Poemas de um Coração Maduro

De Miguel Mantovani Dalla Coletta

Para mim, foi doce novidade. O Miguel poeta. O Miguel do verso que versa sobre as coisas que existem em nós: o amor, o vazio, a ternura, a malícia, o desejo, a cretinice, o carinho, a juvenilidade, a sutileza. Eu já conhecia o Miguel arquiteto-gremista-boêmio-urbano-itinerante-colecionador. Mas agora o cara surge com este livro lotado de poesia. Quantos truques será que o Miguel ainda tem? Se você folhear o livro como ele deve ser folheado [com tempo e curiosidade], você vai enxergar uma sensibilidade particular. Não há inocência nas palavras do Miguel. Há intuição e discernimento a respeito das ambiguidades do amor. O amor que você escolher. Durável ou efêmero. Sincero ou filho da puta. Escancarado ou clandestino. Lá de Lisboa ou Porto Alegrense. Uma fotografia preenchida com alguns territórios da alma, é isso. O livro do Miguel é uma fotografia. Mas uma fotografia que se metamorfoseia. Às vezes inundada de cor, às vezes elaborada num preto e branco. Às vezes ampla e contemplativa, às vezes focada e direta. Boa leitura para você

• Idioma: Português
• Editora: Editora Buqui
• Data de lançamento: 6 de mar. de 2016
• ISBN: 9788583381327

Pré-visualização do livro

Agradecimentos

A todos meus amigos que de alguma forma me incentivaram e me deram apoio.

Ao Rafael Trombeta pelo apoio técnico, pelos seus conhecimentos e dedicação.

Ao meu primo Marcos Mantovani pelo apoio e incentivo.

A doutora Carolina Rodrigues Atz.

A minha filha Bruna.

Aos seres supremos, as mulheres.

Especialmente

A minha mãe Ivone, pela adoção, amor, educação e investimentos em mim.

A Aline, por me ensinar a amar.

Dedicatória

Com este pequeno livro, onde quase na sua totalidade ela foi minha inspiração, aprendi a desabafar as minhas angustias, expor meus sentimentos por ela e refletir sobre a vida e o cotidiano. Hoje em dia levo comigo a herança de ter descoberto o significado do amor.

Com carinho, saudades, admiração e muito amor para Aline.

Te adoro, te venero, eu te amo, eu te quero, coração.

Durval Lelys

Amor

Quase 38

O conhecia havia 11

Sabia que existia, até pensei que sentia

Pensei que vivia, mas não sabia que não sentia

Despertou ao natural em momento casual

Maduro e leve que me leve

Me leve pela estrada, sem nada

Do beijo ao desejo, fato consumado

Noite e dia de euforia

Agora na noite fria, agonia

Mais lua e chuva virão até o verão

E no calor do verão, memórias virão

Sem rancor, sem amor

Não acabou, não começou

Agora existe e persiste

Agora sinto e não minto

Agora quero com elo e espero

A primeira letra

A primeira letra

É porque

É porque te adoro

Te quero

Te desejo

Te desejo mais ainda

É porque é você!

É porque teu beijo

Teu cheiro

Teu sexo

Teu carinho

É porque sem eles não vivo

É porque gamei!

Gamei em você!

Estrada, chuva e covardia

Começou na estrada com chuva fria e acabou em covardia

Eu dei atenção, eu dei carinho e dedicação

Dei afeto com o coração aberto

Dei prazer e recebi sofrer

Em uma vez recebi perdão, na segunda, incompreensão

Flores e cheiro, flores com cheiro, Rosas vermelhas

O som foi bom, trilha sonora na cor de rosa, paixão

Dei joia, coração de ouro Blindado ficou o coração, que sei, é de ouro

Dei chocolate para adoçar, mas o passado faz machucar

Na minha opinião, no Bar Opinião, só emoção, e na estrada tesão

Nas ondas que vêm leva o sol, nas ondas que vai leva a noite

Noite da lua, Lua emoldurada e pregada

Emoção e razão Ingratidão!

Amor verdadeiro sem paradeiro

Lembranças que atormentam a todo o momento

Saudade interminável Momento memorável

Covardia, agonia

Começou na estrada com chuva fria e acabou em covardia

Lili

Amiga escreveu

Li linda

Bela

Meiga

Doce e amarga

Lili eu li

Que a lida da vida

Só é linda se livre for

Lili, você é flor

Lili de Guaíba

No Rio Guaíba eu lhe vi

Linda a noite de Lili

Lindo luar

Livre Lili

Lindeza da cor lilás

Lili traz

Lícito e límpido amor

Lição de