Sangue: Dark Riders MC 3
De Elsa Day
()
Sobre este e-book
Sangue é a terceira, e final, entrada na série Dark Riders Motorcycle Club, segunid-se a história de Lily e Asher. A série contém temas sexuais e não é recomendada para leitores menores de 18 anos.
Leia mais títulos de Elsa Day
Mestres do Santuário, Livro Um: Controle Nota: 5 de 5 estrelas5/5Caçador (Filhos da Rebelião #2) Nota: 0 de 5 estrelas0 notasWild - Motoqueiro Selvagem (Dark Riders Moto Club #1) Nota: 1 de 5 estrelas1/5Assassino - Filhos da Rebelião - Livro 1 Nota: 0 de 5 estrelas0 notasProtetor - Filhos da Rebelião Nota: 0 de 5 estrelas0 notas
Relacionado a Sangue
Ebooks relacionados
O Amor Te Estende A Mão Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAcerto Triplo Nota: 0 de 5 estrelas0 notasVida instantânea Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMais Forte Que Seu Destino: Ama-me Agora e Sempre Nota: 2 de 5 estrelas2/5Destinos divididos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Dona Do Meu Rosto Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMalakay Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Dossiê Hildebrandt: Série Homem em Fuga Nota: 0 de 5 estrelas0 notasNavio infernal Nota: 0 de 5 estrelas0 notasOnde a lua não está Nota: 0 de 5 estrelas0 notasVale das sombras Nota: 0 de 5 estrelas0 notasP... Sorte: Série Amore Mio Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAmar é Morrer: O Pós-morte 1 Nota: 0 de 5 estrelas0 notasEra Uma Vez... Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA noite carmim Nota: 0 de 5 estrelas0 notasFim de Semana Fora: Uma história Quase Erótica e Quase de Amor Nota: 0 de 5 estrelas0 notasOphelia à Deriva Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO corpo dela e outras farras Nota: 4 de 5 estrelas4/5Chá de Jasmim: Contos de um Sodalício Nota: 0 de 5 estrelas0 notasIntervenção do Destino Nota: 5 de 5 estrelas5/5Um cara qualquer Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Menina Que Foi Enterrada Com Seu Vestido De Baile Nota: 0 de 5 estrelas0 notasHeaven And Hell Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPromus e Dominus: Aurora Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMarcada: Nota: 0 de 5 estrelas0 notas505: um amor que vibra Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAlec Nota: 5 de 5 estrelas5/5Uma bala com o meu nome Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAté Nós Nota: 4 de 5 estrelas4/5Quando a última folha cair: Contos e Microcontos I Nota: 0 de 5 estrelas0 notas
Ficção de Ação e Aventura para você
Os Melhores Contos de Jack London Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMúltiplo 35 Nota: 3 de 5 estrelas3/5O Bárbaro da Ciméria Nota: 0 de 5 estrelas0 notasTess: O Juízo Final Nota: 0 de 5 estrelas0 notas"perdi Até A Fome De Tanto Sonhar Que Te Comia" Nota: 0 de 5 estrelas0 notasSistema Dharma: Livro Básico (versão Desatualizada) Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Estrela do Sul Nota: 5 de 5 estrelas5/5Contos Eróticos Picantes Nota: 3 de 5 estrelas3/5As Deusas Do Sexo E Da Guerra Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO enigma da Bíblia de Gutemberg Nota: 4 de 5 estrelas4/5O Guarda-Costas E O Herdeiro Nota: 4 de 5 estrelas4/5Conexão Urano 2 Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAlice no País do Espelho: Por Monteiro Lobato Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA ilha misteriosa Nota: 0 de 5 estrelas0 notasViagem ao Centro da Terra Nota: 5 de 5 estrelas5/5O Conde de Monte Cristo: Edição Completa Nota: 5 de 5 estrelas5/5Alice no País das Maravilhas: Por Monteiro Lobato Nota: 0 de 5 estrelas0 notasWolverine - Arma X Nota: 0 de 5 estrelas0 notasLoko Sempai: Volume 01 Nota: 0 de 5 estrelas0 notasSete enigmas e um tesouro Nota: 5 de 5 estrelas5/5THANOS: Sentença de morte Nota: 5 de 5 estrelas5/5Truque de mágica Nota: 4 de 5 estrelas4/5Alice Quer Saber O Que É O Amor? Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAnjos & Soldados: A Batalha no Reino Espiritual está só començando Nota: 5 de 5 estrelas5/5A volta ao mundo em 80 dias Nota: 0 de 5 estrelas0 notasGuerra Civil Nota: 5 de 5 estrelas5/5Dom Quixote Nota: 0 de 5 estrelas0 notasCoringa - O Palhaço Do Crime Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO vento nos salgueiros Nota: 0 de 5 estrelas0 notas
Categorias relacionadas
Avaliações de Sangue
0 avaliação0 avaliação
Pré-visualização do livro
Sangue - Elsa Day
Protetor: Filhos da Rebelião, Livro 3
UM
MERDA.
