Encontre milhões de e-books, audiobooks e muito mais com um período de teste gratuito

Apenas $11.99/mês após o término do seu período de teste gratuito. Cancele a qualquer momento.

O Austríaco
O Austríaco
O Austríaco
E-book285 páginas3 horas

O Austríaco

Nota: 0 de 5 estrelas

()

Ler a amostra

Sobre este e-book

Um romanticismo emocionante e reale. Una pubblicazione pubblica e pessuale di un libro ufficiale di Execto do Império Austríaco, cheia de aventuras, algumas doces, algumas amargas. Envolvente e surpreendente a cada página.
Uma viagem ao norte da Itália nos anos 1800, período de grandes transformações históricas.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento13 de nov. de 2018
ISBN9781547522521
O Austríaco

Relacionado a O Austríaco

Ebooks relacionados

Romance histórico para você

Visualizar mais

Artigos relacionados

Categorias relacionadas

Avaliações de O Austríaco

Nota: 0 de 5 estrelas
0 notas

0 avaliação0 avaliação

O que você achou?

Toque para dar uma nota

A avaliação deve ter pelo menos 10 palavras

    Pré-visualização do livro

    O Austríaco - Mauro Slavich

    estranho

    O Austríaco

    Mauro Slavich

    ––––––––

    Traduzido por Marcia Soares Vargas 

    O Austríaco

    Escrito por Mauro Slavich

    Copyright © 2018 Mauro Slavich

    Todos os direitos reservados

    Distribuído por Babelcube, Inc.

    www.babelcube.com

    Traduzido por Marcia Soares Vargas

    Babelcube Books e Babelcube são marcas comerciais da Babelcube Inc.

    O austríaco.

    Estender  a liberdade até chegar no amor, porque a extensão do amor é a liberdade.

    Menorca, 30 de Maio de 2011.

    23 de Novembro de 1889.

    ––––––––

    Naquela tarde, ela tinha cremado e enterrado seu pai. Tinha levado a urna com as cinzas à beira do lago central e depois de ter escavado um pequeno buraco, ao lado daquela que seu pai chamava a minha árvore, despejou as cinzas e depois as cobriu com a terra removida pouco antes.

    Se ajoelhou e rezou.

    Foi para a casa de seu pai.

    Os braços cruzados, debaixo dos pequenos seios, abraçavam a barriga apertando a jaqueta de lã verde escura. As mãos, de dedos curtos e grossinhos e unhas bem cuidadas, se apoiavam sobre os lados opostos do corpo.Os olhos verde-azulados como os de sua mãe, estavam inchados, avermelhados e ainda molhados.

    Aurora estava em pé em frente à janela.

    Observava as divisórias de madeira, a velha pintura branca que estava se destacando das paredes e o estuque vermelho todo descascado. Seu pai gostaria de ter pintado tudo assim que saísse o primeiro dia de sol da Primavera. A sala, iluminada por velas e lâmpadas, se refletia nos pequenos quadrados de vidro. Ela via os móveis da sala e ao mesmo tempo, seguia com os olhos a viela em frente à casa, quase toda escura iluminada com somente dois lampiões.

    Olhava fixo para as pedras, molhadas com a umidade deixada pela neblina da noite, brilhantes. Ela parecia caminhar sobre elas sem tocá-las e, no final da viela, podia ver, em meio à névoa da noite, o arco central da Basílica deSanto André.Examinava tudo isso e, sem perceber, arregalou os olhos. Fotos de memórias antigas e daquele dia que acabava de terminar, se projetavam na sua frente, uma por cima da outra, como num sonho. Se sentia vazia por dentro, enquanto tinha algumas sensações, como se seu corpo estivesse coberto por uma bolha de ar.

