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Jennyfer, uma mulher livre
Jennyfer, uma mulher livre
Jennyfer, uma mulher livre
E-book87 páginas1 hora

Jennyfer, uma mulher livre

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Sobre este e-book

"Jennyfer não conseguia dormir tão facilmente quanto Adam. Escutava sua respiração e, sob a luz do luar, observava seu rosto. Quando estava dormindo, ele perdia aquela máscara dura que usava sobre o seu sorriso amoroso dos primeiros anos, e assim ela reencontrava o homem que amava. Assim, no silêncio da noite, sempre o achava bonito e sedutor. Engoliu as lágrimas e se moveu para a beirada da cama, enfiando o rosto no travesseiro para se sentir menos solitária."

Conheça a história de Jennyfer, uma mulher livre: uma mulher que aprende a voar.

IdiomaPortuguês
EditoraBadPress
Data de lançamento15 de set. de 2019
ISBN9781071501634
Jennyfer, uma mulher livre
Autor

Eva Ly

Eva Ly est un dévoreuse de livres ( surtout les histoires d'amour). C'est en 2017 qu'elle commence à écrire ses propres histoires. Prenant à son tour la plume pour faire vivre les rêves, les émotions et aventures de ses personnages. Dotée d'une imagination sans limites, ses cahiers d'écritures l'accompagnent partout où elle va et l'esprit toujours dans les nuages.

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    Jennyfer, uma mulher livre - Eva Ly

    Jennyfer, uma mulher livre

    Capítulo 1

    Final de agosto, Nova Inglaterra, Maine

    ––––––––

    Jennyfer estava sentada em seu jardim, cercada por hortênsias, lilases e anêmonas. O sol estava escondido atrás das nuvens, apesar do calor que fazia. Seus cabelos ruivos estavam grudando em seu pescoço.

    Com o olhar vazio, não se movia há vários minutos, com a caneta vermelha no ar, paralisada.

    Pensava em sua vida e no seu relacionamento com o marido. Adam era corretor imobiliário. Corria atrás de vendas dia após dia, se preparando todas as manhãs como se fosse para um encontro, mas seus sorrisos sedutores somente se destinavam a seu reflexo no espelho ou a seus clientes - embora uma voz  maliciosa soprasse nos ouvidos de Jennyfer que várias mulheres deviam esperar por ele em seus inúmeros compromissos. Ele sempre voltava tão tarde do trabalho...

    O casamento deles estava indo pelos ares: estavam juntos há sete anos e, mesmo ainda o achando tão bonito com era quando se conheceram, algo havia se quebrado no charme que este lindo moreno tinha e que tanto lhe encantou, uma espécie de véu gelado em seu olhar irritado e seu sorriso tenso quando olhava para ela. Ele era mais velho que Jennyfer, mas era bonito, e seu carisma era irresistível, pois sabia manter uma conversa: sua inteligência o tornara um dos corretores imobiliários mais conhecidos da costa.  Mas era também um parceiro duro e implacável no dia a dia, suas palavras a feriam quando lançadas sobre ela.

    - Olá, tudo bem? - Jennyfer perguntou quando finalmente ele chegou, trazendo-a de volta de seus pensamentos sombrios. - Tudo certo no trabalho?

    Apesar de seus pensamentos, e embora ele estivesse sempre distante, sempre se dirigia a ele com ternura: era apaixonada por ele, apesar de sua frieza.

    - Tudo, e você? - ele respondeu secamente.

    - Tudo bem. -  ela respondeu depois de uma pausa. 

    Ela suspirou. Adam evitava suas perguntas. Ele a escutava com um ar distraído enquanto balançava a cabeça devagar. E suas conversas diárias tinham se tomado tão automáticas que lhe faziam mal.

    Por sua vez, Adam não conseguia mais olhar para sua esposa como no começo do casamento, e mesmo sua presença o irritava.

    Na mesa, comiam em silêncio - e era um silêncio pesado: ele estava sufocado nesse relacionamento.

    No entanto, no início de sua união, eram loucamente apaixonados, felizes. Amava sua esposa. Eram muito unidos. O charme de Jennyfer o tinha conquistado. Ela o fascinava. Ela o deslumbrava. Adorava o seu corpo, se aconchegar contra seus seios redondos e carnudos, contra sua pele branca feito leite. Era uma ruiva bonita, com longos cabelos encaracolados que desciam até os ombros e belos olhos verde-esmeralda, e adorava seu corpo, tanto quanto sua personalidade o encantava.

    Mas a obstinação de Jennyfer em querer um filho tinha se tornado a razão de seu relacionamento. Depois de meses tentando engravidar de forma natural, o que era um divertimento maravilhoso tinha se tornado uma tarefa sórdida e deprimente, o prazer da carne desaparecendo sob a sensação de fracasso. Acabaram consultando um especialista em fertilidade e realizaram inseminações artificiais, fertilizações in vitro, mas sem sucesso.

    Adam aceitou a situação, resignando-se ao fato de que o sexo tinha sido colocado de lado enquanto não fosse superado esse obstáculo à felicidade de sua esposa: ele não a culpava, mas não entendia sua fixação. E a esposa linda, amorosa e talentosa havia se transformado em uma mulher melancólica. Jennyfer o recusava durante esse período; pior, ela o ignorava. Ele se sentiu rejeitado, e algo se quebrou entre eles no momento em que percebeu que ela não conseguia mais se sentir completa com ele. Não mais reconhecia sua esposa: ela não trabalhava mais e vagava pela casa como um fantasma. Ele estava desamparado. Ela estava em depressão. Tentou sem sucesso fazer com que ela voltasse a pintar - era uma artista nata, que o havia impressionado com suas pinturas. Ela tinha um dom: ele tinha certeza de que ela poderia fazer carreira, se tornar uma artista reconhecida. Mas ela tinha perdido a alegria, o desejo de realizar projetos. Tudo parecia tão escuro e deprimente para ela.

    Tudo o que ele lhe oferecia, Jennyfer recusava. Mesmo quando colocava suas mãos nos ombros dela com ternura, ela o repelia veementemente.

    Ela tinha se fechado. Aos poucos, desistiu de tentar. Cansou e parou de lutar contra a depressão de sua esposa.

    Quando Jennyfer finalmente voltou a ter gosto pela vida, ficou aliviado, é claro, mas agora queria fugir deste relacionamento sufocante. Também havia sofrido e não conseguia mais se reencontrar, não conseguiu mais achar o amor que eles tinham um pelo outro. Jennyfer, por sua vez, soterrada pela sua angústia, nunca havia notado a dor do marido e que o mundo inteiro desmoronava ao redor deles. Um abismo os separava. Nunca perguntou a Adam o que ele sentia.

    Ele tinha uma colega em seu trabalho, corretora como ele, chamada Anna, que entendia o jogo envolvido no negócio e as qualidades que ele demonstrava. Ela era ambiciosa, jovem, bonita, apaixonada. E, acima

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