Histórias do Encantarerê

De Rejane Paschoal

Menção honrosa no I Concurso Cepe de Literatura Infantil e Juvenil, Histórias do Encantarerê é composto de vários contos, narrados pelos personagens Nando, Tico, Dudu e Aninha, que se tornam contadores de histórias após tentarem resolver um grande mistério envolvendo um andarilho. Ilustrações de Rogério Soud.

• Idioma: Português
• Editora: Cepe editora
• Data de lançamento: 1 de jun. de 2015
• ISBN: 9788578582883

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P279h

Paschoal, Rejane Maria dos Guimarães. Histórias do Encantarerê / Rejane Maria dos Guimarães Paschoal; ilustrações Rogerio Soud. – Recife : Cepe, 2015. : il.

1. Ficção infantojuvenil – Pernambuco. I. Rogerio Soud. II. Título.

CDU 869.0(81)-93

CDD 808.899.282

PeR – BPE 11-0503

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ISBN: 978-85-7858-288-3

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Pedro Américo de Farias

Este livro obteve menção honrosa na Categoria Juvenil, no Concurso Cepe de Literatura Infantil e Juvenil/2010.

Comissão Julgadora:

Aldo Lima

Fernando Monteiro

Heloisa Arcoverde

Ronaldo Correia de Brito

Wanda Cardoso

Produção Editorial: Marco Polo Guimarães

Direção de Arte: Luiz Arrais

Revisão: Ariadne Quintella e Rangel Cruz

Coordenação de Projetos Digitais: Rodolfo Galvão

Designer do Projeto Digital: China Filho

Dedicatória

À minha mãe que me dava livros, e ao meu pai que me contava histórias na hora de dormir.

(In memoriam)

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Há muito tempo, num lugar distante daqui, existia um homem que era conhecido porque andava carregando um saco nas costas. Ele só aparecia de vez em quando e nunca falava com ninguém. Quem o avistava primeiro, mesmo ainda de longe, corria para avisar aos outros:

— Lá vem ele! Lá vem ele!

E todos ficavam esperando para vê-lo passar.

O que mais chamava a atenção era que o saco parecia não servir para nada, nem dava para saber se estava cheio ou vazio. Era como se fizesse parte da roupa e, ao mesmo tempo, o homem não precisasse dele.

Não se sabe por que as pessoas não tinham coragem de perguntar o que ele guardava ali. Mas, certo dia, Dudu, um menino que morava naquele lugar, de tanta curiosidade, criou coragem – não esperou pela coragem dos outros – e resolveu falar com ele. Assim que o homem apareceu, e antes de ficar com medo, Dudu perguntou o que ele guardava ali dentro.

— O que foi que você disse?

— Eu perguntei o que tem aí, dentro desse saco.

— Ah, você também quer saber? Gostei de ver. Teve coragem de me perguntar. Sorte sua, porque não sei quando vou voltar por aqui novamente.

— É? Então diga, por favor, diga; faz tempo que eu quero saber o que tem aí.

— Histórias.

— O que o senhor disse?

— Eu disse histórias.

— E como é isso?

— Carrego histórias que li, que me contaram e outras que estou inventando. Também guardo coisas para as histórias que ainda vou escrever.