    Se via, enquanto brincava, corria, ria e lembrava dos olhares de seu pai, calmo, preocupado, alegre.Via o pai que se inclinava, com os braços abertos, pronto para recebê-la. Ela, se jogava por cima dele, abraçando-o pelo pescoço e ele, levantando-se, a segurava e beijava suas bochechas fazendo pressão. Lembrou-se de uma manhã especial. Ela era menina e estava de mão dada com o seu pai, durante um de tantos passeios pelo centro da cidade. Em um determinado momento,viram várias pessoas, todas paradas olhando em direção ao final da rua. Seu pai também parou por curiosidade. Ele se inclinou e viu que estava chegando uma caravana de um circo, com as cenas de seus espetáculos pintadas nos carros. Se abaixou, pegou-a no colo e disse baixinho: Olha, mas não tenha medo.

    Ela apertou o pescoço dele e apoiou a bochecha na dele. Se emocionou quando passaram em frente a eles com os carros tipo gaiolas e os animais dentro.Viu os elefantes atrás do ultimo carro. Se maravilhou. Nunca tinha visto animais assim tão grandes. Eles se moviam lentamente, mas com graça e leveza, apesar de seu tamanho, na rua empoeirada. Um atrás do outro, segurando o rabo com a tromba.

    Por último, tinha os palhaços. Vestiam roupas de dois ou três tamanhos maiores, remendadas com pedaços de tecido de várias cores. Vestiam grandes cachecois, muito longos. Eles caminhavam, tropeçando e caindo, fazendo-a rir.

    Estas reminiscências arrancaram um sorriso dela.Ela engasgou e suas mãos, inconscientemente, passaram sob os olhos, enxugando as lágrimas. Abriu a janela, deixando entrar o ar frio e úmido. Sentia vontade de refrescar o rosto. Os acontecimentos daquele dia e as memórias que passaram por sua mente, deram-lhe uma sensação de calor.Deixou passar alguns minutos, respirando o ar úmido e quando as emoções se recuaram, suas bochechas coradas, voltaram a ficar pálidas, fechou a janela.

    Ela se sentou na poltrona do escritório. Seu olhar passou por alguns objetos que estavam alí em cima: uma caneta preta, várias penas diferentes ao lado do tinteiro, um vaso de barro vermelho com uns girassóis murchos, uma cúpula de abajur toda de vidro colorido na qual brilhava uma borboleta de cabeça vermelha e um velho carderno de couro marrom escuro. Este último a deixou curiosa, e ela pegou para ler. O abriu.

    Atrás da capa tinha um envelope e ao centro estava escrito Para Aurora, com amor.

    Se surpreendeu, hesitou e apoiou o envelope sobre o coração. Seus olhos se moviam velozes de uma parede para a outra, do teto ao chão. Contemplou um móvel depois do outro, o bufê, o armário, a estante, a mesa com a poltrona onde estava sentada, a mesa com três cadeiras no centro da sala. Admirou os dois quadros  de um pintor russo, pendurados na parede.

    Representavam, ambos, a estepe russa. Um a representava no Inverno e o outro na Primavera. Continuou a correr o olhar pelas coisas da sala e notou vários pequenos objetos apoiados por toda parte. Testemunhavam toda uma vida.

    Ela soltou um suspiro e beijou o envelope; na frase dedicada a ela. Levantou o olhar para refrescar os olhos e quando enxugou as lágrimas, abaixou os olhos  novamente. Talvez, ela esperava ver alguma sombra, mas não viu nada.

    Abriu o envelope.

    A carta era toda escrita em letra cursiva, com a caligrafia clara e elegante de seu pai.

    Ela começou a ler.

    "Caríssima Aurora, minha adorada.

    Estou velho, você sabe. Os cabelos se tornaram brancos e meus dias estão para acabar.

    Escrevo esta carta porque é correto que você conheça uma história que eu nunca te contei. Fala de mim e de sua mãe.

    Quando você era pequena, eu te contava que a mamãe estava no céu, em companhia dos Anjos e estava bem. Estava em um lugar maravilhoso, o lugar mais bonito do mundo e que um dia iríamos encontrá—la.

