Convencendo Jenna: Abrigo #2

De Aspen Drake

Livro 2 na série Protegendo, mas pode ser lido fora de sequência. 

Ela sabe melhor do que confiar nele. 
Só porque ele tem um rosto bonito e a salvou no passado, isso não significa que ele é o homem para ela. 
Na verdade, todo instinto em seu intestino está dizendo a ela para fugir e se proteger de mágoa. 
Mas então ele sussurra em seu ouvido ou curva um dedo em sua direção e ela esquece porque ela ergueu uma parede entre eles. 
Ele pode ser perfeito para ela no papel, mas se Alex quer convencer Jenna de que ele nunca vai machucá-la, ele tem uma coisa convincente para fazer.

• Idioma: Português
• Editora: Surrendered Press
• Data de lançamento: 18 de set. de 2019
• ISBN: 9781071508794

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Prólogo

Jenna

Dois homens estão andando na sala à nossa frente, conversando em voz baixa e carregando armas automáticas. A mulher soluçando ao lado de Emma não cala a boca e está estressando todo mundo. Emma está confusa quando ela acorda completamente. Há quanto tempo estamos aqui?

Eu apenas acordei, então eu apenas dou de ombros antes de sussurrar o mais discretamente possível. Talvez algumas horas.

Um cara diz algo sobre nos levar para um barco e meu coração começa a correr. Eles não podem estar planejando nos levar para a água. Se deixarmos a terra, nunca seremos encontradas.

Jerry e Al estarão de volta com as duas últimas garotas a qualquer minuto. Assim que eles estacionarem, podemos colocar todo mundo no barco, para não perdermos o pagamento.

Se você diz. O cara tem um rifle por cima do ombro, e ele checa o relógio, obviamente preocupado com o tempo.

Pare de ser tão paranoico. Já fizemos isso antes e faremos de novo. Como tirar dinheiro de um bebê. O outro homem tem uma tinta escura cobrindo o pescoço e um símbolo de gangue de motoqueiro na parte de trás do colete de couro.

Emma se inclina mais perto de mim. Você está bem?

Eu engulo em seco e aceno com a cabeça. Um barco? Para onde eles estão nos levando?

Emma olha casualmente ao redor da sala como se estivesse procurando por alguém. Vai ficar tudo bem. Nós vamos ficar bem.

Estou tentando ser forte para ela tanto quanto para mim mesma, mas acho que não vamos sair daqui vivas. Meu bebê será órfão, criado por estranhos. Deus, eu espero que eles cuidem dele e o amem do jeito que eu faço.

Uma lágrima escorre pela minha bochecha. Emma tenta implorar a eles, mas eu afasto a conversa deles, desesperadamente desejando que eu tivesse apenas mais um dia com Ollie para dizer a ele o quanto eu o amo e como estou orgulhosa de quem ele está se tornando.

Eu te disse para calar a boca! O cara com as tatuagens caminha até Emma, em seguida, se vira e dá um soco na mulher chorando ao lado dela. O som de ossos quebrando envia um arrepio na minha espinha e eu sugo minhas próprias lágrimas, esperando que eu não seja a próxima.

E você deveria mantê-la quieta. Minha respiração engata e eu seguro um suspiro quando ele se vira para Emma e dá um tapinha no rosto dela.

Seu filho da puta, diz Emma. Você tem que bater em mulheres para se sentir como um homem?

Deus, Em. Não torne isso pior.

Não... mas eu vou te mostrar o que eu faço para me sentir como um homem, sua vadiazinha. Ele puxa a alça de seu cinto antes de soltar o botão de suas calças.

Eu fecho meus olhos, incapaz de testemunhar qualquer dano vindo para minha melhor amiga, quando um exército desce sobre nós. O vidro estilhaça ao nosso redor e homens armados aparecem de todas as direções. Eu me aproximo tanto quanto sou permitida estando amarrada e espero que, se eu levar um tiro, eu morra rapidamente.

Sem perceber, estou recitando o alfabeto em minha cabeça, tentando abafar os gritos. Segundos parecem horas enquanto rezo por um final rápido para o que está acontecendo. Eu só abro os olhos quando sinto dois braços fortes perto de mim e me levantam do chão.

Um homem todo vestido de preto me encara contra o peito enquanto corre pelo armazém, desviando das balas até que estamos escorregando na traseira de um veículo blindado.

Emma? Eu empurro contra esse peito, tentando sair do seu aperto. Minha amiga ainda está lá...

Ela está bem. O homem me coloca no banco dentro da caminhonete, em seguida, senta ao meu lado, sussurrando algo em seu ombro antes dele se virar para mim. Nós tiramos todo mundo. Você está segura agora.

Demora alguns segundos para as palavras dele afundarem, mas quando o fazem, uma inundação de emoção flui sobre mim e eu começo a chorar.

O corpo duro do homem pressiona contra o meu lado e ele envolve seus braços em volta de mim novamente. Tudo bem, senhora. Você estará em casa em breve.

Casa? Meu filho. Que horas são? Eu olho em volta por um relógio. Eu estou pronta para buscá-lo na escola.

Ele olha para o relógio. É só depois das duas. Podemos mandar alguém para buscá-lo, se você quiser.

Uma onda de ar deixa meus pulmões e eu caio para frente, descansando meu rosto em minhas mãos. Sim, por favor.

Jenna

Ollie! Eu enfio sua manteiga de amendoim e geleia em um saco de sanduíche e coloco em sua lancheira isotérmica. Precisamos sair agora.

Não consigo encontrar meu sapato. Meu filho está usando apenas um sapato e está descabelado.

Mas não tenho tempo para esperar por ele. Seus tênis estão na porta da frente. Use eles em vez disso.

Ele cai de barriga e olha debaixo do sofá. Encontrei.

Bom. Eu pego uma banana e abro a porta da frente. Vamos lá. Se você estiver atrasado mais uma vez, a Sra. Kuntz disse que você terá que ajudar a limpar a sala de aula durante o almoço.

Ollie empurra o sapato sob a axila e passa correndo por mim. Apresse-se, mãe. Eu não posso me atrasar.

Com um revirar de olhos insatisfatório, eu o afasto do prédio. Sua escola está perto o suficiente para andar, mas quando estamos atrasados, temos que dirigir. Eu prefiro não dirigir porque então não posso acompanhá-lo até a porta. A patrulha de desembarque é como guardas prisionais quando se trata de garantir que ninguém pare por mais de três segundos antes de prosseguir. Quando finalmente chego à parte do meio-fio designada como o único ponto de entrega aceitável em todo o campus, Ollie arremessa a porta e pula para fora antes mesmo de eu conseguir uma batida de mão. Uh, tenha um bom dia...

Ele acena por cima do ombro, mas não olha para trás antes de desaparecer nas hordas de crianças correndo para chegar às aulas antes de tocar a campainha. Um breve lampejo de pânico passa por mim quando o perco de vista, mas sei que é só por causa da paranoia que tive desde o sequestro.