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Chang Er Ling: e o chamado da Lua Azul
Chang Er Ling: e o chamado da Lua Azul
Chang Er Ling: e o chamado da Lua Azul
E-book222 páginas2 horas

Chang Er Ling: e o chamado da Lua Azul

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Sobre este e-book

Dizem que a Terra foi uma criação do Cosmos. Os Kadeas chamam isso de Infinito, os Daekos de Deus e os cientistas de Big Bang.Tudo começou quando uma luz dourada surgiu e espalhou criando os planetas, astros, satélites e estrelas que conhecemos hoje.

A fome insaciável dos Kadeas por uma vida melhor resultou em uma tragédia enorme pelo erro que cometeram ao tentar roubar os presentes da Terra e o selo que prendia a corrupção se rompeu. Assim começou a maldição da devastação humana, uma doença incurável passado de geração a geração.

Diz a lenda que o cenário irá mudar com a chegada de uma Escolhida e assim, o equilíbrio entre os mundos voltará ao normal.
IdiomaPortuguês
EditoraXinXii
Data de lançamento23 de jul. de 2020
ISBN9783962462925
Chang Er Ling: e o chamado da Lua Azul

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    Pré-visualização do livro

    Chang Er Ling - Diana Yumi

    Autor

    A Primeira Guerra

    Dizem que a Terra foi uma criação do Cos-mos. Os Kadeas chamam isso de Infinito, os Dae-kos de Deus e os cientistas de Big Bang. Mas será que o nome do fenômeno foi esse mesmo? Só ire-mos descobrir se soubermos a origem de toda a vida que existiu e existe agora.

    Tudo começou quando uma luz dourada se espalhou criando os planetas, astros, satélites e estrelas que conhecemos hoje. No início, todos pareciam iguais por serem cobertos de huohi pu-ro com coração de miwa, corpo de diguqi e respi-ravam do mesmo kalawi.

    Pensando na confusão que seria reconhe-cer cada um, o maior de todos decidiu repartir um pouco de suas células para gerar os filhos e as filhas que viraram as estrelas. Os outros com-petiram entre eles quem conseguiria esfriar todo o corpo sem perder os quatro elementos que de-ram origem a vida de cada um. A Terra foi a pri-meira a se esfriar toda e virou a donzela admira-da por todo o Universo.

    A Terra sempre recebia presentes dos ou-tros planetas, satélites e estrelas como sinal de gratidão e adoração. Em um dos presentes esta-va Mathôrn, a mãe árvore que coloriu todas as ro-chas e montanhas, plantou árvores e gerou a vi-da vegetal na Terra. Assim surgiu no final uma bela ilha chamada Namize.

    Naquela estação quente e seca quando tu-do parece um Deserto do Saara, às margens da primeira ilha criada pelo Universo estava o Tem-plo Zanbaengio que ficava ao céu aberto onde era depositado os presentes sagrados da Terra, os cinco artefatos místicos.

    Os artefatos místicos representavam um dos cinco elementos da natureza, miwa, diguqi, huohi, kalawi e madna. Foram os artefatos que ge-raram mais vidas alegrando cada dia e cada noi-te. Também foi assim que os Kadeas, os primeiros seres que habitaram a Terra e outras criaturas nasceram.

    O Templo Zanbaengio era um labirinto de rochas com várias armadilhas e passagens para confundir os invasores de chegarem até os pre-sentes da Terra, os artefatos místicos. Quem con-seguisse chegar no centro de todo o Templo, re-ceberia o prêmio final. Muitos falharam e poucos conseguiram encontrar a saída depois de desisti-rem da busca pelo tesouro misterioso.

    Mathôrn continuava na Namize e foi des-coberta por um grupo de Kadeas que a trataram como se fosse um ser maior, uma divindade.

    Para os Kadeas, Mathôrn era mais que só u-ma árvore no meio de uma ilha, era um ser que alegrava e coloria toda a Namize com seu brilho dourado que era um efeito do líquido que a co-bria e as folhas pareciam feitas de chamas de hu-ohi dando a ela uma aparência de ouro.

    A Estrela Maior da Manhã, mais uma vez clareava o horizonte anunciando o nascer de um belo dia com muita luz atraente.

    Todos os dias, espalhados por toda a Na-mize, os Kadeas trabalhavam rigorosamente para satisfazer as necessidades de cada um.