EU AGARREI A MINHA cabeça. Estava latejando. O sangue seco incrustou e caiu quando toquei minha testa. Quanto tempo havia passado? Toquei o talho novamente, e a fisgada da dor me chocou. Merda. Não se passou tempo bastante.
Eu saltei. Aquela putinha provavelmente está aqui ainda. Olhei ao redor, pronto para socar seu nariz no momento que o visse, mas não havia ninguém. A sala estava silenciosa. Silenciosa demais. Por quanto tempo eu havia sido nocauteado? Estava tudo acabado?
– – – Eu,
eu chamei. – Tem alguém aí?
Nossa porta ainda estava quebrada, arrancada de seus gonzos. Era como se um tornado tivesse passado pela sala. Ou pelo menos um punkzinho.
Minha cabeça girava, como se estivesse bêbado. Nada estava rolando, mas ainda era difícil somar dois mais dois. Olhei para fora da porta. Porque as motos de todos ainda estavam aqui? Não conseguia ver ninguém. Eles não tinham ido embora? Correram?
Andei em direção à porta e meu pé acertou alguma coisa. Olhei para baixo.
Jase.
Caí de joelhos. Seus olhos ainda estavam abertos, me olhando vagamente. Jase parecia chocado, como se não pudesse acreditar, com suas sobrancelhas arqueadas e sua boca aberta. A bile subiu à minha boca e me esforcei para mantê-la abaixo. Não era hora de ficar enjoado. Talvez se eu me movesse mais rápido. Talvez...
Havia um buraco enorme em seu peito. Não estava mais sangrando. O sangue seco estava marrom, nem mesmo vermelho. Coloquei minhas mãos em cima e comecei a fazer reanimação cardiorrespiratória. Joguei todo meu peso, indo ao encontro do corpo de Jase, fazendo-o se mover sob minha pressão.
Não era ele a razão pela qual eu ao menos sabia como fazer aquilo? Uma enfermeira gostosa estava dando aulas grátis, e você sabe que ele não consegue dizer não.
Eu ri.
Vamos, Jase, tá na hora de a gente renovar nossos certificados, certo? Talvez a enfermeira gostosa ainda esteja lá...
Nada aconteceu. Eu sabia que não aconteceria, mas...
Inclinei para cima a cabeça de Jase.
Perdoe-me, irmão,
eu disse, e apliquei respiração boca a boca.
O peito de Jase se ergueu, enchendo-se com ar. Mas nada. Depois de algumas bombeadas, desabei em cima dele. Afundei meu peito em seu peito.
– Você não pode fazer isso!
eu gritei.
Agarrei seus ombros e sacudi seu corpo.
– Você não pode fazer isso comigo! Somos irmãos. Irmãos para...
Eu soltei, deixando minha cabeça cair. "Irmãos para sempre."
