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Cabala e a arte de manutenção da carroça: Lidando com a lama, o buraco, o revés e a escassez
Cabala e a arte de manutenção da carroça: Lidando com a lama, o buraco, o revés e a escassez
Cabala e a arte de manutenção da carroça: Lidando com a lama, o buraco, o revés e a escassez
E-book96 páginas1 hora

Cabala e a arte de manutenção da carroça: Lidando com a lama, o buraco, o revés e a escassez

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Sobre este e-book

Inaugurando a série Reflexos e Refrações, permeada dos ensinamentos sapienciais da cabala, Cabala e a arte de manutenção da carroça aborda o risco envolvido na gestão de negócios e propõe estratégias para lidar com problemas que desafiam qualquer forma de empreendimento.
Cabala e a arte de manutenção da carroça nos orienta de forma simples e eficaz a atingir nossos objetivos, desfrutando do caminho. A um só tempo guia conciso e reflexão profunda sobre a arte e a ciência de fazer negócios e administrar riscos, este livro, com base na cabala e permeado de anedotas de rabinos e carroças, nos convida a refletir sobre o trabalho e a vida.
"A boa gestão revelou-se não como a arte de evitar o risco, mas de expor-se a ele." Essa é uma das premissas do autor. Saber como expor-se adequadamente ao risco é relevante não apenas no mundo dos negócios, mas no nosso cotidiano. Tentar evitar totalmente o risco nega o business, na medida em que só não há risco onde há negação, que nos cega. Corremos riscos ao sair de casa, atravessar a rua. E mesmo dentro de casa, estamos rodeados de diferentes tipos de contratempos.
No mundo dos negócios e da economia, o foco no médio e no longo prazo é essencial para conseguirmos superar os percalços em curto prazo. É também recomendável precaver-se contra a ciclotimia dos mercados, onde o boom and bust é infelizmente a norma, provocando crises periódicas. Assim sendo, como afirma Bonder, "a ordem não pode ser uma medida pontual, e aquele que desesperar na primeira desordem não irá longe. A vida é cheia de altos e baixos, e o pior que podemos fazer é ficar eufóricos nas subidas e deprimidos nas descidas".
Ao final dessa leitura, saímos todos com os dois pés bem firmes no chão, inspirados por reflexões e ensinamentos que em muito contribuirão para o nosso próprio bem-estar, assim como para o da comunidade e do país em que vivemos.
- Ilan Goldfajn, Ex-presidente do Banco Central
IdiomaPortuguês
Data de lançamento8 de jul. de 2019
ISBN9788581227696
Cabala e a arte de manutenção da carroça: Lidando com a lama, o buraco, o revés e a escassez

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    Cabala e a arte de manutenção da carroça - Nilton Bonder

    A meu vô Pedro,

    carroceiro pelas paragens

    entre Cruz Alta e Passo Fundo

    SUMÁRIO

    Para pular o Sumário, clique aqui.

    INTRODUÇÃO

    Num pé só

    O RISCO

    Tsures happens

    A carroça

    A Cabala

    As histórias

    I

    Físico – LAMA

    Um ou seis cavalos?

    Emocional – BURACO

    Saindo do lugar

    Intelectual – REVÉS

    O cavalo morreu

    Espiritual – ESCASSEZ

    Para além da carroça

    II

    Descidas

    não esforço (Antilama)

    Paradas

    nichos (Antiburaco)

    Outras carroças

    competição (Antirrevés)

    Subidas

    propósito (Antiescassez)

    Risco

    conclusão

    APÊNDICE

    Perspectivas da carroça

    INTRODUÇÃO

    Num pé só

    A intenção deste livro é ser econômico.

    Econômico em conteúdo porque fala sobre manutenção e gestão; e econômico em forma porque trata de oferecer um escrito reverberante – mais extenso nas entrelinhas que no texto.

    Esse é um desafio absoluto a um rabino. Rabinos são palavrosos, como versa a anedota sobre o rabino que inicia seu discurso explicando: Antes de falar, gostaria de dizer algumas palavras. Ou como bem pontuava o filósofo Blaise Pascal em carta a um amigo: Por falta de tempo, lhe escrevo este longo texto. O sucinto é laborioso, o simples é labiríntico.

    Um livro ponte aérea não é um atendimento ao fast, mas o reconhecimento de um mundo entupido não só de plásticos, como também de palavras. Escrever palavras passou a não mais demandar o gasto de papel; as palavras se tornaram partículas que não ocupam espaço, perderam peso.

    Dizer algo enquanto se está num pé só é um conceito milenar na tradição judaica. Tal como no relato do sábio Hilel que, ao ser desafiado a sintetizar toda a Torá, enquanto estivesse num único pé, disse: Não faça ao outro o que não quer que façam a você. Aí está toda a Torá, e o resto é comentário – vá e estude! O resto é fundamental, mas nasce desse pequeno manancial que se faz rio e deságua em oceanos.

    O RISCO

    A intenção deste livro é abordar o risco.

    Ao experimentar a sensação animal de perigo, o ser humano criou a ideia de risco, um instrumento interpretativo fantástico, medular para nossa evolução. A partir desse instinto, forjou-se uma ferramenta para lidar com ameaças e antecipar adversidades. Risco significa traço, com o qual se pode demarcar inconvenientes que existem para um lado ou para o outro. No plano vazio do destino, o ser humano traçou um risco e tentou, desde então, não tirá-lo de sua mira.

    Para além da aptidão de perceber essa linha e conhecer o risco, o ser humano desenvolveu intimidade com a noção de imprevisto e incidente, razão pela qual a noção de que shit happens, ou de que existe uma lei de Murphy, provoca imediata identificação. Porém, para total surpresa de nossa espécie, o risco não é para ser evitado. Flertar com o risco mostrou-se um recurso inestimável para nossa civilização.

    O perigo não é apenas um dispositivo da sobrevivência, mas a epiderme que roça a vida. Para além da lesão ou da letalidade que pode causar, o risco nos expõe e aproxima da própria vida e de tudo que lhe diz respeito. A boa gestão revelou-se não como a arte de evitar o risco, mas de expor-se a ele.

    TSURES HAPPENS

    Infortúnios acontecem. Eles não são produtos do caos, mas da consciência. Nossas expectativas são atropeladas porque podemos fazer escolhas, mas não controlamos os resultados. Se não fosse pelo poder de escolha, o resultado nunca seria um infortúnio. Seria, no máximo, um obstáculo – a parte difícil ou custosa de uma tarefa sem qualquer conotação de valor.

    Tsures é a palavra do dialeto iídiche que melhor designa infortúnios,

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