    Você, estava crescendo, tinha que aprender a viver. Te ensinei a respeitar as pessoas e a ser respeitada por elas. Compreender o dom da vida. Amar a natureza e os seres humanos, mesmo quando você quisesse odiá-los. Ser uma pessoa justa e honesta. Amar a Deus. Frequentar a Igreja Batista. Estudar a Bíblia Sagrada.

    Vivi a minha vida com paixão e amor por você.

    Procurei ser um bom pai e, em vista do resultado, creio que consegui. Sua mãe foi a minha última mulher porque ainda sou apaixonado por ela, mesmo que tenham passado tantos anos.

    Eu guardava sempre suas lembranças, não queria dividí-las com ninguém, nem mesmo com você.

    Você era linda quando era pequenina.

    Seus cachinhos desciam como estrelinhas desfiadas pelo seu rosto. Sinceramente, eu nunca vi uma outra menina bonita como você.

    Com orgulho, eu dizia Esta é a minha filha a quem me perguntava quem era aquele anjinho perto de mim.

    Você se tornou mãe e estou feliz por você. Agora você tem uma família toda sua, e era isso que eu esperava. Você não precisa mais de mim e agora chegou o momento de conhecer a história da nossa família.

    Estou escrevendo esta carta e enquanto eu penso no que te dizer, o meu olhar corre pela árvore inclinada, onde, entre suas raízes, repousa a sua mãe. A minha espada toca a terra. As minhas botas, pretas e brilhantes, acavaladas, estão em direção ao lago. Fecho meus olhos e muitas recordações dos tempos passados chegam e se dissolvem, como as ondas deste lago que se repetem initerruptamente para depois se desmancharem na margem e fazem com que eu me sinta triste e feliz.

    Quando chegará o meu dia, você vai ter enterrado as minhas cinzas ao lado das de sua mãe.

    Finalmente, depois de tantos anos, poderei abraçar de novo a minha Alba.

    Seja orgulhosa de nós e de suas origens.

    Um beijo, seu pai."

    Aurora soltou um suspiro, dissolvendotoda a tensão que tinha acumulado, liberando-se do peso que a oprimia. Dobrou as folhas e as recolocou no envelope. A curiosidade fez ela virar as páginas amareladas do velho caderno. Fechou-o e colocou-o de novo sobre a mesa. Era já tarde e ela queria rever seu marido e seu filho. Se levantou, vestiu o casaco, depois apagou as lâmpadas e as velas.Saiu fechando a porta da casa e girando a chave duas vezes na fechadura.

    Iria voltar no dia seguinte.

    Desceu as escadas, abriu o portão e cobriu os cabelos com seu lenço preferido, fazendo um nó abaixo do queixo. A neblina nas vielas criava uma atmosfera romântica, fazendo com que a cidade de Mantova ficasse ainda mais bonita. As percorreu uma a uma, e o barulhinho regular de seus saltos, que batiam nas placas de granito da calçada, era o único barulho que se ouvia pelo caminho de retorno à sua casa.

    Seu marido Enrico e seu filho Luigi estavam esperando por ela e quando ela entrou, um de cada vez, a abraçou confortando-a.

    Como você se sente? Perguntou seu marido.

    Cansada. Respondeu. Vou beber uma xícara de leite e depois vou dormir. Acrescentou ela.

    Enrico pegou Luigi pela mão e o acompanhou ao seu quarto. Colocou-o na cama e desceu de novo as escadas, voltando para a cozinha. Sentou-se na outra ponta da mesa e ficou observando sua esposa, enquanto ela bebia o leite. Não disse uma palavra.

    Quando Aurora acabou de beber, Enrico se levantou, pegou a leiteira e a apoiou na pia. Se aproximou de sua esposa, massageou as suas costas e perguntou: Vamos dormir?

    Sim. Respondeu ela, levantando-se.

    Ele abraçou sua cintura, e, lado a lado, subiram a escada para a parte de cima da casa.

    Aurora, depois de tomar um banho e colocar a camisola, voltou para o quarto, levantou a coberta e se deitou.

