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Sangue: Dark Riders MC 3
Sangue: Dark Riders MC 3
Sangue: Dark Riders MC 3
E-book165 páginas5 horas

Sangue: Dark Riders MC 3

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Sobre este e-book

Sangue é a terceira, e final, entrada na série Dark Riders Motorcycle Club, segunid-se a história de Lily e Asher. A série contém temas sexuais e não é recomendada para leitores menores de 18 anos.

IdiomaPortuguês
Data de lançamento10 de mai. de 2017
ISBN9781547500420
Sangue: Dark Riders MC 3

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    Sangue - Elsa Day

    Protetor: Filhos da Rebelião, Livro 3

    UM

    MERDA.

    EU AGARREI A MINHA cabeça. Estava latejando. O sangue seco incrustou e caiu quando toquei minha testa. Quanto tempo havia passado? Toquei o talho novamente, e a fisgada da dor me chocou. Merda. Não se passou tempo bastante.

    Eu saltei. Aquela putinha provavelmente está aqui ainda. Olhei ao redor, pronto para socar seu nariz no momento que o visse, mas não havia ninguém. A sala estava silenciosa. Silenciosa demais. Por quanto tempo eu havia sido nocauteado? Estava tudo acabado?

    – – – Eu, eu chamei. – Tem alguém aí?

    Nossa porta ainda estava quebrada, arrancada de seus gonzos. Era como se um tornado tivesse passado pela sala. Ou pelo menos um punkzinho.

    Minha cabeça girava, como se estivesse bêbado. Nada estava rolando, mas ainda era difícil somar dois mais dois. Olhei para fora da porta. Porque as motos de todos ainda estavam aqui? Não conseguia ver ninguém. Eles não tinham ido embora? Correram?

    Andei em direção à porta e meu pé acertou alguma coisa. Olhei para baixo.

    Jase.

    Caí de joelhos. Seus olhos ainda estavam abertos, me olhando vagamente. Jase parecia chocado, como se não pudesse acreditar, com suas sobrancelhas arqueadas e sua boca aberta. A bile subiu à minha boca e me esforcei para mantê-la abaixo. Não era hora de ficar enjoado. Talvez se eu me movesse mais rápido. Talvez...

    Havia um buraco enorme em seu peito. Não estava mais sangrando. O sangue seco estava marrom, nem mesmo vermelho. Coloquei minhas mãos em cima e comecei a fazer reanimação cardiorrespiratória. Joguei todo meu peso, indo ao encontro do corpo de Jase, fazendo-o se mover sob minha pressão.

    Não era ele a razão pela qual eu ao menos sabia como fazer aquilo? Uma enfermeira gostosa estava dando aulas grátis, e você sabe que ele não consegue dizer não.

    Eu ri.

    Vamos, Jase, tá na hora de a gente renovar nossos certificados, certo? Talvez a enfermeira gostosa ainda esteja lá...

    Nada aconteceu. Eu sabia que não aconteceria, mas...

    Inclinei para cima a cabeça de Jase.

    Perdoe-me, irmão, eu disse, e apliquei respiração boca a boca.

    O peito de Jase se ergueu, enchendo-se com ar. Mas nada. Depois de algumas bombeadas, desabei em cima dele. Afundei meu peito em seu peito.

    Você não pode fazer isso! eu gritei.

    Agarrei seus ombros e sacudi seu corpo.

    Você não pode fazer isso comigo! Somos irmãos. Irmãos para... Eu soltei, deixando minha cabeça cair. "Irmãos para sempre."

    Não sei por quanto tempo fiquei lá assim. O tempo não parecia mais significar muita coisa. Finalmente, fechei os olhos e a boca de Jase, arrumando-o em uma posição menos surpresa. Tirei sua jaqueta e cobri seu rosto com ela.

    Uma vez Filho da Rebelião, sempre Filho da Rebelião. Slayer e eu vamos pegar aquele babaca por você, Jase!