    Todos os anos eram celebrados os Deuses da Terra durante o equinócio de outono para re-ceber a paz, prosperidade e proteção da mãe de todas as formas de vida. Mas nem todos concor-davam em viver da mesma forma que os outros. Por isso quatro Kadeas se voluntariaram para en-contrar o tesouro capaz de reverter aquela situa-ção.

    Para muitos sabemos o quão difícil é viver nessas condições que chamamos de vida, felizmente hoje nós iremos em busca do tesouro que irá mudar nossas vi-das para sempre e para o melhor. , disse Caio sor-rindo confiante. E não se preocupem conosco por-que voltaremos com o prêmio e todos irão receber o presente que a Mãe-Terra nos concederá. , concluiu.

    E como vamos saber se você diz a verdade? Como vocês sabem se não é só uma história? , reclamou Letícia.

    Porque não é! Nós vamos encontrar o tesouro e vol-taremos para mudar tudo isso. , respondeu Caio.

    Caio, Keila, Mila e Fernando seguiram vi-agem em busca dos artefatos místicos através de um mapa que Caio encontrou no diário do avô. O mapa era bem velho e só tinha a imagem da Namize sem muitos detalhes com uma árvore no meio.

    Aqui não diz muito o que fazer. Parece que vamos ter que procurar em cada lugar desse mapa. , disse Caio confuso com as imagens no mapa.

    Talvez devêssemos desistir disso agora. Vai ser im-possível encontrar o tesouro sem saber onde fica. , implorou Mila.

    Não! Não quero voltar para a nossa antiga vida de novo. Eu não aguento mais ficar trabalhando nas ho-ras em que poderia estar me divertindo. Como eles po-dem chamar o trabalho de diversão se todos os dias é a mesma coisa? É dia de caça, comida e dormir! , re-clamou Fernando.

    Depois de muitas buscas por longos dias e noites em todos os lugares do mapa, os quatro viajantes já estavam exaustos e perto de desisti-rem da busca por aquilo que mais desejavam, a liberdade, quando foram surpreendidos por um brilho dourado estranho que cegou os olhos dos quatro por alguns segundos. Era Mathôrn, a ár-vore da lenda que todos conheciam.

    Estou vendo coisas ou aquilo é a árvore da história que nossos avós contaram ter visto um dia? , per-guntou Keila se sentindo cega.

    Não. Todos nós estamos vendo a árvore. Ela parece enorme! , afirmou Fernando.

    Caio percebeu que havia algo de familiar naquela árvore. Ele olhou para o mapa e depois para a árvore e consultou o mapa novamente.

    É isso! , surpreendeu-se Caio.

    Isso o quê? , perguntou Keila confusa.

    A entrada para o tesouro. Aquela árvore é a entrada para o tesouro que buscamos. , respondeu Caio to-do confiante e contente.

    Os quatro caminharam lentamente até a árvore e procuraram por uma brecha, algum bu-raco ou porta que pudesse ser a entrada para o Templo Zanbaengio.

    Acredito que encontrei! , chamou Mila.

    Quando entraram para começar a caça ao tesouro, a entrada se fechou e os quatro ficaram presos. Tudo estava escuro e difícil de enxergar, mas Caio sempre tinha a solução para situações como aquela. Ele pegou uma planta especial que tinha no colar de sementes dele e iluminou o ca-minho apertando a planta que escorria uma gos-ma líquida que brilhava no escuro.

    Mais à frente tinham sete cavernas dife-rentes e cada uma levaria para um caminho po-dendo ser uma armadilha ou não.

    Que tal cada um entrar em uma e assim que alguém encontrar o tesouro, chama pelos outros? , propôs Fernando.

    Acho muito arriscado separarmos agora. E se cair-mos numa armadilha, todos nós e nunca mais encon-trarmos a saída? , espantou-se Mila.

    Deixa de ser medrosa! , reclamou Caio.

    Como decisão final, os quatro decidiram ir pela mesma entrada e caminharam por horas sem saber se estavam perto ou não do tesouro. Fernando e Mila já estavam quase desistindo quando Keila se manifestou.

    Acho que encontrei algo! , gritou Keila acenando para os outros.

    O cenário anterior não era mais importan-te com o que viram depois. O escuro se foi e uma luz natural iluminava todo o novo ambiente. Ha-viam cinco rochas enormes que lembravam as montanhas e no centro um altar vazio.