    Enrico, deu um beijinho na sua bochecha, dizendo: Boa noite.

    Boa noite, meu amor. Respondeu a ele, bocejando.

    Adormeceu rapidamente e sonhou com seu pai. Ele estava perto dela, enquanto ela empurrava o carrinho com o pequeno Luigi, recém nascido.Era um dia de sol e vento do Outono mantovano. Folhas secas se levantavam com o vento, junto com a poeira da rua.O céu cinza prometia chuva. Seu pai, caminhava com a cabeça erguida. Nunca tinha deixado de ser um militar. Ela olhava para ele e se sentia protegida.

    Acordou no meio da madrugada. Seu coração batia forte e sua respiracão era curta e rápida. Tentou ver, na escuridão do quarto, um pouco de luz que vinha das fendas das persianas e quando viu as linhas claras, se tranquilizou, fechou os olhos e adormeceu de novo. Acordou às sete.

    Se levantou e lembrando-se do sonho, parecia ter vivido, mais uma vez, em companhia de seu pai.

    Sorriu.

    Enrico, Luigi e suas tarefas de todos os dias estavam esperando por ela.

    Depois do almoço, Enrico voltou para a carpintaria. Ela, acompanhou Luigi à casa de uma amiga e depois foi para a casa de seu pai. Abriu a porta da casa, sentiu o cheiro da madeira e da cera queimada que enchiam a sala, acendeu as lâmpadas e as velas.

    Ela gostava daquela atmosfera, como também seu pai gostava. Sentou-se na poltroninha e pegou o caderno de couro marrom.

    O abriu.

    A primeira página era branca.

    Na segunda, estava escrito, ao centro, A minha vida.

    A minha vida

    "Ter nascido no lugar mais bonito do Mundo foi uma sorte.

    O vale de Frenštát pod Radhoštěm

    era cercado por montanhas cheias de bosques e seus picos se elevavam para o céu como monumentos."

    1 –As minhas origens.

    ––––––––

    Me apresento:

    O nome do meu avô era Heinrich Slovak e ele era um soldado dos Habsburgos.

    O nome do meu pai era Karl Slovak e ele foi um suboficial dos Habsburgos.

    Meu nome é Alois Slovak e eu fui um Oficial dos Habsburgos.

    Nasci no dia 14 de Outubrodo ano de 1830 em Frenštát pod Radhoštěm, um pequenovilarejo nos Cárpatos da Moravia – Silésia.

    Sou descendente do povo dos valacos que tem como origem o povo dos volcas.

    Os volcas viveram entre a Franconia e a Bohemia, mas foram expulsos pelos germânicos e pelos dachas. Eles se dividiram, refugiando-se em diversas regiões.Um grupo estabeleceu-se na Franconia e outro desceu para os Cárpatos atingindo a Anatólia. As famílias dos dois grupos, à medida que encontravam um lugar ideal, se estabeleciam e começavam suas novas vidas. Os meus antepassados se estabeleceram na região da Valáquia. Se adaptaram ao modo de vida do local.Pastagens para criação de gado e bosques ao redor para ir caçar, procurando sempre pela abundância de alimentos e peles. Nos séculos XIV e XV osOtomanos atacaram aValáquia, forçando a população a emigrar. Pequenos grupos de valacos mudaram-se para as montanhas dos Cárpatos, até a Polônia, e foram se estabelecendo, parando um pouco daqui, um pouco de lá.Eles se tornaram pastores nômades. Meus antepassados se estabeleceram na Moravia - Silésia e participaram da Guerra dos Trinta Anos, pois os Habsburgos queriam abolir as leis dos valacos.

    Sendo uma pequena nação contra um grande exército, lutaram com técnicas de guerrilha, na prática, faziam incursões e emboscadas. Lutando como uma horda, eles sairam vitoriosos nos primeiros anos da guerra, e mais tarde foram resgatados pelos húngaros, mas em 1624 foi assinada a paz entre os Habsburgos e a Hungria. Nesse momento, os Habsburgos aproveitaram a oportunidade para atacar as montanhas valacas de Vsetin, mas os valacos venceram o que foi descrito como um massacre.

