Político Psicopata Brasileiro
De Rubem Brust
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Sobre este e-book
Sistematicamente os chinelões como nós todos, criticamos, xingamos e fazemos mandingas para os senhores que rotulamos como serpentes do capitalismo.
Falamos isto porque somos picados por esse réptil nojento que nos traz conforto, internet, Google, Whatsapp, prazeres, alegrias, satisfações, saúde, desenvolvimento e uma vida digna para nossas famílias.
Realmente eles merecem todo o nosso reconhecimento pelo financiamento de obras sociais e nobres mas também porque fazem extorsão dos "crédulos" irresponsáveis que pegam emprestado seu dinheiro para prazeres materiais, carnais, impuros, desprezíveis e não produzem nada de útil para si, os seus e a sociedade.
Eles necessitam todo o nosso apoio e solidariedade, porque assim como os despossuídos, possuídos e possessos da cara, talvez ainda não tenham encontrado a riqueza interior.
Vamos homenageá-los de uma maneira singela, não pegando mais o seu dinheiro emprestado por qualquer motivo, assim eles ficarão cada vez mais ricos interiormente e menos exteriormente.
Dinheiro nas mãos dos outros faz mal, talvez tenha pensado Karl Marx após outro copo de cerveja emprestado.
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Político Psicopata Brasileiro - Rubem Brust
pensar?
Vivemos tempos conturbados no nosso país. Os noticiários estão recheados de trapalhadas, desmandos e negociatas dos nossos representantes públicos e seus assessores quânticos. Pode-se dizer até que já há uma saturação dos receptores dos nossos neurônios espelho e dos neurônios sacais
do nosso córtex frontal, com os quais o leitor irá tomar contato no indevido tempo.
Algumas pessoas podem já estar com cansaço mental pela repetição incessante de escândalos financeiros, desvios de verba, maracutaias e manobras políticas quânticas (R$) promovidas pelos nossos políticos psicopatas brasileiros.
Escrever muito seriamente sobre o PPB (político psicopata brasileiro) poderia ficar enfadonho e não merecedor de gasto energético cerebral. Para tornar o tema menos pesado, enveredamos por um caminho mais suave com toques de humor, descontração e conhecimentos superficiais e interessantes de uma parte da ciência que mobiliza a curiosidade humana, que é a física quântica, ou ciência quântica.
Não falta literatura sobre ela, ao contrário. A difusão de seus princípios ou a falta deles, como o princípio da incerteza, de Heisenberg, descortina um mundo aparentemente caótico, probabilístico, contraditório e até engraçado.
Qualquer semelhança do funcionamento da nossa política com a física quântica (FQ) não é mera coincidência. Como exemplo será claramente demonstrado (como tudo na FQ) que o efeito dos fenômenos pode anteceder a causa, em consonância com a nossa política recheada de figurinhas carimbadas e reconhecidas em cartórios.
Iremos transitar nos meandros dos microartifícios do político quântico (PQ) e seu bom humor com o povo brasileiro. Perscrutaremos o senso fantasmagórico do político de Schrödinger (PS) e suas caixas cheias de gatos e a abordagem de temas interessantes suscitados por Einstein.
O leitor precisará estar preparado para tomar contato com o efeito EPR (Einstein, Podolsky e Rosen) e ações fantasmagóricas dos nossos políticos que podem nos induzir a pensar na paranormalidade, mas que a FQ explica e complica.
Tratar com humor os nossos políticos, usando a FQ e suas imbricações, é uma tarefa extremamente fácil, por suas similitudes e complexidades que ninguém entende. Aqui, a FQ será usada para explicar o inexplicável, estapafúrdio, incrível país e universo mental nacional em que vivemos.
Fica ainda o alerta para pessoas sensíveis, que se arrepiam facilmente ao mínimo comentário, que o livro inicia com sedativo.
Psicopata é uma palavra sonora, chamativa, quase bonita, e para quem não sabe o que é, pode até parecer uma palavra de importância ou atributo de relevância de uma pessoa causadora de orgulho, assim como ouvir alguém dizer: ele é um grande psicopata!
O que é um psicopata?
O autor também quer saber. E quer estudar junto com o leitor (se houver) como se caracteriza um psicopata.
Também pode querer se certificar se pertence ou não a esse grupo. Nunca se sabe o que os estudos e a análise poderão revelar. Portanto, é um trabalho de alto risco. Principalmente por não ser psicólogo ou psiquiatra, não ter a pretensão de fazer nenhum tratado e por medo, não se aprofundar no tema.
Sabe-se que os políticos são uma representação estatística do povo, o que não significa que se deva condenar toda a população e todos os políticos a um rótulo que muitos entenderão errônea e convenientemente como generalização. Os que pensarem e se manifestarem assim podem já se enquadrar inconscientemente de alguma forma nesse atributo de maneira preventiva. Esta atitude poderá ser entendida como medo, o qual é uma das molas propulsoras das desavenças, discórdias e guerras mentais e reais travadas pelos seres humanos em todas as épocas. Um medo que inicia dentro do ser humano e pode se espraiar no entorno, podendo criar o que não desejamos e a geração de desequilíbrios e distúrbios desnecessários que queremos evitar.
Todas as mentes excessivamente reativas a qualquer comentário ou que manifestem ui, ui, ui (mi, mi, mi), sensibilidades exageradas por qualquer pronunciamento ou atitudes de outros, podem ser analisadas por um prisma atento e de cuidado quanto as suas interpretações e manipulações dos fatos, projetando suas ansiedades mal resolvidas, rotulando quem tem pontos de vista diferenciados.
Nos dias que correm o patrulhamento das palavras e da conduta das pessoas pelo politicamente correto, que julga e condena facilmente os outros, seu controle é um complicador para as relações humanas. Esse controle frio, com aparência humana
e calorosa em relação aos outros, parece estar substituindo o respeito e a empatia que provêm de uma mente conectada com o próximo e a humanidade interior. Ele pode causar mais ressentimentos que soluções. Importante dizer que muitos usam o politicamente correto com boas intenções e por respeito a outros seres humanos, mas estão, muitas vezes, exercendo uma função de julgamento de alto risco, porque podem criar situações de ressentimento ao tentar impor, e não expor, suas ideias.
É evidente que não se pode generalizar no aspecto da psicopatia, mesmo porque se trata de uma pergunta ou uma conjectura a respeito do comportamento das pessoas, que neste país parecem dedicar-se a "causas públicas’’, mas na realidade estão realizando seus projetos pessoais inconfessáveis. Causas públicas, aqui, não refere-se só à política estatal, mas também a instituições, associações ou cooperativismos não estatais.
Para acalmar o leitor hipersensível ou ultrassensível, também é necessário dizer que a psicopatia não seria exclusividade dos políticos brasileiros. Já tivemos exemplos notórios deste comportamento antissocial em várias guerras e conflitos em quase todos os cantos do planeta, em todos os tempos.
O problema é a forma sub-reptícia dos nossos políticos schrödingerianos e quânticos (R$) com sua antipolítica de Macunaíma, bondosa, gentil, manipuladora, submetendo a população a uma vida de instabilidade, dificuldades e exasperação emocional.
A ciência quântica está muito em voga e difundida nos dias que correm. Depois que Max Planck expôs ao mundo os quanta (pacotes de energia) e a outros cientistas que seguiram neste