    Em cada rocha havia um artefato místico que representava um dos cinco elementos da na-tureza, conectadas para manter o selo de prote-ção seguro.

    O selo era o que impedia a saída dos qua-tro cavaleiros do Qimugsi, Fome, Peste, Guerra e Morte.

    Então é isso? Pensei que fosse um de fonte dos dese-jos que pudesse realizar nossos sonhos. , resmun-gou Mila.

    De acordo com a história, tudo o que precisamos fa-zer é encontrar o tesouro e ficar com ela como amuleto da sorte para realizar todos os nossos desejos. , co-mentou Keila.

    Então vamos logo! , insistiu Caio.

    Os quatro chegaram no centro do Templo Zanbaengio onde as rochas pareciam ser ainda mais altas que de longe e em cada uma havia um buraco que escondia os artefatos místicos. Caio se aproximou da rocha que guardava o Liadi, ar-tefato místico do ar e enfiou a mão no buraco. Quando enfiou a mão no buraco, sentiu um cho-que leve que o deixou ainda mais curioso.

    Fernando, Mila e Keila só observavam o Caio para descobrir o que poderia acontecer se fizessem o mesmo e Caio continuou enfiando ainda mais a mão no buraco para pegar o artefa-to místico.

    A fome insaciável dos Kadeas por uma vi-da melhor resultou em uma tragédia enorme pe-lo erro que Caio e seus amigos cometeram ao tentar roubar os presentes da Terra.

    O labirinto inteiro do Templo Zanbaengio começou a tremer forte e várias rachaduras fo-ram se formando no chão e nas paredes demo-lindo todo o labirinto como uma avalanche, e das rachaduras saiu um muco preto e pegajoso na cor do carvão que foi se aproximando lenta-mente para perto dos quatro Kadeas.

    O que é isso? , espantou-se Mila ao perceber o estranho muco indo na direção deles.

    O selo que prendia a corrupção foi rompi-do e os Cavaleiros do Qimugsi saíram do Infinito onde estavam presos para o bem daqueles que viviam em paz na Terra.

    Obrigado por nos libertarem. Agora nós iremos re-tribuir o favor a vocês. , disse a Peste possuindo o Caio.

    A Fome, a Guerra e a Morte também pos-suíram os corpos de Mila, Fernando e Keila e sa-íram demolindo tudo o que viam pela frente.

    Os Kadeas de toda a Namize foram corrom-pidos, brigaram de forma violenta com sangue para todos os lados e se tornaram o exército das Sombras. E assim nasceu a maldição da devasta-ção humana, uma doença incurável para os vi-vos.

    Para a segurança da Mathôrn e dos artefa-tos místicos, Namize dividiu os órgãos dela em pedaços que formaram novas ilhas. Em apenas cinco delas poderia ser encontrado os artefatos que representavam os elementos da natureza.

    Mathôrn não tinha outra opção além de se esconder das Sombras que havia destruído tudo de bom que ela fez com o madna dela como pre-sente para a Terra.

    Os cinco elementos da natureza também ficaram desequilibrados e começaram a destruir tudo com a fúria que os Kadeas despertaram da natureza.

    As miwas inundaram todas as passagens entre uma ilha e outra, os kalawis ajudaram as mi-was a se acalmarem depois de todo o trabalho e assim surgiu o Andaika. As montanhas se reuni-ram em grupo e foram preenchidas com muita diguqi e huohi, assim surgiram os Huozanis.

    No abismo da Terra estava Mathôrn con-gelada de medo, só esperando algum sinal de vi-da para lhe fazer companhia novamente. O abis-mo era um lugar muito escuro, frio e assustador onde nenhuma vida era capaz de sobreviver por muito tempo. Mas Mathôrn era diferente e se ali-mentava dos madnas que um dia já viveram co-mo seres vivos da Terra.

    As sombras governaram por anos toda a Terra até o fim de toda a vida que existia. Os Ka-deas foram extintos, a aparência da Terra mudou, as vibrações do Universo ficaram distorcidas e Mathôrn ficou presa por cinco mil anos na digu-qi sem poder sair do esconderijo. Felizmente ela ouviu uma voz estranha que a avisou sobre uma profecia.

