Drogas & Internet: A era da informação e a vida cotidiana
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Drogas & Internet - Rogério Lessa Horta
cotidiana
Coleção
e agora.com
A era da informação e a vida cotidiana
ROGÉRIO LESSA HORTA
VIVIANE SAMOEL RODRIGUES
DAIANE LODI
ANA MARIA RIBEIRO
ÂNGELA WOLFF
GISELDA KICHLER
© Editora Sinodal, 2009
Organizadores da Coleção e agora.com – A era da informação e a vida cotidiana:
João Alves da Silva Neto
Adriana Wagner
Marlene Neves Strey
Autores deste volume:
Rogério Lessa Horta
Viviane Samoel Rodrigues
Daiane Lodi
Ana Maria Ribeiro
Ângela Wolff
Giselda Kichler
Produção editorial e gráfica: Editora Sinodal
Editoração eletrônica: Rita Motta - Ed. Tribo da Ilha
Produção de ebook: S2 Books
D784
Drogas & internet / Rogério Lessa Horta ... [et al.] ; Coordenação da coleção de Adriana Wagner, João Alves da Silva Neto e Marlene Neves Strey. – São Leopoldo : Sinodal, 2009.
14x21 cm. ; 92p.
Coleção e agora.com – A era da informação e a vida cotidiana.
eISBN 9788581940298
1. Psicologia. 2. Educação. I. Horta, Rogério Lessa.
CDU 159.9:37
Catalogação na publicação: Leandro Augusto dos Santos Lima – CRB 10/1273
SUMÁRIO
Capa
Folha de rosto
Ficha catalográfica
Sumário
Introdução
O álcool na internet
O tabaco na internet
A maconha e outros alucinógenos na internet
Cocaína e crack na internet
Por que a exposição das drogas na internet preocupa?
Nem todo usuário é dependente
O que as famílias podem fazer?
Para reforçar
Referências e leituras complementares
Sites sugeridos
Sobre os autores
INTRODUÇÃO
Somos todos parte do universo. Seres humanos e não-humanos partilham os movimentos do cosmo e seus desdobramentos. Somos parte de um todo que não compreendemos tão bem!
Algumas vezes, a impossibilidade de bem compreender leva-nos à criação de conceitos ou preceitos não necessariamente embasados em explicações suficientemente estudadas. O ser humano é muito inventivo e costuma se organizar até bem com essa tradição. Temos sobrevivido com isso, como espécie, por muitos séculos! Aparentemente não estamos em extinção.
Podem parecer curiosas as reflexões iniciais deste livro. Corremos o risco de não fazer sentido, mas esse já seria um primeiro registro interessante. Nem tudo em nosso universo faz sentido! Pode haver um sentido para a existência, mas não haver sentido algum poderia ser uma boa hipótese, ou não?
A inconformidade humana com a ausência de sentido da existência pode dar origem a variados níveis de angústia nas pessoas. Podemos ser muito criativos ao tentar aplacar nossas dúvidas e ansiedades. Alguns se esforçam para dar sentido até mesmo à ausência dele, como se fosse uma regra formal do universo, algo que faz sentido por si: o sentido é não ter sentido!
O fato é que ignoramos ou não compreendemos a existência numa dimensão ampla. Podemos nos conformar ou nos inquietar com isso. Podemos buscar respostas e explicações. Tentamos encontrar um sentido ou vários. Criamos alguns. Cremos ou não cremos em nossas explicações, mas, mesmo crendo, aceitamos o fato de que sabemos muito pouco do universo. Muitas perguntas persistem sem respostas para os seres humanos.
Para alguns, a insignificância de nossa própria existência é o que angustia. O cosmo não para porque não o compreendemos. A natureza não espera que estejamos de acordo com seus eventos. A chuva cai; o sol retorna de seu giro, aliás, se desnuda no giro da terra; os cometas nos cercam e nos deixam; a lua se mostra e reflete o sol; algumas estrelas brilham e outras deixam de brilhar; galáxias nascem, outras desaparecem; o vento sopra e assim por diante.
Resta-nos a possibilidade de apreciar tudo isso, o que é muito gratificante! Quantos eventos da natureza não são tidos como exemplos de beleza e bem-estar? Pensando rapidamente, podemos listar imagens de flores, pássaros, pôr do sol, rios, lagos e mares em dias de calor e céu iluminado, noites estreladas e assim por diante. Tanto a angústia primeira quanto ao sentido da vida assim como a experiência do êxtase ao observar fenômenos da natureza são bons exemplos de emoções típicas dos seres humanos e com as quais lidamos no cotidiano.
O uso de substâncias que alteram funções mentais de seres humanos parece ter sido inserido entre as práticas de grupos humanos por essa via, a da relação com nossas angústias e com a necessidade de sensações agradáveis, o prazer.
Há um conjunto de substâncias que a humanidade foi, pouco a pouco, se tornando capaz de separar no meio ambiente, depois cultivar e, por fim, sintetizar em laboratórios, que são ingeridas, mas não são chamadas de alimento. Seu uso não visa à nutrição humana, mas a alterações emocionais ou comportamentais. São substâncias que, se absorvidas, chegam ao sistema nervoso central dos seres humanos e modificam a atividade cerebral. Essas substâncias são extremamente competentes para promover sensações agradáveis, descritas como barato ou alívio de angústias ou outras formas de sofrimento.
Como tudo no universo, o uso de substâncias pode acarretar problemas e pode ser reconhecido como um fenômeno bem complicado. Quando falamos em drogas, logo pensamos em problemas, mas isso acarreta uma outra linha de questionamentos do tipo Isso aqui é droga?
. Por trás dessa pergunta está o fato de que muitas pessoas, muitas vezes, ingerem substâncias