Não sei por quanto tempo fiquei lá assim. O tempo não parecia mais significar muita coisa. Finalmente, fechei os olhos e a boca de Jase, arrumando-o em uma posição menos surpresa. Tirei sua jaqueta e cobri seu rosto com ela.
Uma vez Filho da Rebelião, sempre Filho da Rebelião. Slayer e eu vamos pegar aquele babaca por você, Jase!
Slayer!
No choque de tudo, me esqueci completamente dele. Onde ele estava?
Não precisei olhar longe. A alguns metros de distância do Jase estava o corpo arrasado do Secretário. Eu não precisava ser médico para saber que não tinha como salvá-lo. (Como se eu quisesse isso. Foda-se ele. Se dependesse de mim, ele poderia sufocar no próprio sangue.)
E então, um pouco mais adiante, lá estava ele. O cabo da faca estava enfiado para fora de seu estômago. Era como se fosse algo de um filme de terror.
Não. O Slayer também, não.
Corri em direção a ele. A princípio, eu queria arrancar a lâmina dele, mas hesite. Não havia algum programa de TV sobre isso? Deixei onde estava. O corpo de Slayer estava frio. Meu peito se apertou.
Não. Ele também não. Porque só eu sobrei?
Tentei procurar por pulso, mas meus dedos grossos não conseguiam. Diabos, eu não conseguia encontrar nem meu próprio pulso naquela hora. Só havia mais uma coisa. Eu me curvei e coloquei minha orelha em sua boca. Eu não conseguia ver nada, mas talvez, só talvez...
No início, achei que estava imaginando coisas. Estava esperançoso demais. Talvez fosse apenas o farfalhar de minhas roupas enquanto me mexia. Mas não, não era isso.
Era precário. Silencioso. Mal dava para ouvir. Mas estava lá. A respiração de Slayer. Ele estava vivo.
Lágrimas brotaram de meus olhos, mas as pisquei de volta. Caí bruscamente e comecei a rir. Claro que ele estava! Aquele filho da mãe. Não tinha como ele ir antes de mim. Parece que eu conseguiria puxar seu traseiro perdido de amor mais um pouco.
Eu inalei e me sentei novamente.
Slayer estava vivo, mas por pouco. E agora, o que eu iria fazer? Não podia chamar uma ambulância, mas podia pedir ajuda. Estiquei-me para pegar meu celular no bolso de trás, mas tudo que peguei foi uma coleção estilhaçada de peças elétricas e vidro. Merda! Pela primeira vez, desejei ter ficado com um desses telefones fofinhos antiquados. Esses telefones podem ir direto pro inferno e ainda funcionarem como se fossem novinhos em folha.
Alcancei o bolso de Slayer, e parecia que seu telefone estava inteiro. Mas só havia um problema. Não tinha carga. Não tive tempo para esperá-lo carregar. Poderia ser muito tarde até lá.
Pedir por ajuda estava fora de cogitação. Isso só me deixava uma opção. Eu iria até eles.
Agarrei o Slayer e o joguei sobre meu ombro, com cuidado para não empurrar a faca ainda mais fundo em seu estômago. Quanto o carregava em direção à porta, vi o corpo de Jase.
A minha garganta ficou grossa, dolorida. Virei meus olhos e peguei uma longa respiração.
– Você entende, não entende?
Eu disse para o ar vazio. Sentia-me louco. Eu sabia que ele não podia me ouvir, mas eu tinha de dizer.
– Não posso levar vocês dois, e pode ser que Slayer sobreviva
, eu disse. – Você não dizia que seu hábito de caçar confusão um dia traria consequências pra você?
Eu engasguei em uma risada tensa. Não havia mais ninguém para rir comigo. O som morreu na sala vazia.
– – Então, bem
– Eu não conseguia juntar forças para dizer. Não olhei para trás, e só acenei com minha cabeça em direção à rua. – Te vejo por aí, Jase.
DOIS
EU TINHA QUE vê-lo. Havia esperado pacientemente o dia todo, mas nem uma palavra. Nenhuma ligação. Nenhuma mensagem de texto. Olhei para fora da janela, esperando olhar de relance a moto de Hunter rugindo pela rua, mas nada.
