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Muito antes de Lutero
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E-book265 páginas4 horas

Muito antes de Lutero

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Sobre este e-book

Para aqueles que se perguntam onde estava o evangelho antes da Reforma, este livro oferece uma resposta bem-vinda. Mais importante ainda, num tempo em que a igreja corre o risco de comprometer a pureza da mensagem bíblica, este livro serve como um lembrete oportuno do evangelho que, em todas as gerações, os verdadeiros crentes estimaram, proclamaram e lutaram para defender.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento30 de out. de 2019
ISBN9788576229322
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    Excelente obra para aqueles que desejam aprofundar o conhecimento teológico. Recomendo.

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Muito antes de Lutero - Nathan Busenitz

17-37.

CAPÍTULO UM

INVENÇÃO OU RESGATE?

A doutrina da justificação pela graça por meio da fé somente (expressa pela frase em latim sola fide ) é central para uma compreensão correta do evangelho. Formulada de forma negativa, ela contraria qualquer ideia de que o perdão dos pecados e a aceitação perante Deus podem ser alcançados pelo esforço humano ou pela virtude moral da parte do pecador. Formulada de forma positiva, ela confirma que o dom da salvação concedido por Deus se baseia inteiramente na obra consumada de Cristo, que é recebida unicamente pela graça, por meio da fé nele depositada. É por essa razão que a resposta apropriada à pergunta do carcereiro de Filipos a Paulo e Silas – "Que devo fazer para que seja salvo? – foi simplesmente: Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa" (Atos 16.30-31, destaque acrescentado).

Somente pela fé foi um dos principais gritos de guerra da Reforma protestante. Os reformadores reconheceram que essa doutrina estava no centro do evangelho, razão pela qual Martinho Lutero, referindo-se a ela, afirmou as conhecidas palavras: Se esse artigo [da justificação] permanecer, a igreja permanece; se esse artigo desmoronar, a igreja desmorona.¹ Juntamente com somente pela graça (sola gratia), Cristo somente (solus Christus), e glória a Deus somente (soli Deo Gloria), sola fide expressava a convicção dos reformadores de que a salvação é única e exclusivamente pela graça de Deus por meio da fé na pessoa e na obra de Jesus Cristo. Por meio da fé em Cristo, os crentes recebem tanto o perdão dos pecados (pois ele levou sobre a cruz a punição que lhes era devida) quanto a justiça satisfatória (pois sua justiça é creditada em seu favor). Portanto, os pecadores não podem receber crédito por sua salvação. Toda glória é devida a Deus.

É importante observar que, em sua ênfase à fé somente, os reformadores não negavam a importância das boas obras na vida dos crentes. Eles ensinavam que a fé salvadora é uma fé arrependida e enfatizavam a obediência aos mandamentos de Cristo. Mesmo assim, insistiam que as boas obras deveriam ser vistas somente como fruto ou consequência da salvação, e não como sua raiz ou causa. Desse modo, eles podiam afirmar que, embora os crentes fossem salvos pela graça por meio da fé somente, a fé salvadora jamais vinha sozinha. A verdadeira fé sempre dá provas de si mesma através dos frutos de arrependimento e de obediência.²

No século 16, o entendimento protestante de sola fide ergueu-se em contraste à ênfase católico-romana nos atos sacramentais e nas boas obras como necessários à justificação. O catolicismo via a justificação como um processo vitalício que dependia, pelo menos em parte, da forma como uma pessoa conduzia sua vida. Reformadores como Martinho Lutero, Filipe Melâncton e João Calvino rejeitaram a visão católica, ensinando, em vez disso, que a justificação era obra exclusiva de Deus, na qual ele declarava os crentes instantaneamente justos, não graças às suas boas obras, mas por terem sido revestidos da perfeita justiça de Cristo.

Em resposta ao ensino dos reformadores, os católicos romanos do século 16 acusaram os teólogos protestantes de criar uma nova versão do evangelho. O Concílio de Trento (1545–1563) anatematizava qualquer um que ensinasse a justificação por meio da fé somente. De lá para cá, muitos autores católico-romanos denunciaram sola fide como uma inovação herética.³ O conhecido apologista católico-romano Dave Armstrong é um exemplo. Ele escreve: "Princípios emblematicamente protestantes como sola fide (‘fé somente’) [...] estavam praticamente inexistentes ao longo da história da Igreja.⁴ E continua: O protestantismo per se não existia até ١٥١٧ d.C.⁵ E mais: Doutrinas radicalmente novas como sola fide [...] não eram reformas, mas simples novidades que supostamente remetiam à alegada situação encontrada na igreja primitiva. No entanto, elas simplesmente não podem ser encontradas na igreja primitiva."⁶

