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O Peso da Magia
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O Peso da Magia
E-book123 páginas1 hora

O Peso da Magia

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Sobre este e-book

Tessa Von Hellengaard é uma verdadeira bruxa. Feitiços à parte, ela é egoísta e sarcástica, e as demais bruxas de seu grupo de feitiços silenciosos estão fartas disso. Seus planos para renová-la envolvem tomar seus poderes, dar-lhe cinquenta quilos extras e enviá-la a um spa de emagrecimento. Para completar, elas chamam Liam Kennedy, um charmoso e sexy fada madrinha, para ensiná-la boas maneiras. Desesperada para recuperar seus poderes e determinada a perder peso, Tessa logo percebe que proteger seu coração de Liam torna-se seu maior desafio.

IdiomaPortuguês
Data de lançamento7 de jul. de 2019
ISBN9781949834376
O Peso da Magia

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    O Peso da Magia - Caroline Mickelson

    Capítulo Um

    – EI, MOÇA, ALGUÉM JÁ disse que você é uma verdadeira bruxa?

    – Mais vezes do que você pode imaginar. – Contessa Von Hellengaard, Tessa para seus poucos amigos e para os vários inimigos, olha para o obstinado operário que bloqueava o caminho para sua lustrosa Mercedes preta.

    Ela se pergunta como este mero mortal gostaria de ser transformado em um gambá fofinho. Seus dedos coçaram de vontade de lançar sua magia, mas ela os manteve bem agarrados ao volante. Ela já tinha problemas o suficiente com o Supremo Conselho de Bruxaria sem lançar, o que eles considerariam, mais um feitiço desnecessário. Se ela perdesse mais tempo, logo estaria atrasada para a reunião no Conselho. Tessa sabia que eles já estavam aborrecidos o suficiente sem ela adicionar mais uma infração em sua preciosa lista.

    Ela se inclinou pela janela e disse:

    – Retire esse seu corpo balofo do meu caminho imediatamente. Preciso usar a rua e não tenho tempo para esses seus rodeios ridículos.

    – Acho que você devia ter que usado sua vassoura então, porque de jeito nenhum vou deixar seu carro passar por aqui. – Disse ele cruzando seus braços roliços em frente ao peito.

    Ele parecia demasiadamente divertido com seu humor juvenil para o gosto de Tessa. Vassoura de fato. Ela acelerou o motor para que ele soubesse que ela não estava para brincadeiras.

    Ele não podia dizer que não havia sido avisado.

    Ela arregaçou suas mangas de renda negra e apontou para o bloqueio laranja e branco.  – Último aviso. Tire essa coisa e saia do meu caminho.

    Ele riu dela. Riu. Dela.

    Ela estreitou seus olhos. Esse projeto de funcionário do governo não iria fazê-la se atrasar para a reunião. Removê-lo de seu caminho, ela decidiu, era de fato um ato de extrema necessidade. Ela poderia fazer os membros do Conselho entender. Mas só se ela chegasse a tempo.

    Com a ponta de sua lustrosa unha vermelha, ela traçou um circulo em sua palma, silenciosamente recitando o feitiço que daria a ela o que queria. Um pequeno sorriso de satisfação se fez presente em seus lábios assim que o homem a sua frente começou a levitar. Ela apontou seu dedo indicador para os lados para ajudar a direcionar sua ascensão.

    Sua expressão chocada e sua raivosa enxurrada de palavrões não a incomodaram nem um pouco. Ele continuou a se agitar e a chutar mesmo depois de ter sido pendurado pela parte de trás de seu macacão, no mais alto guindaste. Estando a mais de doze metros de distância do chão, ela mal podia distinguir seus palavrões.

    Tessa correu o dedo por sua palma em um último e rápido movimento e esperou enquanto o bloqueio saía voando para o lado da rua e batia em uma pilha de rochas.

    Ela acenou para os trabalhadores da construção enquanto deslizava sua Mercedes pela via. Aquele tolo seria esperto se parasse de se debater ou então sofreria uma dolorosa queda.

    Mortal estúpido. Ele não tinha motivos para entrar em pânico. Alguém o ajudaria a descer. Em algum momento.

    COM QUINZE PECAMINOSOS minutos atrasada, Tessa manobrou a Mercedes pelo caminho circular que tinha apenas uma quantidade mínima de cascalho para anunciar sua chegada.

    Ela pegou sua bolsa de couro preta e olhou o ocupante do banco do passageiro.

    - Não, você não pode vir. Estou cansada de ter você me seguindo por onde quer que eu vá. - Ela fechou a porta, deixando-a entreaberta e então exitou antes de abrí-la por completo.

    - Ah, venha logo então. Mas é melhor que você se comporte ou você vai acabar ficando tão chato quanto um cão.

    Ela bateu a porta do carro assim que Jinx, seu sedoso gato preto, pulou para fora e fez seu caminho até a porta da casa de Tudor, onde o Conselho se reunia. O gato era o menor de seus problemas esta manhã.

    Tessa atravessou o corredor. O interior era escuro e superdecorado, homenageando o estilo vitoriano que sua tia Trudy tanto amava. A maior parte da infância de Tessa se passou nessa mesma casa e ela sabia disso, e falhou em apreciar esse fato, do mesmo jeito que fez consigo mesma.