    Slayer!

    No choque de tudo, me esqueci completamente dele. Onde ele estava?

    Não precisei olhar longe. A alguns metros de distância do Jase estava o corpo arrasado do Secretário. Eu não precisava ser médico para saber que não tinha como salvá-lo. (Como se eu quisesse isso. Foda-se ele. Se dependesse de mim, ele poderia sufocar no próprio sangue.)

    E então, um pouco mais adiante, lá estava ele. O cabo da faca estava enfiado para fora de seu estômago. Era como se fosse algo de um filme de terror.

    Não. O Slayer também, não.

    Corri em direção a ele. A princípio, eu queria arrancar a lâmina dele, mas hesite. Não havia algum programa de TV sobre isso? Deixei onde estava. O corpo de Slayer estava frio. Meu peito se apertou.

    Não. Ele também não. Porque só eu sobrei?

    Tentei procurar por pulso, mas meus dedos grossos não conseguiam. Diabos, eu não conseguia encontrar nem meu próprio pulso naquela hora. Só havia mais uma coisa. Eu me curvei e coloquei minha orelha em sua boca. Eu não conseguia ver nada, mas talvez, só talvez...

    No início, achei que estava imaginando coisas. Estava esperançoso demais. Talvez fosse apenas o farfalhar de minhas roupas enquanto me mexia. Mas não, não era isso.

    Era precário. Silencioso. Mal dava para ouvir. Mas estava lá. A respiração de Slayer. Ele estava vivo.

    Lágrimas brotaram de meus olhos, mas as pisquei de volta. Caí bruscamente e comecei a rir. Claro que ele estava! Aquele filho da mãe. Não tinha como ele ir antes de mim. Parece que eu conseguiria puxar seu traseiro perdido de amor mais um pouco.

    Eu inalei e me sentei novamente.

    Slayer estava vivo, mas por pouco. E agora, o que eu iria fazer? Não podia chamar uma ambulância, mas podia pedir ajuda. Estiquei-me para pegar meu celular no bolso de trás, mas tudo que peguei foi uma coleção estilhaçada de peças elétricas e vidro. Merda! Pela primeira vez, desejei ter ficado com um desses telefones fofinhos antiquados. Esses telefones podem ir direto pro inferno e ainda funcionarem como se fossem novinhos em folha.

    Alcancei o bolso de Slayer, e parecia que seu telefone estava inteiro. Mas só havia um problema. Não tinha carga. Não tive tempo para esperá-lo carregar. Poderia ser muito tarde até lá.

    Pedir por ajuda estava fora de cogitação. Isso só me deixava uma opção. Eu iria até eles.

    Agarrei o Slayer e o joguei sobre meu ombro, com cuidado para não empurrar a faca ainda mais fundo em seu estômago. Quanto o carregava em direção à porta, vi o corpo de Jase.

    A minha garganta ficou grossa, dolorida. Virei meus olhos e peguei uma longa respiração.

    Você entende, não entende? Eu disse para o ar vazio. Sentia-me louco. Eu sabia que ele não podia me ouvir, mas eu tinha de dizer.

    Não posso levar vocês dois, e pode ser que Slayer sobreviva, eu disse. – Você não dizia que seu hábito de caçar confusão um dia traria consequências pra você?

    Eu engasguei em uma risada tensa. Não havia mais ninguém para rir comigo. O som morreu na sala vazia.

    – – Então, bem– Eu não conseguia juntar forças para dizer. Não olhei para trás, e só acenei com minha cabeça em direção à rua. – Te vejo por aí, Jase.

    DOIS

    EU TINHA QUE vê-lo. Havia esperado pacientemente o dia todo, mas nem uma palavra. Nenhuma ligação. Nenhuma mensagem de texto. Olhei para fora da janela, esperando olhar de relance a moto de Hunter rugindo pela rua, mas nada.

