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AFRODITE - Pierre Louys
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E-book241 páginas4 horas

AFRODITE - Pierre Louys

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Sobre este e-book

Nascido na França, Pierre Louys (1870 -1925) foi poeta, narrador de língua francesa e membro do movimento simbolista. O romance Afrodite se desenvolve na antiga cidade de Alexandria, no século I a.C., onde o celebre artista Demétrio se apaixona por Crísis uma sacerdotisa de Afrodite cuja beleza atinge um nível muito próximo da perfeição, a ponto de quase ser confundida com a própria Deusa. Para conquistar o amor da bela mulher, Demétrio terá de cometer três crimes entre eles assassinato e sacrilégio, deixando todos os princípios morais e éticos de lado. Afrodite é um clássico do amor erótico e representa uma reflexão friccionada sobre a paixão e a carne. É uma apologia do amor físico e uma fascinante história de amor que reflete com extrema fidelidade a visão helênica do papel do homem e da mulher na cultura grega.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento1 de out. de 2020
ISBN9786587921556
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    AFRODITE - Pierre Louys - Pierre Louys

    cover.jpg

    Pierre Louys

    AFRODITE

    Segunda edição

    Título original:

    Aphrodite

    CLÁSSICOS ERÓTICOS

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    ISBN: 9788583861492

    A LeBooks Editora publica obras clássicas que estejam em domínio público. Não obstante, todos os esforços são feitos para creditar devidamente eventuais detentores de direitos morais sobre tais obras. Eventuais omissões de crédito e copyright não são intencionais e serão devidamente solucionadas, bastando que seus titulares entrem em contato conosco.

    Prefácio

    Prezado Leitor

    Nascido na França, Pierre Louys (1870 -1925) foi poeta, narrador de língua francesa e membro do movimento simbolista. De ascendência aristocrática, Pierre estudou filosofia e tornou-se amigo de André Gide e posteriormente de Paul Valéry.

    O romance Afrodite se desenvolve na antiga cidade de Alexandria, no século I a.C., onde o celebre artista Demétrio se apaixona por Crísis uma sacerdotisa de Afrodite cuja beleza atinge um nível muito próximo da perfeição, a ponto de quase ser confundida com a própria Deusa.

    Afrodite é um clássico do amor erótico e representa uma reflexão friccionada sobre a paixão e a carne. É uma apologia do amor físico e uma fascinante história de amor que reflete com extrema fidelidade a visão helênica do papel do homem e da mulher na cultura grega.

    Uma excelente leitura

    LeBooks Editora

    Sumário

    APRESENTAÇÃO

    Sobre o autor

    Sobre a Obra

    PREFÁCIO DO AUTOR

    LIVRO PRIMEIRO

    I — CRÍSIS

    II — NO MOLHE DE ALEXANDRIA

    III — DEMÉTRIO

    IV — A PASSANTE

    V — O ESPELHO, O PENTE E O COLAR

    VI — AS VIRGENS

    VII — OS CABELOS DE CRÍSIS

    LIVRO SEGUNDO

    I — OS JARDINS DA DEUSA

    II — MÉLITA

    III — O AMOR E A MORTE

    IV — LUAR

    V — O CONVITE

    VI — A ROSA DE CRÍSIS

    VII — O CONTO DA LIRA ENCANTADA

    LIVRO TERCEIRO

    I — A CHEGADA

    II — O JANTAR

    III — RACÓTIS

    IV — ORGIA NA CASA DE BÁQUIS

    V — A CRUCIFICADA

    VI — ENTUSIASMO

    VII — CLEÓPATRA

    LIVRO QUARTO

    I — O SONHO DE DEMÉTRIO

    II — O TERROR

    III — A TURBA

    IV — A RESPOSTA

    V — O JARDIM DE HERMANÚBIS

    VI — AS MURALHAS DE PÚRPURA

    LIVRO QUINTO

    I — A NOITE SUPREMA

    II — O PÓ VOLTA À TERRA DE ONDE VEIO

    III — CRÍSIS IMORTAL

    IV — A COMPAIXÃO

    V — A PIEDADE

    Conheça outros títulos da coleção Clássicos Eróticos – LeBooks

    APRESENTAÇÃO

    Sobre o autor

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    Ninguém ainda afirmou que na posse do que queremos, encontramos felicidade, ou prazer, ou bem-estar ou apenas equilíbrio

    Nascido na França, Pierre Louys (1870 -1925) foi poeta, narrador de língua francesa e membro do movimento simbolista. De ascendência aristocrática, Pierre estudou filosofia e tornou-se amigo de André Gide e posteriormente de Paul Valéry.