    Cuidado com o que vê, cuidado com o que diz. Um grande qimugsi irá surgir e este mundo não será mais feliz. Somente o Escolhido será capaz de deter a amea-ça que irá gerar raízes de ódio e desordem nos corações das vítimas. O Escolhido terá como missão salvar to-das as vidas do ódio, rancor, inveja, terror, medo ou qualquer outro sentimento que cause o desequilíbrio dos mundos. Mas não se precipite, você irá conhecer o Escolhido e sob os seus cuidados, deverá ficar. Aben-çoado seja o Escolhido para salvar este mundo do Qi-mugsi.

    O Clã das Sombras

    Com o fim da Primeira Guerra, as Som-bras foram esquecidas e novas vidas surgiram o-cupando toda a Terra novamente.

    O cenário triste e vazio causado pela cor-rupção virou uma paisagem de várias cidades em ilhas com novos seres vivos, os Daekos. Dife-rente dos Kadeas, os Daekos eram mais evoluídos e pensavam mais antes de caçar e buscar o que precisavam para viver. Eram mais unidos, sem-pre havia uma roda de conversa para dizer como se sentiam naquele momento e o que poderiam fazer para melhorar o trabalho, a vida social e a saúde.

    A mercadoria também cresceu e cada civi-lização plantava a própria colheita, trocavam o que tinham pelo que não tinham com outras civi-lizações e viajavam bastante em busca de novas descobertas para melhorar a forma de viver. An-tigamente não era preciso dinheiro para ter algo, era mais recomendado trocar por algo que satis-fizesse a vontade do outro por igual.

    Na ilha Giselle a vida era tranquila. Todos se alegravam por viver num paraíso como aque-le. Boa produção e colheita, todos sempre em harmonia, gratidão e alegria. Regados pelo An-daika rodeando a ilha com miwas claras e cal-mas, campos férteis, população bem alimentada, crianças felizes e nenhuma desordem.

    Uma noite tudo isso mudou. Uma fumaça gigante que pareciam nuvens escuras cobriu to-da a ilha causando pânico nos Gisellianos, um medo que nunca haviam sentido antes na vida com arrepio dos pés à cabeça e uma sensação es-tranha de que estavam sendo espionados.

    Quando o céu ficou coberto pela escuridão por completo, estranhas sombras apa-receram cercando Giselle causando uma atmos-fera arrepiante e vazia.

    Uma figura montada em cima de uma cri-atura sombria apareceu acompanhado de um e-xército umbroso. Era o Clã das Sombras. A figu-ra sombria olhou para os Gisellianos e os amea-çou.

    " ESCUTEM TODOS! ESTA TERRA PERTENCE A MIM AGORA E VOCÊS SERÃO O MEU NO-VO EXÉRCITO! SE FIZEREM O QUE EU PE-DIR, LHES DAREI VIDA ETERNA COMO PRE-SENTE. MAS SE ME DESOBEDECEREM... , u-ma moça foi arrastada a força para perto da figu-ra que criou um buraco negro com as mãos e em-punhou uma espada cortando a cabeça da moça. ... MORRERÃO UM POR UM ATÉ QUE NÃO SOBRE MAIS NINGUÉM! ", declarou o Senhor das Sombras.

    Desenhe o Senhor das Sombras em cima da criatura sombria e o seu exército.

    Quem é você? , arriscou Ana Rachel.

    Eu? Eu sou o Conquistador dos Mundos! , gabou-se o Senhor das Sombras.

    E por que devemos obedecer a vocês? , protestou Ana Rachel.

    Já respondemos a sua pergunta assim que chegamos, então vamos repetir alto novamente. TODOS MOR-RERÃO! , esbravejou Moriax.

    Os Gisellianos encaravam o Clã das Som-bras de forma estranha. Estavam paralisados de medo com o corpo suando e os dentes rangendo escondidos pelos lábios fechados, mas as expres-sões dos rostos mostravam confiança e determi-nação para lutar pelos direitos da vida e da ilha que pertenciam aos Gisellianos.

    O Senhor das Sombras esperava uma rea-ção diferente dos convidados. Era como se esti-vesse falando apenas com estátuas sem vida.

    Nenhum presente? O que irei receber em troca do que estou oferecendo a vocês? , persuadiu o Senhor das Sombras.

    Todos continuavam congelados e sufoca-dos

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