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Contos encantados
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E-book42 páginas30 minutos

Contos encantados

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Sobre este e-book

Uma pequena feiticeira, uma lebrezinha com poderes mágicos, um espírito das águas e uma bruxa boa: Magia e sabedoria, realidade e lendas se unem em quatro histórias para ler sorrindo e para refletir.
Uma história na qual é importante pensar muito bem sobre o que desejamos. Duas histórias sobre o poder da natureza e o descuido dos homens. E um conto de Natal bem diferente.

O que outros dizem a respeito:
“Os textos são abrangentes e apropriados para crianças de várias idades e divertem inclusive os adultos. (...) Todas as histórias baseiam-se fundamentalmente numa questão que toca a todos nós: se trata de defender e proteger a natureza que está ameaçada pela desrespeitosa procura do lucro.”
“Quatro histórias delicadas e emocionantes, que não divertem somente crianças, e fazem mesmo adultos sorrirem. (...) Crianças ficam totalmente exaltadas pela magia dos contos, e adultos também, pois todas as histórias, elaboradas com experiência de vida, vão a fundo.”

IdiomaPortuguês
Data de lançamento19 de set. de 2020
ISBN9781005262600
Contos encantados
Autor

Annemarie Nikolaus

German free-lance journalist and author.Gebürtige Hessin, hat zwanzig Jahre in Norditalien gelebt. Seit 2010 wohnt sie mit ihrer Tochter in Frankreich.Sie schreibt Fiction und Non-Fiction, in der Regel in deutscher Sprache. Mittlerweile sind einige ihrer Werke in mehrere Sprachen übersetzt worden.Bleiben Sie auf dem Laufenden mit dem Newsletter: http://eepurl.com/TWEoTSie hat Psychologie, Publizistik, Politik und Geschichte studiert und war u.a. als Psychotherapeutin, Politikberaterin, Journalistin, Lektorin und Übersetzerin tätig.Ende 2000 hat sie mit dem literarischen Schreiben begonnen. Seit der Veröffentlichung der ersten Kurzgeschichten schreibt sie Romane, mit besonderer Vorliebe Fantasy und historische Romane. .

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    Contos encantados - Annemarie Nikolaus

    O riacho

    Era uma vez uma pequena menina que morava com seu pai e sua mãe numa velha azenha às margens da aldeia. O pai utilizava a força agreste do riacho zelosamente para manter o fogo da sua ferraria: Para isso, as águas faziam girar incessantemente uma grande roda de ferro. Atrás do moinho, o riacho se expandia sobre rochas escarpadas, para, então, despenhar-se subitamente. A espuma jorrava alto e deitava-se, em forma de pérolas brilhantes, sobre os arbustos, que se declinavam sobre o riacho murmurante. Era nesse lugarzinho que a menina ficava sentada, e não se cansava de ouvir o trovejar das águas.

    Lena, o que você está fazendo?, perguntava o pai de vez em quando.

    Estou ouvindo-o!

    E o pai sorria, e retornava à sua bigorna.

    No inverno, ela sentava com o gato na janela, e não se fartava de observar o mundo maravilhoso dos cristais de gelo reluzentes que o frio havia criado à beira da queda-d’água. E, quando sua mãe perguntava o que ela estava fazendo, ela assim respondia: Estou observando-o!

    A saber, o riacho, que assim como o gatinho saltava alegremente de pedra em pedra, descia a encosta pulando e rolava pela grama, parecia, para Lena, um ser vivo como o seu gato. Depois de seus pais, esses dois eram o que ela mais gostava nesse mundo. E ela desejava, dia após dia, que o espírito das águas aparecesse pessoalmente para ela, assim como outrora ele havia aparecido para a sua avó.

    E, assim, os anos foram se passando. Então chegou a primavera, na qual não queria chover. As sementes secavam nos campos, e os camponeses começaram a reclamar. O riacho também foi ficando cada vez mais magro. Porém ele se alimentava de fontes profundas da parte interna das montanhas, e sendo assim o ferreito pôde tranquilizar sua filha, dizendo-lhe que o riacho não secaria jamais.

    Quando o verão chegou a essas terras, a miséria se expandiu ainda mais. Impiedosamente o sol ardia desde o céu, e o gado nas pastagens gritava de sede. O riacho de Lena tornou-se estreito e fraco, mas continuava impulsionando a roda do moinho.

    Por horas, Lena ficava sentada à beira olhando fixamente para os regatos. Às vezes, ela se desfazia em lágrimas, pois ela ainda tinha medo de que logo ele sumisse completamente.

    Por vezes, o pai vinha, certamente para consolá-la. A água é eterna, minha filha, costumava dizer. "E nada no mundo é mais poderoso. Ela vence o fogo. Nenhuma pedra resiste a ela.

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