    Em 1891 publicou sua primeira coleção de poemas, Astarté, na revista Le Conque e continuou a interagir com o meio simbolista, tanto belga como francês, colaborando em publicações como La Revue Blanche, Mercure de France e Centaure.

    No ano seguinte começou a escrever prosa tendo destaque as histórias líricas Leda, Ariadna e, sobretudo, as Canções de Bilitis, uma reconstrução meticulosa das letras lésbicas que se apresentavam como a tradução de um original, na verdade inexistente.

    Durante uma estada em Londres, na companhia de Oscar Wilde, ele esboçou em verso Afrodite, o romance que o consagraria e que descreve os tormentos de uma adolescente em busca do amor verdadeiro.

    Pierre Louys passou dez anos meditando durante um retiro no campo e, em 1916, redescobriu um esboço esquecido de seu grande poema Pervigilium Mortis, que foi concluído por ele.

    Sobre a Obra

    O romance Afrodite se desenvolve na antiga cidade de Alexandria, no século I a.C., onde o celebre artista Demétrio se apaixona por Crísis uma sacerdotisa de Afrodite cuja beleza atinge um nível muito próximo da perfeição, a ponto de quase ser confundida com a própria Deusa.

    Para conquistar o amor da bela mulher, Demétrio terá de cometer três crimes entre eles assassinato e sacrilégio, deixando todos os princípios morais e éticos de lado.

    Afrodite é um clássico do amor erótico e representa uma reflexão friccionada sobre a paixão e a carne. É uma apologia do amor físico e uma fascinante história de amor que reflete com extrema fidelidade a visão helênica do papel do homem e da mulher na cultura grega.

    PREFÁCIO DO AUTOR

    As próprias ruínas do mundo

    grego nos ensinam de que modo a

    vida, em nosso mundo atual, poderia

    tomar-se suportável.

    Richard Wagner.

    O erudito Pródico de Ceos, que floresceu no declinar do século V antes de nossa era, é autor do célebre apólogo que São Basílio recomendava às meditações cristãs: Hércules entre a Virtude e a Volúpia. É sabido que Hércules optou pela primeira que lhe permitiu cometer certo número de crimes nefandos, com as Corças, as Amazonas, as Maçãs de Ouro e os Gigantes.

    Se Pródico se houvesse limitado a isto, teria apenas escrito uma fábula de simbolismo bastante acessível; era, entretanto, o filósofo, e sua coletânea de contos, Horas, dividida em três pari apresentava as verdades morais sob os vários aspectos que pode assumir, segundo as três épocas da vida. Às crianças, aprazia mostrar como exemplo a austera escolha de Hércules; aos moços sem dúvida, narrava a voluptuosa eleição de Paris; e suponho que aos homens feitos dizia mais ou menos isto:

    — Andava Ulisses certo dia caçando ao pé das montanhas Delfos, quando lhe apareceram no caminho duas virgens de mão dadas. Tinha uma os cabelos da cor das violetas, olhos transparentes, lábios graves: Sou Areté, lhe disse. Tinha a outras pálpebras frágeis, mãos delicadas, seios mimosos: Sou Trifé lhe disse. E ambas, a um tempo: Escolhe uma de nós. Mas Ulisses respondeu sabiamente: Como poderia escolher inseparáveis? Os olhos que viram passar uma de vós sem a outra não surpreenderam mais que uma sombra estéril. Assim como, virtude sincera não se priva das alegrias eternas que a volúpia proporciona, a franqueza seria condenável se não fosse acompanhada de certa grandeza de alma. Seguirei ambas. Mostrai-me caminho. — Mal concluíra, confundiram-se as duas visões Ulisses compreendeu que falara à grande deusa Afrodite.

    A personagem feminina protagonista do romance que folhear é uma cortesã antiga; mas tranquilizem-se os leitores: não se converterá.

    Não será amada por um monge, nem por um profeta, nem por um deus. Isso, na Literatura atual, já é originalidade.

    Cortesã, sê-lo-á com a franqueza, o ardor, e também a altivez de todo ser humano que tem uma vocação e ocupa, na sociedade, uma posição livremente escolhida; terá a ambição de ascender aos paramos; não imaginará sequer que sua vida tenha necessidade de desculpa ou de mistério; eis algo que exige explicação.

    Até agora, os modernos escritores que se têm dirigido a um público menos suscetível que o das mocinhas e estudantes, têm usado um laborioso estratagema, cuja hipocrisia me desgosta: Pintei a orgia tal qual é, dizem, com o fito de exaltar a virtude. No frontispício de um romance passado em Alexandria, nego-me absolutamente a cometer semelhante anacronismo.

