Fortuna Invisível: Um cripto clássico
De J. Lee Porter e Ed Teja
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Sobre este e-book
Calor tropical, dinheiro e luxúria
Henry Miller disse uma vez: "O destino de alguém nunca é um lugar, mas sempre uma nova maneira de ver as coisas". Acho que é por isso que, em férias prolongadas do meu trabalho de programação em Cartagena, Colômbia, deixei um expat americano rico e tagarelado me contar sua história. Não fiquei impressionado nem particularmente interessado - até conhecer a sua bela assistente e ouvir rumores de que o homem tinha um segredo obscuro. Mesmo assim, fiquei intrigado principalmente, suspeito, porque aprender a verdade era uma maneira de conhecê-la.
Isso é ficção moderna, uma história de justiça vigilante de alta tecnologia. Foi inspirado por uma atmosfera tropical úmida, bebidas frias e corpos suaves e suaves. É a história de como, finalmente, a tentação de fazer justiça e satisfazer meus próprios desejos (possuir tanto o tangível quanto o intangível) superou o bom senso e talvez qualquer decência comum que eu já tive.
Mas então, a traição por uma causa nobre pode ter um sabor muito doce, mesmo que no final nunca seja muito claro quem seduziu quem você ainda pode ter um final feliz.
J. Lee Porter
J. Lee Porter is a former IT specialist, programmer and data analyst for banking, security, and government agencies. He left the IT world behind on July 4th, 2016, declaring it his personal independence day to travel the world full time in search of inspiration for his writing. @JLPorterAuthor on Twitter Ed Teja is a writer a poet, a musician, and boat bum. He writes about the places he knows, and the people who live in the margins of the world. After being friends with tech giants, pirates, fishermen, and a coterie of strange people for many years, he finds the world an amazing place filled with intriguing, if sometimes crazed characters. @ETeja on Twitter
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Fortuna Invisível - J. Lee Porter
O único propósito do Bitcoin é que você não confia em mais ninguém pra lhe dizer a verdade.
"
Andreas Antonopoulos
Autor de Mastering Bitcoin
Um homem ruim
Eu conheci Daryl Saunders do mesmo jeito que se conhece outros compatriotas quando se está viajando. Eu havia ido a Cartagena, Colômbia, tirando umas férias extremamente necessárias do meu trabalho de programador nos E.U.A. É um lugar confortável, parecido o suficiente com a América para não ser desconfortável, e ainda assim, a um universo de distância do que eu considerava normal na minha vida.
Eu estava hospedado na cidade murada há pelo menos uma semana – tempo suficiente para achar alguns lugares favoritos e conhecer algumas pessoas. Um dos melhores lugares que eu achei para apreciar o pôr do sol foi um bar chamado El Baluarte De San Francisco. Está empoleirado ao muro; costumava ser um restaurante e ainda serve uma comida cara, mas em geral é um bar a céu aberto com uma vista incrível.
A cidade é maravilhosa. Os espanhóis a fundaram em 1533, mas não foi até 1796 que eles construíram seus muros, os quais eram uma proteção contra piratas. Era, apesar de tudo, um porto chave de exportação da prata peruviana para a Espanha e para a importação de escravos africanos. Agora a cidade antiga é um museu gigante e uma atração turística.
Sentar aqui ao ar úmido, apreciando uma taça de um Glenfiddich 18 anos nas pedras e olhando através da cidade e dos barcos atracados nas docas é surreal. Eu poderia observar os prédios espanhóis de 500 anos de idade que me cercam e com uma leve virada de cabeça, ver um muro novo, composto de arranha-céus. Ao pôr do sol, o sol reflete no brilho do metal e vidro dos novos prédios. E então, enquanto o céu escurece rapidamente, as luzes são ligadas. É uma transição gloriosa da modernidade cintilante para um país das maravilhas onde tudo faísca.
E através de tudo, na cidade abaixo, uma horda de turistas tanto colombianos quanto estrangeiros estão absorvendo tudo, cercados por vendedores e ambulantes tentando empurrar chapéus, comidas, todo o tipo de souvenirs e promessas de tours á praias magnificas no dia seguinte.
Praias são legais, mas eu estava contente na minha cadeira, apenas assistindo a tudo. Diego, meu garçom, sorriu e me trouxe um segundo drink sem que eu pedisse. Ele era bom no que fazia – o gelo que ele havia colocado no copo era uma única esfera grande. Isso minimiza a área acima da superfície do gelo, e consegue gelar o precioso puro malte sem afogá-lo em água rápido demais. Isso é importante quando você está fora de casa em um calor que persiste muito tempo depois do sol se pôr.
Como sempre, eu estava bebendo sozinho. Assim como Diego havia se mostrado um bom, não, um ótimo, garçom, eu havia sido o cliente ideal. Em apreço as minhas gorjetas generosas, ele fazia questão de se certificar de que eu estava sentando longe das caixas de som que poderiam, às vezes, gritar uma música ruidosa, com o volume ficando mais alto conforme ia ficando mais tarde. Ao contrário de muitos que vinham aqui, eu queria relaxar e saborear a minha bebida. Por enquanto, a música era um jazz suave e eu me sentia tão macio quanto o solo de saxofone que eu podia ouvir no ar da noite.
Essa é uma área lotada e o refluir da multidão traz pessoas diferentes pra dentro ou fora do círculo, da sua percepção.