Blimundo: O maior boi do mundo

De Celso Sisto e Elma Maria Neves da Fonseca

Selo Distinção Cátedra 10 Unesco de leitura - 2018
Selo altamente recomendável da FNLIJ - 2019
Coleção Quem conta um conto aumenta um ponto.
"A campa é imensa, correi, meu boizinho, que é hora de Senhor Rei virar-se sozinho!"
Blimundo é um boi apaixonado pela liberdade, pela natureza e dono de seu próprio destino - mas não do seu coração, que desde sempre pertenceu à linda Codezinha. O todo-poderoso Senhor Rei Morgado, dono absoluto das terras, das águas e dos trapiches, quis logo acabar com aquela ousadia e armou para Blimundo uma perigosa armadilha.
Quem daqui sairá vencedor: a liberdade ou a tirania?
Celso Sisto conduz a narrativa com a maneira própria dos contadores de história: leve, ritmada e atraente. Amor, opressão, vaidade, traição e decepção são assuntos abordados na fábula africana com delicadeza e densidade, assim como resistência, luta contra a exploração da mão de obra escrava e liberdade. Os diálogos vêm em rimas e, ao recolher esse conto do Cabo Verde, Sisto brinda o leitor brasileiro com referências típicas da cultura do país africano, decifradas em discretas notas de rodapé. As cantigas que permeiam a história nos levam diretamente ao Bumba meu boi, tão popular e querido no Brasil, e cujas lendas, em sua maioria, também têm origem na cultura trazida ao país pelos escravos.
Em Blimundo – O maior boi do mundo, Celso Sisto e a ilustradora Elma criaram um livro que promove a cultura africana e celebra as raízes da cultura brasileira.

• Idioma: Português
• Editora: Rocco Pequenos Leitores
• Data de lançamento: 9 de jan. de 2018
• ISBN: 9788562500923

Pré-visualização do livro

Créditos

Blimundo nasceu para ser livre. Era boi, boi grande, enorme. Boi alegre e forte. Quem não ouviu falar? Não era segredo! Saltava pelas montanhas, cobertas de dragoeiros, batia os cascos nas rochas vulcânicas, atravessava as ribeiras e era dono do seu destino, porque não servia a patrão nenhum. Mugia alto, para lembrar a todos que ninguém tinha que ser escravo.

Se havia cascatas de águas cristalinas, lá estava ele. Se havia pontes de troncos, estendidas sobre os altos precipícios, lá estava ele. Se havia caminhos nas dunas de areia, em lugar que ninguém nunca tinha pisado, lá estava ele.

Blimundo era capaz de falar com qualquer um, gente ou animal, ninguém podia fazer mal a ele. Suas palavras ecoavam depressa, pelos quatro cantos do