Altas cavalarias: Dom Quixote e seus precursores
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Altas cavalarias - Marcos Antônio Lopes
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Catalogação na publicação elaborada pela Divisão de Processos
Técnicos da Biblioteca Central da Universidade Estadual de Londrina
L864a Lopes, Marcos Antônio.
Altas cavalarias [livro eletrônico] : Dom Quixote e seus precursores / Marcos Antonio Lopes ; [ilustrações: Bruno H. S. Cerkuenik & Fabiano Rocchi Marçal]. – Londrina : Eduel, 2016.
1 Livro digital : il.
Inclui bibliografia.
Disponível em: http://www.eduel.com.br
ISBN 978-85-7216-891-5
1. Cervantes Saavedra, Miguel de, 1547-1616 – Crítica e interpretação. 2. Dom Quixote de la Mancha (Personagem fictício). 3. Romances de cavalaria em espanhol. 4. Ficção espanhola – História e crítica. I. Cerkuenik, Bruno H. S. II. Marçal, Fabiano Rocchi. III. Título.
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2016
Sumário
Prefácio
Referências
refácio
Certamente que o leitor já está familiarizado com as peripécias do fidalgo Alonso Quijano, que sonhava ser um cavaleiro andante e que, de tanto ler obras que lhe excitavam a imaginação, um belo dia resolveu sair de casa em busca de aventuras iguais às imaginadas nos livros de sua biblioteca. O pequeno fidalgo transpõe então o seu mundo real em busca de heróicas façanhas, realizações memoráveis que pudessem igualar-se às de figuras exemplares como o ultra virtuoso Amadis de Gaula, e ingressar também na reluzente galeria dos cavaleiros modelares, figuras que hoje conhecemos como os super-heróis antes da hora da literatura medieva. Pensando em desfrutar de glória e fama, Quijano traja-se com a típica indumentária, verdadeira máquina de realizar proezas, que lhe transmite as credenciais simbólicas para adentrar em seu vastíssimo mundo imaginário. Com cavalo e escudeiro, sai de seu limitado espaço de rotina para protagonizar muitas aventuras. Enfrentará bandidos e malfeitores, defenderá os fracos e as donzelas em perigo, terá experiências misteriosas e mesmo algumas jornadas eletrizantes, como as da barca encantada e do vôo de Clavilenho. Altas Cavalarias — Dom Quixote e seus precursores, do historiador Marcos Antônio Lopes, discute as singularidades dos romances de cavalaria, e as conexões de tal gênero literário com este clássico da literatura, mormente no plano das apropriações paródicas realizadas por Cervantes.
Dom Quixote de la Mancha foi eleito o melhor livro de todos os tempos. Todo esse prestígio está relacionado a uma série de fatores como trama, linguagem, estilo, etc, numa combinação de tal ordem que a obra nunca perde o viço. Como disse Italo Calvino, clássico é o livro que nunca acaba de dizer aquilo que tinha para dizer. Talvez por isso sua eloqüência inesgotável seja tão pertinente aos dias que correm, porque são muitos os segredos a serem redescobertos no texto.
No tempo do autor, o heroísmo nos campos de batalha e o virtuosismo nas lides da pena eram dois eficazes instrumentos para se alcançar prestígio social. Miguel de Cervantes bem que se esforçou nos dois campos. Primeiramente como o valoroso marujo de Lepanto; em seguida, como o esforçado autor de Galatéa. Queria ser reconhecido por seus contemporâneos, mas não obteve êxito nessa empresa. Talvez soubesse que é a posteridade que define a sorte dos heróis literários. De fato, sua criatura sonhou com a celebridade de seus feitos de armas. A partir de tal evidência, é possível imaginar que Cervantes pudesse ter pensado numa espécie de desforra do futuro, que corrigisse a ingratidão do tempo presente. Mas, é difícil crer que tenha podido supor que sua obra magna, publicada em 1605, fosse, ao longo dos séculos, servir de alicerce para pesquisas, debates, artigos, conferências, enfim, constituir-se no núcleo irradiador de uma respeitável biblioteca. Como lembra um aplicado leitor de Cervantes, o escritor Jorge Luis Borges, Dom Quixote é o primeiro e o mais íntimo dos romances de personagem e o derradeiro e o melhor dos livros de cavalaria
. Se assim é, tudo leva a crer que uma nova biblioteca, a ser criada a partir de tal romance, já está a caminho.
Maria Helena de Moura Arias
Jornalista e Doutoranda em Letras pela Unesp/Assis
m Miguel de Cervantes vemos como o seu humor extraordinário deu vida à figura do maior escavador de precipícios da história da literatura. Possuído pela energia anacrônica do heroísmo da