Os acadêmicos protestantes, em contrapartida, defendem sola fide como a representação de um retorno à ortodoxia cristã, tanto bíblica quanto histórica. A doutrina da justificação pela fé, então, não foi uma invenção, mas uma redescoberta da verdade teológica que estivera obscurecida. R.C. Sproul resume a visão protestante tradicional: Os reformadores do século 16 não estavam interessados em criar uma nova religião. Não buscavam inovação, mas renovação. Eram reformadores, não revolucionários.⁷ Os próprios reformadores teriam concordado com a avaliação de Sproul.⁸ A única fonte de autoridade para seus ensinamentos era a Palavra de Deus (conceito expresso pela frase somente as Escrituras). Como fonte secundária, contudo, eles também recorriam aos pais – os líderes cristãos de séculos passados – a fim de demonstrar a comprovação histórica de seus pontos de vista. Como explica João Calvino (1509–1564) no prefácio de sua obra As Institutas, de 1536: Não menosprezamos os pais da igreja; na verdade, se fosse nosso propósito presente, eu poderia sem qualquer dificuldade provar que a maior parte do que estamos afirmando encontra a aprovação daqueles homens.⁹ Filipe Melâncton (1497–1560), colega de Martinho Lutero, defendia, da mesma forma, que a Reforma representava um retorno ao ensinamento puro de gerações anteriores. Ele negava qualquer alegação de que seus companheiros reformadores haviam se distanciado dos ensinamentos da igreja primitiva, insistindo, em vez disso, que a Reforma defendia exatamente o que Ambrósio e Agostinho haviam ensinado.¹⁰

Obras sobre justificação publicadas posteriormente por teólogos como Martin Chemnitz (1522–1586),¹¹ John Owen (1616–1683),¹² Jonathan Edwards (1703–1758),¹³ George Stanley Faber (1773–1854)¹⁴ e James Buchanan (1804–1870)¹⁵ ecoavam essas mesmas alegações da Reforma. Entre esses, é possível que Buchanan seja o mais dogmático em suas afirmações de que a doutrina protestante da justificação não foi uma ‘novidade’ apresentada pela primeira vez por Lutero e Calvino – antes, fora sustentada e ensinada por alguns, de forma menos ou mais explícita, a cada época sucessiva –, e não há verdade na alegação de que fosse desconhecida durante os 400 anos que precederam a Reforma.¹⁶

Alguns acadêmicos protestantes modernos, no entanto, desafiam tais alegações feitas por gerações anteriores. Em resposta a Buchanan, Anthony Lane diz que nenhum autor historicamente qualificado faria tal alegação hoje.¹⁷ Outros, como Matthew C. Heckel, são muito mais categóricos. Ele escreve: "O entendimento da justificação sola fide defendido pela Reforma não está presente na igreja pré-reforma e, portanto, nele não se acreditava até Lutero.¹⁸ E continua: A doutrina da justificação sola fide de Lutero não foi um resgate, mas uma inovação na tradição teológica ocidental."¹⁹ Afirmações desse tipo nos remetem à pergunta em questão: o entendimento da justificação por meio da fé somente defendido pela Reforma é uma invenção ou um resgate?

ALISTER MCGRATH E A FÉ SOMENTE

Alister McGrath é um dos principais pensadores do cristianismo evangélico. Esse professor de Oxford e sacerdote anglicano talvez seja mais conhecido por sua vigorosa defesa do teísmo cristão contra os ataques de ateus como Richard Dawkins. Como mestre de teologia histórica em Oxford, McGrath, seguramente, está qualificado para traçar a história das discussões doutrinárias ao longo dos séculos. Seu livro sobre a história da justificação intitulado Iustitia Dei – que significa A Justiça de Deus – é largamente reconhecido como uma das mais abrangentes análises do tema. No entanto, são o notável pedigree e a perspicácia teológica de McGrath que tornam muito decepcionantes suas afirmações sobre o entendimento dos reformadores a respeito da justificação. Em muitos de seus livros, inclusive Iustitia Dei, McGrath afirma que a doutrina da justificação exclusivamente pela fé defendida pela Reforma foi uma novidade do século 16, sendo desconhecida do pensamento cristão nos 1500 anos que a antecederam.²⁰ McGrath é, indiscutivelmente, o mais notável protestante a ratificar a acusação básica dos católicos romanos contra o protestantismo dos últimos 500 anos – que Lutero e seus companheiros reformadores inventaram um novo entendimento de justificação. Levando-se em consideração que a doutrina da justificação é o ponto central do evangelho, são graves as implicações dessa acusação (veja Gl 1.6-9).