    Em 1626, juntamente com os dinamarqueses conquistaram Lukov e Hranice, mas em 1627 o contra-ataque dos Habsburgos forçou os dinamarqueses e valacos a se retirarem. Em 1630, a Valáquia tinha controle apenas por alguns redutos nos Cárpatos. A última revolta dos valacos contra os Habsburgos foi em 1640, quando os valacos se aliaram com os suecos.Depois de três anos, os suecos retiraram-se para se concentrar em uma guerra contra a Dinamarca e os valacos ficaram sozinhos.

    Em 1644 um ataque maciço dos Habsburgos contra os valacos foi realizada nas montanhas a leste de Vsetin. A expedição dos Habsburgos foi completada por uma batalha que culminou com o fogo dos vilarejos valacos, o desarmamento da população, a destruição dos campos e do gado. Um quinto dos homens de Vsetin foi morto. Os fugitivos foram perseguidos e capturados.

    Em alternativa à sentença de morte foi imposta, como uma escolha, o juramento de fidelidade aos Habsburgos, e a conversão à fé católica. Muitos valacos foram executados.

    Naquele tempo, os valacos foram definidos pelos Habsburgos como um povo guerreiro e, em particular, os valacos da Moravia foram chamados de escória local.

    O meu espírito é valaco: guerreiro, rebelde, livre.

    2 –O diabo na carruagem.

    ––––––––

    Eu tinha três, talvez quatro anos e era Verão. Estava chegando uma tempestade, os relâmpagos e os estrondos de fundo dos trovões se repetiam continuamente. Os raios atiravam-se ao chão com rumores que pareciam tiros de canhão.

    Eu estava no quintal. Nu. Em pé dentro de uma banheira de metal na qual vovó Ethel me dava banho.

    Toda vez que ela escutava um trovão, exclamava: Olha o diabo chegando de carruagem.

    Eu olhava as nuvens, tentandovê-lo e quando eu conseguia ver um relâmpago,me assustava e perguntava para ela: Ele está vindo para me levar embora?

    Não, se você for bonzinho não. Me respondia.

    Eu tive medo do diabo por vários anos.

    3 –A coleira.

    ––––––––

    Frenštát era um vilarejo com vários habitantes, situado no final de um vale entre os Cárpatos da Moravia.

    EntreOutubro e Marçoquedas de neve eram frequentes e no mês de Janeiro, a neve virava gelo e transformava o vilarejo em um lugar de conto de fadas. As árvores do bosque, desfolhadas, eram cobertas por um manto branco. A neve nos telhados era retida por parapeitos feitos de fios de ferro e com um metro de altura.Dos telhados das casas, desciam calhas com meio metro de comprimento.Os invernos eram rígidos e longos, e finalmente, vinham as chuvas de Primavera que lentamente derretiam os blocos de neve congelada.

    Na temporada de Verão, os moradores tinham belos hábitos. Eles faziam um passeio com a família todo final da tarde. Eles se vestiam com roupas de festa e andavam para cima e para baixo na rua principal. Às vezes, eles paravam para cumprimentar um amigo, um conhecido. Eles trocavam algumas palavras e se comportavam com grande formalidade, mesmo conhecendo-se desde crianças.

    Eu, erauma criança inquieta. Minha mãe alegava sempre que eu tinha uma natureza inquieta.

    Quando meus pais me levavam para fazer a caminhada, eles me colocavam entre eles segurando as minhas duas mãos. Na primeira oportunidade eu fugia correndo entre as pessoas.

    Às vezes eu me jogava no chão, ou, passava entre as pernas de pessoas que estavam andando. Eles poderiam até tropeçar, cair e me machucar.

    Minha mãe teve a ideia de me amarrar e

    Está gostando da amostra?
    Página 1 de 1