    O amor, com todas as suas consequências, era para os gregos o sentimento mais virtuoso e mais fecundo em grandeza. Nunca lhe atribuíram as ideias de impudicícia e de imodéstia que a tradição israelita trouxe para nosso meio com a doutrina cristã. Heródoto (1,10) diz-nos muito naturalmente: Entre alguns povos bárbaros, é uma vergonha aparecer nu no meio de gente. Quando os gregos ou os romanos queriam insultar um homem que frequentava prostitutas, chamavam-no de poixos ou moechus, que significa apenas: adúltero. Um homem e uma mulher que, sem estarem aliás ligados por qualquer laço, se uniam, embora em um lugar público e fosse qual fosse sua pouca idade, eram considerados como gente que não faz mal a ninguém e deixados em plena liberdade.

    Compreende-se que a vida dos antigos não poderia ser julgada de acordo com a moral que hoje em dia nos vem de Genebra.

    Eu, por mim, escrevi este livro com a mesma simplicidade que um ateniense imprimiria à narração de aventuras semelhantes. Desejo que seja lido com idêntica disposição de espírito.

    Se fôssemos julgar os gregos antigos segundo as ideias recentemente aportadas, nenhuma tradução exata de seus maiores escritores poderia ser posta em mãos de um estudante de escola secundária. Se o Sr. Mounet-Sully quisesse representar seu papel de Édipo, sem cortes, a polícia mandaria suspender a representação se o Sr. Leconte de Lisle não houvesse expurgado Teócrito, por prudência, sua versão teria sido apreendida no mesmo dia em que foi posta à venda. Considera-se Aristófanes excepcional? Mas possuímos fragmentos importantes de mil e quatrocentos e quarenta comédias, devidas a cento e trinta e dois outros poetas gregos, alguns dos quais, tais como Aléxis, Filetário, Estrátis, Eubulo, Cratinos, nos deixaram versos admiráveis, e ninguém ainda ousou traduzi-los.

    Citamos sempre, com o intuito de interdizer os costumes gregos, as lições de alguns filósofos que censuravam os prazeres sexuais. Há nisto confusão. Esses raros moralistas reprovavam os excessos de todos os gêneros indistintamente, sem que para eles houvesse diferença entre a orgia da mesa e a orgia do leito. Aquele que, hoje em dia, pedisse impunemente um jantar de cento, e vinte francos, para si, em um restaurante de Paris, seria por eles julgado tão culpado, e não menos, quanto outro que travasse e plena rua uma entrevista demasiado íntima e fosse, por esse fato condenado a um ano de prisão pelas leis em vigor. — Aliás, esses austeros filósofos eram geralmente considerados pela sociedade antiga como doidos doentes e perigosos; escarneciam-nos todos os teatros; moíam-nos de pancada na rua; os tiranos tomavam-nos como bobos em suas cortes, e os cidadãos livres exilavam-nos, quando não os julgavam dignos de sofrer a pena capital.

    É, portanto, por uma mistificação consciente e voluntária que os modernos educadores, desde a Reforma até a hora atual, têm representado a moral antiga como inspiradora de suas virtudes estreitas. Se essa moral foi grande, se merece com efeito ser toma por modelo e obedecida, é precisamente porque ninguém sou melhor distinguir o justo do injusto segundo um critério de beleza, proclamar o direito que todo homem tem de procurar a felicidade individual nos limites que lhe impõe o idêntico direito de outrem, e declarar que sob o Sol nada existe mais sagrado que o amor físico, nada mais belo que o corpo humano.

    Tal era a moral do povo que erigiu a Acrópole; e se acrescentar que continuou sendo a de todos os espíritos esclarecidos, não farei mais que reafirmar o valor de um lugar-comum, tão provado está que as inteligências superiores de artistas, escritores, homens de guerra ou homens de estado, jamais tiveram por ilícita sua majestosa tolerância. Aristóteles começa a vida dissipando seu patrimônio com mulheres à toa; Safo empresta seu nome a um vício especial; César é o moechus calvus; — mas também não vemos Racine esquivar-se às mulheres de teatro, nem Napoleão praticar a abstinência. Os romances de Mirabeau, os versos helênicos de Chénier, a correspondência de Diderot e os opúsculos de Montesquieu igualam em atrevimento a própria obra de Catulo. E, de todos os autores franceses, o mais austero, o mais santo, o mais laborioso, Buffon, querem saber por que máxima achava que devia orientar as intrigas sentimentais? ‘‘Amor, por que fazes a felicidade de todos os seres e a desventura do homem? — É que, nesta paixão, só o físico é bom, e o moral nada vale."

    Qual a causa disto? E como se explica que, através da subversão das ideias antigas, a grande sensualidade grega tenha continuado a ser como um nimbo de luz sobre a fronte das mais altas celebrações?