Para sua argumentação, McGrath identifica três características básicas da doutrina da justificação defendida pela Reforma.²¹

1. Justificação forense

Primeiramente, os reformadores ensinavam que a justificação era forense e não formativa. Em outras palavras, eles entendiam a justificação em termos de uma declaração divina de justiça, como um juiz, em um tribunal, que expede pleno perdão a um réu. Esse conceito distinguia-se do entendimento católico-romano medieval que afirmava que a justificação era um processo por meio do qual os pecadores se tornariam justos ao longo de um extenso período de tempo.

2. Distinção entre justificação e regeneração

Em segundo lugar, os reformadores faziam diferenciação entre a doutrina da justificação e as doutrinas de regeneração e da santificação progressiva. Na justificação, Deus declara os pecadores como posicionalmente justos, pois foram revestidos da justiça de Cristo. Na regeneração, Deus renova os pecadores para que possam começar a crescer na santidade prática. No catolicismo medieval, essa distinção se perdera. Como resultado, as pessoas confundiam justificação com santificação, razão pela qual pensavam que sua justificação perante Deus dependia, pelo menos em parte, de sua santidade pessoal.

3. A justiça imputada de Cristo

Terceiro, os reformadores insistiam na justiça imputada de Cristo, em lugar de algum tipo de justiça infusa. O catolicismo romano ensinava que, nos crentes, infundia-se a justiça vinda de Deus, que os capacitava a viver de forma santa e, portanto, a serem progressivamente justificados. Os reformadores, por sua vez, ensinavam que as boas obras em nada contribuíam para a justificação de uma pessoa perante Deus. Em vez disso, Deus justifica os pecadores, única e exclusivamente, com base na justiça perfeita de Cristo que lhes é creditada. Desse modo, os crentes são salvos pela graça somente, unicamente por meio da fé em Cristo somente, independentemente das boas obras que possam realizar (veja Ef 2.8-9).

Até esse ponto, a análise de McGrath é proveitosa, haja vista que esses três emblemas nos permitem refletir de forma mais precisa a respeito do que os reformadores ensinavam. Na verdade, retornaremos a essas características ao longo deste livro. Os problemas surgem, contudo, quando McGrath indaga se quaisquer outros cristãos ensinaram essas mesmas doutrinas antes da Reforma.²² Em sua pesquisa dos primeiros 15 séculos da história da igreja, McGrath alega não haver qualquer teólogo ou autor que tenha ensinado esses diferenciais. Assim fundamentado, ele conclui que ninguém, seja na era patrística (a era dos pais da igreja), seja na era medieval, prenunciou o entendimento dos reformadores sobre a justificação. Segundo McGrath, a doutrina de sola fide da Reforma foi uma inovação teológica introduzida no século 16.

AS IMPLICAÇÕES DA POSIÇÃO DE MCGRATH

McGrath está ciente de que suas conclusões suscitam questões perturbadoras a respeito da ortodoxia histórica do ensinamento protestante da justificação.²³ Entretanto, ao final, ele descarta tais questões como se tivessem pouca relevância hoje²⁴ Não podemos, porém, repudiar facilmente essa questão. Os reformadores reconheciam a importância crucial do que estava em risco, pois compreendiam que a doutrina de sola fide ocupa posição central no evangelho. Por isso, quando seus opositores católico-romanos os acusaram de defender uma inovação herege, eles encararam tais acusações com seriedade e dedicaram tempo para respondê-las diligentemente.

Os desafios originados pela afirmação de McGrath podem ser percebidos nas menções favoráveis ao seu nome pelos críticos da Reforma. Os apologistas católico-romanos contemporâneos costumam se referir à obra de McGrath como o exemplo de um acadêmico protestante que reconhece a inovação e a natureza não histórica de sola fide.²⁵ Francis Beckwith, por exemplo, afirma que os textos de Alister McGrath foram importantes para convencê-lo de que o entendimento de justificação defendido pela Reforma carecia de raízes históricas autênticas. Como relata Beckwith: A ideia de que a visão da justificação forense defendida pela Reforma tratava-se basicamente de uma inovação teológica é desenvolvida de forma ainda mais contundente por ninguém menos que o grande teólogo e professor da Universidade de Oxford Alister McGrath.²⁶ Convencido de que os reformadores haviam introduzido na história da igreja um novo entendimento a respeito da justificação, Beckwith rejeitou o protestantismo em favor de uma posição católico-romana que, segundo ele, melhor se ajusta aos escritos e ensinamentos da igreja pré-reforma.²⁷ Embora as razões de Beckwith para seu retorno a Roma extrapolem a simples rejeição à justificação somente pela fé, fica evidente que os argumentos de McGrath serviram de importante estímulo para seu pensamento.