    A princípio tentei ficar de boa. Fui fazer compras com Jona, e enchemos sacolas de compras até nossos braços não aguentarem mais carregá-las. Compramos vestidos sensuais, vestidos bonitinhos, saltos, maquiagem. Mesmo assim, isso não me detinha de conferir meu celular a cada minuto só para ver uma tela branca. Sem notificações.

    Jona me empurrou em direção a uma loja de esmaltes do tipo que faz desenhos estranhos em sua manicure, como um personagem de desenho animado ou um arco-íris. Nunca tivemos uma loja como essa na cidade antes, ou pelo menos acho que não. (Como se eu soubesse, qualquer tipo de manicure que já lascou minhas unhas em algumas horas. Acho que sou mais dura com elas do que essas meninas da cidade grande.)

    Jona me arrastou pra dentro da loja. As manicures sorriram para nos saudar. Elas massagearam nossas mãos, as embrulharam em toalhas quentes, e pintaram camada após camada de esmalte para unhas nelas. Foi bom ser paparicada, mas mesmo assim não conseguia me manter focada. Elas conversaram com a gente, contando suas vidas inteiras para nós, mas deixei Jona fazer a maior parte da conversa.

    Mesmo quando tudo havia acabado, quando Jona mostrou sua manicure pontuda dourada e negra com pedras preciosas presas na ponta, eu tive de forçar um sorriso. Dei uma olhada para minhas mãos. Mais simples. Rosa claro com pontas em dourado. Como uma manicure francesa atualizada. Estava lindo. Eu não devia estar feliz?

    Não. Como eu poderia estar? Passou-se um dia inteiro sem contato. Como se o Hunter simplesmente tivesse desaparecido.

    Vamos voltar, eu disse.

    O quê? Jona disse. Ela circulou ao redor, interrompendo sua marcha em direção à próxima loja de sapatos. – Mas a gente nem –

    Assim que ela viu meu rosto, ela parou. Nem discutiu.

    Tá bem, ela disse, – Vamos.

    Entramos no carro, guardando as sacolas atrás até elas quase atingirem o teto. Conforme acelerávamos pela rua, parecia tão estranho viajar dessa forma. Em um carro, você só vê o mundo passar por você. O ar é perfeitamente calibrado para sua temperatura favorita. Os únicos sons que você ouve são os que vêm do rádio. É como andar em uma caixa, deixando o mundo lá fora zarpar.

    Mas as coisas não eram assim com Hunter. Eu sentia o vento soprar contra minha pele. De manhã, eu ouvia os pássaros e à noite eu ouvia os sons de grilos trinando. O chão ressoava por baixo de mim enquanto eu o segurava pelas costas. Eu não estava apenas observando o mundo. Eu o estava sentindo.

    Era apenas a moto? Não. Eu cresci rodeada de motociclistas, mas nenhum deles havia me feito sentir do jeito que eu me sentia com meus braços ao redor da cintura de Hunter.

    Nadia!

    Virei minha cabeça. Jona me olhava como se eu fosse louca.

    Estou te chamando faz cinco minutos, ela disse e abriu a porta do carro. – Você está em casa, então saia!

    Carregamos as sacolas subindo as escadas. Eram tantas que parecia o Natal, com embalagens lindas todas espalhadas pelo chão. Normalmente, eu as teria rasgado para abrir tudo, mas dessa vez não tive energia para isso.

    Joguei-me na cama e me afundei no colchão macio.

    Ei, o que é que tá pegando? Jona perguntou. – Normalmente você está pulando pelas paredes como uma criança com algodão doce depois de voltarmos das compras.

    Eu suspirei. – Eu não sei...

    Jona me pegou pelos ombros. – "Eu sei o que vai te animar!"

    Ela começou a cortar as sacolas, tirando maquiagem, vestidos, e sapatos. Na velocidade em que se movia, eu mal podia

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