A Escrita e o pensamento matemático: Interações e potencialidades
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Sobre este e-book
Com foco na aprendizagem matemática, no ensino e no desenvolvimento profissional, Arthur Powell e Marcelo Bairral examinam algumas atividades que podem ser utilizadas em sala de aula convencional ou em processos formativos a distância pela Internet. Eles apresentam exemplos e analisam produções escritas para mostrar como professores podem utilizar diferentes tipos de atividades escritas para estimular os estudantes a refletir sobre suas experiências matemáticas. Também são indicadas demandas de pesquisa relacionadas ao uso da escrita como veículo para o aprendizado matemático. - Papirus Editora
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A Escrita e o pensamento matemático - Arthur Powell
A ESCRITA E O
PENSAMENTO MATEMÁTICO
INTERAÇÕES E POTENCIALIDADES
Arthur Powell
Marcelo Bairral
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COLEÇÃO
PERSPECTIVAS EM EDUCAÇÃO MATEMÁTICA
A matemática está presente em todos os níveis da educação escolar, tem grande importância em várias outras áreas do conhecimento, como instrumento, e faz parte de nosso cotidiano na forma de noções como porcentagens, estatísticas, juros etc.
Portanto, ampliar e consolidar um espaço para discussão de temas de interesse para a educação matemática é uma ação fundamental, sobretudo no que se refere a estreitar os laços entre a sala de aula, o desenvolvimento e a pesquisa.
A Sociedade Brasileira de Educação Matemática (Sbem), fundada em 1988, persegue tal meta, e esta série é um passo natural nesse percurso: avançamos aqui em colaboração com a Papirus. O que se pretende é oferecer um conjunto de obras nas quais os processos da educação matemática sejam examinados e discutidos com amplitude ou, em outras palavras, oferecer textos que, abordando seus temas de maneira profunda, mantenham o compromisso com a necessidade de articulação das três áreas de atuação já mencionadas.
Alcançar o objetivo de favorecer um debate comum a toda a comunidade é o que moverá e guiará a existência desta série.
Sociedade Brasileira
de Educação Matemática
SUMÁRIO
PREFÁCIO
Antonio José Lopes Bigode
APRESENTAÇÃO
Arthur Powell e Marcelo Bairral
1. O CONHECIMENTO MATEMÁTICO EMERGINDO POR MEIO DA ESCRITA
Exemplos de produções e matematizações de José
José produzindo crônicas
Reflexões conclusivas sobre o processo de matematização de José
2. COMPARTILHANDO INTERAÇÕES A DISTÂNCIA E OLHANDO A PRODUÇÃO ESCRITA DE PERTO
Professores realizando a tarefa do aeroporto
3. ALGUNS ASPECTOS TEÓRICOS PARA A ANÁLISE DO APRENDIZADO MATEMÁTICO MEDIANTE A ESCRITA
Experiência e reflexão no aprendizado matemático
Escrita expressiva e escrita transacional na produção textual
O texto e o hipertexto na negociação de significados matemáticos
O potencial das tarefas no aprendizado e na escrita
Análise da produção escrita
Autonomia e colaboração no desenvolvimento da cognição matemática e da escrita
4. EXEMPLOS DE MEIOS DE PRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA ESCRITA EM MATEMÁTICA
A escrita livre
Os diários de aprendizagem
O uso dos diários na pesquisa com a formação de professores
Relatórios de entrada múltipla
Portfólios e processofólios
Outros espaços para a produção da escrita: O discurso nos meios eletrônicos
CONSIDERAÇÕES FINAIS
BIBLIOGRAFIA
SOBRE OS AUTORES
REDES SOCIAIS
CRÉDITOS
PREFÁCIO
É sempre honroso prefaciar uma obra, especialmente se esta é produto da reflexão, da pesquisa e do trabalho de profissionais do quilate de Arthur Powell e Marcelo Bairral, amigos por quem tenho profundo respeito profissional, tanto pelo rigor de suas produções como pelo compromisso com uma educação matemática crítica e a serviço do desenvolvimento e do bem-estar social dos indivíduos.
Imaginei-me debatendo num seminário público sobre a escrita na educação matemática (EM), instigando os presentes a refletir sobre se estamos ou não diante de uma nova perspectiva para a área. A questão me pareceu pertinente porque eu mesmo já fui muitas vezes inquirido a esse respeito. O fato é que, de certo ponto de vista, a pesquisa sobre escrita na educação matemática não é nova.
