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Momento CoronAlívio
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E-book62 páginas35 minutos

Momento CoronAlívio

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Sobre este e-book

Você se cobra demais? Tem a sensação de que não é bom o suficiente e que comete muitos erros? Sente-se solitário? Com medo? Calma, saiba que você não está sozinho. Sentimentos ruins podem nos acometer a qualquer hora, independente da situação e, certos cenários, como o pandêmico por exemplo, podem potencializá-los. Buscar se entender e aceitar, não apenas como você é, mas também que tudo à sua volta é passível de mudanças e foge da sua alçada controlá-las, é a forma mais eficaz de alcançar a paz e o entendimento do mundo. É normal se sentir perdido em meio a escuridão dos problemas, mas se conseguirmos acender a nossa própria luz, ficará mais claro e fácil enfrentarmos as adversidades. Podemos sim, nos tornarmos pessoas melhores.
IdiomaPortuguês
EditoraViseu
Data de lançamento28 de fev. de 2022
ISBN9786559855346
Momento CoronAlívio

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    Momento CoronAlívio - Stella

    Loucodown ou Lockdoida?

    Acho que eu estou ficando loka com esse lockdown. Ou será que eu já sou e só fui perceber agora? Estou confusa.

    Brincadeirinha, gente. É só o meu lado cômico. Será?

    Bem, voltamos ao que interessa, lockdown, traduzido para o português, significa confinamento. Coisa de louco não é mesmo? Se o oposto disso é sair pra rua, isso significa que é normal, certo? Logo, o que vemos como normal não é necessariamente bom, e o que acabamos por chamar de loucura não é necessariamente ruim, concordam?

    Até porque, seria estranho demais viver essa pandemia sem apresentar nenhum sintoma psicológico mínimo de afetação. Faz parte das estratégias de sobrevivência psicológica forjar algum tipo de loucura, se agarrar às rotas de fuga, e há várias delas, umas são saudáveis, criativas, transformadoras, outras comprometedoras e até destrutivas, mas todas são meios através das quais se buscam saídas da realidade, para se aliviar ou tolerar o cotidiano. A paixão pelo futebol, a exacerbação do sexo, do consumo, da bebida e/ou das drogas, são exemplos clássicos dessas rotas de fuga da nossa sociedade.

    Mas até essas rotas estão sendo desviadas nesse momento, o que torna a loucura ainda mais confundida com normalidade. Pensar ou agir de modo distinto da maioria das pessoas pode ser visto como algo simplesmente diferente, ou como inadequação, ou até mesmo, como loucura.

    A questão é que loucura e normalidade são um par que só fazem sentido quando relacionados – uma pessoa só pode ser tida como louca se outra for considerada normal e vice-versa. Os próprios conceitos de normalidade e loucura partem da capacidade de alguém de se adequar aos hábitos e costumes existentes na sociedade.

    No entanto essas regras sociais possuem um alto teor cultural e uma baixa dose de tolerância ao novo, ao diferente, de modo que o limite entre normalidade e loucura se torne cada vez mais fácil de ser atingido. Não faço aqui uma narrativa com relação a insanidade ou a saúde mental, pois esta permanece sendo um grande tabu em nossa sociedade, e onde há tabu, existe a possibilidade de se desinformar e estigmatizar. É, no mínimo, curioso que diariamente sejamos cobrados para nos mostrar normais, saudáveis e funcionais, ao mesmo tempo em que questões bastante particulares de nosso sofrimento ganham rótulos de transtorno e de doença mental.

    Isso tudo é tão antigo, que na obra O Alienista, de Machado de Assis, publicada em 1882, o comportamento, as atitudes, os interesses, as relações sociais e o egoísmo humano são colocados em pauta. A loucura e a sanidade apresentam uma linha tênue na visão do autor.

    A obra gira em torno da história de Simão Bacamarte, médico respeitado que resolve criar um manicômio na cidade de Itaguaí, o qual recebeu o nome de Casa Verde. Empenhado em seus estudos voltados para a psiquiatria, Simão começa a ter muitos internos que viviam na própria cidade e nos arredores, pois o médico começou a enxergar

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