A princípio tentei ficar de boa. Fui fazer compras com Jona, e enchemos sacolas de compras até nossos braços não aguentarem mais carregá-las. Compramos vestidos sensuais, vestidos bonitinhos, saltos, maquiagem. Mesmo assim, isso não me detinha de conferir meu celular a cada minuto só para ver uma tela branca. Sem notificações.
Jona me empurrou em direção a uma loja de esmaltes do tipo que faz desenhos estranhos em sua manicure, como um personagem de desenho animado ou um arco-íris. Nunca tivemos uma loja como essa na cidade antes, ou pelo menos acho que não. (Como se eu soubesse, qualquer tipo de manicure que já lascou minhas unhas em algumas horas. Acho que sou mais dura com elas do que essas meninas da cidade grande.)
Jona me arrastou pra dentro da loja. As manicures sorriram para nos saudar. Elas massagearam nossas mãos, as embrulharam em toalhas quentes, e pintaram camada após camada de esmalte para unhas nelas. Foi bom ser paparicada, mas mesmo assim não conseguia me manter focada. Elas conversaram com a gente, contando suas vidas inteiras para nós, mas deixei Jona fazer a maior parte da conversa.
Mesmo quando tudo havia acabado, quando Jona mostrou sua manicure pontuda dourada e negra com pedras preciosas presas na ponta, eu tive de forçar um sorriso. Dei uma olhada para minhas mãos. Mais simples. Rosa claro com pontas em dourado. Como uma manicure francesa atualizada. Estava lindo. Eu não devia estar feliz?
Não. Como eu poderia estar? Passou-se um dia inteiro sem contato. Como se o Hunter simplesmente tivesse desaparecido.
– Vamos voltar,
eu disse.
– O quê?
Jona disse. Ela circulou ao redor, interrompendo sua marcha em direção à próxima loja de sapatos. – Mas a gente nem –
Assim que ela viu meu rosto, ela parou. Nem discutiu.
– Tá bem,
ela disse, – Vamos.
Entramos no carro, guardando as sacolas atrás até elas quase atingirem o teto. Conforme acelerávamos pela rua, parecia tão estranho viajar dessa forma. Em um carro, você só vê o mundo passar por você. O ar é perfeitamente calibrado para sua temperatura favorita. Os únicos sons que você ouve são os que vêm do rádio. É como andar em uma caixa, deixando o mundo lá fora zarpar.
Mas as coisas não eram assim com Hunter. Eu sentia o vento soprar contra minha pele. De manhã, eu ouvia os pássaros e à noite eu ouvia os sons de grilos trinando. O chão ressoava por baixo de mim enquanto eu o segurava pelas costas. Eu não estava apenas observando o mundo. Eu o estava sentindo.
Era apenas a moto? Não. Eu cresci rodeada de motociclistas, mas nenhum deles havia me feito sentir do jeito que eu me sentia com meus braços ao redor da cintura de Hunter.
– Nadia!
Virei minha cabeça. Jona me olhava como se eu fosse louca.
– Estou te chamando faz cinco minutos,
ela disse e abriu a porta do carro. – Você está em casa, então saia!
Carregamos as sacolas subindo as escadas. Eram tantas que parecia o Natal, com embalagens lindas todas espalhadas pelo chão. Normalmente, eu as teria rasgado para abrir tudo, mas dessa vez não tive energia para isso.
Joguei-me na cama e me afundei no colchão macio.
– Ei, o que é que tá pegando?
Jona perguntou. – Normalmente você está pulando pelas paredes como uma criança com algodão doce depois de voltarmos das compras.
Eu suspirei. – Eu não sei...
Jona me pegou pelos ombros. – "Eu sei o que vai te animar!"
Ela começou a cortar as sacolas, tirando maquiagem, vestidos, e sapatos. Na velocidade em que se movia, eu mal podia