo meu celular nos bolsos. O encontrando, comecei a mexer nele.

— O que você está fazendo? Está fazendo uma ligação agora?

Levantei o indicador para pedir, sem palavras, por um pouco de silêncio.

Em vez disso, recebi outro objeto voador na minha direção. Acho que esse era só uma caneta, mas eu ainda conseguia desviar de todos eles.

— Ash, – Chance disse ao atender o telefone. — Eu vou acabar com você.

Pisquei, pensando nas coisas e olhando Trinity enquanto estava no telefone. Por um lado, por ela ser linda, pelo outro, porque eu queria manter minha sequência de não ser acertado por coisas.

— Cara, – comecei. — Agora não é a hora de me ameaçar com brigas ridículas. Coisas aconteceram ontem à noite.

— É, eu sei. Quanto do orçamento você gastou com essa pegadinha?

— Que pegadinha? Desde quando nós ligamos para gastar dinheiro? Cara, eu preciso de uma conversa séria agora. Preciso que meu irmão seja meu irmão.

— Que porra, Ash? O que está acontecendo?

— Tem uma mulher no meu quarto e ela está a uma palavra errada de acabar com a minha raça.

— Ela é parte da piada também?

— Que piada, cara? Não tem nenhuma piada. Ninguém está rindo.

— Essa... – começou. Talvez ele tenha digo mais alguma coisa, mas tive que me jogar no chão quando um vaso de flores voou na direção da minha cabeça e eu tive que sair do caminho. — Cerimônia de casamento.

— Eu preciso falar exatamente disso com você – respondi rapidamente. — Vem pra cá, Chance. Qual é, cara, eu preciso de você.

Nenhuma resposta do outro lado da linha.

— Chance.

Ele desligara.

Que rude.

Como eu, ele parecia estar passando por seu próprio problema matinal. Ele não era a pessoa que poderia me trazer de volta a realidade. Contemplei ligar para Phoenix, mas ele era um zumbi durante a manhã, então eu sabia que ele não ajudaria muito.

Além disso, Trinity ainda estava em fúria. Eu deveria fazer algo sobre isso diretamente.

— Acalme-se – falei, tanto para mim, quanto para ela.

— Por que eu deveria me acalmar? – Perguntou, andando de um lado para o outro, enrolada no edredom. — Estou casada com você. Contra a minha vontade.

— Do que você está falando? Contra a sua vontade?

— Eu não quero ser casada com uma polêmica ambulante, Ash. Você é uma polêmica ambulante.

Resmungando, assenti. Eu não tinha como negar esse rótulo.

— Não é como se eu tivesse feito alguém nos casar. Eu não sou um vilão de conto de fadas que tem esse tipo de poder.

— Eu não lembro de dizer eu aceito!

— Nem eu! – Com as mãos na cintura, balancei a cabeça. – Olha, escuta. Nós devemos ter ficado estupidamente bêbados. Ambos. Nos casamos numa cerimônia de madrugada em Vegas. Comprei alianças para nós dois.

— Ah, você as comprou, é? Como tem tanta certeza?

— Eu não deixaria você pagar por nada a não ser que você fosse, tipo, uma herdeira bilionária.

— Quem disse que eu não sou? Você está fazendo suposições sobre mim?

Parei e arqueei uma sobrancelha.

— Você é?

— Sou o que?

— Uma herdeira bilionária?

— O que? Não!

— Então eu paguei pelas alianças.

— Você acha que comprar uma aliança te dá direito a alguma coisa? – Trinity me encarou.

— Não foi isso que eu quis dizer.

Ela ainda estava coberta pelo edredom, mas mesmo assim, eu podia dizer que

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