    E que a sensualidade é a condição misteriosa, mas necessária e criadora, do desenvolvimento intelectual. Os que não sentiram até o limite máximo, fosse para amá-las, fosse para maldizê-las, as exigências da carne, são, por isso mesmo, incapazes de compreender toda a extensão das exigências do espírito. Assim como a beleza da alma ilumina um rosto todo, a virilidade do corpo é a única coisa capaz de fecundar o cérebro. O pior insulto que Delacroix dirigia aos homens, o que atirava indistintamente aos que criticavam Rubens e aos detratores de Ingres, era esta palavra terrível: eunucos!

    Mais ainda: parece que tanto o gênio dos povos, como o dos indivíduos, será, antes de tudo, sensual. Todas as cidades que reinaram como soberanas no mundo, Babilônia, Alexandria, Atenas, Roma, Veneza, Paris, foram, por lei geral, tanto mais libertinas quanto mais poderosas, como se tal dissolução se fizesse necessária a seu esplendor. As cidades onde o legislador pretendeu implantar uma virtude artificial, mesquinha e improdutiva, viram-se, a partir do primeiro dia, condenadas à morte integral. Foi o que se deu com Esparta, que, em meio ao mais prodigioso exordio jamais erguido pela alma humana, entre Corinto e Alexandria, entre Siracusa e Mileto, não nos deixou um poeta, um pintor, um filósofo, um historiador, um sábio, e sim, apenas o renome popular de uma espécie de Bobillot, que se fez matar com trezentos homens em um desfiladeiro, sem ao menos lograr vencer o inimigo. E eis porque, dois mil anos após, apreciando a falta de significação da virtude lacedemônia, podemos, seguindo a exortação de Renan amaldiçoar o solo onde existiu essa mestra de erros sombrios, insultá-la porque não mais existe.

    Veremos algum dia reviver o esplendor de Éfeso e de Cirena? Ai de nós! O mundo moderno sucumbe ao peso de uma invasão de fealdade. As civilizações remontam para o norte, mergulham na bruma, no frio, no lodo. Que noite! Um povo vestido de preto passeia nas ruas infectas. Quais são seus pensamentos? Não o sabemos; mas nossos vinte e cinco anos estremecem de horror ao vê-los exilados na multidão de velhos.

    Seja, ao menos, permitido aos que sempre se lamentarão por não terem gozado a juventude encantada da Terra, a que chamamos vida antiga, seja s permitido reviver, por uma ilusão fecunda, no tempo em que a nudez humana — a mais perfeita forma que se possa conhecer e até conceber, posto que a cremos imagem Deus — podia descobrir-se sob os traços de uma cortesã sagrada, ante os vinte mil peregrinos que cobriram as alvas areias de Elêusis; o tempo em que o amor mais sensual, o divino amor de onde vimos, era sem mancha, sem opróbrio, sem pecado; seja s permitido olvidar dezoito séculos bárbaros, hipócritas e horrendo remontar do pântano à fonte cristalina, volver piedosamente à beleza original, tornar a construir o Grande Templo ao som das flautas encantadas e consagrar com entusiasmo aos santuários da verdadeira fé seus corações sempre arrebatados pela imortal Afrodite.

    LIVRO PRIMEIRO

    I — CRÍSIS

    Deitada de braços, apoiada nos cotovelos, pernas afastadas e a face pousada na mão, abria diminutos orifícios simétricos na almofada verde, com um comprido alfinete de ouro.

    Desde que despertara, duas horas depois do meio-dia, com o corpo quebrado do excessivo dormir, deixara-se ficar sozinha no leito em desordem, coberta de um lado só pela vasta onda dos cabelos.

    Era uma cabeleira luminosa e profunda, suave como peliça, longa como uma asa, maleável, infinita, viva, cheia de calor. Ocultava metade do dorso, estendia-se sob o ventre nu, e cintilava ainda junto aos joelhos, em fartos anéis ondulantes. A jovem jazia envolta nesse tosão precioso, cujos fulvos reflexos eram quase metálicos e tinham feito com que as cortesãs de Alexandria a chamassem Crísis.

    Não eram os cabelos lisos das sírias da corte, nem os cabelos tintos das asiáticas, nem os cabelos castanhos e negros das filhas do Egito. Eram os de uma raça ariana, das galileias que vivem além das areias do deserto.

    Crísis. Gostava do nome. Os homens que vinham vê-la chamavam-na Crisê, como Afrodite, nos versos que lhe deixavam à porta com grinaldas de rosas, pela manhã. Não acreditava em Afrodite, mas aprazia que

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