PROCURANDO PELO EVANGELHO ANTES DA REFORMA

A ideia de que fé somente é uma inovação do século 16 desperta questionamentos relevantes, especialmente para aqueles que abraçam o princípio de sola fide defendido pela Reforma. Se o entendimento protestante do evangelho tem apenas 500 anos, sobre quais fundamentos os protestantes podem defender sua crença na justificação forense, na distinção entre justificação e regeneração, ou na justiça imputada de Cristo? E mais, o que os protestantes devem concluir a respeito dos que viveram ao longo dos primeiros 1.500 anos da história da igreja, antes da Reforma? Se o entendimento protestante do evangelho foi introduzido no século 16 apenas, fica difícil responder a tais perguntas.

No entanto, se for possível demonstrar que o entendimento da Reforma a respeito da justificação foi, de fato, exposto pelos autores bíblicos e, subsequentemente, prenunciado por líderes eclesiásticos pré-reforma, evaporam-se rapidamente os desafios apresentados por diversos opositores. McGrath afirmou ousadamente que, na história da igreja, não há precursores da Reforma – nem mesmo um único teólogo que se possa apontar por ter antevisto um ou mais dos aspectos emblemáticos e característicos das doutrinas reformadas da justificação.²⁸ É nosso objetivo investigar essa afirmação, utilizando o mesmo critério que ele oferece para os conceitos doutrinários básicos de sola fide: justificação forense, uma distinção entre justificação e santificação, e a justiça imputada de Cristo.


¹ Martinho Lutero, WA 40/3.352. Citado em Thomas Schreiner, Faith Alone: The Doctrine of Justification (Grand Rapids: Zondervan, 2015), 40, n. 20.

² Para uma pesquisa que demonstra a insistência dos reformadores no arrependimento como parte essencial da fé salvadora, veja William Webster, The Gospel of the Reformation (Battle Ground, WA: Christian Resources, 1997).

³ Entre os autores católicos contemporâneos que rejeitam a doutrina da fé somente estão Robert A. Sungenis, Devin Rose, Stephen K. Ray, Scott Hahn, Francis J. Beckwith, Patrick Madrid, David Currie, Peter J. Kreeft, e Ronald K. Tacelli. Historicamente, a oposição católico-romana à doutrina de sola fide pode ser encontrada em Jacques-Bénigne Bossuet (1627–1704) e a Contrarreforma, em líderes do século 19 como John Henry Newman (1801–1890). Cf. Owen Chadwick, From Bossuet to Newman: The Idea of Doctrinal Development (Cambridge: Cambridge University Press, 1957).

⁴ Dave Armstrong, Development of Catholic Doctrine: Evolution, Revolution, or an Organic Process? (Raleigh, NC: Lulu, 2007), 13.

⁵ Ibid.

⁶ Ibid., 42-3.

⁷ R. C. Sproul, What Is Reformed Theology? (Grand Rapids: Baker, 1997), 28.

⁸ Jaroslav Pelikan, The Riddle of Roman Catholicism (Nova York: Abingdon Press, 1959), 48-9. Veja também Joel C. Elowsky, We Believe in the Holy Spirit (Downers Grove, IL: InterVarsity Press, 2009), 86.

⁹ João Calvino, Institutes of the Christian Religion, 1536 Edition, trad. Ford Lewis Battles (Grand Rapids: Eerdmans, 1989), 6. Veja também João Calvino, Reply to Sadoleto, em A Reformation Debate, org. J. C. Olin (Nova York: Harper, 1966), 62.

¹⁰ Filipe Melâncton, CR, vol. 2, org. Karl Gottlieb Bretschneider (Nova York e Londres: Johnson Reprint Corp. Frankfurt am Main: Minerva, 1963), coluna 884.

¹¹ Martin Chemnitz, Examination of the Council of Trent in Chemnitz’s Works, 4 vols., trad. Fred Kramer (St. Louis: Concordia, 1971), 1:505-13.