    Ela parou em frente às portas de carvalho pesadamente esculpidas e respirou fundo. Ela queria que isso desse certo. Ela precisava que isso desse certo. O Conselho precisava aprovar sua candidatura para o Supremo Conselho de Bruxaria como estudante/perito em feitiços silenciosos. Sua vida estava parada, chata e tão previsível que até seus bocejos eram planejados. Mas, ah... A Europa esperava por ela. Se ela pudesse apenas chegar até lá, ela poderia se associar com o tipo de feiticeiras e feiticeiros urbanos e sofisticados que ela sabia que eram do gosto dela. Ela rapidamente daria adeus às bruxas horrendas, as quais ela havia crescido em volta.

    Com uma última ajeitada em seus cabelos castanhos avermelhados por cima do ombro, Tessa abriu as portas e adentrou na sala de reuniões do Supremo Conselho de Bruxaria.

    O barulho das conversas casuais parou imediatamente e os anciãos reunidos se viraram para ela com expectativa. Para sua imensa surpresa, ela percebeu que estava um pouquinho nervosa, mas apenas pelo fato das apostas serem tão altas dessa vez. Não havia mais nada a se fazer além de aproveitar o momento e assumir o controle de seu próprio destino.

    A porta, Tesssa - Relembrou sua tia Trudy.

    Bem, olá para você também, sua bruxa velha - Tessa se esforçou para não dizer. Ela fechou a porta com seu pé.

    No mesmo momento em que abriu a boca para falar, um terrível guincho preencheu o ar.

    Tessa congelou.

    O gato, Tessa. De alguma forma, por cima do tumulto, ela pode reconhecer a voz de sua tia.

    Jinx. Droga.

    Quando ela se virou viu que era tarde demais para resgatar seu companheiro felino. Jinx jazia confortavelmente nos braços de Amelia Fairweather.

    Pobre gatinho querido, Amelia murmurou, aconchegando o gato ainda mais em seu amplo peito. - Pobre anjinho abandonado.

    Tessa assistiu à demonstração de amor, incapaz de pronunciar uma palavra sequer em sua defesa. Ela certamente não havia planejado que suas primeiras palavras fossem para ser em legítima defesa.

    E Jinx aparentava estar gostando da atenção até demais. Seus olhos verdes cruzaram com os dela e eles continham um ar bem satisfeito.

    Ela limpou a garganta. Talvez vocês possam tomar seus lugares para que possamos começar. Ela ignorou os olhares lançados a ela, pelas bruxas reunidas, grata por elas estarem lhe lançando olhares condenadores e não feitiços.

    Tessa fechou as mãos em punhos. Suas mãos geralmente eram a primeira coisa que a metiam em confusão. Sempre foram. Essa era sua maldição. Assim como as outras bruxas no cômodo, seus dedos faziam a vez das palavras no momento de lançar feitiços.

    Ela fechou seus olhos por um longo momento e respirou fundo. Uma breve brisa de outono flutuou através das janelas revestidas com painéis de diamantes. Pelo menos o todo severo Conselho permitia a entrada de ar fresco no cômodo. Um milagre, considerando sua aversão a novas ideias.

    Jinx, o pequeno sem-vergonha, miou. Um convencido.

    Tessa colocou sua bolsa sobre a mesa e limpou a garganta. Vamos colocar ordem nesta reunião. Eu estou pronta para começar.

    Uma das mais velhas anciãs disse para todo o grupo. Vocês vêem, este é exatamente o problema. Com ela é sempre Eu, Eu, Eu. Ela balançou a cabeça, a desaprovação estava evidente em seu rosto enrugado. Isso prova que tomamos a decisão certa.

    Decisão?

    - Mas vocês nem ao menos leram minha candidatura. - Tessa protestou. Ela olhou ansiosamente ao redor da mesa. - Não é justo tomarem uma decisão sobre o assunto sem antes ouvir o que tenho a dizer.

    - Você tem certeza de que quer discutir conosco sobre o que é justo? - isso veio da sempre reservada Clarissa Goodbody. - E quanto àquele pobre trabalhador da construção civil que você deixou pendurado em um guindaste?

    Então elas sabiam. Tessa trincou sua mandíbula. É claro que sabiam. Ela não tinha segredos na pequena e intrínseca comunidade. Mas se ela pudesse apenas ultrapassar o Atlântico, ela poderia ter espaço para respirar.

    - Nós estamos fugindo do ponto - Disse ela, contornando elegantemente a pergunta de Clarissa. - Eu gostaria de começar por...

    - Nós não estamos fugindo do ponto, querida. - Sua tia Trudy interrompeu. - De fato nós estamos nos focando no assunto em questão. Sente-se, por favor. - Ela indicou a única cadeira vazia à mesa.

    Tessa não queria se sentar. Ela queria falar. E também não queria falar sobre sua vasta lista de crimes identificados.

    Mas ela fez o que foi convidada a fazer. Parecia que não já não estava com problemas o suficiente.

    Algo não estava certo. Ela comparecia a essas reuniões já havia quatro anos. Elas eram sempre tediosas. Agonizantemente tediosas. No entendo, a atmosfera do cômodo estava diferente desta vez. Estava infestada com uma energia que a enervava. Algo estava prestes a mudar. Seus instintos também lhe disseram que ela não iria gostar nada disso.

    - Tia Trudy, vim aqui

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