Estudos sobre linguagem, escrita e interações de todo tipo têm sido objeto de reflexão e investigação há pelo menos duas décadas na comunidade de educação matemática. Neste ponto o leitor mais sintonizado com a pesquisa acadêmica poderia dizer que 20 anos é um período curto. Isso vai depender do tamanho da régua que vamos usar. Se considerarmos que a EM como área de conhecimento é relativamente recente, a resposta é não. O primeiro Congresso Internacional de Educação Matemática (ICME I) foi realizado em 1968, e nesse mesmo ano surgiu uma das principais e pioneiras revistas científicas, a Educational Studies in Mathematics; a primeira reunião do Grupo Internacional de Psicologia da Matemática (PME) foi realizada em 1976; aqui no Brasil, os primeiros mestrados específicos de EM são da primeira metade dos anos 80, o 1º Encontro Nacional de Educação Matemática (Enem) foi realizado em 1987, e a Sociedade Brasileira de Educação Matemática (Sbem) foi criada em 1988. Concluirei então que os trabalhos sobre escrita na educação matemática existem pelo menos desde que essa área do conhecimento dava seus primeiros passos no Brasil.
Por outro lado, é fato que os estudos sobre a escrita na educação matemática são ainda raros e a pesquisa no Brasil sobre essa temática ainda não chegou a merecer o rótulo de linha de pesquisa em qualquer programa de mestrado em educação matemática do país. Porém, já há pesquisadores dedicados a refletir e debater sobre escrita na EM; destaque-se a realização do I Seminário de Educação Matemática, no 14º Congresso de Leitura do Brasil (Cole), sediado na Unicamp em 2003, cujos trabalhos foram publicados no livro Escritas e leituras na educação matemática. Em tese de doutorado defendida em 2006 na Unesp-Rio Claro/SP, a escrita, em conjunto com a oralidade e a informática, é utilizada para compreender conceitos de cálculo diferencial; outras teses estão a caminho.
Os trabalhos pioneiros sobre a escrita e as interações na educação matemática estão direta e indiretamente relacionados aos dois autores deste livro. Powell foi, provavelmente, o primeiro a trazer reflexões e investigações sobre o tema para o Brasil. No início dos anos 90, ele veio ao país, onde ministrou palestras e discutiu escrita, etnomatemática e educação matemática crítica (veja título de mesmo nome de Ole Skovsmose, nesta série). Voltou uma segunda vez para proferir palestras e ministrar um curso no programa de mestrado em educação matemática da Universidade Santa Úrsula (USU). Daí surgiu o primeiro artigo, em português, sobre escrita na educação matemática publicado no país (Boletim Gepem 33, de 1995).
Os estudos de Arthur discorrem sobre a escrita como importante recurso de natureza metacognitiva no processo de aprendizagem de conceitos matemáticos e resolução de problemas. Seus trabalhos incentivaram e influenciaram outros estudos sobre escrita, como minha própria dissertação de mestrado, orientada por Joaquim Gimenez, da Universidade de Barcelona, na qual analiso a importância da escrita como instrumento de avaliação e registro de interações.
O tema escrita e interações, agora no contexto de um ambiente virtual, foi o objeto da tese de doutorado de Marcelo Bairral dirigida por Gimenez.
Os estudos de Bairral analisam as interações em cursos a distância para formação de professores em serviço. Sem dúvida, trata-se de um campo fértil para novos estudos e ações de grande relevância social, considerando-se as dimensões continentais do território brasileiro, as carências de recursos e a escala impressionante do professorado brasileiro: cerca de 2,5 milhões de docentes que atuam no ensino fundamental e médio (a quarta parte da população de Portugal). Sua pesquisa-ação é pioneira na educação matemática brasileira. A partir do doutorado, Marcelo deu início a uma fértil produção, com dezenas de artigos focando as interações e os registros em ambientes virtuais, publicados em revistas nacionais e internacionais. Seu trabalho de pesquisa se estende às ações presenciais e aos projetos que dirige de sua base na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, em Seropédica (RJ).
Mais do que trazerem reflexões para a comunidade, Arthur e Marcelo apontam caminhos, mostram resultados, colocam na ordem do dia recursos didáticos como diários, portfólios, relatórios e outros gêneros antes disponíveis apenas nas chamadas disciplinas de humanas. Também o computador e a internet são objetos de seus estudos; ainda que a informática e a internet já estejam integradas à cultura brasileira, seu potencial, como ferramentas poderosas na formação de professores, ainda é subutilizado até o momento. Nos capítulos, o leitor poderá acompanhar o olhar dos autores sobre uma trama de interações de um grupo