¹² John Owen, Justification by Faith (repr., Grand Rapids: Sovereign Grace, 1971).

¹³ Jonathan Edwards, Justification by Faith Alone (repr., Morgan, PA: Soli Deo Gloria, 2000).

¹⁴ George Stanley Faber, The Primitive Doctrine of Justification, 2ª ed. (Londres: Seely and Burnside, 1839).

¹⁵ James Buchanan, The Doctrine of Justification: An Outline of Its History in the Church and of Its Exposition from Scripture (Edimburgo, Escócia: T&T Clark, 1867; repr., Grand Rapids: Baker, 1955).

¹⁶ Ibid., 80.

¹⁷ Anthony N.S. Lane, Justification by Faith in Catholic-Protestant Dialogue: An Evangelical Assessment (Nova York: T & T Clark, 2006), 137.

¹⁸ Matthew C. Heckel, "Is R. C. Sproul Wrong about Martin Luther? An Analysis of R. C. Sproul’s Faith Alone: The Evangelical Doctrine of Justification with Respect to Augustine, Luther, Calvin, and Catholic Luther Scholarship", JETS 47, nº 1 (Março 2004): 93.

¹⁹ Ibid.

²⁰ Alister E. McGrath, Iustitia Dei: A History of the Doctrine of Justification, 3ª ed. (Cambridge: Cambridge University Press, 2005), 217. Veja também Alister E. McGrath, Forerunners of the Reformation? A Critical Examination of the Evidence for Precursors of the Reformation Doctrines of Justification, HTR 75, nº 2 (1982): 219-20.

²¹ McGrath, Forerunners of the Reformation?, 222–23; McGrath, Iustitia Dei, 212-3.

²² McGrath, Forerunners of the Reformation?, 222.

²³ Ibid., 219-20. Veja também Iustitia Dei, 211, onde McGrath acrescenta que, sem os precursores de suas visões de justificação, a reivindicação dos reformadores à catolicidade estaria gravemente prejudicada, se não totalmente desacreditada.

²⁴ Ibid., 241-2. Veja também Iustitia Dei, 218. Deve-se observar também que McGrath vê de forma positiva a posição da Reforma sobre justificação. Veja Alister McGrath, An Introduction to Christianity (Cambridge, MA: Blackwell Publishers, 1997), 153-4. Em outro texto, McGrath escreve: De muitas maneiras, a Reforma pode ser vista como uma redescoberta dos escritos paulinos, especialmente da doutrina da justificação pela graça por meio da fé. (Alister E. McGrath, Justification by Faith [Grand Rapids: Zondervan, 1988], 53). Veja também Alister E. McGrath, What Shall We Make of Ecumenism? em Roman Catholicism: Evangelical Protestants Analyze What Divides and Unites Us, org. John Armstrong (Chicago: Moody Press, 1994), 202-3.

²⁵ Veja, por exemplo, Dave Armstrong, Bible Conversations (Raleigh, NC: Lulu, 2007), 151; Steven K. Ray, Crossing the Tiber: Evangelical Protestants Discover the Historical Church (San Francisco: Ignatius Press, 1997), 27, n. 24; Robert A. Sungenis, Not by Faith Alone: A Biblical Study of the Catholic Doctrine of Justification (Goleta, CA: Queenship Pub Co., 1997), xxxi.

²⁶ Francis J. Beckwith, Return to Rome: Confessions of an Evangelical Catholic (Grand Rapids: Brazos Press, 2009), 84-5.

²⁷ Ibid., 85-92. Beckwith cita diversos pais da igreja, incluindo Irineu, Cirilo de Jerusalém, Crisóstomo e Agostinho, para sustentar suas afirmações.

²⁸ McGrath, Forerunners to the Reformation?, 236. Apesar dessa ênfase na descontinuidade, McGrath pôde afirmar em outro momento: Embora alguns relatos polêmicos da Reforma tendam a sugerir que os reformadores abandonaram 500 anos de tradição cristã a fim de fundar o que resultou em uma nova religião, essa visão baseia-se em uma série de interpretações equivocadas (Alister E. McGrath, ARCIC II and Justification: An Evangelical Anglican Assessment of ‘Salvation and the Church’ [Oxford: Latimer House, 1987], 7; citado de Sungenis, Not by Faith Alone, xxxi).

CAPÍTULO DOIS

O RESGATE DA CLAREZA BÍBLICA

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